LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 13 de julho de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 13/07/2012




Visão integrada é caminho para driblar o Custo-Brasil
Clarisse de Freitas
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jacob palestrou na Federasul
Jacob palestrou na Federasul
A visão integrada entre a logística e a produção é o ponto comum das estratégias bem sucedidas de enfrentamento do custo Brasil, segundo o presidente do grupo suíço Kuehne + Nagel (K+N), Michael Jacob, que apresentou ontem as soluções oferecidas pela companhia no Brasil. O executivo foi palestrante da reunião almoço Tá na Mesa, da Federasul, realizada pouco antes do aniversário de um ano do anúncio da aquisição da gaúcha Eichenberg pela multinacional.

“Com essa complementariedade, temos que potencializar a geração de negócios dentro das bases de clientes, tanto da Eichenberg, quanto da K+N”, disse. Ele expôs as formas de integração entre os diferentes modais como as principais tendências do mercado logístico mundial. Segundo o executivo, esse tipo de gestão é algo já feito há mais tempo por companhias dos Estados Unidos e da Europa, mas que o “atraso” brasileiro não torna o momento “tarde demais” para adotar as ferramentas de integração.

“O Brasil precisa de muito investimento em infraestrutura para ganhar competitividade e manter suas fatias no mercado externo. O risco de não enfrentar o problema é esse, de perder competitividade. Enquanto o desembaraço aduaneiro é feito em horas na Europa e nos Estados Unidos, aqui a média é de cinco dias. Já o custo de transporte rodoviário entre um porto e uma indústria no Brasil é, no mínimo, o dobro no País, quando comparado aos EUA”, afirmou e ele para dimensionar o tamanho do problema que os empresários precisam contornar com o ganho de eficiência na gestão logística.

Projeto-piloto entre Brasil e EUA deverá agilizar despacho aduaneiro

Brasil e Estados Unidos iniciarão ainda neste ano um projeto piloto para aumentar a segurança no comércio de cargas e agilizar o despacho aduaneiro. Serão escolhidos dois grandes aeroportos - um no Brasil e outro nos Estados Unidos - que trocarão informações antecipadamente sobre as mercadorias despachadas, sobre as empresas que operam no comércio exterior e até mesmo sobre os passageiros.

A Receita Federal informou que o projeto é a base para a implantação do chamado Operador Econômico Autorizado (OEA), que garante às empresas registradas nele um despacho aduaneiro expresso. Atualmente, o tempo médio é de dois dias para importações e dez horas para as exportações. Para a Receita Federal, o novo modelo permitirá que o esforço de fiscalização seja concentrado nas empresas consideradas de alto risco.

A implementação do OEA foi o tema do encontro entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano. “O objetivo é aprimorar a cooperação entre as aduanas para fomentar a segurança da cadeia logística”, disse o subsecretário substituto de Aduana e Relações Internacionais, Luís Felipe Barros.

O processo envolve todos os agentes de comércio exterior, como exportadores, importadores e transportadores. Para receber o reconhecimento como OEA, as empresas terão que abrir suas informações às aduanas dos dois países. Embora o foco seja no comércio de cargas, a Receita espera que a iniciativa ajude na fiscalização de passageiros nos aeroportos. As duas nações assinaram também uma declaração para instalar um grupo de trabalho visando à isenção da exigência de visto para viajar de um país ao outro. O grupo deverá se reunir até novembro em Washington.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=98260




Exportação de milho por Paranaguá dobra no primeiro semestre


Mesmo com previsão de safra recorde para este ano no Paraná – algo em torno de dez milhões de toneladas – a expectativa é que os preços se mantenham

A colheita da segunda safra de milho começou só agora, mas o volume exportado este ano, já surpreende. Segundo dados do departamento de estatística da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), no primeiro semestre deste ano, a exportação da commodity pelo Porto de Paranaguá foi o praticamente o dobro em comparação ao mesmo período de 2011. Em 2012, já são mais 868 mil toneladas exportadas, contra 440 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

“Os números nacionais apontam um volume de dezessete milhões de toneladas de milho para exportação, até o final do ano. Desse total, cinco milhões devem vir a Paranaguá. É um volume grande; cem por cento a mais do que o Porto exportou no ano passado”, afirma o diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese.

Até agora, o país já exportou mais de 1,8 milhão de toneladas de milho. Quase 135 mil toneladas apenas no mês de junho. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio.

