Intermarine anuncia serviço direto entre Europa e América do Sul
Rota tem foco no trade de cargas de projeto, gás e pás eólicas.
A Intermarine anunciou uma nova rota direta entre a Europa e a costa atlântica da América do Sul. Em entrevista ao Guia Marítimo News, o diretor de Marketing do armador, Alberto Mejia, afirmou que o novo serviço atenderá principalmente os portos brasileiros (Santos, Rio de Janeiro, Vitória, Pecém) e a Argentina (Buenos Aires), com ocasionais escalas em complexos da Venezuela e Colômbia.
Com seu maior foco em cargas de projeto, gás e pás eólicas, o serviço manterá duas viagens por mês, contando com duas embarcações. Nesta rota, a Intermarine espera estabelecer trânsito direto entre os portos da América do Sul e hub ports como Hamburgo e Antuérpia, estendendo-se também para Portugal, Espanha, Reino Unido e França.
A primeira viagem está sendo realizada pelo navio Industrial Eagle, que carregou em Hamburgo e Antuérpia e segue para desembarcar em Itaqui, Pecém, Itajaí, Rio Grande e sul da Argentina. Em seguida, a embarcação Industrial Echo deve partir da Argentina em direção à Europa.
Utilizando navios multipropósito com cerca de 10 mil deadweights, o Europe Service também é designado para suprir as necessidades da América do Sul nos segmentos petroleiro e de gás. Além disso, seus porões podem acomodar cargas de até 74,7 metros de comprimento.
GUIAMARITIMO
Duroline abre filial em Itajaí para intensificar importações
A Duroline Freios e Componentes anunciou ontem, dia 2, a abertura de uma filial em Itajaí (SC). Segundo o executivo da empresa, Carlos Ronaldo Oliveira, a iniciativa permitirá a importação de componentes utilizados na fabricação de lonas de freio para veículos pesados.
A previsão é de que a unidade receba em média 50 contêineres por mês, totalizando operações avaliadas em cerca de US$ 2 milhões mensais.
A empresa, líder nacional em produção de materiais de fricção, deve inaugurar a filial até o início de abril. Os primeiros contêineres, que serão movimentados por meio de uma parceria com a Seatrading, devem desembarcar até o início de maio.
A escolha por Itajaí se deu devido às boas condições operacionais do complexo portuário, pela localização estratégica e também pelos incentivos fiscais concedidos pelo governo do Estado às empresas que optam por importações nos portos catarinenses.
GUIAMARITIMO
Sistema para monitoramento de contêineres é desenvolvido na Europa
Desenvolvido pela Astrium, o Securesystem é um sistema de rastreamento de violação de contêineres que pode vir a ser implementado pelos portos mundiais, após o período de experiência. O aparato está atualmente em bateria de testes na Alemanha, sendo utilizado em equipamentos da Hellmann Logistics e pelo terminal Eurogate.
O sistema entrou em operação após mais de seis anos de desenvolvimento e já foi implementado em cerca de 20 dispositivos instalados nos contêineres da Hellmann. O Securesystem oferece informação instantânea, que indica se a integridade do equipamento foi comprometida ou se uma pessoa não autorizada teve acesso ao equipamento. Assim que uma ocorrência for rastreada, o equipamento pode ser aberto ou então passar por escaneamento.
Basicamente, as pessoas que lidam com o contêiner possuem uma espécie de chave pessoal e intransferível, validada e monitorada pelo centro de controle. Esta chave pode ser uma senha de oito dígitos ou um código de barras. O centro de controle tem informações como: quem seria responsável por transportar o contêiner, onde, quando e qual tipo de serviço será realizado na unidade. Este dispositivo é rastreadopor uma caixa preta de dimensões mínimas, incluída no contêiner.
A caixa preta transmite dados também quando o equipamento estiver a bordo do navio, em um trem, caminhão ou estocado no armazém. Isso é possível porque o sistema utiliza sinais via satélite com tecnologia similar a de um aparelho GPS.
Com os novos requisitos para movimentações de contêineres dos Estados Unidos, o novo dispositivo já possui uma demanda pré-agendada, embora o sistema ainda aguarde aprovação do Departamento de Segurança americano.
