LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 25 de junho de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 25/06/2010

Exportações do Japão crescem 32,1% em maio ante 2009SÃO PAULO - As exportações japonesas somaram 5,311 trilhões de ienes em maio, com expansão de 32,1% em relação a um ano antes. As importações ficaram em 4,986 trilhões de ienes, elevação de 33,4% na mesma comparação.

Assim, a balança comercial do Japão registrou superávit de 324,237 bilhões de ienes no mês passado, um avanço de 15,2% perante os 281,392 bilhões de ienes apurados em maio de 2009.

Vale notar que, em abril, as exportações totalizaram 5,887 trilhões de ienes e as importações, 5,147 trilhões de ienes, com expansão de 40,4% e 24,2%, respectivamente. O saldo comercial foi positivo em 740,510 bilhões de ienes.

Os dados foram apresentados pelo Ministério das Finanças japonês.
Juliana Cardoso - Valor Econõmico



China tira isenção para o aço e ameniza batalha no Brasil
SÃO PAULO - A chegada do mês de julho deverá acirrar as negociações na cadeia brasileira do aço. O aumento previsto de cerca de 35% do valor do minério de ferro fornecido pela Vale -maior produtora do metal - e que deverá entrar em vigor a partir do dia 1º de julho, exigirá aumento do preço do aço, que entrará diretamente nos custos das montadoras.

A Fiat e o grupo Renault- Nissan já se preparam para recorrer ao aumento das importações do aço, caso não haja brecha para negociação com as siderúrgicas. "Hoje o aço que vem da Usiminas e de outros fornecedores locais já está chegando 15% mais caro em nossa fábrica, se comparado ao produto asiático, disse o gerente de Logística do Grupo Fiat Automóveis, Mauricélio Faria. Segundo ele, se esse valor subir ainda mais, vai ficar inviável.

De acordo com o executivo, o preço do aço nas fábricas ainda não impactou o produto final. "Por enquanto o aumento do preço foi bem absorvido e temos condições de segurar as oscilações do mercado por enquanto, mas não poderemos sustentar depois de 1º de julho. A partir do próximo mês, será necessário negociar com as siderúrgicas do mercado externo. O que temos aqui é uma situação simples de mercado competitivo, em que quem tem o menor preço leva", previu Faria. O presidente da Volkswagen do Brasil, Tomas Schmall, também anunciou na semana passada parcerias internacionais para importação de aço. "Hoje, os fornecedores europeus e asiáticos estão mais acessíveis", afirmou Schmall, que acrescentou: "Já começamos a estudar possibilidades de contratos de 18 a 36 meses de importação, já que não há previsão de redução de preços do minério e consequentemente de arrefecimento do impacto dos aumentos do insumo no aço nacional". A declaração do executivo foi uma resposta às afirmações feitas pelo presidente da Usiminas, Wilson Brumer, no início do mês. Na ocasião, o executivo da siderúrgica já previa o aumento do aço como consequência da majoração do minério: "Não queremos nos antecipar sem estudar a situação, mas certamente se há um aumento no preço do minério, não poderemos fechar os olhos".

Atualmente, a Volkswagen importa 30% de todo o aço utilizado nos carros nacionais, enquanto a Fiat e a Ford estão na casa dos 15% e 20%. A pretensão das montadoras, no entanto, não é diminuir esta marca.

A Posco, principal siderúrgica da Coreia do Sul, acaba de anunciar um aumento de 6% dos produtos feitos de aço para o terceiro trimestre.
DCI - Comércio, Indústria e Serviços




Exportação da indústria de máquinas cresce 6,6%
De janeiro a maio de 2010, as exportações da indústria de máquinas e equipamentos passaram de US$ 3.124,97 milhões para US$ 3.330,83 milhões, registrando crescimento de 6,6%. No mesmo período, as importações evoluíram de US$ 7.921,23 milhões para US$ 8.703,91 milhões, registrando um crescimento de 9,9%.

De acordo com Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a entidade não se posiciona contra as importações pura e simplesmente, mas sim contra importações que não trazem contribuição na área tecnológica. “A China, por exemplo, já aparece em terceiro lugar na origem das importações do setor, enquanto que a Índia que até a pouco tempo não figurava nas estatísticas, agora aparece em décimo lugar”, disse Neto em nota divulgada pela entidade.

