Balança comercial da segunda semana de junho tem corrente de comércio de US$ 7,7 bilhões
A balança comercial da segunda semana de junho de 2010 fechou com déficit de US$ 166 milhões e média diária de menos US$ 33,2 milhões. O saldo comercial negativo dos cinco dias úteis do mês, de 7 a 13, foi resultante da diferença entre exportações de US$ 3,767 bilhões (média diária de US$ 753,4 milhões) e importações de US$ 3,933 bilhões (média diária de US$ 786,6 milhões). Em consequência, a corrente de comércio (soma das duas operações) fechou o período em US$ 7,7 bilhões (média diária de US$ 1,540 bilhão).
A média das exportações da segunda semana chegou a US$ 753,4 milhões, 29,4% inferior à média de US$ 1,067 bilhão da primeira semana. Houve redução nas vendas das três categorias de produtos: básicos (-45,9%), por causa de petróleo em bruto, soja em grão, carnes de frango, bovina e suína, farelo de soja e fumo em folhas; manufaturados (-10,7%), principalmente, autopeças, calçados, veículos de carga, bombas e compressores, motores e geradores, etanol e máquinas para terraplanagem; e semimanufaturados (-9,1%), devido a açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, celulose, couros e peles e ferro fundido, dentre outros.
Do lado das importações, houve acréscimo de 14,7% sobre igual período comparativo, motivado, principalmente, pelo aumento dos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, siderúrgicos, farmacêuticos e borracha e obras.
Mês
No mês, com oito dias úteis, o superávit foi de US$ 979 milhões e a média diária de US$ 122,4 milhões. Somando as duas semanas de junho, as exportações chegaram a US$ 6,969 bilhões (média diária de US$ 871,1 milhões) e as importações a US$ 5,990 bilhões (média diária de US$ 748,8 milhões). A corrente de comércio somou US$ 12,959 bilhões (média diária de US$ 1,619 bilhão).
Na comparação com todo o mês de maio deste ano (média diária de US$ 843 milhões), as exportações cresceram 3,3%, devido ao aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (12,6%) e manufaturados (3,6%), enquanto decresceram as vendas de básicos (-1,4%). Em relação ao junho de 2009 (média diária de US$ 689 milhões), o acréscimo foi maior, com as exportações tendo aumentado 26,4%. Cresceram as vendas de produtos semimanufaturados (57%), por conta de semimanufaturados de ferro/aço, ferro-ligas, couros e peles, óleo de soja em bruto, açúcar em bruto e celulose; básicos (24,7%), devido a petróleo, minério de ferro, carne bovina, suína e de frango, minério de cobre e farelo de soja; e manufaturados (17,3%) - óleos combustíveis, veículos de carga, máquinas/aparelhos para terraplanagem, autopeças, bombas e compressores, pneumáticos, automóveis e calçados.
Nas importações, a média diária até a segunda semana de junho de 2010 ficou 59,4% acima da média de junho de 2009 (US$ 469,7 milhões) e 10,3% superior a de maio último (US$ 679 milhões). No comparativo com junho do ano passado, aumentaram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (97,9%), siderúrgicos (96,9%), borracha e obras (84,2%), veículos automóveis e partes (72,1%), equipamentos elétricos e eletrônicos (62,4%), equipamentos mecânicos (56,5%) e plásticos e obras (53%). Em relação a maio deste ano, houve crescimento, principalmente, em combustíveis e lubrificantes (24,6%), veículos automóveis e partes (20,6%), plásticos e obras (16,1%), cereais e produtos de moagem (13,6%), equipamentos mecânicos (9,6%) e químicos orgânicos/inorgânicos (8,4%).
Também pelo critério da média diária, foi registrado aumento na corrente de comércio - mais 6,4% na comparação com maio último e 39,8% frente a junho do ano passado. Por outro lado, o saldo comercial caiu 25,4% se comparado com maio de 2010 e 44,2% em relação a junho de 2009.
Superávit no ano
No acumulado do ano, o superávit da balança comercial foi de US$ 6,588 bilhões, com média diária de US$ 59,9 milhões. O resultado foi 41,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, que teve saldo comercial positivo de US$ 11,248 bilhões e resultado médio diário de US$ 102,3 bilhões.
