Itajaí, em SC, prospera com porto e cresce 700% em dez anos
HELTON SIMÕES GOMES
ENVIADO ESPECIAL A ITAJAÍ (SC) E NAVEGANTES (SC)
A truculência dos caminhões de contêineres contrasta com a sofisticação das lojas de decoração de luxo que proliferam por Itajaí, cidade catarinense que, impulsionada pelo porto, cresceu 700% em dez anos.
Ao lado de Navegantes, a cidade abriga o Complexo de Itajaí, segundo maior porto em movimento de contêineres do país -1 milhão em 2011, atrás apenas de Santos.
O porto representa hoje 60% da economia da cidade e superou a importância da pesca, que há 15 anos era a principal atividade.
A prosperidade de Itajaí, segunda economia de Santa Catarina (atrás de Joinville) e 40ª do país, pode ser vista nos resorts de luxo, nas 70 lojas de decoração e nas concessionárias - a cidade tem dois veículos por habitante.
Entre 2008 e 2011, a área requisitada na prefeitura para construção duplicou e superou 2 milhões de metros quadrados.
A consequência foi a alta no custo para erguer uma casa: 130% em três anos.
Só na praia Brava, a mais badalada de Itajaí, três resorts estão em construção. O preço de um imóvel chega a R$ 13 milhões.
A procura é maior que a oferta. Um dos resorts, da incorporadora Taroii, terá 157 imóveis, mas já conta com 300 reservas.
"Esses imóveis são procurados por pessoas que foram morar em Itajaí, têm dinheiro para gastar e não encontravam empreendimentos de alto padrão", diz Carlos Trossini, presidente da Taroii.
CLUSTER LOGÍSTICO
"Hoje o Complexo de Itajaí é um 'cluster' logístico", diz Carlos Bottarelli, conselheiro da Portonave, empresa que, em 2007, construiu o porto na margem esquerda do rio Itajaí-Açu, em Navegantes.
A construção deu fôlego para Itajaí, na outra margem, continuar operando. Além de ter chegado ao limite, o terminal sofre com enchentes - em 2008, uma cheia destruiu dois berços de atracação e engoliu 80% da cidade.
O "cluster" é cortado pela recém-duplicada BR-101, cravejada de armazéns, que podem estocar 180 milhões de toneladas. Conta ainda com o aeroporto de Navegantes.
Para Onézio Gonçalves Filho, secretário de Desenvolvimento Econômico de Itajaí, é a boa estrutura logística que atrai as empresas, pois facilita a exportação.
Também ajuda a presença da Petrobras, que abre a possibilidade de negócios para o pré-sal.
A BR Foods e a Flora estão no primeiro caso, e a construtora de plataformas de petróleo Exterran, no segundo.
A cidade recebeu 33% mais empresas entre 2008 e 2011, quando Navegantes entrou em operação plena e ajudou a puxar a economia de Itajaí.
Uma delas foi a fabricante italiana de iates Azimut, que produziu os barcos de Neymar e de Ivete Sangalo.
Santa Catarina não teme fim da 'guerra dos portos'
HELTON SIMÕES GOMES
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
O fim da chamada "guerra dos portos" não será empecilho para a expansão dos portos do Estado, segundo Silvio dos Santos, pesquisador do Laboratório de Transportes da Universidade Federal de Santa Catarina.
Com cinco terminais, Santa Catarina era um dos Estados que mais se beneficiavam com a "guerra dos portos".
A facilidade de acesso aos terminais portuários e a agilidade no embarque e desembarque vão compensar o fim dos incentivos fiscais para as empresas que importavam pelos portos do Estado, afirma Santos.
"Os portos de Santa Catarina podem chegar facilmente aos 2 milhões de contêineres em cinco anos."
A expectativa de o número de contêineres dobrar leva em conta o potencial do porto de Imbituba (leia texto nesta página).
A duplicação da BR-101, rodovia que corta o Estado, é apontada como um dos indutores do aumento na movimentação dos portos, pois vai facilitar o acesso.
