LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 20 de maio de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 20/05/2010

Santos Brasil busca terminais no exterior
Uma das estratégias de crescimento da empresa é disputar contratos de arrendamento em países como Argentina, Chile e Colômbia Renée Pereira - O Estado de S.Paulo A Santos Brasil, maior terminal de contêineres da América do Sul, decidiu apostar na internacionalização para atingir suas metas de crescimento. No radar da companhia estão países como Argentina Chile e Colômbia, cujos mercados são considerados de risco mais sustentável, avalia o presidente da empresa, Antônio Carlos Sepúlveda. A ideia não é construir terminais no exterior, mas aproveitar arrendamentos que começam a vencer nos próximos anos. O executivo comenta que, na Argentina, por exemplo, há vários contratos expirando até 2015. "Hoje, o mais lógico para crescer é buscar novos mercados no exterior", diz Sepúlveda. Segundo ele, esse é um projeto que vem amadurecendo desde o lançamento de ações na BM&F Bovespa, em 2006. Apesar do foco no exterior, a empresa não deve abrir mão das oportunidades no Brasil. Até 2013, vencem cerca de 100 contratos de arrendamento espalhados pelo País. Nem todos, no entanto, seguem a atividade principal da Santos Brasil, que é a movimentação de contêineres. Há muitos terminais de granéis, sólidos e líquidos, que na maioria dos casos interessam mais aos atuais donos. Disputa. Sepúlveda antecipa, no entanto, que a Santos Brasil deve disputar a licitação de um terminal de contêineres em Manaus (AM) e em Aratu, além de estudar um porto novo.

Atualmente, a empresa, cuja receita líquida somou R$ 169,9 milhões no primeiro trimestre, administra quatro terminais no Brasil: Tecon Santos, no Porto de Santos; Tecon Imbituba (SC); Tecon Vila do Conde (PA); e Terminal de Veículos, em Santos. A empresa é responsável por 25% de toda a movimentação de contêineres no País. No primeiro semestre deste ano, recuperou parte das perdas que o setor acumulou com a crise internacional, iniciada em 2008, e cresceu 14%. Mas ainda está abaixo no nível pré-crise. "Em 2009, tivemos uma queda de 18% na movimentação", afirma Sepúlveda. Ele afirma, no entanto, que a expectativa para este ano é boa. Um dos motivos do otimismo é o novo berço de atracação construído no Tecon Santos, que em breve deverá entrar em operação. Além disso, com o início da dragagem no porto santista, navios de maior porte poderão atracar nos terminais, o que eleva a produtividade. Outra área que a empresa planeja ampliar é a integração logística. Em 2007, a Santos Brasil comprou a Mesquita Transportes, uma companhia que tem armazéns próprios em Santos, Guarujá e São Bernardo do Campo. "Podemos ter outros armazéns em Campinas e São José dos Campos", diz o executivo, que assumiu a presidência da Santos Brasil no mês passado. No mercado, no entanto, os planos da empresa provocam algumas dúvidas por causa da briga entre os sócios controladores, a família Klien e o Grupo Opportunity, do empresário Daniel Dantas. Após mais de dez anos de convivência harmoniosa, o conflito foi parar numa câmara de arbitragem. O resultado sobre quem comprará a fatia do outro sairá apenas no segundo semestre. "Enquanto não resolverem essa questão, fica muito difícil definir projetos e estratégias futuros de crescimento", destaca um especialista do setor. Para ele, uma possível demora na conclusão desse processo pode comprometer até a gestão da empresa.
Porto de Santos




Porto de Paranaguá é o terceiro do País em movimentação de cargas

Estudo divulgado pelo Ipea classifica o porto paranaense como terceiro maior, com movimentação de US$ 16,55 bilhões em cargas no setor internacional no ano passado

Segundo a análise do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Porto de Paranaguá (PR) é o terceiro maior do País, tendo movimentado US$ 16,55 bilhões no ano passado no setor de comércio internacional.
No documento apresentado pelo Ipea, os valores baixos de tarifa no porto paranaense foram ressaltados. Por exemplo: para a movimentação, descarga e baldeação de granéis, o porto cobra R$1,7 por tonelada. Já o Porto de Rio Grande (RS) cobra R$ 4,4 por tonelada, 158% a mais que o porto de Paranaguá. No setor de movimentação de veículos, apenas Paranaguá e Santos (SP) mostram valores abaixo da média brasileira. O custo no Paraná é quase 34% menor do que em Salvador e Aratu, ambos na Bahia.

“Este resultado indica que o elemento custo do serviço portuário pode ter uma influência significativa sobre a decisão dos clientes, importadores e exportadores, a respeito do porto a ser utilizado no comércio internacional, devendo ser um ponto de atenção por parte das autoridades gestoras dos portos”, diz um trecho do estudo.
Segundo o diretor do Instituto na área de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura, Macio Wohlers, “Significa que os portos mais bem classificados no ranking são aqueles que apresentam as tarifas mais baixas”

Além das tarifas baixas, a realização de novas construções e reformas também foram citadas como fundamentais para desenvolver a estrutura competitiva. Foi calculado o valor de R$ 42,88 bilhões em investimentos para as 133 obras futuras apontadas como necessárias em portos de todo o país, sendo 41 das obras de infraestrutura portuária, 45 de dragagem e derrocamento e 45 de acessos terrestres.

O documento cita, entre outros, os portos de Santos, Vitória, Itaqui, Pecém e Rio Grande, como os que mais apresentaram problemas às áreas portuárias, representando 40% das demandas de obras.

Outro fator relevante para o estudo do Ipea foram os investimentos já realizados nos últimos anos, como cita o Diretor Técnico dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), André Cansian: “Com recursos próprios, a Appa recuperou as vias de acesso e mudou a logística portuária. A continuidade das mudanças e avanços garante obras importantes, como o aprofundamento dos berços do cais, que já está licitado e homologado.”
Por Nayra Brighi - Redação Portal Transporta Brasil




Noar Linhas Aéreas recebe concessão da ANAC e poderá dar inicio às operações
Nova linha aérea regional atenderá o público do Nordeste ligando diversas cidades da região. Empresa recebeu a concessão da Anac, válida por 10 anos

A Noar Linhas Aéreas, de Caruaru (PE), recebeu a concessão da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e terá permissão para operar o transporte aéreo de passageiros por 10 anos, além de cargas e mala postal, segundo o Diário oficial da União do dia 14 de maio.

A empresa já havia passado por todos os procedimentos legais: o recebimento da Autorização de Funcionamento Jurídico em junho de 2009 e a obtenção do CHETA (Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo) no dia 12 de maio desse ano. E, como última fase do processo de criação de uma empresa aérea, a Noar recebeu a concessão da ANAC.

A empresa passará a operar as aeronaves Let 410 UVP, que têm capacidade para 19 passageiros e ligará diversas cidades do Nordeste.

A Noar não é a única empresa de aviação criada no Brasil nos últimos anos. No Paraná, a Sol linhas aéreas deu inicio às suas atividades em setembro de 2009. Já a empresa Azul começou a funcionar em dezembro de 2008. A criação de novas empresas e o avanço de empresas menores mostram que a demanda por voos domésticos no Brasil está em processo de crescimento.
Por Nayra Brighi - Portal Transporta Brasil

Nenhum comentário: