Argentina volta a aumentar exportação de trigo ao Brasil
Após incertezas nas exportações de trigo ao Brasil nos últimos anos, a Argentina fechará 2011 com um aumento nas vendas externas do cereal para o seu principal comprador, apontam dados do Ministério da Agricultura brasileiro.
Na última safra (2010/11), os argentinos tiveram uma de suas maiores colheitas da história, permitindo que o governo do país liberasse volumes adicionais para a exportação nesta terça-feira.
A Argentina autorizou licenças para vendas externas de mais 2,7 milhões de toneladas, confirmando que o país conta com um excedente exportável expressivo, disseram fontes do mercado no Brasil.
"Eles (argentinos) têm atendido melhor, apesar de continuarem cobrando (do produtor) uma taxa de 23 por cento sobre o valor do trigo que é exportado", disse o presidente do Conselho Deliberativo da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Luiz Martins.
Além de cobrar taxas na exportação de matérias-primas como trigo, a Argentina controla os embarques para o exterior, com o argumento de manter o mercado interno abastecido e a inflação controlada.
Essa política restritiva levou nos últimos anos o Brasil a recorrer com mais frequência a outros países, como Uruguai, Paraguai e até Estados Unidos e Canadá, o que explica em parte uma queda no volume importado da Argentina.
Mas a situação recente confirma o início de um retorno à normalidade histórica, após o governo argentino ter demonstrado mais compromissos com o seu principal comprador.
De janeiro a outubro, o Brasil já importou 3,7 milhões de toneladas de trigo da Argentina, volume que supera o total importado em todo o ano passado (3,6 milhões) e também as importações feitas em 2009 (3,2 milhões de toneladas), segundo informação do Ministério da Agricultura do Brasil.
Com a recente liberação de mais trigo da safra passada da Argentina para a exportação, a importação do cereal pelo Brasil poderá voltar em 2011 aos patamares registrados em 2008 (4,2 milhões de toneladas), ainda que seja improvável que cheguem ainda este ano aos mais de 5 milhões de toneladas de 2007 e 2008.
Segundo Martins, a liberação de mais trigo para exportação - é provável que o Brasil tome a maior parte dos 2,7 milhões de toneladas autorizados - favorece a indústria brasileira, que têm laços comerciais históricos com os fornecedores argentinos.
"A gente sempre está procurando fazer qualidade, em termos de farinha, vamos buscar onde encontramos preço e qualidade", disso Martins, também presidente do sindicato da indústria de São Paulo, argumentando que a safra do Paraná não tem vindo com qualidade adequada para farinha para panificação.
O volume importado da Argentina cresceu apesar de o país ter reduzido as suas importações totais entre janeiro a outubro para 4,65 milhões de toneladas, ante 5,3 milhões de toneladas nos dez primeiros meses de 2010, segundo o ministério —na temporada passada o Brasil colheu uma de suas maiores safras da história, o que reduziu a necessidade de importação como um todo.
GARANTIA DE OFERTA
A liberação de mais trigo argentino para exportação ocorre em meio à expectativa de queda nas safras da Argentina e do Brasil em 2011/12, o que garante um volume extra para o abastecimento para os moinhos brasileiros.
"Os 2,7 que vão liberar é mais oferta que vai aparecer no mercado", disse um diretor de um importante o moinho brasileiro que prefere ficar no anonimato, lembrando que os argentinos já prometeram a autorização para 3 milhões de toneladas de trigo da safra nova.
"Está relativamente tranquilo negociar, o que não falta é trigo na América do Sul, aliás não falta trigo no mundo", disse.
Segundo a fonte, o próprio governo da Argentina havia informado anteriormente que teria estoque inicial de 3,6 milhões de toneladas na safra 11/12, o que explica a liberação das exportações adicionais.
http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5495020-EI188,00-ANALISEArgentina+volta+a+aumentar+exportacao+de+trigo+ao+Brasil.html
PAUTA DIAS 1º E 2 – ENCONTRO DE COMÉRCIO EXTERIOR DO MERCOSUL (ENCOMEX) E DIVULGAÇÃO DOS DADOS DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA -
Nos dias 1º e 2 de dezembro Curitiba sedia o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex Mercosul). O evento é organizado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Governo do Paraná.
A abertura será feita nesta quinta-feira (1º), às 9 horas, pelo ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel, pelo governador Beto Richa e por ministros da Indústria da Argentina, Uruguai e Paraguai.
A pauta principal do Encomex é avaliar as duas décadas de experiência do Mercosul e planejar os próximos 20 anos do bloco econômico. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na página do evento (http://mercosul.encomex.mdic.gov.br./).
Na tarde da quinta, o MDIC vai divulgar os dados da balança comercial do mês de novembro e do acumulado do ano. Os números serão detalhados e comentados em uma entrevista coletiva a partir das 15 horas.
Os palestrantes debaterão maneiras de facilitar o comércio entre os países do bloco econômico e tratarão de temas específicos, entre eles, crescimento econômico, inovação, competitividade, câmbio, mecanismos de financiamento e negociações com terceiros países. Haverá um painel especifico para discutir as relações comerciais entre Mercosul e Canadá, com a vinda de uma delegação canadense.
A programação inclui também painéis com a participação de ministros dos países membros do bloco econômico e de outras autoridades. Haverá ainda estandes institucionais voltados para os empresários que atuam no bloco comercial e um balcão de atendimento com técnicos do MDIC para solução de dúvidas e pendências relacionadas ao comércio exterior.
Empresas exportadoras do bloco irão apresentar suas experiências comerciais exitosas no Mercosul e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) promoverão um Encontro de Negócios com empresários do bloco econômico. O Banco do Brasil irá aproveitar o encontro para anunciar os vencedores do Prêmio Proex Excelência.
Confira a programação completa - http://mercosul.encomex.mdic.gov.br/programacao
Serviço:
ENCOMEX
Datas: 1º e 2 de dezembro
Horário: 9 às 18 horas
Dia 1º (quinta-feira) – 15 horas – entrevista coletiva do Ministério do Desenvolvimento para divulgação dos dados da balança comercial do mês de novembro e do acumulado do ano
Local : Universidade Positivo - Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=66708&tit=PAUTA-DIAS-1o-E-2--ENCONTRO-DE-COMERCIO-EXTERIOR-DO-MERCOSUL-ENCOMEX-E-DIVULGACAO-DOS-DADOS-DA-BALANCA-COMERCIAL-BRASILEIRA
Brasil foi país que mais se beneficiou de sigla Brics
Rubens Barbosa
Ex-embaixador do Brasil nos EUA e Grã-Bretanha e presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Fiesp.
Inclusão projetou o Brasil para posição que levaria anos para ser alcançada
O Brasil, nos últimos dez anos, sofreu profundas transformações, cujas origens estão na modernização do pais na década dos 90, resultado de bem-sucedido programa de privatização, de estabilização da economia e do fortalecimento do setor bancário. Esses avanços da sociedade brasileira podem ser avaliados em pelo menos três aspectos: economia, área social e política externa.
Na economia, o governo Lula, que fazia oposição ao governo Cardoso, manteve as principais linhas de política econômica: austeridade fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante.
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Tópicos relacionadosBrasil, EconomiaComo resultado, o risco Brasil caiu significativamente, o crescimento aumentou, a inflação recuou para níveis de padrão internacional e os fluxos de investimento externo direto só são menores do que os da China.
As reservas internacionais chegam a mais de US$ 350 bilhões, o que oferece um colchão para evitar que as crises externas, como a de 2008 e agora, repercutam negativamente sobre a economia. O comércio exterior mais do que quadruplicou, chegando em 2011 a meio trilhão de dólares, com a China se tornando o principal parceiro do Brasil, superando os EUA.