Preços - Mesmo com previsão de safra recorde para este ano no Paraná – algo em torno de dez milhões de toneladas – a expectativa é que os preços se mantenham. “Apesar da oferta do produto estar se mostrando grande e, por conta disso, os preços estarem pressionados, a tendência é que isso se reverta face à quebra da safra norte-americana”, prevê o engenheiro agrônomo Marcelo Garrido, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Marcelo Garrido. Segundo ele, o produtor paranaense deve receber em torno de R$ 20 pela saca do milho.

A colheita da segunda safra de milho começou em maio, seguiu em junho, se intensifica em julho, mas tem picos em agosto e setembro. De acordo com o Deral, os produtores paranaenses colheram apenas 5% do milho safrinha. Porém, 20% da colheita já estão vendidos. “Este ano tivemos alteração no calendário agrícola. O paranaense plantou seu milho dez dias antes, até para prevenir o período mais crítico de geada”, explica Garrido.

De janeiro a junho, ainda de acordo com o técnico do Deral, a exportação do milho brasileiro gerou receita de U$ 470 milhões. Para o Paraná, foram 180 milhões, no mesmo período. Ou seja, o Estado teve uma participação de 38%.  “Essa participação é muito maior que a média do ano passado, que não passou de 16%”, afirma Garrido.

E a expectativa é que a exportação do milho safrinha ainda deve aumentar muito no segundo semestre, caso se confirme a quebra da safra norte-americana, em decorrência da drástica seca.

Exportadores – Segundo Helder Catarino, gerente comercial Interalli, uma das principais exportadoras da commodity em Paranaguá, a expectativa é fechar o ano com mais de quatro milhões de toneladas de milho exportadas. “Os principais fatores que fazem melhorar a nossa expectativa são a alta produção da segunda safra, a demanda aquecida pelo produto e os bons preços”, afirma.

Mais de 653 mil toneladas de milho exportado por Paranaguá são provenientes de produtores paranaenses. O segundo principal Estado de origem do produto é o Mato Grosso do Sul, responsável por 55 mil toneladas. E os principais destinos da carga, em 2012, foram Taiwan e Marrocos.

Aos exportadores e produtores que pretendem operar pelo porto paranaense, o diretor empresarial da Appa dá um recado. “Nós faremos o possível para atender toda a demanda. Considerando o desempenho que tivemos com a soja, apesar de toda a chuva do primeiro semestre, eu digo aos produtores: podem ficar tranquilos que o Porto de Paranaguá vai dar conta”, garante Lourenço Fregonese.


Cresce a fila de navios em Paranaguá

A fila de navios à espera para atracar no Porto de Paranaguá, comum nas últimas semanas, não para de crescer. O congestionamento, provocado pela concentração das vendas antecipadas de grãos, deve continuar nos próximos meses.

Apesar da ausência de chuvas, que possibilita o carregamento ininterrupto do final da safra de soja 2011/12 – a última vez que o Porto parou o embarque foi no dia 23 de junho –, o início da colheita de cana-de-açúcar e milho safrinha deve aumentar o ritmo de embarques pelo terminal paranaense.

De acordo com dados da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), entre janeiro e maio deste ano, passaram pelo terminal 743 mil toneladas do cereal, 73% a mais do que o mesmo período do ano passado – 430 mil.

primeiros cinco meses do ano em relação ao mesmo período de 2011, a expectativa é que a exportação seja retomada de forma significativa a partir do próximo mês.

“A safra começou em abril, mas choveu muito em maio e tivemos redução. Agora, com o bom tempo, estamos retomando”, aponta José Adriano da Silva Dias, superintendente da Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcoopar).

A entidade projeta colheita de 40,5 milhões de toneladas de cana de açúcar no estado. Até 16 de junho, 8,9 milhões de toneladas haviam sido colhidas. A produção de açúcar do Paraná deve chegar aos três milhões de toneladas, semelhante ao ano passado.

Congestionamento

Desde o dia 22 de junho, o terminal paranaense registra fila de navios ao largo – onde a embarcação espera para chegar ao cais – acima de uma centena.

Ontem, o site da Appa contabilizava 115 embarcações ao largo, 37 esperadas para as próximas 48 horas e outras 17 atracadas.

O tamanho da fila dobrou nos últimos dois meses. No dia 8 do mês de maio, Paranaguá tinha fila de 51 navios ao largo.

