LEGISLAÇÃO

terça-feira, 14 de agosto de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 14/08/2012


Agosto está com superávit de US$ 1,556 bilhão
Brasília  – Nos oito dias úteis de agosto (1° a 12), as exportações brasileiras foram de US$ 7,840 bilhões, com resultado médio diário de US$ 980 milhões. Pela média, houve queda de 13,8% em relação ao valor do mês de agosto de 2011 (US$ 1,137 bilhão). Neste comparativo, houve retração nas vendas das três categorias de produtos.

Nos semimanufaturados (-26,8%) a redução foi por conta, principalmente, de ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, celulose, e madeira. Entre os básicos (-13,8%), houve quedas maiores para algodão em bruto, café em grão, minério de ferro, soja em grão e carne de frango. Nos manufaturados (-7,5%), a retração foi em razão, principalmente, de açúcar refinado, aviões, etanol, automóveis de passageiros, motores de veículos e partes.

Na comparação com a média do mês de julho deste ano (US$ 954,7 milhões), houve aumento de 2,7%. Cresceram as exportações de produtos básicos (5,3%) e manufaturados (5,1%). Por outro lado, diminuíram as vendas de semimanufaturados (-9,5%).

As importações, em agosto, estão em US$ 6,284 bilhões (média de US$ 785,5 milhões). O resultado ficou 18,9% abaixo da média de agosto do ano passado (US$ 968,1 milhões). Neste comparativo, houve declínio nos gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-51,8%), instrumentos de ótica e precisão (-23,9%), farmacêuticos (-20%), borracha e obras (-19,4%), e equipamentos mecânicos (-16,3%).

Em relação à média de julho de 2012 (US$ 823,9 milhões), houve retração de 4,7% nas importações, com recrudescimento nas aquisições de combustíveis e lubrificantes (-37,9%), borracha e obras (-10%), instrumentos de ótica e precisão (-5,9%), e plásticos e obras (-5,9%).

O superávit mensal está em US$ 1,556 bilhão, com o resultado médio diário de US$ 194,5 milhões. A corrente de comércio soma, em agosto, US$ 14,124 bilhões, com média diária de US$ 1,765 bilhão, e registrou queda de 16,1% na comparação com o resultado de agosto de 2011 (US$ 2,105 bilhão) e de 0,7% em relação ao de julho passado (US$ 1,778 bilhão).

Semana

A segunda semana do agosto, com cinco dias úteis (6 a 12), registrou saldo positivo de US$ 1,098 bilhão (média de US$ 219,6 milhões). A corrente de comércio totalizou US$ 8,956 bilhões, com média por dia útil de US$ 1,791 bilhão. As exportações, no período, foram de US$ 5,027 bilhões, com média de US$ 1,005 bilhão, que é 7,2% superior à média de US$ 937,7 milhões da primeira semana do mês.

Neste comparativo, houve crescimento nos embarques de produtos semimanufaturados (14,7%), com destaques para açúcar em bruto, óleo de soja em bruto, alumínio em bruto, ferro fundido, e ouro em forma semimanufaturada. Nos produtos manufaturados (6,5%), o aumento foi motivado, principalmente, por óleos combustíveis, autopeças, laminados planos, açúcar refinado e motores e geradores. Entre os básicos (4,6%), os principais aumentos foram para petróleo, soja em grão, milho em grão, farelo de soja e café em grão.

As importações, na segunda semana de agosto, foram de US$ 3,929 bilhões (média de US$ 785,8 milhões). Houve aumento de 0,1% sobre a média da primeira semana do mês (US$ 785 milhões), com aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, químicos orgânicos e inorgânicos, adubos e fertilizantes, siderúrgicos, e instrumentos de ótica e precisão.

Ano

De janeiro até a segunda semana de agosto, a corrente de comércio foi de US$ 280,613 bilhões (média diária de US$ 1,810 bilhão), com diminuição de 1,9% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,845 bilhão). Nos 155 dias úteis de 2012, o superávit da balança comercial é de US$ 11,501 bilhões (média diária de US$ 74,2 milhões).