A internacionalização da economia se acelerou e as multinacionais brasileiras (construtoras, bancos, frigoríficos, de avião, aço, ônibus, têxteis, entre outros) ocupam lugar de destaque no exterior. Hoje o Brasil, em termos de PNB, ocupa o sétimo lugar, devendo passar para o sexto neste ano ao ultrapassar o Reino Unido.
Social
Na área social, os programas de apoio financeiro às populações mais pobres, através do Bolsa Família, o aumento salarial acima da inflação e o crescimento econômico acarretaram a ascensão de mais de 40 milhões de brasileiros para a classe média, que hoje representa mais de 50% dos 190 milhões de habitantes. O mercado interno se expandiu de forma explosiva com o aumento do crédito ao consumidor.
Com forte respaldo de uma economia estável que cresce de forma sustentável, e, com a confiança da comunidade internacional, o Brasil começa a ocupar um espaço mais amplo no cenário externo.
Sua representação externa aumentou significativamente, havendo sido criadas mais de 40 embaixadas sobretudo na África, na Ásia e na América Central e Caribe.
Exterior
Missões de paz como a no Haiti devem se tornar mais comuns
O Brasil é um dos principais atores nos organismos internacionais nos temas globais, como meio ambiente, mudança de clima, energia (fóssil e renovável), comércio exterior, água, direitos humanos. Candidato natural a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, quando ficar decidida sua ampliação, o Brasil integra o G-20, novo foro decisório econômico.
O Brasil talvez tenha sido quem mais se beneficiou com o aparecimento da sigla BRIC. A inclusão do Brasil ao lado da China, Índia e Rússia projetou o pais para uma posição que normalmente levaria anos para ser alcançada. Por proposta do Brasil, o grupo foi institucionalizado e passou a se reunir regularmente, criando um fato internacional de relevo pelo peso econômico e político dos quatro países, aos quais agora se juntou a África do Sul.
A crescente presença externa projetou o Brasil, além dos limites da América do Sul, no continente africano e no Oriente Médio em função de seu "soft power", mais do que por qualquer outro fator.
Futuro
No são poucos, contudo, os desafios que o Brasil dever enfrentar nos próximos anos.
No campo econômico, a continuidade da política econômica, a aprovação pelo Congresso de reformas estruturais (tributária, a da previdência social, trabalhista e política) e a redução do custo Brasil - que cresce pela ineficiência burocrática do Estado e pelas altas taxas de juro, pela apreciação do câmbio, pela deficiente infraestrutura e pelo custo da energia - acarretarão o aumento da competitividade da economia em mais de 35%.
O Brasil terá de assumir responsabilidades de liderança e de assistência aos países mais pobres e terá maior participação em operações de paz nas Nações Unidas. O Brasil deixou de ser reativo e cada vez mais se apresenta com uma atitude afirmativa nas relações bilaterais e nos organismos internacionais.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111129_artigobrics_barbosa_rc.shtml
Holanda quer entrar no mercado brasileiro de lácteos
Em encontro com o ministro brasileiro da Agricultura, holandeses mostram interesse em exportar produtos lácteos para o Brasil
por Globo Rural On-line
Mendes Ribeiro Filho e o ministro da Agricultura da Holanda Henk Bleker (Foto: Raquel Aviani)O ministro da Agricultura, Pecuária e Abasteicmento, Mendes Ribeiro Filho, recebeu, nesta terça-feira (29/11), uma comitiva presidida pelo ministro da Agricultura e Comércio Exterior da Holanda, Henk Bleker. Durante o encontro, a Holanda mostrou seu interesse em entrar no mercado nacional de lácteo e se informou sobre os requisitos sanitários de exportação para o Brasil. “Uma das prioridades do nosso governo é avançar no que diz respeito às questões de defesa agropecuária e sanidade, para incentivar o comércio internacional e aumentar o controle da nossa produção”, destaca Mendes Ribeiro Filho. Segundo o ministro, as negociações agrícolas internacionais são de extrema importância para o desenvolvimento econômico mundial e para uma produção agrícola segura e eficaz.
Quanto às questões sanitárias, o ministro da Holanda Henk Bleker informou que o objetivo do governo holandês é estar em plena conformidade com o regulamento brasileiro, para alcançar a abertura do mercado lácteo. Como sugestão, Henk Bleker sugeriu que seja realizada uma missão brasileira à Amsterdã para verificar como funciona o sistema de fiscalização e as unidades produtoras de leite, queijos e demais produtos lácteos.
http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI281728-18077,00-HOLANDA+QUER+ENTRAR+NO+MERCADO+BRASILEIRO+DE+LACTEOS.html
Portugueses tentam atrair capital brasileiro durante crise
Gustavo Machado
São Paulo - Os países europeus continuam sua busca por investimentos de emergentes para capitalizar suas empresas. Ontem, foi a vez de Portugal realizar um evento em São Paulo para atrair empresários brasileiros que queiram ingressar no mercado da pátria-mãe.
Com a participação de João Carlos Ferraz, vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o encontro, organizado pela Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil (CPCB), tentou atrair os investidores com a promessa de internacionalização na Europa a partir de Portugal.
Em conversa informal antes da apresentação de Ferraz, Manuel Tavares de Almeida Filho, presidente da CPCB, pedia ao convidado que, durante o pronunciamento, desse maior ênfase às linhas de crédito para internacionalização do BNDES e sobre como os empresários poderiam buscar o financiamento. O pedido foi rejeitado pelo vice-presidente do BNDES, que preferiu falar sobre o panorama internacional. "Como o pessoal é muito qualificado, farei uma coisa mais estratégica", disse Ferraz.
De acordo com Manuel Tavares, o momento é favorável para investir em Portugal. Com as empresas perdendo valor, o capital detido pelas companhias nacionais seria suficiente para aproveitar a pechincha forçada pela crise internacional. Porém, o mercado português deve se deteriorar ainda mais durante 2012.
Nesta segunda-feira, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou a projeção para crescimento de Portugal. O órgão entende que no próximo ano o Produto Interno Bruto país contrairá 3,2%, enquanto que em 2011 diminuirá menos, 1,6%.
Se a lógica do mercado financeiro valer, a de comprar na baixa para lucrar na alta, como entende Manuel Tavares, talvez seja melhor realizar os investimentos ao final de 2012. Porém, o momento atual não deixa de ser vantajoso. "Não quer dizer que não se possam iniciar os trabalhos na Europa de uma forma mais cuidadosa, e num momento de recuperação, investir mais pesadamente", diz Manuel Tavares.
De acordo com o presidente da CPCB, após a recuperação europeia, o posicionamento das empresas perante este mercado será determinante para sua exploração nos próximos anos. "Deve-se investir agora, quando se conseguem fazer aquisições de uma forma mais barata, e depois, no médio prazo, aguarda o desenvolvimento do mercado. Quem se posicionar hoje, neste momento de dificuldade, tem uma vantagem na retomada da economia", complementa Tavares.
De acordo com João Carlos Ferraz, o BNDES está de prontidão para apoiar projetos brasileiros que visam comprar companhias portuguesas. "Se tiverem bons projetos, o BNDES jamais se recusa a apoiar. Quem ganhará é o povo brasileiro", comenta.
