Congresso amplia o crédito à exportação
O plenário do Congresso aprovou, nesta terça-feira à tarde, um projeto de crédito adicional ao Orçamento da União deste ano que libera R$ 1,355 bilhão para incentivos a exportações. Os recursos vão para o Programa de Financiamento às Exportações (Proex), o Seguro de Crédito à Exportação (SCE) e o Fundo de Garantia às Exportações (FGE), além de serem utilizados na equalização da taxa de juros.
A medida foi tomada no mesmo dia em que a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) alterou suas projeções para a balança comercial neste ano, motivada pela combinação de câmbio e demanda interna mais fraca. As exportações vão atingir US$ 237,07 bilhões, cifra acima dos US$ 236,58 bilhões estimados anteriormente, em dezembro do ano passado. Já as importações foram revisadas para baixo: de US$ 233,5 bilhões para US$ 229,02 bilhões. A entidade revisou ainda sua projeção para o superávit, que saiu de US$ 3,04 bilhões para US$ 8,05 bilhões.
“O maior ajuste foi feito nas estimativas para importações”, explicou o presidente da AEB, José Augusto de Castro. Segundo ele, a falta de dinamismo da economia brasileira, aliada à adoção de medidas protecionistas pelo governo, tem desestimulado as importações. O cenário é mais dramático para o segundo semestre. Mesmo assim, Castro acredita que o País terá alguns meses de déficit na balança. Castro lembra que 78% da safra de soja já foi embarcada e seus impactos positivos na balança devem sumir a partir de agosto. “Estamos trabalhando com um superávit de apenas US$ 1 bilhão para o segundo semestre”, afirmou.
O ajuste nas importações teve como destaque as compras de petróleo, que, em razão da queda no preço do produto, pesou menos na balança comercial. A AEB trabalhava com um preço médio para o petróleo de US$ 125,00 o barril, mas o insumo foi comercializado ao longo do primeiro semestre a valores mais baixos, na casa de US$ 100,00 o barril. “Estamos prevendo uma queda de 2,6% na receita com importações de petróleo sobre 2011, toda baseada em preço”, acrescentou. Um movimento contrário ao verificado na importação de derivados de petróleo, que cresce em volume e preço. Só no primeiro semestre, a receita com importação de gasolina aumentou 368% em volume frente ao mesmo período do ano passado, saltando de US$ 333 milhões para US$ 1,575 bilhão.
Já nas exportações, o maior ajuste foi feito nas estimativas para as vendas externas de minério de ferro, carro-chefe da pauta brasileira. “A quantidade vendida ficou igual, mas o preço caiu mais do que nossa expectativa”, revelou. A AEB previa uma cotação média de venda de US$ 105,00 por tonelada para 2012, mas o cenário não se confirmou. O minério chegou a ser negociado a US$ 95,00 no início do ano e, com isso, o preço médio do semestre ficou em US$ 102,00 por tonelada.
Castro alerta, porém, que a revisão pode ser ainda maior caso ocorra uma retração no volume vendido, movimento que depende do dinamismo da economia chinesa. Comparada a 2011, a receita com exportações de minério caem cerca de US$ 10 bilhões, passando de US$ 41,817 bilhões para US$ 31,98 bilhões. Para a AEB, a participação do minério na pauta de exportações brasileira se retrai. A estimativa é de que o produto represente 13,49% das vendas externas, abaixo da fatia de 16,33% registrada em 2011.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=98739
A medida foi tomada no mesmo dia em que a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) alterou suas projeções para a balança comercial neste ano, motivada pela combinação de câmbio e demanda interna mais fraca. As exportações vão atingir US$ 237,07 bilhões, cifra acima dos US$ 236,58 bilhões estimados anteriormente, em dezembro do ano passado. Já as importações foram revisadas para baixo: de US$ 233,5 bilhões para US$ 229,02 bilhões. A entidade revisou ainda sua projeção para o superávit, que saiu de US$ 3,04 bilhões para US$ 8,05 bilhões.
“O maior ajuste foi feito nas estimativas para importações”, explicou o presidente da AEB, José Augusto de Castro. Segundo ele, a falta de dinamismo da economia brasileira, aliada à adoção de medidas protecionistas pelo governo, tem desestimulado as importações. O cenário é mais dramático para o segundo semestre. Mesmo assim, Castro acredita que o País terá alguns meses de déficit na balança. Castro lembra que 78% da safra de soja já foi embarcada e seus impactos positivos na balança devem sumir a partir de agosto. “Estamos trabalhando com um superávit de apenas US$ 1 bilhão para o segundo semestre”, afirmou.
O ajuste nas importações teve como destaque as compras de petróleo, que, em razão da queda no preço do produto, pesou menos na balança comercial. A AEB trabalhava com um preço médio para o petróleo de US$ 125,00 o barril, mas o insumo foi comercializado ao longo do primeiro semestre a valores mais baixos, na casa de US$ 100,00 o barril. “Estamos prevendo uma queda de 2,6% na receita com importações de petróleo sobre 2011, toda baseada em preço”, acrescentou. Um movimento contrário ao verificado na importação de derivados de petróleo, que cresce em volume e preço. Só no primeiro semestre, a receita com importação de gasolina aumentou 368% em volume frente ao mesmo período do ano passado, saltando de US$ 333 milhões para US$ 1,575 bilhão.
Já nas exportações, o maior ajuste foi feito nas estimativas para as vendas externas de minério de ferro, carro-chefe da pauta brasileira. “A quantidade vendida ficou igual, mas o preço caiu mais do que nossa expectativa”, revelou. A AEB previa uma cotação média de venda de US$ 105,00 por tonelada para 2012, mas o cenário não se confirmou. O minério chegou a ser negociado a US$ 95,00 no início do ano e, com isso, o preço médio do semestre ficou em US$ 102,00 por tonelada.
Castro alerta, porém, que a revisão pode ser ainda maior caso ocorra uma retração no volume vendido, movimento que depende do dinamismo da economia chinesa. Comparada a 2011, a receita com exportações de minério caem cerca de US$ 10 bilhões, passando de US$ 41,817 bilhões para US$ 31,98 bilhões. Para a AEB, a participação do minério na pauta de exportações brasileira se retrai. A estimativa é de que o produto represente 13,49% das vendas externas, abaixo da fatia de 16,33% registrada em 2011.
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