LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 10 de março de 2010

PORTOS E LOGISTICA

Frete da soja em algumas regiões está 25% mais caro em 2010
De cada dez sacas de soja colhidas nesta safra no Estado de Mato Grosso, quase cinco serão consumidas pelo frete. Os custos do transporte até o porto representam 8 milhões de toneladas, quase a metade da produção do Estado que responde por 62% da soja produzida no Brasil. O frete está 25% mais caro este ano, e ainda faltam caminhões. Os produtores culpam a precariedade das estradas de Mato Grosso e o aumento no custo do pedágio no Paraná e em São Paulo pelo que chamam de "apagão logístico". Quem leva a soja para o Porto de Santos paga R$ 1.095,50 por viagem só de pedágio, média de R$ 2 por saca. É como deixar 42 sacas nas praças de cobrança. "Temos o frete mais caro do mundo", reclama o empresário Eraí Maggi Scheffer, de Rondonópolis, um dos maiores produtores do País. O Estado já colheu mais da metade das 18,4 milhões de toneladas previstas. Como grande parte da produção foi negociada no mercado futuro, os produtores têm pressa de embarcar a produção. Muitos estão com os silos abarrotados com o milho que não foi vendido por causa dos preços baixos. O aumento na produção da soja e a coincidência da colheita com outras regiões produtoras fizeram crescer a demanda pelo transporte. Na semana passada, apenas na região de Rondonópolis cinco mil carretas circulavam. A Rodolíder, que opera na região, tinha 300 caminhões rodando na semana passada. "Para atender a todos os pedidos, precisávamos de mais 300", disse o operador Gilson Silva Tenório. O frete alto e a certeza de conseguir carga atraíram os caminhoneiros Tadeu Alves Bezerra, de 47 anos, Renildo Marco de Moura, 41, e Djalma Alves, 33, de Bauru (SP). Estão fora de casa desde o sábado de carnaval. Depois de transportar milho para Rondonópolis, esperavam para carregar a soja para Santos. Bezerra pegou o frete por R$ 190 a tonelada, mas arcaria com os custos. Prevê uma receita bruta de R$ 7 mil. No pedágio, o gasto é de R$ 576 para ir e R$ 519 para voltar. "Em São Paulo, tem pedágios novos na rodovia Marechal Rondon e na Castelo Branco", lembra. O produtor ainda arca com os cerca de 100 quilos de soja que se perdem no caminho de cada viagem. Uma opção seria a ferrovia: a Ferronorte possui terminais de embarque em Alto Araguaia e Alto Taquari, no sul do Estado, mas produtores reclamam do preço. "O trem deveria ser uma solução, mas virou um problema, pois o preço do frete está colado no do caminhão", diz Scheffer. A estrada de ferro continua distante das maiores regiões produtoras. "É uma situação absurda. Produzimos bem da porteira para dentro, mas na hora de pôr no navio, o valor da soja evapora." Segundo o diretor do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea), Sereni Paludo, o frete na principal produtora do Estado subiu 12% desde janeiro. Já o preço da soja, de R$ 26 para o produtor, é um dos mais baixos dos últimos anos. O agricultor recebeu semana passada R$ 450 por tonelada, enquanto o custo do frete até o porto é de R$ 220. Há quatro safras o governo não subsidia o escoamento da soja, medida prevista em lei para manter a competitividade. Nas estradas, acidentes são frequentes e excesso de caminhões provoca fila Com pista simples, sem sinalização, cheia de buracos e com trânsito de 15 mil carretas por dia, a BR-364 é conhecida como "corredor da morte". No trecho entre Cuiabá e Rondonópolis passam dois terços da soja produzida em Mato Grosso em direção à ferrovia ou aos portos de São Paulo e Paraná. Com o trânsito intenso, um acidente ou a simples avaria de um veículo leva à formação de filas de até 30 quilômetros. No dia 24, a carreta conduzida pelo gaúcho Wilson Lourenço Ruiz, de 62 anos, tombou com 37 toneladas de soja perto de Cuiabá. Foi o segundo acidente de Ruiz em cinco anos, que saiu ferido. "Por sorte estou vivo, mas já perdi amigos aqui." O policial rodoviário federal Francisco Élcio, de Rondonópolis, diz que o excesso de caminhões leva à formação de comboios com velocidade de 10 km/h. "O motorista é obrigado a andar no ritmo do comboio e o estresse é altíssimo." No trecho entre Cuiabá e Rondonópolis ocorrem mais de 100 acidentes por mês. Exames feitos pelo Ministério Público do Trabalho revelaram que um terço dos motoristas usa estimulantes. Em Alto Araguaia, no sul do Estado, o pátio da empresa ALL, concessionária da Ferronorte, não tem espaço para as carretas, que formam longa fila na rodovia e acabam interditando a estrada. Na semana passada, o caminhoneiro Geraldo Granza, de Sumaré (SP) entrou na fila e demorou nove horas para percorrer 30 km até o pátio. O caos levou o Ministério Público Estadual a intervir, obrigando a empresa a ampliar o estacionamento. O governador Blairo Maggi afirma que o governo federal autorizou obras para melhorar o escoamento da soja no Estado. Ele crê que em três anos a BR-163, que liga Cuiabá a Santarém (PA) estará toda asfaltada, possibilitando o acesso ao Rio Amazonas. "Vamos diminuir em mil quilômetros a distância até o porto de Belém." Segundo ele, o governo entregou 1.200 máquinas no valor de R$ 241 milhões para o asfaltamento de estradas pelas prefeituras e consórcios, em parceria com o Estado. "Quando assumi, tínhamos 1.940 km de estradas asfaltadas. Hoje temos quase 6 mil." Blairo diz que a extensão da Ferronorte até Rondonópolis foi autorizada. E uma extensão da chamada Ferrovia Transcontinental, saindo de Uruaçu, em Goiás, deve cruzar Mato Grosso do leste para oeste, permitindo o escoamento da soja pelo porto de Belém. A obra, orçada em R$ 4 bilhões, está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Sempre estaremos longe dos portos, mas isso pode mudar com rodovias melhores." O Estado, diz, tem potencial para duplicar a produção de grãos em 15 anos.
Agência Estado