Ivan Ramalho, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior (Abece), afirma ser boa a oportunidade pelo ingresso facilitado à União Europeia. "Esta é uma porta aberta para a Europa, além de ser mais fácil investir em Portugal do que em outros países", afirma Ramalho ao citar a proximidade cultural entre as nações. Para o ex-secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o foco deve ser as empresas atuantes no comércio internacional. "O projeto tem que visar a exploração da União Europeia", diz Ramalho.
O ex-secretário do Mdic faz coro a Manuel Tavares, que entende que o mercado consumidor português não justifica investimentos no país. "Obviamente, o consumo deles é baixo. As empresas passam por uma depreciação muito forte dos ativos. Porém, as empresas que trabalham com comércio exterior, estão sofrendo muito menos do que as outras que explorar o mercado interno", afirma Tavares.
Eletrobras
Segundo o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, o banco estatal ajudará a Eletrobras a comprar parte da Energias de Portugal (EDP).
"O presidente [do BNDES] Luciano Coutinho está indo a Portugal para examinar o que está ocorrendo com a proposta da Eletrobras, que está nos dias finais de acordo. Tem uma turma trabalhando já há algum tempo nisso", disse após o encontro.
Alterações no código em vigor da estatal também estão sendo estudadas, para que o BNDES possa financiar companhias que pretendam se internacionalizar. "Estamos vendo se é possível, junto com o Banco Central, financiar empresa de capital nacional fora do país, para que ela adquira ativos no exterior", afirmou
No ano, os investimentos brasileiros em Portugal caíram substancialmente. Em 2010, US$ 970 milhões foram aportados no parceiro sob esta rubrica. Já, até outubro de 2011, apenas US$ 84 foram atraídos pelos portugueses. Com a possível compra de parte da EDP pela Eletrobras o montante, certamente, superaria o do ano anterior. Caso a compra de 21,35% de controle acionário se consolide sob o valor das ações da companhia no fechamento de ontem, a Eletrobras teria de realizar um aporte de US$ 2,4 bilhões.
http://www.dci.com.br/Portugueses-tentam-atrair-capital-brasileiro-durante-crise-6-399935.html
Negócios garantem milhões de dólares
Graciete Mayer
Os empresários brasileiros tiveram a oportunidade de pesquisar o mercado angolano para garantir a exportação dos produtos
Angola e Brasil prevêem realizar, nos próximos 12 meses, negócios calculados em 51 milhões de dólares, sendo a maior parte deles ligados aos sectores da construção civil, máquinas e equipamentos e alimentos, bebidas e agronegócios, anunciou o ministro brasileiro para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Fernando Pimentel, que fazia o balanço da visita que efectuou, em conjunto com uma missão empresarial, na semana passada a Angola, destacou a importância das relações comerciais entre os dois países e o continente africano.
“A realização desta missão é fruto da visita da Presidente Dilma Rousseff, em Outubro. Estamos a expandir as linhas de financiamento e a tornar mais férteis as relações do Brasil com os países de África. O caminho da paz e da cooperação vai fortalecer ainda mais os laços profundos de amizade já existentes entre Brasil e Angola.”
Neste contexto, as exportações brasileiras para Angola atingiram nos últimos nove meses mais de 700 milhões dólares, enquanto o Brasil importou produtos avaliados em 300 milhões de dólares, segundo dados divulgados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Os principais produtos vendidos pelos brasileiros para o país africano foram açúcares de cana, beterraba e sacarose, pedaços de frango congelado, frango congelado, carnes de suíno congeladas e farinha de milho. Os produtos mais importados de Angola pelo Brasil, no mesmo período, foram óleos brutos de petróleo e outros propanos liquefeitos e butanos liquefeitos.
A delegação empresarial brasileira, composta por 53 empresas, foi organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pela Apex-Brasil. Durante três dias, foram realizados vários encontros entre as entidades governamentais angolanas e brasileiras e a terceira edição do Brasil Casa Design.
Trata-se de um evento que tem por objectivo estimular negócios entre empresários brasileiros e estrangeiros e trabalhar a percepção de formadores de opinião locais sobre a qualidade, a tecnologia e o design dos produtos brasileiros do sector de casa e construção civil.
O Brasil Casa Design de Luanda contou com exposição de produtos, mostra fotográfica e uma galeria de projectos brasileiros que ganharam troféus no IF Design e Idea, dois dos mais importantes prémios do design mundial.
Também foram realizadas reuniões com arquitectos, empreiteiras e empresas do sector de casa e construção civil de Angola, organizadas pela Apex-Brasil e pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitectura (AsBEA).
Nas duas primeiras edições, realizadas na capital da Argentina e na cidade do Panamá, foram gerados negócios da ordem de 18 milhões dólares.
http://jornaldeangola.sapo.ao/15/0/negocios_garantem_milhoes_de_dolares
Ministro do Comércio chinês afirma que vai aprofundar cooperação com o exterior
O ministro do Comércio da China, Chen Deming, afirmou ontem (28) que o país vai adotar uma atitude mais ativa para promover o desenvolvimento das parcerias com outros países. Com base nos compromissos assumidos, desde a adesão à OMC, sobre redução alfandegária e abertura do mercado, uma nova serie de medidas está sendo levada adiante de maneira ordenada.
O ministro chinês fez tal afirmação durante a 5ª reunião da Associação de Empresas com Investimentos Estrangeiros da China, realizada em Beijing.
Chen Deming acrescentou que, até o momento, 104 departamentos de serviços do país estão abertos ao capital externo, próximo ao nível médio dos países avançados que é de 108.
Tradução: Sônia Qiu Revisão: Luiz Tasso Neto
http://portuguese.cri.cn/561/2011/11/29/1s142923.htm
China planeja comércio de serviços de US$ 600 bilhões em 2015
A China aumentará seus esforços para impulsionar o comércio de serviços e tem como meta uma taxa de crescimento anual de 11% do setor a fim de atingir US$ 600 bilhões em 2015, disse segunda-feira o Ministério do Comércio.
A meta, que foi estabelecida em um plano quinquenal sobre comércio de serviços, divulgado pelo ministério, foi fixada conforme o desenvolvimento do comércio de serviços tanto no país como nas economias desenvolvidas, disse Zhou Liujun, diretor do Departamento do Comércio de Serviços e Serviços Comerciais do ministério, em uma entrevista coletiva oferecida para apresentar o plano.
A China experimentou por muito tempo um desenvolvimento desequilibrado entre o comércio de serviços e o comércio de mercadorias e um crescente déficit no comércio de serviços, disse Zhou, acrescentando que apesar da situação complexa prevista para os próximos cinco anos, a indústria verá mais oportunidades que desafios.
O governo dará prioridade ao desenvolvimento de 30 setores de serviços, incluindo as áreas tradicionais, como de turismo e construção, que contam com vantagens comparativas, e as áreas emergentes, como os serviços de consultoria e de computação e informática.
Visando construir uma plataforma comercial para as empresas nacionais e do exterior, o ministério realizará uma feira internacional anual de comércio de serviços em Beijing a partir de 2012, anunciou.
Durante os três primeiros trimestres do ano, o comércio de serviços do país cresceu 18,7% anualmente para US$ 308,1 bilhões, com US$ 134,2 bilhões em exportações e US$ 173,9 bilhões em importações, de acordo com os dados do ministério.
(Xinhua) http://portuguese.cri.cn/561/2011/11/29/1s142924.htm
BRICS não querem interferência exterior na Síria e Irã
Os países do BRICS lançaram uma nova ofensiva diplomática. É assim que o especialista da Escola Superior de Economia Leonid Syukiyaynen comentou a reação geral do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul sobre os acontecimentos em torno do Irã e da Síria. Esses cinco países exigiram que não haja interferência exterior nos assuntos da Síria e que o Irã não seja pressionado com novas sanções.