Em relação aos concorrentes, o porto que pode tirar mais movimento com a regularização das alíquotas pelos Estados é o de Santos.
O vizinho Rio Grande do Sul não desperta temores, pois 100% da carga movimentada em seus portos é produzida internamente - em Santa Catarina, 70% são de origem externa ou vão para fora.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1123880-santa-catarina-nao-teme-fim-da-guerra-dos-portos.shtml
Com cinco terminais, Santa Catarina era um dos Estados que mais se beneficiavam com a "guerra dos portos".
A facilidade de acesso aos terminais portuários e a agilidade no embarque e desembarque vão compensar o fim dos incentivos fiscais para as empresas que importavam pelos portos do Estado, afirma Santos.
"Os portos de Santa Catarina podem chegar facilmente aos 2 milhões de contêineres em cinco anos."
A expectativa de o número de contêineres dobrar leva em conta o potencial do porto de Imbituba (leia texto nesta página).
A duplicação da BR-101, rodovia que corta o Estado, é apontada como um dos indutores do aumento na movimentação dos portos, pois vai facilitar o acesso.
Em relação aos concorrentes, o porto que pode tirar mais movimento com a regularização das alíquotas pelos Estados é o de Santos.
O vizinho Rio Grande do Sul não desperta temores, pois 100% da carga movimentada em seus portos é produzida internamente - em Santa Catarina, 70% são de origem externa ou vão para fora.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1123880-santa-catarina-nao-teme-fim-da-guerra-dos-portos.shtml
Porto estuda novas áreas para armazenamento de carros |
O Porto do Rio Grande está com sua capacidade de armazenamento de veículos praticamente esgotada, reflexo da operação padrão que vem sendo feita pelos auditores fiscais da Receita Federal desde 18 de junho. Até a manhã desta quinta (19), havia 9 mil carros depositados nos espaços destinados pela Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG) ao armazenamento de automóveis. A capacidade destes locais é para 10 mil unidades. E à tarde o navio City of Antwerp desembarcou, no cais do Porto Novo, mais 800 carros do modelo Captiva. Para estes ainda houve lugar para depósito, mas na próxima segunda-feira chega outro navio com 1.100 unidades do Agile. Se não houver saída de veículos, a SUPRG terá que definir novo local para depositá-los.
Conforme o superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, outras duas áreas estão sendo avaliadas para aumento da capacidade de armazenamento de veículos. Uma delas é localizada na Barra, ao lado da Tergrasa, e a outra no Porto Velho. Conforme ele, toda e qualquer alteração, fora do padrão, nos procedimentos do porto, acabam causando problemas às operações portuárias. Os movimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos auditores fiscais da Receita Federal, que estão atuando em operação padrão, estão incluídos nestas alterações. "O porto é para girar mercadorias e para isso precisa de rapidez na chegada, desembaraço e saída. Se um dos elos não está como o usual, temos que buscar soluções para não perder carga", observou Lopes. Fonte: Jornal Agora RS
http://portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/17788-porto-estuda-novas-areas-para-armazenamento-de-carros
Hapag-Lloyd irá aumentar as taxas nos principais trades
Valores passam a valer no dia 15 de agosto
A Hapag-Lloyd planeja aumentar suas taxas em vários trades a partir do dia 15 de agosto, como parte de um novo programa de restauração de taxas.
Do Extremo Oriente para a costa leste da América do Sul, as taxas aumentarão US$ 500 por Teu (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), enquanto da Ásia para o Caribe e para o Panamá o aumento será de US$ 560 por Teu e US$ 800 por Feu (unidade de medida equivalente a um contêiner de 40 pés).
Todos os embarques do leste da Ásia para o México, América Central e a costa oeste da América do Sul terão alta de US$ 500 por Teu. Já as cargas que saírem da América do Sul e do Caribe para o Norte da Europa terão alta de US$ 400 por Teu a partir do dia 1 de setembro.
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