“Isso [a fila de navios] preocupa o setor sucroenergético. Cada dia parado gera multa que onera o produto e faz perder competitividade. A eficiência tem que ser melhor”, lamenta Dias.

Além do mau tempo da primeira quinzena do mês passado, que obrigou a paralisação das operações no cais por 14,5 dias (365 horas) nos últimos 60 dias, o aumento na exportação do complexo soja também contribuiu para o acúmulo de navios. Para atender a alta demanda internacional, segundo a Appa, 6,6 milhões toneladas do complexo soja (grãos, farelo e óleo) foram exportadas nos cinco primeiro meses do ano, aumento de 32% em relação ao mesmo período de 2011.

O crescimento do termi­nal acompanhou a média nacional. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), as exportações brasileiras de soja em grão no primeiro semestre somaram 23,51 milhões de toneladas, 29% mais que os seis primeiros meses do ano passado. Em 2011, o volume total embarcado foi recorde: 32,98 milhões de toneladas. Porém, a estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove) é de que a exportação de soja fique na casa dos 30 milhões de toneladas.
Fonte: Cenário MT
http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/17663-cresce-a-fila-de-navios-em-paranagua




Navalshore 2012 será realizada no Rio em agosto


Especialistas em diversos assuntos estratégicos e líderes da indústria naval estarão reunidos no Rio de Janeiro de a a 3 de agosto. Uma série de workshops técnicos acontecerão em paralelo à feira Navalshore 2012, oferecendo conteúdo direcionado aos interesses dos diversos públicos do setor naval e offshore.

Segundo o gerente da Navalshore 2012, Michael Fine, o temário dos cinco workshops que acontecerão no período da manhã, no segundo e terceiro dia da Navalshore foi cuidadosamente elaborado junto ao mercado, depois de pesquisa feita entre empresas e associações do setor, para identificar as questões mais relevantes. “São oportunidades imperdíveis para os profissionais do setor que almejam aprimorar sua percepção sobre as práticas mais eficientes aplicadas hoje na indústria naval no mundo”, diz.

Temas próximos à dinâmica industrial – Os temas escolhidos para os workshops são próximos da dinâmica da indústria naval. No primeiro workshop, “Excelência em Produção”, tecnologia aplicada à Estratégia Integrada para a Construção Naval será discutida pelos executivos da empresa inglesa AVEVA, Alberto Santos e Ricardo Rabelo. Já o chefe de operações da Lean Maritime, Jose Manuel Martin Alonso, apresentará os principais conceitos da metodologia Lean Manufacturing aplicada ao setor naval, que garante melhorias na eficiência das operações dos estaleiros do País.

Um tema fundamental para o setor será debatido no segundo workshop, “Análise Qualitativa do Risco”, ministrado pelo Dr. Marcos Huber Mendes, consultor da Palisade Brasil e PhD em Modelagem Estatística para Apoiar a Tomada de Decisão (PUC-Rio), que mostrará as melhores práticas no desenvolvimento de um processo padronizado para análise do risco, além de uma abordagem da análise de risco como ferramenta de gestão.

No terceiro encontro, oferecido pela multinacional Palisade Corporation USA, a questão da análise e gestão de risco de projetos de investimento, com ênfase nas aplicações em custo, cronograma e portfólio será comentada pelo renomado especialista em análise de risco para o setor de Oil & Gas, Rafael Hartke, que oferecerá exemplos de como a análise de risco pode ser utilizada para melhorar os projetos de investimento e contribuir para o processo de tomada de decisão. Será discutida também a importância da integração entre análise de risco de custo e prazo na avaliação dos projetos, e o impacto que a análise de risco tem na otimização de portfólios.

Voltado aos aspectos mais técnicos da atividade industrial, o quarto workshop estará concentrado no detalhamento das especificidades da soldagem na área naval e offshore.

A UBM Brazil programou também um workshop sobre as normas da legislação brasileira que trata dos requerimentos da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em relação ao conteúdo local de navipeças no setor naval, durante o qual será abordado o processo de certificação; principais aspectos da Resolução 36; nota técnica e informes da ANP; metodologia de certificação de conteúdo local de embarcações em construção; metodologia de certificação de conteúdo local de embarcações construídas até 11/11/2008; e toda a experiência do ABS Group em soluções. Quem comandará o workshop será a gerente do ABS Group, Thereza Moreira.

.[Informações sobre a programação e sobre como participar dos Workshops Técnicos estão disponíveis no Navalshore, em www.navalshore.com.br].