Os países do BRICS declararam que o início imediato das negociações por parte de Damasco com a oposição é a única opção aceitável para a solução da crise síria. Uma maior pressão sobre Teerã só pode agravar a situação em torno do programa nuclear iraniano. A situação deve ser resolvida exclusivamente por via diplomática.
São evidentes os esforços dos países do BRICS para participar mais ativamente na solução dos problemas nos pontos quentes. Anteriormente, eles assumiram uma posição comum na ONU com relação à Líbia e se comprometeram a coordenar esforços para defender suas posições políticas e seus interesses comerciais na Líbia. Essa tendência política externa nas atividades do grupo BRICS vai aumentar, diz o especialista Leonid Syukiyaynen:
Estes esforços diplomáticos dos países BRICS confirmam o aumento de seu prestígio e atividade no mundo. Sem dúvida, dadas suas capacidades políticas, econômicas e outras, este clube informal terá um impacto cada vez mais significativo sobre os acontecimentos mundiais e na solução de crises regionais e globais.
O primeiro passo coordenado dos BRICS foi o comércio entre eles nas próprias moedas, o que foi acordado na cúpula de Primavera realizada em Boao. Os líderes dos cinco BRICS deram a entender que isso não é nada mais do que um dos tijolos da construção do futuro da economia mundial que virá substituir as já condenadas Torres Gêmeas – os emissores de dólares e dívidas.
Em outubro, sete bolsas de valores na Rússia, China, Índia, Brasil e África do Sul anunciaram a criação de uma aliança e intenção de conjuntamente entrar nos mercados de ações. A iniciativa foi manifestada na 51ª reunião geral da Federação Mundial de Bolsas em Joanesburgo. Inicialmente, os parceiros se assegurarão dos inevitáveis riscos que surgem no comércio entre eles. Outro ponto de desenvolvimento dessa aliança pode ser a criação de produtos de economia mista. E isso, por sua vez, ajudará a melhorar a liquidez dos mercados BRICS, e a seus investidores – compreender melhor a situação em outros mercados emergentes. O especialista Leonid Syukiyaynen está convencido de que os BRICS estão se transformando em um dos pólos de poder global:
No mundo de hoje se formam novos centros de poder. Antes eram dois pólos, depois o mundo se tornou unipolar. Agora a situação está mudando. Em diferentes regiões do mundo se criam grupos com diferentes centros de gravidade. E o BRICS são um desses centros internacionais poderosos que vem se desenvolvimento rapidamente.
As reservas cambiais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão em ascensão e ultrapassam quatro trilhões de dólares. Eles são responsáveis por quase metade (45%) da população mundial, por mais de um quarto da superfície terrestre do planeta e por mais de 21 por cento da produção mundial. Este é um importante tijolo que foi deixado de lado pela ordem mundial formada pelo Ocidente, ordem essa que agora mostra suas brechas.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/29/61202427.html
Exportação de industrializados é irreal
Pela classificação da entidade, o Brasil exportou 60,4% de produtos básicos em outubro, e não 49,3%
Pelo critério da OMC (Organização Mundial do Comércio), o Brasil superestima o peso dos produtos industrializados nas exportações.
No mês passado, 49,3% das exportações brasileiras foram de produtos básicos, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Para a OMC, o percentual é de 60,4%.
É o que mostra levantamento feito pela Folha, com base nos padrões seguidos pela OMC, nos produtos exportados que constam da balança comercial divulgada pelo ministério.
Esses critérios são usados unicamente para elaboração de estatísticas, mas são importantes porque refletem o valor tecnológico que cada país consegue adicionar às suas vendas.
O Brasil, que sofreu críticas à participação excessiva de commodities nas exportações, adota desde os anos 1960 um padrão que valoriza o peso dos manufaturados.
Há uma lista de pelo menos 15 produtos que o governo brasileiro classifica como industrializados (divididos entre manufaturados e semimanufaturados), mas que, para a entidade internacional, são básicos.
O que mais chama a atenção, pelo peso que possui na pauta exportadora, é o açúcar "em bruto", ou seja, aquele que passou pela primeira etapa de refino.
O US$ 1,2 bilhão exportado do produto pelo Brasil em outubro, com 5,38% de participação nas vendas externas totais do país, é contabilizado na categoria "semimanufaturados".
A OMC também adota uma subcategoria com esse nome, mas os produtos que a compõem são manufaturados de couro, borracha, cortiça e madeira, fios e tecidos e partes de alumínio e de ferro.
Sucos - Já da versão brasileira fazem parte produtos como ouro para uso não monetário, borracha sintética, manteiga e sucos e extratos vegetais. Com exceção do ouro, que entra em um grupo à parte, todos são básicos para a OMC.
"A categoria semimanufaturados como a conhecemos foi criada há décadas, quando o governo queria estimular um maior grau de beneficiamento nos produtos exportados", diz José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
"Até hoje é assim, apesar de sabermos que os semimanufaturados são commodities com um pequeno grau de beneficiamento."
Pelo critério da OMC, a participação dos semimanufaturados no total das exportações cairia de 13,6% para 6,4% e a dos manufaturados, de 34,7% para 30,7%, pelos dados de outubro.
"Do mesmo jeito que a nossa categoria semimanufaturados é enganosa, muitos produtos classificados como manufaturados também são", afirma o economista Fernando Sarti, da Unicamp.
"O celular, por exemplo, é um produto de elevada tecnologia, mas grande parte é apenas montada no Brasil. Isso não é agregar valor."
Folha de S. Paulo
Controle de radiação deixa cerveja japonesa parada no Porto de Santos
Documentos que mostram que produto não tem radiação demoraram a chegar; segundo importadores, a Asahi foi a primeira cerveja japonesa vendida no Brasil
Controle de radiação deixa cerveja japonesa parada no Porto de SantosDocumentos que mostram que produto não tem radiação demoraram a chegar; segundo importadores, a Asahi foi a primeira cerveja japonesa vendida no Brasil
Dois contêineres com 5 mil unidades da cerveja japonesa Asahi Super Dry estão parados no Porto de Santos – um deles, há mais de um mês. Eles aguardam prova de que os alimentos transportados não sofreram contaminação radioativa, devido ao incidente em Fukushima. A empresa Yamato Comercial, responsável pela comercialização, acredita que a mercadoria deva ser liberada em cerca de uma semana.
A Asahi é fabricada em Kanagawa, região que não é considerada de risco. Mesmo assim, precisa ser analisada quando chega ao Brasil, por segurança. Além disso, todo alimento que sai do Japão leva uma licença emitida pelo país, atestando que não há contaminação – e, no caso da Asahi, esse laudo demorou a chegar ao Brasil. “As cervejas chegaram antes dos documentos”, lamenta Waldery Braga, coordenador de importação da Yamato.
Segundo os importadores, a Asahi é a primeira cerveja vendida no Brasil que é fabricada de fato no Japão. As concorrentes Saporo e Kirin, embora sejam empresas japonesas e tenham produção naquele país, usam lotes feitos nos EUA e no Canadá, respectivamente, para exportação.
A Asahi foi vendida no Brasil em 2006 e 2007, quando parou de ser distribuída. Agora, segundo os importadores, restaurantes começaram a pedir a volta da cerveja, que é do tipo “super dry” (ou "super seca"), com poucas opções de rótulos no mercado nacional. “O sabor é leve, refinado e seco”, explica Braga.
http://economia.ig.com.br/controle-de-radiacao-deixa-cerveja-japonesa-parada-no-porto-de-s/n1597387456056.html
Após incertezas nas exportações de trigo ao Brasil nos últimos anos, a Argentina fechará 2011 com um aumento nas vendas externas do cereal para o seu principal comprador, apontam dados do Ministério da Agricultura brasileiro.