Os Estados Unidos embora tenham apresentado queda de 11,4% nas compras de máquinas e equipamentos brasileiras, ainda continuam liderando o ranking, registrando valores de US$ 537 milhões em 2010 e também lideram o ranking de origem das importações, com participação de 26% no volume total e crescimento de 3,5% no período.

A Alemanha teve um decréscimo na participação de 1,6% e registrou queda no volume de vendas de 2,7%, enquanto a China apresentou crescimento no volume de remessas de máquinas e equipamentos para o Brasil da ordem de 50,6%.

Mais emprego
O número de empregos na indústria de máquinas também cresceu no mês de maio de 2010 com uma taxa de variação de 4,4% em relação a maio de 2009, passando de 323.200 para 242.331 pessoas empregadas no setor.

A utilização da capacidade instalada registrou crescimento de 2,3% na média do período, evoluindo de 80,1% para 81,9%. “Porém, não podemos esquecer que estamos falando de um turno. Ainda temos muito espaço para crescimento”, afirmou.
Agência Anba




Demanda impulsiona aumento de 13% no trade entre Ásia e EUA
A TSA (Transpacific Stabilization Agreement) divulgou números que atestam um "modesto mas sustentado crescimento econômico" no trade transpacífico, segundo a própria organização.

A liga de armadores informou que as movimentações no comércio entre Ásia e EUA totalizaram 1,27 milhão de Feus (unidade equivalente a um contêiner de 40 pés) durante o primeiro trimestre do ano.

Os números representam um aumento de quase 13% em relação à carga conteinerizada escoada durante o mesmo período do ano passado - embora este nível ainda esteja abaixo dos volumes de 2008.

No mês de maio, os 15 membros da TSA apontaram incremento de 24,1% nos embarques para a costa oeste dos EUA, em comparação ao mesmo mês do exercício anterior, e um salto de 30,8% em todas as exportações com destino à costa leste e ao Golfo do México, pelo Canal do Panamá.

O aumento da demanda de carga da Ásia para os Estados Unidos no primeiro trimestre pegou os armadores e clientes desprevenidos. Com isso, as companhias estão tomando medidas individuais para suprir a demanda. Linhas passaram a reativar serviços extintos, empregaram embarcações adicionais para carregamentos em direção aos EUA e também optaram por transbordos, para manter equipamentos perto dos portos, otimizando as operações.

A receita, entretanto, continua sendo uma preocupação para os armadores que, juntos, perderam mais de US$ 15 bilhões em 2008. "As linhas se encontravam em situação difícil no ano passado e essa foi uma experiência decepcionante", disse o presidente e chefe executivo da Hanjin Shipping e também atual presidente da TSA, Kim Young-min.

Mas o executivo ressalta o lado positivo da crise. "Depois do ano passado, nenhuma transportadora vai voltar a operar navios subutilizados e com taxas que não compensam. Cada escala e equipamentos terão de ser economicamente justificáveis", afirma.

"Embora o panorama econômico a longo prazo ainda permaneça incerto, as operadoras agora estão vendo uma onda forte na temporada de pico que pode durar alguns meses", aposta Kim.
Grupo Intermodal - Guia Marítimo


Ministros do Brasil e da Argentina discutem integração produtiva
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúnem nesta quinta-feira (24/6), às 11h, em São Paulo (SP), com os ministros argentinos da Economia, Amado Boudou, e da Indústria e Turismo, Débora Giorgi, para discutir integração produtiva e comércio bilateral.

Também participam da reunião o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, e o secretário de Indústria, Comércio, Pequenas e Médias Empresas da Argentina, Eduardo Bianchi.

Dentro dos temas gerais, serão abordados os tópicos regime automotivo, garantias para comércio intra-Mercosul, financiamento regional e Banco do Sul. O encontro está sendo organizado pelo Ministério da Fazenda e será realizado no prédio do Banco do Brasil, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Angélica.

A reunião ministerial Brasil-Argentina foi definida pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Cristina Kirchner, durante o III Fórum Mundial da Aliança das Civilizações, realizado no Rio de Janeiro (RJ), dia 28 de maio último.
MDIC



China amplia lista de países isentos de tarifa para importação
Muitas das nações incluídas possuem commodities que o gigante asiático está buscando

PEQUIM - A China decidiu acrescentar 33 países à sua lista de isenção de tarifas de importação, segundo anúncio do Ministério de Finanças feito na quarta-feira, 23. Análise da Dow Jones sobre o comunicado mostra que muitos dos incluídos - como Etiópia, Quênia, Libéria, República Democrática do Congo, Burundi, Uganda, Zâmbia e Afeganistão - possuem commodities que a China está buscando. O grupo soma-se aos outros 41 integrantes da lista, a maioria nações com economia em desenvolvimento.

