Agosto está com superávit de US$ 1,556 bilhão
Brasília – Nos oito dias úteis de agosto (1°
a 12), as exportações brasileiras foram de US$ 7,840 bilhões, com resultado
médio diário de US$ 980 milhões. Pela média, houve queda de 13,8% em relação ao
valor do mês de agosto de 2011 (US$ 1,137 bilhão). Neste comparativo, houve
retração nas vendas das três categorias de produtos. Nos semimanufaturados (-26,8%) a redução foi por conta, principalmente, de ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, celulose, e madeira. Entre os básicos (-13,8%), houve quedas maiores para algodão em bruto, café em grão, minério de ferro, soja em grão e carne de frango. Nos manufaturados (-7,5%), a retração foi em razão, principalmente, de açúcar refinado, aviões, etanol, automóveis de passageiros, motores de veículos e partes.
Na comparação com a média do mês de julho deste ano (US$ 954,7 milhões), houve aumento de 2,7%. Cresceram as exportações de produtos básicos (5,3%) e manufaturados (5,1%). Por outro lado, diminuíram as vendas de semimanufaturados (-9,5%).
As importações, em agosto, estão em US$ 6,284 bilhões (média de US$ 785,5 milhões). O resultado ficou 18,9% abaixo da média de agosto do ano passado (US$ 968,1 milhões). Neste comparativo, houve declínio nos gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-51,8%), instrumentos de ótica e precisão (-23,9%), farmacêuticos (-20%), borracha e obras (-19,4%), e equipamentos mecânicos (-16,3%).
Em relação à média de julho de 2012 (US$ 823,9 milhões), houve retração de 4,7% nas importações, com recrudescimento nas aquisições de combustíveis e lubrificantes (-37,9%), borracha e obras (-10%), instrumentos de ótica e precisão (-5,9%), e plásticos e obras (-5,9%).
O superávit mensal está em US$ 1,556 bilhão, com o resultado médio diário de US$ 194,5 milhões. A corrente de comércio soma, em agosto, US$ 14,124 bilhões, com média diária de US$ 1,765 bilhão, e registrou queda de 16,1% na comparação com o resultado de agosto de 2011 (US$ 2,105 bilhão) e de 0,7% em relação ao de julho passado (US$ 1,778 bilhão).
Semana
A segunda semana do agosto, com cinco dias úteis (6 a 12), registrou saldo positivo de US$ 1,098 bilhão (média de US$ 219,6 milhões). A corrente de comércio totalizou US$ 8,956 bilhões, com média por dia útil de US$ 1,791 bilhão. As exportações, no período, foram de US$ 5,027 bilhões, com média de US$ 1,005 bilhão, que é 7,2% superior à média de US$ 937,7 milhões da primeira semana do mês.
Neste comparativo, houve crescimento nos embarques de produtos semimanufaturados (14,7%), com destaques para açúcar em bruto, óleo de soja em bruto, alumínio em bruto, ferro fundido, e ouro em forma semimanufaturada. Nos produtos manufaturados (6,5%), o aumento foi motivado, principalmente, por óleos combustíveis, autopeças, laminados planos, açúcar refinado e motores e geradores. Entre os básicos (4,6%), os principais aumentos foram para petróleo, soja em grão, milho em grão, farelo de soja e café em grão.
As importações, na segunda semana de agosto, foram de US$ 3,929 bilhões (média de US$ 785,8 milhões). Houve aumento de 0,1% sobre a média da primeira semana do mês (US$ 785 milhões), com aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, químicos orgânicos e inorgânicos, adubos e fertilizantes, siderúrgicos, e instrumentos de ótica e precisão.
Ano
De janeiro até a segunda semana de agosto, a corrente de comércio foi de US$ 280,613 bilhões (média diária de US$ 1,810 bilhão), com diminuição de 1,9% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,845 bilhão). Nos 155 dias úteis de 2012, o superávit da balança comercial é de US$ 11,501 bilhões (média diária de US$ 74,2 milhões).