Na última safra (2010/11), os argentinos tiveram uma de suas maiores colheitas da história, permitindo que o governo do país liberasse volumes adicionais para a exportação nesta terça-feira.
A Argentina autorizou licenças para vendas externas de mais 2,7 milhões de toneladas, confirmando que o país conta com um excedente exportável expressivo, disseram fontes do mercado no Brasil.
"Eles (argentinos) têm atendido melhor, apesar de continuarem cobrando (do produtor) uma taxa de 23 por cento sobre o valor do trigo que é exportado", disse o presidente do Conselho Deliberativo da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Luiz Martins.
Além de cobrar taxas na exportação de matérias-primas como trigo, a Argentina controla os embarques para o exterior, com o argumento de manter o mercado interno abastecido e a inflação controlada.
Essa política restritiva levou nos últimos anos o Brasil a recorrer com mais frequência a outros países, como Uruguai, Paraguai e até Estados Unidos e Canadá, o que explica em parte uma queda no volume importado da Argentina.
Mas a situação recente confirma o início de um retorno à normalidade histórica, após o governo argentino ter demonstrado mais compromissos com o seu principal comprador.
De janeiro a outubro, o Brasil já importou 3,7 milhões de toneladas de trigo da Argentina, volume que supera o total importado em todo o ano passado (3,6 milhões) e também as importações feitas em 2009 (3,2 milhões de toneladas), segundo informação do Ministério da Agricultura do Brasil.
Com a recente liberação de mais trigo da safra passada da Argentina para a exportação, a importação do cereal pelo Brasil poderá voltar em 2011 aos patamares registrados em 2008 (4,2 milhões de toneladas), ainda que seja improvável que cheguem ainda este ano aos mais de 5 milhões de toneladas de 2007 e 2008.
Segundo Martins, a liberação de mais trigo para exportação - é provável que o Brasil tome a maior parte dos 2,7 milhões de toneladas autorizados - favorece a indústria brasileira, que têm laços comerciais históricos com os fornecedores argentinos.
"A gente sempre está procurando fazer qualidade, em termos de farinha, vamos buscar onde encontramos preço e qualidade", disso Martins, também presidente do sindicato da indústria de São Paulo, argumentando que a safra do Paraná não tem vindo com qualidade adequada para farinha para panificação.
O volume importado da Argentina cresceu apesar de o país ter reduzido as suas importações totais entre janeiro a outubro para 4,65 milhões de toneladas, ante 5,3 milhões de toneladas nos dez primeiros meses de 2010, segundo o ministério —na temporada passada o Brasil colheu uma de suas maiores safras da história, o que reduziu a necessidade de importação como um todo.
GARANTIA DE OFERTA
A liberação de mais trigo argentino para exportação ocorre em meio à expectativa de queda nas safras da Argentina e do Brasil em 2011/12, o que garante um volume extra para o abastecimento para os moinhos brasileiros.
"Os 2,7 que vão liberar é mais oferta que vai aparecer no mercado", disse um diretor de um importante o moinho brasileiro que prefere ficar no anonimato, lembrando que os argentinos já prometeram a autorização para 3 milhões de toneladas de trigo da safra nova.
"Está relativamente tranquilo negociar, o que não falta é trigo na América do Sul, aliás não falta trigo no mundo", disse.
Segundo a fonte, o próprio governo da Argentina havia informado anteriormente que teria estoque inicial de 3,6 milhões de toneladas na safra 11/12, o que explica a liberação das exportações adicionais.
http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5495020-EI188,00-ANALISEArgentina+volta+a+aumentar+exportacao+de+trigo+ao+Brasil.html
PAUTA DIAS 1º E 2 – ENCONTRO DE COMÉRCIO EXTERIOR DO MERCOSUL (ENCOMEX) E DIVULGAÇÃO DOS DADOS DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA -
Nos dias 1º e 2 de dezembro Curitiba sedia o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex Mercosul). O evento é organizado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Governo do Paraná.
A abertura será feita nesta quinta-feira (1º), às 9 horas, pelo ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel, pelo governador Beto Richa e por ministros da Indústria da Argentina, Uruguai e Paraguai.
A pauta principal do Encomex é avaliar as duas décadas de experiência do Mercosul e planejar os próximos 20 anos do bloco econômico. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na página do evento (http://mercosul.encomex.mdic.gov.br./).
Na tarde da quinta, o MDIC vai divulgar os dados da balança comercial do mês de novembro e do acumulado do ano. Os números serão detalhados e comentados em uma entrevista coletiva a partir das 15 horas.
Os palestrantes debaterão maneiras de facilitar o comércio entre os países do bloco econômico e tratarão de temas específicos, entre eles, crescimento econômico, inovação, competitividade, câmbio, mecanismos de financiamento e negociações com terceiros países. Haverá um painel especifico para discutir as relações comerciais entre Mercosul e Canadá, com a vinda de uma delegação canadense.
A programação inclui também painéis com a participação de ministros dos países membros do bloco econômico e de outras autoridades. Haverá ainda estandes institucionais voltados para os empresários que atuam no bloco comercial e um balcão de atendimento com técnicos do MDIC para solução de dúvidas e pendências relacionadas ao comércio exterior.
Empresas exportadoras do bloco irão apresentar suas experiências comerciais exitosas no Mercosul e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) promoverão um Encontro de Negócios com empresários do bloco econômico. O Banco do Brasil irá aproveitar o encontro para anunciar os vencedores do Prêmio Proex Excelência.
Confira a programação completa - http://mercosul.encomex.mdic.gov.br/programacao
Serviço:
ENCOMEX
Datas: 1º e 2 de dezembro
Horário: 9 às 18 horas
Dia 1º (quinta-feira) – 15 horas – entrevista coletiva do Ministério do Desenvolvimento para divulgação dos dados da balança comercial do mês de novembro e do acumulado do ano
Local : Universidade Positivo - Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=66708&tit=PAUTA-DIAS-1o-E-2--ENCONTRO-DE-COMERCIO-EXTERIOR-DO-MERCOSUL-ENCOMEX-E-DIVULGACAO-DOS-DADOS-DA-BALANCA-COMERCIAL-BRASILEIRA
Brasil foi país que mais se beneficiou de sigla Brics
Rubens Barbosa
Ex-embaixador do Brasil nos EUA e Grã-Bretanha e presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Fiesp.
Inclusão projetou o Brasil para posição que levaria anos para ser alcançada
O Brasil, nos últimos dez anos, sofreu profundas transformações, cujas origens estão na modernização do pais na década dos 90, resultado de bem-sucedido programa de privatização, de estabilização da economia e do fortalecimento do setor bancário. Esses avanços da sociedade brasileira podem ser avaliados em pelo menos três aspectos: economia, área social e política externa.
Na economia, o governo Lula, que fazia oposição ao governo Cardoso, manteve as principais linhas de política econômica: austeridade fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante.
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Tópicos relacionadosBrasil, EconomiaComo resultado, o risco Brasil caiu significativamente, o crescimento aumentou, a inflação recuou para níveis de padrão internacional e os fluxos de investimento externo direto só são menores do que os da China.
As reservas internacionais chegam a mais de US$ 350 bilhões, o que oferece um colchão para evitar que as crises externas, como a de 2008 e agora, repercutam negativamente sobre a economia. O comércio exterior mais do que quadruplicou, chegando em 2011 a meio trilhão de dólares, com a China se tornando o principal parceiro do Brasil, superando os EUA.