Appa intermedia acordo entre caminhoneiros e operadores portuários
Cerca de mil caminhões ficaram retidos no pátio e uma fila começou a se formar às margens da BR-277 na entrada da cidade

Caminhoneiros insatisfeitos com o valor das diárias pagas pelos contratantes das cargas fecharam o Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá no fim de semana. Cerca de mil caminhões ficaram retidos no pátio e uma fila começou a se formar às margens da BR-277 na entrada da cidade. A manifestação não chegou a comprometer os embarques de grãos porque a maioria dos armazéns dos terminais privados e o silo público operado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) estavam lotados.
O superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, promoveu uma reunião na tarde desta segunda-feira (08), entre entidades que representam caminhoneiros e operadores portuários, para que as duas partes cheguem a um acordo sobre o valor das estadias pagas aos motoristas. Segundo ele, a Appa está exercendo seu papel como autoridade portuária para que não haja comprometimento à logística do Porto de Paranaguá justamente nesse momento de embarque da safra de grãos.
Souza determinou a suspensão do cadastramento das cargas, no sistema “Carga Online” da Appa, dos operadores que ainda estão em conflito com os caminhoneiros. “Aqueles que negociaram as estadias de forma justa não serão prejudicados em sua logística”, assegurou o superintendente.
Ainda como resultado da reunião, o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam) e vice-presidente da Federação Nacional dos Caminhoneiros (Fenacam), Carlos Roberto Dellarosa, comprometeu-se a liberar os caminhões cujos motoristas não têm qualquer impasse em relação ao pagamento de estadias. Segundo ele, a Appa, por meio de seu superintendente, teve uma participação importante para o avanço das negociações. A expectativa era de que um acordo fosse fechado e o fluxo de caminhões no Pátio de Triagem fosse normalizado ainda nesta segunda-feira.
Por lei, os caminhoneiros têm direito a receber diária de até R$ 1,00 por tonelada a partir da quinta hora em que ficam parados no destino, aguardando para descarregar. O impasse começou quando um dos operadores se propôs a pagar R$ 0,15 após 72 horas de espera. Os caminhoneiros pediam R$ 0,80.
“Se todos os operadores seguissem as regras da Appa, o caminhoneiro não aguardaria mais de 24 horas para descarregar, pois quando ele vem a Paranaguá deve estar com a carga negociada, armazém definido para fazer o descarregamento e navio nomeado para atracar”, advertiu o superintendente da Appa
Agência Estadual de Notícias do Paraná



Movimentação no Porto de Paranaguá teve alta de 41,7% no primeiro bimestre
Segundo levantamento preliminar do Setor de Estatística da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em todos os segmentos, o resultado foi positivo, o que reafirma o potencial do porto paranaense como segundo maior complexo multicargas do Brasil