Nas exportações, na comparação pela média diária, o resultado deste ano está 28,5% acima do registrado de janeiro a segunda semana de junho de 2009. De US$ 61,525 bilhões (média diária de US$ 559,3 milhões) passou para US$ 79,063 bilhões (média diária de US$ 718,8 milhões), este ano.
As importações também aumentaram, na mesma comparação. Este ano houve acréscimo de 44,2%, com importações de US$ 72,475 bilhões (média diária de US$ 658,9 milhões). No mesmo período de 2009, o valor registrado foi de US$ 50,277 bilhões (média diária de US$ 457,1 milhões).
MDIC
Força do euro ocultou problemas fiscais, diz Van Rompuy
DA EFE, EM LONDRES
A força do euro escondeu dos países da zona da moeda única os problemas fiscais subjacentes, segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
Em entrevista publicada hoje pelo "Financial Times", o político belga critica ao mesmo tempo os mercados financeiros por sua reação, que considera excessiva às dificuldades econômicas atuais e por guiar-se por "rumores e preconceitos".
"Os mercados se mostraram excessivamente indulgentes na primeira década, mas agora a maior parte do tempo reagem de modo excessivo aos mínimos incidentes", critica Van Rompuy.
"O erro não ocorreu este ano. O erro aconteceu nos 11 primeiros anos da história do euro", assinala o presidente europeu.
"O euro se transformou em uma moeda forte com muito pequenos diferenciais das taxas de juros (nos bônus do Tesouro). Foi como um sonífero, como uma droga. Não percebemos os problemas subjacentes", explica Van Rompuy.
Segundo ele, o bloco de 16 países que integram a zona do euro estiveram a ponto de ruptura no mês passado, algo que teria originado uma crise mundial.
Agora, no entanto, os dirigentes europeus compreenderam que a única forma de avançar é aplicar reformas econômicas que serão politicamente impopulares, mas são necessárias, como a flexibilização dos mercados trabalhistas e o atraso da idade de aposentadoria.
Van Rompuy presidirá na próxima quinta-feira em Bruxelas uma cúpula de chefes de Estado e do governo da União Europeia que deve aprovar um programa de reforma econômica para os próximos dez anos.
Folha de São Paulo
Dívida pública da Itália bate recorde de 1,8 trilhão de euros em abril
DA FRANCE PRESSE, EM MILÃO
A dívida pública da Itália, uma das mais importantes do mundo, alcançou 1,81279 trilhão de euros (US$ 2,19 trilhões) em abril, um nível recorde, indicou nesta segunda-feira o banco da Itália.
A dívida italiana progrediu 0,8% em relação ao nível de 1,797734 trilhão de euros (US$ 2,16 trilhões) do mês de março. O Banco de Itália não indica o que representa esta dívida em percentagem em relação ao PIB.
O último recorde em valores absolutos da dívida foi em outubro de 2009, mês que chegou a 1,802264 trilhão de euros (US$ 2,17 trilhões).
Em 2009 a dívida pública da Itállia alcançou 115,8% do PIB e deve progredir a 118,4% este anos, segundo as previsões do governo.
Para sanear as finanças públicas e tranquilizar os mercados, o governo adotou em 25 de maio um plano de ajuste de 24,9 bilhões de euros (US$ 30,08 bilhões) para 2011 e 2012. Isso permitirá uma redução do deficit público de 2,7% do PIB em 2012 contra 5,3% no ano passado.
O plano prevê congelar por três anos os salários dos funcionários, uma redução de 10% dos orçamentos ministeriais e uma contribuição importante das coletividades locais nas medidas de poupança e luta contra a evasão.
Folha de São Paulo
Produção industrial da Zona do euro tem maior avanço desde 1991
DA REUTERS, EM BRUXELAS
A produção industrial da zona do euro registrou em abril a maior alta na comparação anual em quase duas décadas, segundo dados da Agência de Estatísticas Eurostat, divulgados nesta segunda-feira.
A atividade cresceu 0,8% sobre março e saltou 9,5% ante abril de 2009, a maior variação desde o início da série histórica em janeiro de 1991.
A Eurostat revisou para cima o dado de março, para crescimento de 1,5% ante fevereiro e de 7,7% sobre o ano passado, ante as leituras preliminares de, respectivamente, 1,3% e 6,9%.