A internacionalização da economia se acelerou e as multinacionais brasileiras (construtoras, bancos, frigoríficos, de avião, aço, ônibus, têxteis, entre outros) ocupam lugar de destaque no exterior. Hoje o Brasil, em termos de PNB, ocupa o sétimo lugar, devendo passar para o sexto neste ano ao ultrapassar o Reino Unido.
Social
Na área social, os programas de apoio financeiro às populações mais pobres, através do Bolsa Família, o aumento salarial acima da inflação e o crescimento econômico acarretaram a ascensão de mais de 40 milhões de brasileiros para a classe média, que hoje representa mais de 50% dos 190 milhões de habitantes. O mercado interno se expandiu de forma explosiva com o aumento do crédito ao consumidor.
Com forte respaldo de uma economia estável que cresce de forma sustentável, e, com a confiança da comunidade internacional, o Brasil começa a ocupar um espaço mais amplo no cenário externo.
Sua representação externa aumentou significativamente, havendo sido criadas mais de 40 embaixadas sobretudo na África, na Ásia e na América Central e Caribe.
Exterior
Missões de paz como a no Haiti devem se tornar mais comuns
O Brasil é um dos principais atores nos organismos internacionais nos temas globais, como meio ambiente, mudança de clima, energia (fóssil e renovável), comércio exterior, água, direitos humanos. Candidato natural a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, quando ficar decidida sua ampliação, o Brasil integra o G-20, novo foro decisório econômico.
O Brasil talvez tenha sido quem mais se beneficiou com o aparecimento da sigla BRIC. A inclusão do Brasil ao lado da China, Índia e Rússia projetou o pais para uma posição que normalmente levaria anos para ser alcançada. Por proposta do Brasil, o grupo foi institucionalizado e passou a se reunir regularmente, criando um fato internacional de relevo pelo peso econômico e político dos quatro países, aos quais agora se juntou a África do Sul.
A crescente presença externa projetou o Brasil, além dos limites da América do Sul, no continente africano e no Oriente Médio em função de seu "soft power", mais do que por qualquer outro fator.
Futuro
No são poucos, contudo, os desafios que o Brasil dever enfrentar nos próximos anos.
No campo econômico, a continuidade da política econômica, a aprovação pelo Congresso de reformas estruturais (tributária, a da previdência social, trabalhista e política) e a redução do custo Brasil - que cresce pela ineficiência burocrática do Estado e pelas altas taxas de juro, pela apreciação do câmbio, pela deficiente infraestrutura e pelo custo da energia - acarretarão o aumento da competitividade da economia em mais de 35%.
O Brasil terá de assumir responsabilidades de liderança e de assistência aos países mais pobres e terá maior participação em operações de paz nas Nações Unidas. O Brasil deixou de ser reativo e cada vez mais se apresenta com uma atitude afirmativa nas relações bilaterais e nos organismos internacionais.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111129_artigobrics_barbosa_rc.shtml
Holanda quer entrar no mercado brasileiro de lácteos
Em encontro com o ministro brasileiro da Agricultura, holandeses mostram interesse em exportar produtos lácteos para o Brasil
por Globo Rural On-line
Mendes Ribeiro Filho e o ministro da Agricultura da Holanda Henk Bleker (Foto: Raquel Aviani)O ministro da Agricultura, Pecuária e Abasteicmento, Mendes Ribeiro Filho, recebeu, nesta terça-feira (29/11), uma comitiva presidida pelo ministro da Agricultura e Comércio Exterior da Holanda, Henk Bleker. Durante o encontro, a Holanda mostrou seu interesse em entrar no mercado nacional de lácteo e se informou sobre os requisitos sanitários de exportação para o Brasil. “Uma das prioridades do nosso governo é avançar no que diz respeito às questões de defesa agropecuária e sanidade, para incentivar o comércio internacional e aumentar o controle da nossa produção”, destaca Mendes Ribeiro Filho. Segundo o ministro, as negociações agrícolas internacionais são de extrema importância para o desenvolvimento econômico mundial e para uma produção agrícola segura e eficaz.
Quanto às questões sanitárias, o ministro da Holanda Henk Bleker informou que o objetivo do governo holandês é estar em plena conformidade com o regulamento brasileiro, para alcançar a abertura do mercado lácteo. Como sugestão, Henk Bleker sugeriu que seja realizada uma missão brasileira à Amsterdã para verificar como funciona o sistema de fiscalização e as unidades produtoras de leite, queijos e demais produtos lácteos.
http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI281728-18077,00-HOLANDA+QUER+ENTRAR+NO+MERCADO+BRASILEIRO+DE+LACTEOS.html
Portugueses tentam atrair capital brasileiro durante crise
Gustavo Machado
São Paulo - Os países europeus continuam sua busca por investimentos de emergentes para capitalizar suas empresas. Ontem, foi a vez de Portugal realizar um evento em São Paulo para atrair empresários brasileiros que queiram ingressar no mercado da pátria-mãe.
Com a participação de João Carlos Ferraz, vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o encontro, organizado pela Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil (CPCB), tentou atrair os investidores com a promessa de internacionalização na Europa a partir de Portugal.
Em conversa informal antes da apresentação de Ferraz, Manuel Tavares de Almeida Filho, presidente da CPCB, pedia ao convidado que, durante o pronunciamento, desse maior ênfase às linhas de crédito para internacionalização do BNDES e sobre como os empresários poderiam buscar o financiamento. O pedido foi rejeitado pelo vice-presidente do BNDES, que preferiu falar sobre o panorama internacional. "Como o pessoal é muito qualificado, farei uma coisa mais estratégica", disse Ferraz.
De acordo com Manuel Tavares, o momento é favorável para investir em Portugal. Com as empresas perdendo valor, o capital detido pelas companhias nacionais seria suficiente para aproveitar a pechincha forçada pela crise internacional. Porém, o mercado português deve se deteriorar ainda mais durante 2012.
Nesta segunda-feira, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou a projeção para crescimento de Portugal. O órgão entende que no próximo ano o Produto Interno Bruto país contrairá 3,2%, enquanto que em 2011 diminuirá menos, 1,6%.
Se a lógica do mercado financeiro valer, a de comprar na baixa para lucrar na alta, como entende Manuel Tavares, talvez seja melhor realizar os investimentos ao final de 2012. Porém, o momento atual não deixa de ser vantajoso. "Não quer dizer que não se possam iniciar os trabalhos na Europa de uma forma mais cuidadosa, e num momento de recuperação, investir mais pesadamente", diz Manuel Tavares.
De acordo com o presidente da CPCB, após a recuperação europeia, o posicionamento das empresas perante este mercado será determinante para sua exploração nos próximos anos. "Deve-se investir agora, quando se conseguem fazer aquisições de uma forma mais barata, e depois, no médio prazo, aguarda o desenvolvimento do mercado. Quem se posicionar hoje, neste momento de dificuldade, tem uma vantagem na retomada da economia", complementa Tavares.
De acordo com João Carlos Ferraz, o BNDES está de prontidão para apoiar projetos brasileiros que visam comprar companhias portuguesas. "Se tiverem bons projetos, o BNDES jamais se recusa a apoiar. Quem ganhará é o povo brasileiro", comenta.
Ivan Ramalho, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior (Abece), afirma ser boa a oportunidade pelo ingresso facilitado à União Europeia. "Esta é uma porta aberta para a Europa, além de ser mais fácil investir em Portugal do que em outros países", afirma Ramalho ao citar a proximidade cultural entre as nações. Para o ex-secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o foco deve ser as empresas atuantes no comércio internacional. "O projeto tem que visar a exploração da União Europeia", diz Ramalho.
