Vendas para os países vizinhos crescem mais
Enquanto a União Europeia ainda patina na crise financeira e os Estados Unidos lentamente ensaiam uma recuperação digna do nome, o renascimento das economias da América Latina em 2010 tem refletido diretamente nas exportações brasileiras para a região, com aumento de 45,9% no primeiro quadrimestre, em relação ao início de 2009.
No mesmo período, as vendas para norte-americanos e europeus cresceram 21,1% e 29,4%, respectivamente. A diferença entre os mercados, porém, está na qualidade da pauta de exportações.
Enquanto os embarques brasileiros para o velho continente são preponderantemente de produtos básicos e commodities, as vendas para os nossos vizinhos latinos se baseiam principalmente em industrializados.
"A América Latina está crescendo mais rápido do que o resto do mundo e é um mercado tradicional para os produtos brasileiros de maior valor agregado, o que é positivo", avalia a coordenadora do Centro de Estudos de Comércio Exterior da FGV, Lia Valls.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, as principais mercadorias vendidas para a região em abril foram automóveis, máquinas e equipamentos, eletroeletrônicos e artigos de plástico.
"Mesmo com perda de parte de mercado para os chineses, o foco das multinacionais aqui continua sendo a região", diz Lia.
Para o secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral, a perda para os asiáticos nos mercados vizinhos só não é maior porque o real valorizado facilita a compra de insumos para a produção.
Folha de São Paulo
Montadoras chinesas traçam planos para fábricas no Mercosul
Até 2011, sete montadoras chinesas estarão no Brasil: Great Wall, Chery, Jinbei, Hafei, JAC, Chana e Lifan. Algumas delas já exportam seus modelos para o país atualmente, outras devem chegar nos próximos meses.
A JAC, que virá com o empresário Sérgio Habib, será a última, e deve chegar por aqui no primeiro trimestre do ano que vem. Para a maioria dessas companhias, o início das vendas no país é apenas o começo de uma estratégia de longo prazo traçada para o mercado brasileiro.
O plano inclui a construção de fábricas no Brasil ou em outros países do Mercosul para reduzir os custos de importação dos modelos para o mercado brasileiro, que hoje é de 35% para um veículo pronto. "A ideia é começar como distribuidor e depois produzir", afirma Steven Wang, diretor de marketing da Great Wall.
Três modelos da montadora chegam ao Brasil em outubro: o SUV Hover, a picape Wringle e o utilitário Coolbear. Os veículos serão trazidos pela importadora CN Auto, que atualmente importa as minivans Towner e Topic, da Hafei e da Jinbei, respectivamente.
"O carro sai da China barato, em US$ 10 mil, mas chega ao Brasil três vezes mais caro que isso. Então a gente perde competitividade", diz Wang. O modelo de instalação de uma fábrica no país seria o CKD (Completely Knock-Down), o mesmo adotado em outras plantas de montadoras chinesas no exterior.
A Chery, que trará ao Brasil os carros Face, Cielo, QQ e o sedã G5 até 2011, também considera a construção de uma fábrica no Brasil nos próximos anos, de onde exportaria para o Mercosul.
Além disso, o Brilliance Group, do qual faz parte a Jinbei, quer trazer para o país nos próximos dois anos sua marca de passeio Brilliance, também pela CN Auto, e já considera a possibilidade de construir uma fábrica na América Latina.
O Brasil, porém, não é candidato a receber a planta, por conta do custo maior do que em outros países. "Uma fábrica CKD na região é o nosso próximo passo, mas não no Brasil. Embora o mercado brasileiro seja estratégico para a companhia", afirma Yongjing Yang, diretor-geral da montadora. Neste sentido, o Uruguai desponta como opção viável.
O país vizinho foi a opção da Effa Motors, também importadora de veículos Hafei, para produzir os carros da Lifan que chegarão ao mercado brasileiro em junho. A fábrica, que consumiu investimentos de US$ 6,5 milhões e entrou em funcionamento neste mês, é de propriedade da Effa, que comprou os direitos para produzir os carros da montadora chinesa na América Latina.
Na planta, serão produzidos os modelos hatch 320 e sedã 620 e 85% dos veículos fabricados virão para o mercado brasileiro. A capacidade de produção da instalação será inicialmente de 5.000 veículos por ano.
Para Sérgio Habib, que trará quatro modelos de passeio da JAC para o país no ano que vem, porém, a implementação de uma planta CKD no Brasil não é uma opção viável. "A CKD tira toda a competitividade da indústria chinesa, que é o grande diferencial desses carros. A grande vantagem competitiva da China é o custo de produção", diz, citando que os custos de importação das peças do veículo para montá-lo no Brasil é de 18%, redução de 12 pontos percentuais sobre o imposto do veículo montado, o que, para ele, não justifica a operação.
Folha Online
Secex aprova modelo de Certificado de Origem para acordo com Israel
A Secretaria de Comércio Exterior aprovou o modelo de Certificado de Origem para o Acordo de Livre Comércio entre os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e o Estado de Israel.
O certificado deverá ser preenchido em inglês, em conformidade com as notas constantes no verso do modelo de formulário, segundo definido pela Portaria nº 8, publicada no Diário Oficial da União de hoje, 05/05.
O Certificado de Origem é o documento destinado a declarar que as mercadorias cumprem com as disposições sobre origem estabelecidas em acordo a fim de que possam se beneficiar do tratamento preferencial em vigor.
Aduaneiras
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