GUIAMARITIMO
Antaq apresenta sistema para agilizar arrendamento portuário
A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) informa que a agência reguladora apresentou nesta terça-feira (2) para as autoridades portuárias, um sistema que agilizará os processos de arrendamento nos portos. A reunião aconteceu na sede da Agência, em Brasília.
“O sistema será ferramenta essencial e obrigatória para a elaboração, apresentação e análise de estudos de viabilidade técnica relativos a projetos de arrendamento de áreas e instalações portuárias encaminhados à Agência pelas autoridades portuárias”, afirma o gerente de Portos Públicos, Jair Galvão,
O técnico da Antaq destacou os benefícios do sistema: “padronização da elaboração, da apresentação e da análise dos estudos de viabilidade técnica; obrigatoriedade da apresentação de dados com acesso, identificação e consulta mais fáceis; e possibilidade de arquivamento das etapas de elaboração do projeto. O sistema ainda critica a inconsistência e ausência de dados essenciais, além de dispensar a apresentação de várias versões impressas até a aprovação do estudo.”
PORTOGENTE
Agropecuária contará com R$ 3 bi do PAC 2 para logística
A segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, contará com cerca de R$ 3 bilhões para infraestrutura e logística voltada para a agropecuária brasileira, segundo informou o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, à Agência Estado. Em reunião realizada ontem entre representantes da Secretaria Especial de Portos, dos Ministérios dos Transportes e da Agricultura e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ficou acertado que estes recursos serão destinados a estradas, armazéns e portos. "Todos estão conscientes de que os principais gargalos do País estão na área da agricultura", disse Stephanes. O PAC 2 será apresentado dia 26 de março.
Serão quatro pontos específicos para a estocagem de produtos agrícolas dentro do novo programa, conforme Stephanes. Um deles é uma linha de financiamento para estimular o armazenamento privado no País. Segundo o ministro, o porcentual de armazenamento particular no Brasil gira em torno de 15%, um dos mais baixos do mundo, enquanto a média global é superior a 50%. Por isso, avalia Stephanes, o setor acaba ficando na mão de grandes empresas multinacionais, já que o governo é responsável por apenas 2% do total das estocagens. Além das propriedades individuais, o PAC 2 também fará um programa semelhante voltado para cooperativas.
O terceiro ponto citado por Stephanes diz respeito a regiões consideradas como estratégicas no fornecimento de alimentos. Entre elas estão o Oeste de Santa Catarina, o Norte do Mato Grosso e Uberlândia, que já está recebendo um armazém da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas que precisa de mais locais de estocagem. Além disso, mais unidades serão construídas na região que é considerada hoje como um potencial celeiro de produção nacional, o "Matopima" (área que reúne parte dos Estados de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Maranhão). O quarto ponto ainda em relação à estocagem diz respeito à construção ou modernização de linhas de terminais portuários. "Neste caso não são bem armazéns fixos, mas locais de passagem, entrepostos", explicou. Entre as unidades discutidas estão as localizadas em Santarém (MA), Porto Velho (RO), Vila do Conde (PA), Itaqui (MA) e mais dois em Pernambuco.
O ministro informou ainda que o Norte do Mato Grosso (MT) será uma das regiões mais beneficiadas por melhoramentos e construções de rodovias que facilitarão o escoamento de produtos agrícolas no PAC 2. Stephanes salientou que a área merece destaque, pois é responsável pela produção de 27 milhões de toneladas de alimentos. Assim, o PAC 2 deve apresentar o projeto de construção de duas estradas no Norte do Estado: uma em direção a oeste e outra no sentido leste. Entre os gargalos na área de Transportes que o governo pretende desmanchar está a rodovia BR 364, que cruza seis Estados, ligando o interior de São Paulo ao Acre. De acordo com Stephanes, a estrada, que corta o MT, passa por seis municípios de Rondônia, o que acaba prejudicando a infraestrutura local e dificultando o escoamento dos produtos. "É preciso criar contornos para que o transporte saia de dentro das cidades", avaliou Stephanes. Com isso, segundo ele, a estrutura e logística em direção a Porto Velho, onde há um porto, será reforçada.
Agência Estado/Jornal do Comércio
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