O desempenho das operações pelo Porto de Paranaguá, nos dois primeiros meses de 2010, sinaliza um ano promissor para o comércio internacional. A movimentação de cargas teve um aumento de 41,77% em relação ao total movimentado no mesmo período do ano passado. Segundo levantamento preliminar do Setor de Estatística da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em todos os segmentos, o resultado foi positivo, o que reafirma o potencial do porto paranaense como segundo maior complexo multicargas do Brasil.
As operações com carga geral no Porto de Paranaguá tiveram crescimento de 36,75% no primeiro bimestre deste ano, na comparação com igual período de 2009. Desempenho semelhante tiveram os granéis sólidos, registrando alta de 41,32%. Nas movimentações de granéis líquidos, o aumento foi ainda mais expressivo: 56,76%. No entanto, foi o segmento de veículos que apresentou o melhor resultado: as operações de embarque e desembarque cresceram 128,35%. A movimentação de contêineres também apresentou crescimento de 10,28%.
De acordo com o superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, a tendência é de que o desempenho da movimentação pelo Porto de Paranaguá, tanto de saída como de entrada de cargas, mantenham patamares elevados de crescimento no decorrer deste ano. “O desempenho positivo não é resultado, apenas, de um cenário mais favorável na economia mundial. Os investimentos realizados nos últimos anos nos dão uma posição privilegiada de competitividade”, apontou.

EQUÍVOCO - Isso demonstra que a informação de que o porto paranaense tem deficiência na infraestrutura, conforme matéria veiculada domingo (7) pela Gazeta do Povo, não retrata a realidade, acrescenta a direção da Appa.
Um dos mais recentes investimentos realizados pelo governo do Estado, por meio da Appa, foi a dragagem no Canal da Galheta, que dá acesso aos portos de Paranaguá e Antonina. Foram investidos R$ 29,3 milhões no projeto de dragagem, que devolveu ao canal a profundidade de, pelo menos, 15 metros em seis quilômetros de extensão, permitindo que a Capitania dos Portos do Paraná restabelecesse o calado de 12,5 metros para navegação.
Os resultados dessa intervenção puderam ser percebidos já no final de 2009. Em janeiro deste ano, 181 navios acessaram o Porto de Paranaguá, sendo que 28% tinham capacidade de carga superior a 45 mil toneladas. Os dados de fevereiro sobre a movimentação de embarcações ainda não estão consolidados, mas o que se observa com o início do embarque da safra, é a atracação de um número expressivo de grandes navios graneleiro
Para o gerente-geral da Companhia Brasileira de Logística S/A (uma das principais exportadores de grãos por Paranaguá), Washington Viana, a programação de embarcações, com capacidade para 60 mil toneladas, para atracar no Porto de Paranaguá é um indicativo de que o complexo dispõe de infraestrutura marítima para atender os grandes navios graneleiros e, também, de que haverá um crescimento forte nos embarques de grãos este ano, principalmente, da soja.
Viana estima um crescimento de 30% nas exportações de soja pelo Porto de Paranaguá. Segundo ele, o aumento de 20% nos embarques se daria pelo acréscimo no volume carregado pelos navios que, antes da dragagem, não deixavam o porto com carga plena. Os 10% restantes seriam um aumento em função da recuperação da demanda externa e da estimativa de safra recorde.
A expectativa, segundo Viana, é de que haja, inclusive, uma inversão dos prêmios em relação ao Porto de Santos, isto é, as bonificações dadas pelos armadores (donos dos navios) poderão ser mais vantajosas em relação ao complexo paulista, considerando a melhor infraestrutura marítima e logística. “Isso vai depender de termos uma produtividade boa no decorrer do embarque da safra. Portanto, temos que trabalhar bem nossa logística interna de porto”, afirmou o executivo.
Os portos do Paraná podem quebrar novo recorde, este ano, superando as 38 milhões de toneladas movimentadas em 2007. Em 2008, as exportações e importações pelo complexo paranaense somaram 33 milhões de toneladas e, no ano passado, mesmo em meio à crise mundial, movimentou 31,4 milhões de toneladas. A expectativa segundo o superintendente da Appa é de que o Porto supere a casa das 40 milhões de toneladas e amplie para, pelo menos, 10% sua participação na balança comercial brasileira.
Agência Estaduald e Notícias do Paraná


Forças navais capturam 35 suspeitos

As forças navais antipirataria da Europa capturaram 35 suspeitos nos últimos dias e frustraram seis ataques a navios no Golfo de Áden, na costa da Somália.
O aumento das medidas de segurança na região tem sido elogiado por comandantes e se revelado a missão mais bem-sucedida desde que a União Europeia iniciou as operações no país, em 2008.
A iniciativa é parte da estabilização da segurança na região, para coincidir com o final da temporada de monções (tempo favorável para a navegação) e de um possível pico da atividade pirata.
Cerca de 75 suspeitos foram entregues às autoridades judiciais pelas forças navais da União Europeia. Até o momento, nenhum deles foi condenado, mas a Navfor (European Union Naval Force Somalia) espera julgamento a ser realizado no Quênia no próximo mês.
Guiamaritimo


