Média diária das exportações e importações foi recorde para meses de fevereiro
O desempenho médio diário das exportações e importações registrado no mês passado foi recorde para meses de fevereiro, segundo disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, na entrevista coletiva mensal de divulgação da balança comercial brasileira. A entrevista foi realizada nesta segunda-feira (1º/3) no auditório do MDIC, em Brasília.
No mês, as exportações somaram US$ 12,197 bilhões, com média diária de US$ 677,6 milhões. Em relação a fevereiro do ano passado, cresceram os embarques de produtos semimanufaturados (+37,7%), básicos (+36,3%) e manufaturados (+14,9%). Na mesma comparação, as importações totalizaram US$ 11,803 bilhões (média diária de US$ 655,7 milhões), com aumentos registrados nas aquisições de combustíveis e lubrificantes (+92,8%), bens de consumo (+54,3%), matérias-primas e intermediários (+50,3%) e bens de capital (+30,7%).
De acordo com o secretário, as exportações e as importações tiveram resultados superiores aos registrados, não só em 2009, mas também em anos anteriores. “A base do ano passado é uma base baixa, por conta da crise econômica mundial, mas ainda sim exportações e importações apresentaram variação de crescimento positiva em relação a 2008, por exemplo, que foi um ano excepcional”, disse ressaltando que as exportações cresceram 27,2% sobre a média diária registrada em 2009 e as importações 50,8% na mesma comparação.
Por fator agregado, Barral destacou o desempenho das exportações de produtos semimanufaturados, que no mês cresceram 37,7% em relação a janeiro deste ano e 16,2% na comparação com fevereiro do ano passado. De acordo com a apresentação feita pelo secretário, as exportações de produtos básicos cresceram 36,3% na comparação com janeiro e 29,7% sobre fevereiro do ano passado. Já as vendas de manufaturados aumentaram 14,9% e 13,7%, respectivamente.
Barral destacou o comportamento das exportações de alguns itens na comparação com fevereiro do ano passado. De acordo com o secretário, os valores embarcados de carne de frango aumentaram 37,5% - a quantidade embarcada aumentou 10,4% e o preço internacional desse produto 24,5%.
Por sua vez, as exportações de laminados planos cresceram 91,4%, sendo que a quantidade aumentou 165,4%, mas o preço internacional caiu 27,9%. Esses números, segundo o secretário, indicam que “a competição internacional está mais acirrada, mas o Brasil tem conseguido recuperar alguns mercados, como é o caso de Argentina e Colômbia”, ressaltou.
Em relação às importações, Barral avaliou que há uma tendência de aumento nas aquisições brasileiras, principalmente, de bens de capital e matérias-primas. “Essa importação de matérias-primas é bastante substancial e reflete a recuperação da indústria brasileira. Temos que lembrar que, de acordo com dados do IBGE divulgados em dezembro do ano passado, a produção industrial no Brasil cresceu 19%, dado que também impacta a importação”, analisou. De acordo com o secretário, as importações no Brasil estão interligadas às exportações. “Enquanto aumentar as exportações, também vão aumentar as importações”, afirmou.
MDIC
Cooperativas exportam 150% mais aos árabes
As exportações das cooperativas brasileiras para os países árabes cresceram 165% em quantidade e 150% em valor em 2009, chegando a US$ 530 milhões. Para a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), esse é o terceiro mercado externo mais importante hoje, atrás apenas da África e da Ásia.
O destaque nesse cenário de bons negócios ficou com a Síria, responsável pela maior expansão do grupo: 1.099%, com US$ 33 milhões movimentados. O que os sírios compraram? Açúcar e carne. Somente na versão bruta ou mascavo, foram US$ 23 milhões negociados, com mais US$ 8 milhões para o tipo refinado e US$ 2 milhões em carne de frango.
"Fomos beneficiados pela quebra na produção de cana-de-açúcar na Índia, que exportava muito para a Síria", explica o especialista em mercados da OCB, Marco Olívio Morato de Oliveira.
No ranking geral de maiores compradores das cooperativas brasileiras no mundo árabe estão os Emirados Árabes, com US$ 253 milhões em negócios, a Arábia Saudita, com US$ 154 milhões, a Síria, com US$ 33 milhões, e o Catar, com US$ 3 milhões. Segundo a OCB, os países que formam esse mercado respondem por 15% do total exportado em dinheiro e 22% em quantidade.
De acordo com Oliveira, a meta para 2010 é reforçar os laços comerciais com esse grupo. O desafio das cooperativas, nesse caso, é agregar valor aos produtos exportados hoje. "É a hora de vender mais açúcar refinado ao invés de mascavo, por exemplo", explica.
Para atingir a meta, a idéia é consolidar as relações com esses países a partir de missões e participações em feiras este ano, com pelo menos dois eventos previstos no Oriente Médio. "A região é muito importante para as cooperativas brasileiras, já que nela a taxa de crescimento populacional e do PIB é maior que a média mundial", diz Oliveira. "Isso sem falar das nossas afinidades com o mundo árabe", completa.
Agência Anba
Receita com embarques de café sobe 7% em fevereiro
A exportação de café em fevereiro passado (18 dias úteis) alcançou 2,080 milhões de sacas de 60 kg, o que representa redução de 9,05% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em termos de receita cambial, porém, houve elevação de 7,04% no período, para US$ 323,9 milhões, em comparação com US$ 302,6 milhões em fevereiro de 2009. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Quando comparada com o mês anterior, a exportação de café em fevereiro apresenta leve queda de 0,38% em termos de volume, pois em janeiro passado foram embarcadas 2,088 milhões de sacas.
Diário do Comércio e Indústria
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