O ex-secretário do Mdic faz coro a Manuel Tavares, que entende que o mercado consumidor português não justifica investimentos no país. "Obviamente, o consumo deles é baixo. As empresas passam por uma depreciação muito forte dos ativos. Porém, as empresas que trabalham com comércio exterior, estão sofrendo muito menos do que as outras que explorar o mercado interno", afirma Tavares.
Eletrobras
Segundo o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, o banco estatal ajudará a Eletrobras a comprar parte da Energias de Portugal (EDP).
"O presidente [do BNDES] Luciano Coutinho está indo a Portugal para examinar o que está ocorrendo com a proposta da Eletrobras, que está nos dias finais de acordo. Tem uma turma trabalhando já há algum tempo nisso", disse após o encontro.
Alterações no código em vigor da estatal também estão sendo estudadas, para que o BNDES possa financiar companhias que pretendam se internacionalizar. "Estamos vendo se é possível, junto com o Banco Central, financiar empresa de capital nacional fora do país, para que ela adquira ativos no exterior", afirmou
No ano, os investimentos brasileiros em Portugal caíram substancialmente. Em 2010, US$ 970 milhões foram aportados no parceiro sob esta rubrica. Já, até outubro de 2011, apenas US$ 84 foram atraídos pelos portugueses. Com a possível compra de parte da EDP pela Eletrobras o montante, certamente, superaria o do ano anterior. Caso a compra de 21,35% de controle acionário se consolide sob o valor das ações da companhia no fechamento de ontem, a Eletrobras teria de realizar um aporte de US$ 2,4 bilhões.
http://www.dci.com.br/Portugueses-tentam-atrair-capital-brasileiro-durante-crise-6-399935.html
Negócios garantem milhões de dólares
Graciete Mayer
Os empresários brasileiros tiveram a oportunidade de pesquisar o mercado angolano para garantir a exportação dos produtos
Angola e Brasil prevêem realizar, nos próximos 12 meses, negócios calculados em 51 milhões de dólares, sendo a maior parte deles ligados aos sectores da construção civil, máquinas e equipamentos e alimentos, bebidas e agronegócios, anunciou o ministro brasileiro para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Fernando Pimentel, que fazia o balanço da visita que efectuou, em conjunto com uma missão empresarial, na semana passada a Angola, destacou a importância das relações comerciais entre os dois países e o continente africano.
“A realização desta missão é fruto da visita da Presidente Dilma Rousseff, em Outubro. Estamos a expandir as linhas de financiamento e a tornar mais férteis as relações do Brasil com os países de África. O caminho da paz e da cooperação vai fortalecer ainda mais os laços profundos de amizade já existentes entre Brasil e Angola.”
Neste contexto, as exportações brasileiras para Angola atingiram nos últimos nove meses mais de 700 milhões dólares, enquanto o Brasil importou produtos avaliados em 300 milhões de dólares, segundo dados divulgados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Os principais produtos vendidos pelos brasileiros para o país africano foram açúcares de cana, beterraba e sacarose, pedaços de frango congelado, frango congelado, carnes de suíno congeladas e farinha de milho. Os produtos mais importados de Angola pelo Brasil, no mesmo período, foram óleos brutos de petróleo e outros propanos liquefeitos e butanos liquefeitos.
A delegação empresarial brasileira, composta por 53 empresas, foi organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pela Apex-Brasil. Durante três dias, foram realizados vários encontros entre as entidades governamentais angolanas e brasileiras e a terceira edição do Brasil Casa Design.
Trata-se de um evento que tem por objectivo estimular negócios entre empresários brasileiros e estrangeiros e trabalhar a percepção de formadores de opinião locais sobre a qualidade, a tecnologia e o design dos produtos brasileiros do sector de casa e construção civil.
O Brasil Casa Design de Luanda contou com exposição de produtos, mostra fotográfica e uma galeria de projectos brasileiros que ganharam troféus no IF Design e Idea, dois dos mais importantes prémios do design mundial.
Também foram realizadas reuniões com arquitectos, empreiteiras e empresas do sector de casa e construção civil de Angola, organizadas pela Apex-Brasil e pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitectura (AsBEA).
Nas duas primeiras edições, realizadas na capital da Argentina e na cidade do Panamá, foram gerados negócios da ordem de 18 milhões dólares.
http://jornaldeangola.sapo.ao/15/0/negocios_garantem_milhoes_de_dolares
Ministro do Comércio chinês afirma que vai aprofundar cooperação com o exterior
O ministro do Comércio da China, Chen Deming, afirmou ontem (28) que o país vai adotar uma atitude mais ativa para promover o desenvolvimento das parcerias com outros países. Com base nos compromissos assumidos, desde a adesão à OMC, sobre redução alfandegária e abertura do mercado, uma nova serie de medidas está sendo levada adiante de maneira ordenada.
O ministro chinês fez tal afirmação durante a 5ª reunião da Associação de Empresas com Investimentos Estrangeiros da China, realizada em Beijing.
Chen Deming acrescentou que, até o momento, 104 departamentos de serviços do país estão abertos ao capital externo, próximo ao nível médio dos países avançados que é de 108.
Tradução: Sônia Qiu Revisão: Luiz Tasso Neto
http://portuguese.cri.cn/561/2011/11/29/1s142923.htm
China planeja comércio de serviços de US$ 600 bilhões em 2015
A China aumentará seus esforços para impulsionar o comércio de serviços e tem como meta uma taxa de crescimento anual de 11% do setor a fim de atingir US$ 600 bilhões em 2015, disse segunda-feira o Ministério do Comércio.
A meta, que foi estabelecida em um plano quinquenal sobre comércio de serviços, divulgado pelo ministério, foi fixada conforme o desenvolvimento do comércio de serviços tanto no país como nas economias desenvolvidas, disse Zhou Liujun, diretor do Departamento do Comércio de Serviços e Serviços Comerciais do ministério, em uma entrevista coletiva oferecida para apresentar o plano.
A China experimentou por muito tempo um desenvolvimento desequilibrado entre o comércio de serviços e o comércio de mercadorias e um crescente déficit no comércio de serviços, disse Zhou, acrescentando que apesar da situação complexa prevista para os próximos cinco anos, a indústria verá mais oportunidades que desafios.
O governo dará prioridade ao desenvolvimento de 30 setores de serviços, incluindo as áreas tradicionais, como de turismo e construção, que contam com vantagens comparativas, e as áreas emergentes, como os serviços de consultoria e de computação e informática.
Visando construir uma plataforma comercial para as empresas nacionais e do exterior, o ministério realizará uma feira internacional anual de comércio de serviços em Beijing a partir de 2012, anunciou.
Durante os três primeiros trimestres do ano, o comércio de serviços do país cresceu 18,7% anualmente para US$ 308,1 bilhões, com US$ 134,2 bilhões em exportações e US$ 173,9 bilhões em importações, de acordo com os dados do ministério.
(Xinhua) http://portuguese.cri.cn/561/2011/11/29/1s142924.htm
BRICS não querem interferência exterior na Síria e Irã
Os países do BRICS lançaram uma nova ofensiva diplomática. É assim que o especialista da Escola Superior de Economia Leonid Syukiyaynen comentou a reação geral do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul sobre os acontecimentos em torno do Irã e da Síria. Esses cinco países exigiram que não haja interferência exterior nos assuntos da Síria e que o Irã não seja pressionado com novas sanções.
