Máquinas aumentam sua fatia nas exportações
Máquinas e equipamentos ganharam mais espaço nas exportações regionais neste ano, embora o primeiro lugar ainda seja ocupado por sapatos e outros produtos prontos, os bens de consumo.
A venda ao exterior de máquinas (ou bens de capital) atingiu US$ 210,10 milhões de janeiro a maio deste ano. No mesmo período de 2009, o embarque desse tipo de produto atingiu US$ 168,58 milhões -alta de 25%.
O setor elevou sua fatia no bolo das exportações, que era de 14% no total negociado de janeiro a maio de 2009, para 17% neste ano.
Para registrar a movimentação do comércio exterior do país, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divide as mercadorias negociadas em quatro classes: bens de capital, bens intermediários (insumos e peças), bens de consumo e combustíveis.
O coordenador do Núcleo de Comércio Exterior do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Rodrigo Faleiros diz que produtos como as caldeiras e turbinas produzidas pelas indústrias de Sertãozinho beneficiam mais a região do que a venda de matérias-primas, por exemplo, por terem maior valor agregado.
"É diferente você vender uma usina e vender um grão moído. Com a usina você agrega processo produtivo, empregos", diz Faleiros.
Em 2010, a fatia de bens de consumo nas exportações encolheu: representava 63% entre janeiro e maio de 2008 e agora é de 61%.
Os bens intermediários mantiveram a fatia de 22%. Além do setor de equipamentos sucroalcooleiros de Sertãozinho, o avanço nas exportações de máquinas se deve a vendas aquecidas dos motores e transformadores de São Carlos.
Folha de S. Paulo
Para ministro, sanção ampliará exportações
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, previu ontem que as novas sanções contra o Irã, aprovadas na quarta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU, devem beneficiar as exportações brasileiras para o país persa. O setor mais privilegiado deverá ser o de alimentos, afirmou o ministro.
"Vários países devem retrair (as vendas) com a sanção aplicada pela ONU. Isso abre uma porta de oportunidades para o Brasil", avaliou Jorge ao participar do programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). O ministro disse que o Irã passou a ser, este ano, o segundo maior comprador de carne do Brasil.
Ele lembrou que liderou recentemente uma missão empresarial ao Irã, quando foi pessoalmente recebido pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad. Lembrou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, em visita ao Irã no mês passado, uma linha de financiamento para importadores iranianos comprarem produtos brasileiros, no valor de 1 bilhão, nos próximos cinco anos.
Aprovada apesar da oposição do Brasil e da Turquia, a quarta rodada de sanções não atinge as exportações brasileiras. As restrições são direcionadas aos programas nuclear e balístico iranianos.
Renata Veríssimo - O Estado de S.Paulo
Receita da exportação de carne cresce 38% em maio
As exportações brasileiras de carne bovina somaram US$ 447 milhões em maio, um crescimento de 38% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram embarcadas 175 mil toneladas contra 158 mil em maio de 2009. Os dados foram divulgados ontem (10) pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
A Rússia foi a principal compradora da carne in natura brasileira, com importações de 37 mil toneladas em maio e receita de US$ 92 milhões. Em segundo lugar ficou o Irã, com receita de US$ 69 milhões e volume de 26 mil toneladas. Já o Reino Unido foi o maior mercado da carne industrializada no mês, com US$ 12 milhões em receita e 10 mil toneladas em volume.
A recuperação da economia mundial, a maior demanda pela carne bovina a partir dos principais mercados importadores e as dificuldades pelos concorrentes do Brasil contribuíram para o aumento das exportações da carne bovina brasileira, segundo o diretor da Abiec, Otávio Cançado.
De janeiro a maio, as exportações do setor alcançaram US$ 1,9 bilhão, um crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume, o aumento foi de 3%, somando 794 mil toneladas embarcadas.
Agência Anba
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