Itapoá almeja 20% dos contêineres de SC e PR
A Aliança Navegação e Logística calcula que o Porto de Itapoá vai absorver 20% da carga de contêineres de Santa Catarina e do Paraná.
De acordo com José Antônio Balau, diretor de Operações da Aliança, os dois estados , que em 2008 movimentaram 990 mil contêineres, devem movimentar 2 milhões de contêineres em 2015 e, em 2020, cerca de 3 milhões de contêineres.
"Os Estados do Paraná e de Santa Catarina não contam com nenhum terminal portuário com profundidade compatível com o atendimento de navios de grande porte. O Porto de Itapoá, com calado natural de 16 metros, suprirá essa necessidade, uma vez que foi projetado para receber navios com capacidade para 9 mil TEUs", afirmou.
Com o início das operações do Porto de Itapoá, com localização estratégica na entrada da Baía da Babitonga, a Aliança Navegação e Logística tem planos para criar, junto ao traçado ferroviário, terminais remotos em Joinville e São Francisco do Sul. Dessa forma, proporcionará um sistema de conexão hidroviária - via barcaças - com o pólo industrial da região e com a ferrovia operada pela ALL.
O terminal marítimo de Itapoá será suportado por uma retroárea de, aproximadamente, 12 milhões de metros quadrados para instalação de indústrias e serviços, criando uma sinergia com a logística e favorecendo o desenvolvimento regional com acessos, berços e pátios compatíveis com o crescimento da demanda, oferecendo custos competitivos à região.
Os investimentos no Porto de Itapoá e em terminais remotos de Santa Catarina confirmam o interesse da Aliança em ampliar fortemente o serviço de cabotagem. Recentemente, a empresa adicionou dois novos navios de 2500 TEUs (Aliança Manaus e Aliança Santos) e aumentou em 20% a capacidade do transporte costeiro.
"A cabotagem não é apenas um transporte marítimo, mas uma solução multimodal. Com a BR-Marítima, a Aliança consolidou no mercado o autêntico transporte porta a porta, que inclui terminais concentradores de carga e parceria com operadores logísticos em todo o Brasil", informou José Balau.
"Certamente Itapoá, que tem contado com o apoio da Secretaria Especial dos Portos e da Antaq, terá um peso significativo no desenvolvimento portuário regional e nacional", disse.
"O emprego de navios porta-contêineres de grande porte na costa brasileira para atender ao comércio exterior apresenta forte demanda, principalmente, para acompanhar o crescimento do mercado mundial", enfatizou.
O Porto de Itapoá, com capacidade instalada para movimentar, em sua primeira fase, mais de 300 mil contêineres/ano, terá a abrangência regional que permitirá intensificar o atendimento tanto do transporte de longo curso quanto da cabotagem, funcionando como um porto concentrador que possibilitará operações de grandes navios que poderão ser utilizados em plena carga para atender o comércio exterior de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
"Com a presente crise econômica, as empresas estão sendo obrigadas a rever toda a matriz de custo e o modal cabotagem, sem dúvida, oferece vantagens mais competitivas do que os modais terrestres, chegando a ser entre 10% a 20% mais econômico que o transporte rodoviário", finalizou Balau. (fonte: Correio do Litoral)
Guiamaritimo


Chile: Operações já retornam ao normal
As operações nos portos do Chile e nas infraestruturas de acesso já estão voltando ao normal apesar de as operações de carga e descarga ainda registrarem eventuais atrasos decorrentes do maior terremoto que já atingiu o país.
Um dos principais portos do Chile, Valparaíso está 90% operacional, de acordo com nota divulgada pela autoridade que administra o complexo. Também o mais importante aeroporto do país está retomando as operações.
Principal produto de exportação do país nesta época, as frutas foram especialmente afetadas em razão da falta de eletricidade em algumas regiões produtoras.
Segundo representantes do setor, frutas como framboesas são mais suscetíveis à deterioração em razão da falta de transporte adequado. Já frutas com caroços como pêssegos e nectarinas podem tolerar atrasos moderados.
A expectativa é que entre hoje, dia 9, e amanhã a rede de transporte para cargas refrigeradas já esteja normalizada no País.
Principal armador chileno de longo curso, a CSAV divulgou nota destacando que os navios da frota estão operando normalmente.
Guia Marítimo

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