No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 146,057 bilhões (média diária de US$ 942,3 milhões), resultado 3,8% abaixo do verificado no mesmo período de 2011, que teve média diária de US$ 979,2 milhões. O resultado anual acumulado das importações está 0,2% maior em relação ao ano passado (média de US$ 868,1 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 134,556 bilhões (média de US$ 866,2 milhões).

Acesse os dados da balança comercial do período
http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567

Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Alta de imposto deve frear exportação de soja
Setor mais pujante do comércio exterior argentino, as exportações de biodiesel devem cair com força neste ano, depois de um pacote anunciado na sexta-feira pelo vice-ministro da Economia, Axel Kicillof. O imposto sobre as exportações, ou retenção, subiu de 20% para 32% sobre o valor exportado. O conjunto de medidas também afeta a rentabilidade no mercado interno. A remuneração paga ao produtor pelas fabricantes de derivados de petróleo caiu de 5.195 a 4.405 pesos, cerca de US$ 955.

Para atenuar as más notícias para a indústria esmagadora, o governo autorizou a importação de grãos de soja da Bolívia e do Paraguai. Embora a Argentina seja o terceiro maior complexo sojicultor do mundo, a ausência de parques industriais boliviano e paraguaio permite uma operação triangular, em que o grão importado será esmagado na Argentina e exportado como óleo em seguida.

A Argentina deve produzir neste ano cerca de 3 milhões de toneladas de biodiesel, calcula o governo. Em 2011, foram exportadas 1,7 milhão de toneladas por US$ 2,1 bilhões. O restante é consumido internamente com a mistura de 7% de biodiesel nos combustíveis derivados de petróleo, uma exigência legal. Até 2011, o crescimento das exportações desse derivado da soja era exponencial. Em volume, o salto no ano passado foi de 30,7% e, em faturamento, atingiu 75%.

Os exportadores de biodiesel já haviam sofrido um golpe em abril, quando a Espanha suspendeu as compras do produto argentino, em retaliação à expropriação da petroleira Repsol. O país europeu é o principal cliente da Argentina, tendo absorvido no ano passado metade das exportações.

A arrecadação na Argentina está desacelerando neste ano por conta da retração econômica, e já se esperava um avanço fiscal sobre a soja, pela valorização da saca da oleaginosa em 2021. Mas os produtores do grão e do óleo de soja já são taxados com retenção de 35%. Ao voltar sua artilharia ao biodiesel, o governo atinge um setor até então preservado da pressão fiscal e altamente concentrado. São apenas doze exportadores, em sua maioria de capital estrangeiro.

Fonte: Valor Econômico
http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=223621&codDep=6



Autopeças: cai participação de importados no consumo nacional
É a maior queda entre os 33 setores analisados

REDAÇÃO AB
O setor de autopeças apresentou a maior queda da participação de produtos importados no consumo nacional durante o segundo trimestre, segundo a pesquisa de Coeficientes de Exportação e Importação (CEI), calculados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 13, e têm como base as informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e IBGE.

A queda das autopeças importadas no consumo nacional foi de 2,7 pontos porcentuais, de 12,5% no segundo trimestre de 2011 para 9,8% este ano. Com relação ao primeiro trimestre, a queda foi de 1,6 pontos porcentuais. Equipamentos de transporte tiveram a segunda maior queda entre os 33 setores analisados, 2,5 pontos porcentuais, para 20,4% na mesma base de comparação.

Em nota, o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), Roberto Giannetti, destaca o desempenho do setor de autopeças e afirma que o resultado pode ter sido influenciado pelo benefício do IPI dentro do novo regime automotivo.

“Na abertura setorial, chamou atenção o fato de o setor de autopeças ter apresentado a segunda queda consecutiva do seu Coeficiente de Importação, inclusive com maior intensidade no segundo trimestre. Isto pode ser um sinal positivo de que o incentivo dado aos produtores nacionais do setor - que exige 65% de conteúdo regional nos veículos para evitar majoração da alíquota do IPI -, concedido pelo governo no final de 2011, esteja produzindo efeito.”