A nova política entra em vigor a partir de 1º de julho, de acordo com o Ministério de Finanças. A iniciativa reforça a corrida da China para assegurar recursos naturais a suas maciça necessidades de industrialização, um atrativo a mais em seu pacote de incentivos, ao lado de produtos com crescente valor agregado em troca.

A China tem interesses significativos nas commodities dos países beneficiários. Na República Democrática do Congo, que exporta concentrado de cobre e sucata de alumínio à gigante asiática, a construtora de infraestrutura chinesa Sinohydro tem um contrato para construir uma represa hidrelétrica. A China tem um acordo desde 2008 para desenvolver infraestrutura de mineração e construção civil no Congo, em troca de 10 milhões de toneladas cúbicas de concentrado de cobre. O Banco de Exportação-Importação da China está financiando o projeto de cobre da congolesa Katanga e a Jiangxi Copper está procurando possíveis aquisições por lá.
Na Zâmbia, a maior produtora de níquel da China, a Jinchuan Group, assumiu a mina de níquel Munali. A Jiangxi também afirmou que busca aquisições neste país. Na Libéria, a China está realizando um projeto de US$ 2,6 bilhões para revitalizar a mina de minério de ferro Bong.

A China Investment, o fundo soberano do país, está considerando investir em um projeto de carbonato de potássio na Etiópia, segundo reportagem do jornal japonês Nikkei publicada em maio. A China depende de importações em 80% do carbonato de potássio, que é usado como fertilizante. A Etiópia exportou 12.156 toneladas de farelo de canola ao país asiático nos primeiros cinco meses deste ano.

O Quênia, que exporta quantidades relativamente baixas de concentrado de estanho, chumbo refinado, concentrado de chumbo e sucata de alumínio, também é onde a Jinchuan está prospectando minas de níquel. No Afeganistão, a Jiangxi Copper e o China Metallurgical Group estão trabalhando em um projeto de US$ 4,39 bilhões para desenvolver uma grande produção de cobre no campo de Aynak. As informações são da Dow Jones.
Agência Estado



Moeda chinesa pode mudar rumo comercial do Brasil
SÃO PAULO - A flexibilização do câmbio chinês pode tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado da China, afirmou o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Ivan Ramalho. De acordo com ele, a valorização da moeda chinesa representa uma boa oportunidade para que o Brasil aumente o peso da participação dos produtos manufaturados e semimanufaturados nas exportações ao país asiático.

"Se houver de fato a flexibilização, o produto brasileiro pode se tornar mais competitivo. Mas acredito que não será nada a curto e médio prazo, e não será nada significativo para influenciar o comércio bilateral. O importante agora é precisar de uma maior penetração dos produtos industrializados na China, quem sabe o câmbio flexibilizado não ajude", declarou Ramalho.

Na opinião do presidente do Banco da China no Brasil, Zhang Jianhua, a flexibilidade do câmbio de seu país tem divergido opiniões dos economistas chineses."Alguns economistas chineses acreditam que uma flexibilização do iuane será benéfica para a China, outros são contra a flexibilização do iuane, pois pode prejudicar a competitividade do país. Para mim, uma desvalorização do iuane seria boa para os exportadores. A flexibilização deve ocorrer, mas o governo chinês tem que definir o sentido da moeda, se vai valorizá-la ou desvalorizá-la. Com a crise na União Europeia, o iuane se valorizou muito, por isso a tendência é de que o governo chinês opte pela desvalorização."

Durante evento realizado na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio), Ramalho afirmou ainda que o comércio bilateral entre o Brasil e a China deve voltar aos patamares de 2008, ou seja, vai crescer aproximadamente 40%.

"As importações e exportações tendem a crescer e atingir os valores pré-crise, que eram US$ 16,4 bilhões exportados e US$ 20 bilhões importados."

