Visão integrada é caminho para driblar o Custo-Brasil
Clarisse de Freitas
A visão integrada entre a logística e a produção é o ponto comum das estratégias bem sucedidas de enfrentamento do custo Brasil, segundo o presidente do grupo suíço Kuehne + Nagel (K+N), Michael Jacob, que apresentou ontem as soluções oferecidas pela companhia no Brasil. O executivo foi palestrante da reunião almoço Tá na Mesa, da Federasul, realizada pouco antes do aniversário de um ano do anúncio da aquisição da gaúcha Eichenberg pela multinacional.
“Com essa complementariedade, temos que potencializar a geração de negócios dentro das bases de clientes, tanto da Eichenberg, quanto da K+N”, disse. Ele expôs as formas de integração entre os diferentes modais como as principais tendências do mercado logístico mundial. Segundo o executivo, esse tipo de gestão é algo já feito há mais tempo por companhias dos Estados Unidos e da Europa, mas que o “atraso” brasileiro não torna o momento “tarde demais” para adotar as ferramentas de integração.
“O Brasil precisa de muito investimento em infraestrutura para ganhar competitividade e manter suas fatias no mercado externo. O risco de não enfrentar o problema é esse, de perder competitividade. Enquanto o desembaraço aduaneiro é feito em horas na Europa e nos Estados Unidos, aqui a média é de cinco dias. Já o custo de transporte rodoviário entre um porto e uma indústria no Brasil é, no mínimo, o dobro no País, quando comparado aos EUA”, afirmou e ele para dimensionar o tamanho do problema que os empresários precisam contornar com o ganho de eficiência na gestão logística.
A Receita Federal informou que o projeto é a base para a implantação do chamado Operador Econômico Autorizado (OEA), que garante às empresas registradas nele um despacho aduaneiro expresso. Atualmente, o tempo médio é de dois dias para importações e dez horas para as exportações. Para a Receita Federal, o novo modelo permitirá que o esforço de fiscalização seja concentrado nas empresas consideradas de alto risco.
A implementação do OEA foi o tema do encontro entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano. “O objetivo é aprimorar a cooperação entre as aduanas para fomentar a segurança da cadeia logística”, disse o subsecretário substituto de Aduana e Relações Internacionais, Luís Felipe Barros.
O processo envolve todos os agentes de comércio exterior, como exportadores, importadores e transportadores. Para receber o reconhecimento como OEA, as empresas terão que abrir suas informações às aduanas dos dois países. Embora o foco seja no comércio de cargas, a Receita espera que a iniciativa ajude na fiscalização de passageiros nos aeroportos. As duas nações assinaram também uma declaração para instalar um grupo de trabalho visando à isenção da exigência de visto para viajar de um país ao outro. O grupo deverá se reunir até novembro em Washington.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=98260
“Com essa complementariedade, temos que potencializar a geração de negócios dentro das bases de clientes, tanto da Eichenberg, quanto da K+N”, disse. Ele expôs as formas de integração entre os diferentes modais como as principais tendências do mercado logístico mundial. Segundo o executivo, esse tipo de gestão é algo já feito há mais tempo por companhias dos Estados Unidos e da Europa, mas que o “atraso” brasileiro não torna o momento “tarde demais” para adotar as ferramentas de integração.
“O Brasil precisa de muito investimento em infraestrutura para ganhar competitividade e manter suas fatias no mercado externo. O risco de não enfrentar o problema é esse, de perder competitividade. Enquanto o desembaraço aduaneiro é feito em horas na Europa e nos Estados Unidos, aqui a média é de cinco dias. Já o custo de transporte rodoviário entre um porto e uma indústria no Brasil é, no mínimo, o dobro no País, quando comparado aos EUA”, afirmou e ele para dimensionar o tamanho do problema que os empresários precisam contornar com o ganho de eficiência na gestão logística.
Projeto-piloto entre Brasil e EUA deverá agilizar despacho aduaneiro
Brasil e Estados Unidos iniciarão ainda neste ano um projeto piloto para aumentar a segurança no comércio de cargas e agilizar o despacho aduaneiro. Serão escolhidos dois grandes aeroportos - um no Brasil e outro nos Estados Unidos - que trocarão informações antecipadamente sobre as mercadorias despachadas, sobre as empresas que operam no comércio exterior e até mesmo sobre os passageiros.A Receita Federal informou que o projeto é a base para a implantação do chamado Operador Econômico Autorizado (OEA), que garante às empresas registradas nele um despacho aduaneiro expresso. Atualmente, o tempo médio é de dois dias para importações e dez horas para as exportações. Para a Receita Federal, o novo modelo permitirá que o esforço de fiscalização seja concentrado nas empresas consideradas de alto risco.