No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 146,057 bilhões (média diária de US$ 942,3 milhões), resultado 3,8% abaixo do verificado no mesmo período de 2011, que teve média diária de US$ 979,2 milhões. O resultado anual acumulado das importações está 0,2% maior em relação ao ano passado (média de US$ 868,1 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 134,556 bilhões (média de US$ 866,2 milhões).
Acesse os dados da balança comercial do período http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Alta de imposto deve frear exportação de soja
Para atenuar as más notícias para a indústria esmagadora, o governo autorizou a importação de grãos de soja da Bolívia e do Paraguai. Embora a Argentina seja o terceiro maior complexo sojicultor do mundo, a ausência de parques industriais boliviano e paraguaio permite uma operação triangular, em que o grão importado será esmagado na Argentina e exportado como óleo em seguida.
A Argentina deve produzir neste ano cerca de 3 milhões de toneladas de biodiesel, calcula o governo. Em 2011, foram exportadas 1,7 milhão de toneladas por US$ 2,1 bilhões. O restante é consumido internamente com a mistura de 7% de biodiesel nos combustíveis derivados de petróleo, uma exigência legal. Até 2011, o crescimento das exportações desse derivado da soja era exponencial. Em volume, o salto no ano passado foi de 30,7% e, em faturamento, atingiu 75%.
Os exportadores de biodiesel já haviam sofrido um golpe em abril, quando a Espanha suspendeu as compras do produto argentino, em retaliação à expropriação da petroleira Repsol. O país europeu é o principal cliente da Argentina, tendo absorvido no ano passado metade das exportações.
A arrecadação na Argentina está desacelerando neste ano por conta da retração econômica, e já se esperava um avanço fiscal sobre a soja, pela valorização da saca da oleaginosa em 2021. Mas os produtores do grão e do óleo de soja já são taxados com retenção de 35%. Ao voltar sua artilharia ao biodiesel, o governo atinge um setor até então preservado da pressão fiscal e altamente concentrado. São apenas doze exportadores, em sua maioria de capital estrangeiro.
Fonte: Valor Econômico
http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=223621&codDep=6
Autopeças: cai participação de importados no consumo nacional
É a maior queda entre os 33 setores analisados
REDAÇÃO AB
O setor de autopeças apresentou a maior queda da participação de produtos importados no consumo nacional durante o segundo trimestre, segundo a pesquisa de Coeficientes de Exportação e Importação (CEI), calculados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 13, e têm como base as informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e IBGE.
A queda das autopeças importadas no consumo nacional foi de 2,7 pontos porcentuais, de 12,5% no segundo trimestre de 2011 para 9,8% este ano. Com relação ao primeiro trimestre, a queda foi de 1,6 pontos porcentuais. Equipamentos de transporte tiveram a segunda maior queda entre os 33 setores analisados, 2,5 pontos porcentuais, para 20,4% na mesma base de comparação.
Em nota, o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), Roberto Giannetti, destaca o desempenho do setor de autopeças e afirma que o resultado pode ter sido influenciado pelo benefício do IPI dentro do novo regime automotivo.
“Na abertura setorial, chamou atenção o fato de o setor de autopeças ter apresentado a segunda queda consecutiva do seu Coeficiente de Importação, inclusive com maior intensidade no segundo trimestre. Isto pode ser um sinal positivo de que o incentivo dado aos produtores nacionais do setor - que exige 65% de conteúdo regional nos veículos para evitar majoração da alíquota do IPI -, concedido pelo governo no final de 2011, esteja produzindo efeito.”
No cenário geral, o Coeficiente de Importação (CI) apresentou alta em 21 dos 33 setores analisados, com destaque para tratores, máquinas e equipamentos para agricultura, cuja participação dos importados atingiu o terceiro maior nível da série histórica, crescendo de 46,1% no segundo trimestre de 2011 para 54% no mesmo período de 2012.