No cenário geral, o Coeficiente de Importação (CI) apresentou alta em 21 dos 33 setores analisados, com destaque para tratores, máquinas e equipamentos para agricultura, cuja participação dos importados atingiu o terceiro maior nível da série histórica, crescendo de 46,1% no segundo trimestre de 2011 para 54% no mesmo período de 2012.

Com relação ao Coeficiente de Exportação, (CE), a parcela da produção industrial exportada, 12 setores apresentaram alta e 21 tiveram queda. Entre as quedas, o setor de Outros Equipamentos de Transporte - que engloba embarcações, veículos ferroviários, motocicletas, motociclos, carrocerias e reboques - caiu 24,2 pontos porcentuais e chegou a 7%.




Greves devem prejudicar saldo da balança comercial

Agência Estado

A adesão de fiscais agropecuários, na semana passada, às paralisações em curso da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) causará sensível piora do saldo da balança comercial na semana entre os dias 6 e 10 deste mês. Segundo entidades de classe e analistas, o quadro é preocupante, pois a mobilização dos servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) impacta o desembaraço das vendas e, consequentemente, a conta de exportações, lado da balança que vinha sendo menos afetado que as importações.
Mesmo prevendo queda nas exportações na semana passada, os analistas do setor estão reticentes quanto à projeção de números. O economista da Tendências Consultoria Bruno Lavieri reforça que a balança semanal é muito volátil e os reflexos na importação e exportação não estão sendo simultâneos. "Em julho, por exemplo, as importações foram mais afetadas. Em agosto, é possível que o reflexo nas vendas externas seja maior", diz.
A MCM Consultores também não faz previsão semanal, mas o economista Alexandre Antunes diz que, após os dados que serão divulgados nesta segunda-feira à tarde pelo MDIC, a consultoria provavelmente fará uma revisão para baixo do saldo comercial de agosto, que atualmente aponta para um superávit de US$ 1,5 bilhão.
Em muitos casos, a saída de um produto acaba apenas sendo protelada para outra semana ou para a ocasião em que a paralisação dos servidores ceder, compensando no futuro uma queda pontual nas contas comerciais. Antunes lembra, no entanto, que no caso de produtos perecíveis nem sempre isso é possível.
O vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Martins Faria, lembra ainda das perdas econômicas das empresas que lidam com o risco de deterioração da carga e até de suspensão doembarque, sofrendo multa diárias por atraso em cumprimento de contratos, além de custos adicionais de estocagem.
De acordo com Faria, um levantamento preliminar da AEB feito até a última quinta-feira dava conta de 150 navios aguardando autorização para atracação nos principais portos brasileiros. "Isso gera um gasto médio com multas de US$ 30 mil a US$ 40 mil por dia para as empresas", diz. Ele destaca também o custo de credibilidade junto a clientes estrangeiros que, a par dos problemas de desembaraço no Brasil, acabam fazendo encomendas a outros países concorrentes do País na disputa de mercado externo.
"A Anvisa não deixa o navio chegar e o Mapa não deixa o navio partir" diz Ricardo Martins, diretor do Departamento de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Considerando a média diária de compras e vendas no acumulado de janeiro a julho, Martins acredita que o conjunto de paralisações deve gerar pelo menos uma redução de US$ 2,610 bilhões nas importações e de US$ 2,850 bilhões nas exportações. Para fazer uma conta preliminar, o dirigente somou três dias da mobilização na semana passada com médias diárias estimadas de US$ 870 milhões em importações e de US$ 950 milhões em exportações.
"Esperamos que seja feito algo a respeito, pois o problema de exportação pega no calo do governo. Se antes a mobilização da Receita estava ajudando a conter déficit da balança, isso agora prejudica os dois lados da conta e pode ter um impacto mais profundo no saldo", afirma Martins.
Na primeira semana de agosto, com três dias úteis, as exportações registraram média diária de US$ 937,7 milhões, 17,6% menor ante agosto de 2011. Nas importações, a média diária caiu 18,9% e somou US$ 785 milhões, conforme dados dos Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados no dia 6 deste mês. )

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