LEGISLAÇÃO

terça-feira, 4 de maio de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 04/05/2010

Brasil e Estados Unidos relançam mecanismo de diálogo comercial
04/05/2010
O subsecretário de Comércio Internacional do Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DOC na sigla em inglês), Francisco Sánchez, em sua primeira viagem internacional como titular da pasta, se reuniu nesta terça-feira (4/5) com o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, em Brasília. Os secretários relançaram o Diálogo Comercial Brasil Estados Unidos, mecanismo também chamado de MDIC-DOC.

Essa foi a quinta reunião do MDIC-DOC. O mecanismo foi criado em 2006 e o último encontro do grupo foi em 2008. “Estou muito satisfeito de estar retomando o diálogo comercial com o Brasil”, disse o subsecretário Sánchez, ao enfatizar que agenda entre os dois países está convergida para o tema inovação, que vai nortear todas as discussões bilaterais. “Este é o quarto encontro entre mim e o secretário Barral em menos de seis meses”, enfatizou. Em setembro, os secretários voltam a se encontrar em Washington.

Barral explicou que o mecanismo MDIC-DOC tem quatro grupos de trabalho: propriedade intelectual, que é coordenado pelo lado brasileiro pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e, pelo lado americano, pelo Patent and Trademark Office (PTO) e Estandardização, tema que é discutido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e pelo National Institute of Standards and Technology (Nist). Os outros dois temas são serviços e facilitação de comércio. “Todas as ações do diálogo comercial terão como foco a inovação, que será o eixo central da cooperação comercial entre Brasil e Estados Unidos”

Intercâmbio comercial
De janeiro a abril de 2010, segundo as estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, as exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 19% e as importações 12,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Se compararmos com o crescimento do comércio brasileiro para outros mercados, isso é pouco”, disse Barral enfatizando que há uma grande oportunidade que tem que ser aproveitada entre Brasil e Estados Unidos.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Longe da crise, Brasil tem melhor quadrimestre para as importações

mai 4, 2010
O forte crescimento da economia brasileira já se reflete na retomada das importações, que bateram recorde para meses de abril e para o primeiro quadrimestre do ano. Entre janeiro e abril, o Brasil gastou o equivalente a US$ 52,215 bilhões em compras internacionais.

O valor corresponde a uma alta de 41,8% na comparação com os quatro primeiros meses de 2009, quando o país ainda estava mergulhado na mais grave crise econômica dos últimos 80 anos. Também as vendas ao exterior têm refletido a melhora da situação econômica brasileira. Nos quatro primeiros meses do ano, o país exportou US$ 54,390 bilhões, sendo US$ 15,161 bilhões foram contabilizados apenas em abril, o segundo melhor mês de 2010.

O número deve melhorar ainda mais até o fim do ano, devido ao reajuste nos preços do minério de ferro. Esse fator deve, inclusive, impactar no saldo comercial, que está positivo em US$ 2,175 bilhões até abril.
Correio Braziliense



Importação de bens de consumo preocupa
mai 4, 2010
Alta de 49,9% em abril alerta para perda de mercado da indústria nacional.
O aumento das importações de bens de consumo, que em abril somaram US$ 2,246 bilhões – alta de 49,9% em relação ao mesmo mês do ano passado começa a preocupar o governo brasileiro. Apesar disso, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Welber Barral, disse que, neste momento de demanda forte, a importação mais alta de bens de consumo ajuda a conter a pressão nos preços. Por outro lado, as importações de bens de capital somaram US$ 2,854 bilhões, alta de 18,9% no mesmo período de comparação. Já as importações de matérias-primas e intermediários somaram US$ 6,340 bilhões, uma elevação de 65,1% no período.
Barral afirmou que as importações de bens de consumo preocupam porque não agregam valor ao processo produtivo brasileiro. Segundo ele, o ministério está avaliando o porquê de a indústria brasileira não estar competitiva com os produtos importados.