Com relação ao Coeficiente de Exportação, (CE), a parcela da produção industrial exportada, 12 setores apresentaram alta e 21 tiveram queda. Entre as quedas, o setor de Outros Equipamentos de Transporte - que engloba embarcações, veículos ferroviários, motocicletas, motociclos, carrocerias e reboques - caiu 24,2 pontos porcentuais e chegou a 7%.
A queda das autopeças importadas no consumo nacional foi de 2,7 pontos porcentuais, de 12,5% no segundo trimestre de 2011 para 9,8% este ano. Com relação ao primeiro trimestre, a queda foi de 1,6 pontos porcentuais. Equipamentos de transporte tiveram a segunda maior queda entre os 33 setores analisados, 2,5 pontos porcentuais, para 20,4% na mesma base de comparação.
Em nota, o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), Roberto Giannetti, destaca o desempenho do setor de autopeças e afirma que o resultado pode ter sido influenciado pelo benefício do IPI dentro do novo regime automotivo.
“Na abertura setorial, chamou atenção o fato de o setor de autopeças ter apresentado a segunda queda consecutiva do seu Coeficiente de Importação, inclusive com maior intensidade no segundo trimestre. Isto pode ser um sinal positivo de que o incentivo dado aos produtores nacionais do setor - que exige 65% de conteúdo regional nos veículos para evitar majoração da alíquota do IPI -, concedido pelo governo no final de 2011, esteja produzindo efeito.”
No cenário geral, o Coeficiente de Importação (CI) apresentou alta em 21 dos 33 setores analisados, com destaque para tratores, máquinas e equipamentos para agricultura, cuja participação dos importados atingiu o terceiro maior nível da série histórica, crescendo de 46,1% no segundo trimestre de 2011 para 54% no mesmo período de 2012.
Com relação ao Coeficiente de Exportação, (CE), a parcela da produção industrial exportada, 12 setores apresentaram alta e 21 tiveram queda. Entre as quedas, o setor de Outros Equipamentos de Transporte - que engloba embarcações, veículos ferroviários, motocicletas, motociclos, carrocerias e reboques - caiu 24,2 pontos porcentuais e chegou a 7%.
Greves devem prejudicar saldo da balança comercial
Agência Estado
A MCM Consultores também não faz previsão semanal, mas o economista Alexandre Antunes diz que, após os dados que serão divulgados nesta segunda-feira à tarde pelo MDIC, a consultoria provavelmente fará uma revisão para baixo do saldo comercial de agosto, que atualmente aponta para um superávit de US$ 1,5 bilhão.
Em muitos casos, a saída de um produto acaba apenas sendo protelada para outra semana ou para a ocasião em que a paralisação dos servidores ceder, compensando no futuro uma queda pontual nas contas comerciais. Antunes lembra, no entanto, que no caso de produtos perecíveis nem sempre isso é possível.
De acordo com Faria, um levantamento preliminar da AEB feito até a última quinta-feira dava conta de 150 navios aguardando autorização para atracação nos principais portos brasileiros. "Isso gera um gasto médio com multas de US$ 30 mil a US$ 40 mil por dia para as empresas", diz. Ele destaca também o custo de credibilidade junto a clientes estrangeiros que, a par dos problemas de desembaraço no Brasil, acabam fazendo encomendas a outros países concorrentes do País na disputa de mercado externo.
"Esperamos que seja feito algo a respeito, pois o problema de exportação pega no calo do governo. Se antes a mobilização da Receita estava ajudando a conter déficit da balança, isso agora prejudica os dois lados da conta e pode ter um impacto mais profundo no saldo", afirma Martins.
Na primeira semana de agosto, com três dias úteis, as exportações registraram média diária de US$ 937,7 milhões, 17,6% menor ante agosto de 2011. Nas importações, a média diária caiu 18,9% e somou US$ 785 milhões, conforme dados dos Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados no dia 6 deste mês. )
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