A implementação do OEA foi o tema do encontro entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano. “O objetivo é aprimorar a cooperação entre as aduanas para fomentar a segurança da cadeia logística”, disse o subsecretário substituto de Aduana e Relações Internacionais, Luís Felipe Barros.
O processo envolve todos os agentes de comércio exterior, como exportadores, importadores e transportadores. Para receber o reconhecimento como OEA, as empresas terão que abrir suas informações às aduanas dos dois países. Embora o foco seja no comércio de cargas, a Receita espera que a iniciativa ajude na fiscalização de passageiros nos aeroportos. As duas nações assinaram também uma declaração para instalar um grupo de trabalho visando à isenção da exigência de visto para viajar de um país ao outro. O grupo deverá se reunir até novembro em Washington.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=98260
Exportação de milho por Paranaguá dobra no primeiro semestre |
Mesmo com previsão de safra recorde para este ano no Paraná – algo em torno de dez milhões de toneladas – a expectativa é que os preços se mantenham
A colheita da segunda safra de milho começou só agora, mas o volume exportado este ano, já surpreende. Segundo dados do departamento de estatística da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), no primeiro semestre deste ano, a exportação da commodity pelo Porto de Paranaguá foi o praticamente o dobro em comparação ao mesmo período de 2011. Em 2012, já são mais 868 mil toneladas exportadas, contra 440 mil toneladas no mesmo período do ano passado. “Os números nacionais apontam um volume de dezessete milhões de toneladas de milho para exportação, até o final do ano. Desse total, cinco milhões devem vir a Paranaguá. É um volume grande; cem por cento a mais do que o Porto exportou no ano passado”, afirma o diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese. Até agora, o país já exportou mais de 1,8 milhão de toneladas de milho. Quase 135 mil toneladas apenas no mês de junho. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio. Preços - Mesmo com previsão de safra recorde para este ano no Paraná – algo em torno de dez milhões de toneladas – a expectativa é que os preços se mantenham. “Apesar da oferta do produto estar se mostrando grande e, por conta disso, os preços estarem pressionados, a tendência é que isso se reverta face à quebra da safra norte-americana”, prevê o engenheiro agrônomo Marcelo Garrido, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Marcelo Garrido. Segundo ele, o produtor paranaense deve receber em torno de R$ 20 pela saca do milho. A colheita da segunda safra de milho começou em maio, seguiu em junho, se intensifica em julho, mas tem picos em agosto e setembro. De acordo com o Deral, os produtores paranaenses colheram apenas 5% do milho safrinha. Porém, 20% da colheita já estão vendidos. “Este ano tivemos alteração no calendário agrícola. O paranaense plantou seu milho dez dias antes, até para prevenir o período mais crítico de geada”, explica Garrido. De janeiro a junho, ainda de acordo com o técnico do Deral, a exportação do milho brasileiro gerou receita de U$ 470 milhões. Para o Paraná, foram 180 milhões, no mesmo período. Ou seja, o Estado teve uma participação de 38%. “Essa participação é muito maior que a média do ano passado, que não passou de 16%”, afirma Garrido. E a expectativa é que a exportação do milho safrinha ainda deve aumentar muito no segundo semestre, caso se confirme a quebra da safra norte-americana, em decorrência da drástica seca. Exportadores – Segundo Helder Catarino, gerente comercial Interalli, uma das principais exportadoras da commodity em Paranaguá, a expectativa é fechar o ano com mais de quatro milhões de toneladas de milho exportadas. “Os principais fatores que fazem melhorar a nossa expectativa são a alta produção da segunda safra, a demanda aquecida pelo produto e os bons preços”, afirma. Mais de 653 mil toneladas de milho exportado por Paranaguá são provenientes de produtores paranaenses. O segundo principal Estado de origem do produto é o Mato Grosso do Sul, responsável por 55 mil toneladas. E os principais destinos da carga, em 2012, foram Taiwan e Marrocos. Aos exportadores e produtores que pretendem operar pelo porto paranaense, o diretor empresarial da Appa dá um recado. “Nós faremos o possível para atender toda a demanda. Considerando o desempenho que tivemos com a soja, apesar de toda a chuva do primeiro semestre, eu digo aos produtores: podem ficar tranquilos que o Porto de Paranaguá vai dar conta”, garante Lourenço Fregonese.
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