Feira – A Navalshore 2012 acontece de 1 a 3 de agosto, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ). Serão mais de 11 mil m² de área de exposição reunindo as últimas novidades em produtos e serviços para construção e reparo naval, equipamentos e suprimentos para estaleiros, além de soluções para o setor de petróleo e gás.

Ao todo serão 350 expositores nacionais e internacionais, sendo que 50 estão participando pela primeira vez, de 17 delegações estrangeiras oferecendo oportunidades de negócios e networking para profissionais vindos de mais de 40 países. A expectativa é que, ao longo dos três dias, mais de 15 mil pessoas passem pelos pavilhões. Na edição de 2011, de acordo com o levantamento realizado pela organização, 80% dos estaleiros do Brasil, oriundos de 10 estados diferentes, participaram da feira.

O evento, organizado pela UBM Brazil, conta com os Patrocínios Diamante da Transpetro e da Caixa Econômica Federal, e com o Patrocínio Ouro da Aveva. Também tem o apoio da Abeam (Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo), Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore), Abenav (Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore), Syndarma (Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima), e da ABS (Associação Brasileira de Soldagem). Para Mais informações, acesse www.navalshore.com.br.

UBM e UBM Brazil -No Brasil desde 1994, sendo a primeira multinacional a entrar no mercado brasileiro de feiras, a UBM Brazil é uma das 50 subsidiárias da UBM Internacional, empresa líder global em mídia de negócios. Com escritório na cidade de Barueri, em São Paulo, a UBM Brazil conta com a colaboração de mais de 60 funcionários e realiza atualmente mais de 15 feiras no Brasil, promovendo diversos segmentos da indústria, tais como Construção civil, Transporte de Carga, Logística e Comércio Internacional, Produção Agrícola, Design e Fabricação de Equipamentos Médicos, Sistemas Embarcados, Indústria Naval e Offshore, Ingredientes Farmacêuticos, Ingredientes Alimentícios, Produtos e ingredientes nutracêuticos e Responsabilidade Social.

Baseada em um modelo de negócios abrangente e global, a UBM busca a compreensão dos mercados onde atua e faz da diversidade geográfica e das diferenças culturais o segredo de seu sucesso. Nos mais de 30 países onde realiza seus eventos, a UBM constrói relacionamentos duradouros com especialistas e players do mercado e gera oportunidades que alavancam e fomentam o desenvolvimento da indústria local em âmbito global. Sediada em Londres, a UBM atualmente conta com 6,5 mil funcionários e está presente em mais de 60 mercados distintos, aproximando compradores e fornecedores em todo o mundo por meio de eventos especializados e de mídias impressas e eletrônicas.


São Sebastião terá porto renovado

Valor do contrato, de R$ 3,2 milhões, gerou uma economia de cerca de R$ 700 mil frente ao valor estimado na licitação
A Companhia Docas de São Sebastião assinou contrato com a CSC Engenharia e Construção para construir quatro edificações no pátio 3, no porto de São Sebastião. O valor do contrato é de R$ 3,2 milhões, o que gerou uma economia de aproximadamente R$ 700 mil reais frente ao valor estimado na concorrência pública (de R$ 3,9 milhões).
Os novos negócios devem trazer benefícios importantes ao porto de São Sebastião, como o aumento na movimentação.

O prazo para execução das obras é de 120 dias, com conclusão em novembro de 2012. As edificações servirão de apoio para atividades portuárias. Com isso, o pátio 3, que hoje possui 134 mil m², terá 3.200 m² de área de apoio às operações portuárias.


As 25 maiores operadoras de contêineres são responsáveis por 87% da frota mundial

Quatro companhias apresentam queda em suas frotas

De acordo com o Dynamar, as 25 maiores operadoras de contêineres da indústria são responsáveis, juntas, por 87% da frota de contêineres em operação hoje nos serviços em todo o mundo, o que representa um aumento de 4% de participação em comparação ao primeiro trimestre deste ano.
No que diz respeito às encomendas já feitas, essas companhias são responsáveis por 96% dos pedidos. Na lista das 25 maiores, em termos de número de navios em serviço e Teus movimentados, Maersk Line, MSC e CMA CGM ocupam, respectivamente, primeiro, segundo e terceiro lugar.
Em comparação à lista das 25 maiores companhias em 2011, a CSAV, a T.S. Lines, a Wan Hai e a HDS Lines registraram queda de 50%, 6%, 6% e 3%, respectivamente.



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