Questionado pelo DCI sobre o Brasil voltar a ter déficit com a China, Ramalho afirmou que este fator não preocupa o governo. "O Brasil já registrou déficits e superávits com a China, eu acredito que do ponto de vista de qualidade de pauta e de volume de produtos no comércio exterior em geral, o Brasil deve continuar registrando crescimento com a China. O que acontece, muitas vezes, é a mudança de preços internacionais dos produtos, principalmente das commodities, que podem influenciar a questão. Como o Brasil tem na sua exportação a presença forte de minério de ferro e soja, isso pode levar a um déficit ou até com superávit. Fica difícil prever o que irá acontecer no fim de 2010. Mas eu confesso que o resultado não preocupa o governo. Se teremos déficit ou superávit, o importante é que a corrente de comércio cresça, que as importações aumentem, mas que as exportações sigam o mesmo ritmo", argumenta o secretário.

Sobre a inauguração do Banco da China no Brasil, o secretário do Mdic afirmou que a expectativa é de que ele estimule o comércio em geral. "No que diz respeito às importações, o Brasil já compra uma quantidade muito grande de produtos, industrializados em sua maioria. A presença do Banco pode fortalecer as importações, pode naturalmente dar uma facilidade operacional ao importador, mas não deve provocar nenhuma grande mudança no quadro", relata.

"Estou otimista para o fato de o Banco ajudar o exportador brasileiro, uma vez que as vendas para a China são completamente diferentes, pois temos mais de 70% das exportações concentradas em praticamente dois produtos, o minério de ferro e a soja. A preocupação do governo é de que a pauta de exportação para a China seja mais diversificada e tenha uma maior inserção de produtos industrializados. Lembrando sempre, que a China é um dos maiores importadores mundiais, importando mais de um trilhão de dólares, sendo em grande parte industrializados", completa Ivan Ramalho.

Com relação a concorrência da China em mercados da América Latina e outros, Ramalho afirmou que este fator existe, mas que nos mercados latinos a corrente de comércio elevou-se em 50%. "De fato, a China está aumentando sua concorrência nos mercados latino-americano e africano, e isto representa uma pressão importante para o produto brasileiro. Mas nos números do intercâmbio brasileiro com os demais países da América Latina, todos apontam um crescimento nas exportações e importações na corrente de comércio de mais de 50%. Mas é inegável que alguns setores industrializados brasileiros enfrentam uma concorrência acirrada frente aos produtos chineses", conclui.
DCI


Exportações da China não cairão com fim de benefício a 406 produtos
Ministério afirma que o valor combinado dos bens responde por apenas 1% do total de US$ 11 bilhões calculados em exportações do país em 2009

PEQUIM - O Ministério de Comércio da China declarou que a suspensão do reembolso de impostos sobre as exportações de 406 produtos, incluindo alguns derivados de aço e metais, não levará a grande queda nas exportações, apesar de um possível impacto no mercado no curto prazo.

Os comentários foram feitos depois que a China anunciou, na quinta-feira, que vai eliminar o reembolso de impostos de exportações para uma variedade de commodities, incluindo alguns tipos de aço, metais não ferrosos, borracha e derivados (rubber products) e prata pulverizada, a partir de 15 de julho. Estes produtos são originados das fábricas chinesas que são as maiores poluidoras do ambiente e a medida é parte dos esforços do governo para cortar as emissões de carbono e encorajar a reestruturação da indústria, de acordo com informações do ministério no início do mês.

Retirar o reembolso de impostos não significa que a China está alterando a direção de sua política comercial, informa o comunicado do ministério publicado em seu website, que também afirma o compromisso de manter sua política comercial "sustentável e estável". O ministério afirma que o valor combinado de exportação dos 406 produtos em questão responde por apenas 1% do total de US$ 11 bilhões calculados em exportações do país em 2009 e que a mudança na política do imposto não afeta a recuperação no comércio da China. "O ministério continuará a fazer ajustes à estrutura do reembolso de impostos de acordo com a situação das exportações", diz o texto.

Como resultado da mudança do sistema de imposto, o ministério vai cortar o reembolso de 9% do imposto de exportação de aço laminado a quente, laminado a frio e produtos de chapa grossa.

Um representante da entidade China Iron and Steel Association afirmou à Dow Jones que o efeito da mudança não será evidente de imediato porque as usinas siderúrgicas ouviram rumores sobre a medida e alocaram mais pedidos de exportação antes do anúncio do governo. "Não haverá grande queda nas exportações até agosto", afirma o porta-voz. Ele acrescentou que o volume das exportações de aço é decidido mais pelo diferencial de preço entre os mercados doméstico e internacional.
As informações são da Dow Jones.
Agência Estado

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