Os países do BRICS declararam que o início imediato das negociações por parte de Damasco com a oposição é a única opção aceitável para a solução da crise síria. Uma maior pressão sobre Teerã só pode agravar a situação em torno do programa nuclear iraniano. A situação deve ser resolvida exclusivamente por via diplomática.
São evidentes os esforços dos países do BRICS para participar mais ativamente na solução dos problemas nos pontos quentes. Anteriormente, eles assumiram uma posição comum na ONU com relação à Líbia e se comprometeram a coordenar esforços para defender suas posições políticas e seus interesses comerciais na Líbia. Essa tendência política externa nas atividades do grupo BRICS vai aumentar, diz o especialista Leonid Syukiyaynen:
Estes esforços diplomáticos dos países BRICS confirmam o aumento de seu prestígio e atividade no mundo. Sem dúvida, dadas suas capacidades políticas, econômicas e outras, este clube informal terá um impacto cada vez mais significativo sobre os acontecimentos mundiais e na solução de crises regionais e globais.
O primeiro passo coordenado dos BRICS foi o comércio entre eles nas próprias moedas, o que foi acordado na cúpula de Primavera realizada em Boao. Os líderes dos cinco BRICS deram a entender que isso não é nada mais do que um dos tijolos da construção do futuro da economia mundial que virá substituir as já condenadas Torres Gêmeas – os emissores de dólares e dívidas.
Em outubro, sete bolsas de valores na Rússia, China, Índia, Brasil e África do Sul anunciaram a criação de uma aliança e intenção de conjuntamente entrar nos mercados de ações. A iniciativa foi manifestada na 51ª reunião geral da Federação Mundial de Bolsas em Joanesburgo. Inicialmente, os parceiros se assegurarão dos inevitáveis riscos que surgem no comércio entre eles. Outro ponto de desenvolvimento dessa aliança pode ser a criação de produtos de economia mista. E isso, por sua vez, ajudará a melhorar a liquidez dos mercados BRICS, e a seus investidores – compreender melhor a situação em outros mercados emergentes. O especialista Leonid Syukiyaynen está convencido de que os BRICS estão se transformando em um dos pólos de poder global:
No mundo de hoje se formam novos centros de poder. Antes eram dois pólos, depois o mundo se tornou unipolar. Agora a situação está mudando. Em diferentes regiões do mundo se criam grupos com diferentes centros de gravidade. E o BRICS são um desses centros internacionais poderosos que vem se desenvolvimento rapidamente.
As reservas cambiais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão em ascensão e ultrapassam quatro trilhões de dólares. Eles são responsáveis por quase metade (45%) da população mundial, por mais de um quarto da superfície terrestre do planeta e por mais de 21 por cento da produção mundial. Este é um importante tijolo que foi deixado de lado pela ordem mundial formada pelo Ocidente, ordem essa que agora mostra suas brechas.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/11/29/61202427.html
Exportação de industrializados é irreal
Pela classificação da entidade, o Brasil exportou 60,4% de produtos básicos em outubro, e não 49,3%
Pelo critério da OMC (Organização Mundial do Comércio), o Brasil superestima o peso dos produtos industrializados nas exportações.
No mês passado, 49,3% das exportações brasileiras foram de produtos básicos, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Para a OMC, o percentual é de 60,4%.
É o que mostra levantamento feito pela Folha, com base nos padrões seguidos pela OMC, nos produtos exportados que constam da balança comercial divulgada pelo ministério.
Esses critérios são usados unicamente para elaboração de estatísticas, mas são importantes porque refletem o valor tecnológico que cada país consegue adicionar às suas vendas.
O Brasil, que sofreu críticas à participação excessiva de commodities nas exportações, adota desde os anos 1960 um padrão que valoriza o peso dos manufaturados.
Há uma lista de pelo menos 15 produtos que o governo brasileiro classifica como industrializados (divididos entre manufaturados e semimanufaturados), mas que, para a entidade internacional, são básicos.
O que mais chama a atenção, pelo peso que possui na pauta exportadora, é o açúcar "em bruto", ou seja, aquele que passou pela primeira etapa de refino.
O US$ 1,2 bilhão exportado do produto pelo Brasil em outubro, com 5,38% de participação nas vendas externas totais do país, é contabilizado na categoria "semimanufaturados".
A OMC também adota uma subcategoria com esse nome, mas os produtos que a compõem são manufaturados de couro, borracha, cortiça e madeira, fios e tecidos e partes de alumínio e de ferro.
Sucos - Já da versão brasileira fazem parte produtos como ouro para uso não monetário, borracha sintética, manteiga e sucos e extratos vegetais. Com exceção do ouro, que entra em um grupo à parte, todos são básicos para a OMC.
"A categoria semimanufaturados como a conhecemos foi criada há décadas, quando o governo queria estimular um maior grau de beneficiamento nos produtos exportados", diz José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
"Até hoje é assim, apesar de sabermos que os semimanufaturados são commodities com um pequeno grau de beneficiamento."
Pelo critério da OMC, a participação dos semimanufaturados no total das exportações cairia de 13,6% para 6,4% e a dos manufaturados, de 34,7% para 30,7%, pelos dados de outubro.
"Do mesmo jeito que a nossa categoria semimanufaturados é enganosa, muitos produtos classificados como manufaturados também são", afirma o economista Fernando Sarti, da Unicamp.
"O celular, por exemplo, é um produto de elevada tecnologia, mas grande parte é apenas montada no Brasil. Isso não é agregar valor."
Folha de S. Paulo
Controle de radiação deixa cerveja japonesa parada no Porto de Santos
Documentos que mostram que produto não tem radiação demoraram a chegar; segundo importadores, a Asahi foi a primeira cerveja japonesa vendida no Brasil
Controle de radiação deixa cerveja japonesa parada no Porto de SantosDocumentos que mostram que produto não tem radiação demoraram a chegar; segundo importadores, a Asahi foi a primeira cerveja japonesa vendida no Brasil
Dois contêineres com 5 mil unidades da cerveja japonesa Asahi Super Dry estão parados no Porto de Santos – um deles, há mais de um mês. Eles aguardam prova de que os alimentos transportados não sofreram contaminação radioativa, devido ao incidente em Fukushima. A empresa Yamato Comercial, responsável pela comercialização, acredita que a mercadoria deva ser liberada em cerca de uma semana.
A Asahi é fabricada em Kanagawa, região que não é considerada de risco. Mesmo assim, precisa ser analisada quando chega ao Brasil, por segurança. Além disso, todo alimento que sai do Japão leva uma licença emitida pelo país, atestando que não há contaminação – e, no caso da Asahi, esse laudo demorou a chegar ao Brasil. “As cervejas chegaram antes dos documentos”, lamenta Waldery Braga, coordenador de importação da Yamato.
Segundo os importadores, a Asahi é a primeira cerveja vendida no Brasil que é fabricada de fato no Japão. As concorrentes Saporo e Kirin, embora sejam empresas japonesas e tenham produção naquele país, usam lotes feitos nos EUA e no Canadá, respectivamente, para exportação.
A Asahi foi vendida no Brasil em 2006 e 2007, quando parou de ser distribuída. Agora, segundo os importadores, restaurantes começaram a pedir a volta da cerveja, que é do tipo “super dry” (ou "super seca"), com poucas opções de rótulos no mercado nacional. “O sabor é leve, refinado e seco”, explica Braga.
http://economia.ig.com.br/controle-de-radiacao-deixa-cerveja-japonesa-parada-no-porto-de-s/n1597387456056.html