Ele afirmou que, neste momento, ainda não dá para afirmar que está havendo uma substituição de produtos nacionais por importados, pois o mercado está muito aquecido. Mas admitiu que, no futuro, a indústria brasileira pode perder mercado para esses produtos. O secretário destacou ainda que, com o câmbio favorável, também está vantajoso importar insumos para manter a competitividade das exportações brasileiras em alguns países. Apesar do aumento das importações, Barral afirma que o governo não estuda adotar medidas protecionistas.

Desempenho é recorde com superávit de US$ 1,2 bilhão

As exportações e importações brasileiras (corrente de comércio) registraram em abril recordes para o período, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No entanto, as importações registram um crescimento muito mais acentuado em relação a abril de 2009 (60,8% pela media diária) do que as exportações (23%). Ontem, o governo divulgou que no mês passado a balança comercial teve um superávit de US$ 1,283 bilhão, saldo 65,3% inferior ao registrado em abril de 2009 (US$ 3,693 bilhões). Mas a corrente de comércio em abril somou US$ 29,039 bilhões, alta de 38,6% em relação ao verificado em igual período do ano passado (US$ 20,951), o que reflete um maior fluxo de transações neste ano.

O secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral, disse que tanto as vendas quanto as compras internacionais também tiveram o maior valor para o primeiro quadrimestre do ano, acumulando US$ 54,390 bilhões nas exportações e US$ 52,215 bilhões nas importações. Segundo ele, o grande aumento em relação a abril de 2009 se deve à baixa base de comparação, já que naquele período a balança foi afetada pelos impactos da crise financeira internacional, mas também a um aumento em volume do comércio internacional.

No caso das importações, desde julho do ano passado, com a retomada do crescimento econômico e o aquecimento da demanda, iniciou-se um incremento das aquisições no exterior. Barral lembrou que o câmbio gera incentivos às importações. “Nossa solução é aumentar a competitividade das exportações”, disse. A alta das compras externas tem reduzido o superávit da balança comercial em 2010. A queda já atingiu 67,4% no quadrimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

As exportações de produtos industrializados perderam participação na pauta brasileira. Em abril de 2009, 52,5% do exportado eram produtos industrializados. Em abril deste ano, a participação caiu para 51,9%. Por outro lado, a presença dos produtos básicos na pauta de exportação cresceu de 45,4% em abril de 2009 para 46,3% em abril deste ano. Segundo Barral, preocupa a queda nos preços dos produtos manufaturados no mercado internacional. Ele informou que, de janeiro a março, o Brasil cresceu em 9,2% as exportações em volume de manufaturados. Mas o aumento dos preços foi de 7,7%. No entanto, nas exportações de produtos básicos o movimento é o contrário. Houve um aumento de 14,8% em volume e de 16,6% nos preços em relação ao primeiro trimestre de 2009.
DCI


Brasil recupera espaço em diversos mercados
Em relação aos mercados, houve uma recuperação das vendas brasileiras em praticamente todos os mercados, com exceção da África. A Ásia continua sendo o principal parceiro comercial do Brasil, mas Welber Barral destacou a recuperação das exportações para a América Latina, principalmente para a Argentina. “O mercado voltou a crescer na América Latina e a gente está conseguindo ocupar mais espaço”, afirmou.

De janeiro a abril, o Brasil exportou US$ 13,547 bilhões para a Ásia, uma alta de 25,3% em relação ao mesmo período de 2009. Para a América Latina e Caribe, foram vendidos US$ 13,512 bilhões, uma elevação de 45,9% ante igual período de 2009.

As vendas para os Estados Unidos cresceram 19,4%. Apesar disso, o mercado norte-americano perdeu participação como destino dos produtos brasileiros. No primeiro quadrimestre de 2009, 11,3% das exportações do Brasil tinham como destino os EUA e, em 2010, caiu para 10,8%.
Jornal do Comércio RS)

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