Folha de São Paulo
Fiesp mapeia escassez de profissionais em 23 setores
Estudo tenta prevenir "apagão" de mão de obra. Empresas investiram, e agora, para ficarem mais competitivas, precisam de funcionários mais qualificados, diz diretor da Fiesp
Para evitar o risco de "apagão" de mão de obra em 23 setores da economia, a Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp) iniciou um trabalho para identificar que profissionais serão necessários no estado até 2012.
O mapeamento começou pelo setor de alimentos, maior empregador em São Paulo. São 365.381 mil trabalhadores em 6.777 empresas, segundo dados do Ministério do Trabalho até abril.
A partir da previsão de crescimento desse setor nos próximos dois anos (4,84% neste ano, 3,30% em 2011 e 3,87% em 2012), o estudo considera que serão criados 8.560 empregos no estado.
Quase 70% deles estão concentrados em ocupações ligadas a quatro áreas: fabricação e refino de açúcar; produção e conservação de alimentos; panificação e confeitaria; e abate e preparo de carnes e aves para venda.
Se levada em conta a mão de obra necessária para repor as vagas já existentes (substituição de demitidos e aposentados, por exemplo), o número de empregos nesse ramo pode chegar a 50.386. A estimativa é até modesta considerando-se o ritmo de abertura de vagas nos últimos meses. De janeiro de 2009 a abril deste ano, foram criados 48.844 empregos no ramo alimentício no Estado.
"Caça a funcionários"
"Com o aumento do consumo e superada a crise, o setor ganhou fôlego. As empresas investiram, compraram equipamentos. E agora, para ficarem mais competitivas, precisam de funcionários mais qualificados", diz José Roberto Ramos Novaes, diretor do Departamento de Ação Regional da Fiesp.
Com o estudo, a Fiesp também planeja desenvolver projetos em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) para atender as empresas.
Depar também pretende estimular indústrias de pequeno e médio portes a criarem políticas estratégicas de gestão de pessoas para tentar evitar a "caça" de profissionais entre elas.
Na região de Botucatu (SP), a "caça" era explícita.Era comum encontrar kombis com alto-falantes, oferecendo vagas e vantagens salariais aos operários que trocassem de emprego, segundo técnicos da indústria.
Em Marília (SP), conhecida como a capital nacional do alimento, a disputa de profissionais também é intensa para os cargos nos altos escalões das empresas.
"Há carência de gerentes e profissionais de marketing e desenvolvimento de produtos. Eles acabam sendo "importados" de outras regiões e empresas de outros setores", afirma Alexandre Martins, presidente da Associação das Indústrias de Alimentos de Marília e região.
A Marilan pretende investir R$ 600 mil no ano em formação profissional. Eduardo Silva, diretor de recursos humanos da empresa, diz que encontra dificuldade para preencher vagas desde áreas técnicas até em funções como inteligência de mercado.
No ramo de chocolates, a expansão de vagas acontece na área industrial e comercial. "A distribuição de renda no País aumenta não só o número de consumidores, mas a qualidade do consumo, que se sofistica", diz Getúlio Ursulino Netto, presidente da associação desse setor. "E para atender as exigências são necessários profissionais mais preparados", diz.
Folha de S. Paulo
BC interrompe operações de câmbio durante jogos do Brasil
O Banco Central vai alterar os horário de operações de câmbio no mercado interbancário e respectivos registros no Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen) nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo. Haverá interrupção de acordo com o horário do jogo.
Nos dias em que os jogos se realizarem às 15h30min, a transação no interbancário eletrônico estará disponível para o registro das operações até às 13h30min e para as respectivas confirmações até às 14h. No caso das transações no interbancário eletrônico com participação de câmara ou prestador de serviços de compensação e de liquidação, o sistema estará disponível para o registro das operações até às 13h30min e para as respectivas confirmações até às 14h.
Nos dias em que os jogos se realizarem às 11h, a primeira transação estará disponível para registro das operações das 9h até às 10h e confirmação até às 10h30min, e para registro das operações das 14h30min até às 17h e confirmação até às 17h30min. A segunda modalidade estará disponível para registro de operações até às 10h e para as respectivas confirmações até às 10h30min. O BC informou que entre as 10h e as 14h30min o Sisbacen estará indisponível para registro de operações. A partir das 14h30min até às 17h, os registros podem ser feitos normalmente.
Jornal do Comércio
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