Beatriz participa do 2º Fórum Interregional para Chefes de Escritórios de Propriedade Industrial dos Países Árabes e Sul-Americanos, aberto hoje no Rio, em promoção conjunta da Ompi e do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
O encontro, que termina quinta-feira (27), reúne representantes de oito dos nove membros do Prosur: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai.
“A possibilidade [de integração] existe", disse Beatriz à Agência Brasil.
Ela explicou que um dos temas da pauta de discussões do evento é justamente a melhoria da qualidade de exame de patentes e marcas, além da questão da infraestrutura e colaboração em exame.
"Tudo isso vai ser posto aqui para os países árabes na experiência do Prosur”, destacou Beatriz. Para ela, a inclusão dos países árabes ainda demorará algum tempo, mas a experiência do Prosur servirá como inspiração para um reforço da cooperação interregional na questão de exames de patentes e de marcas.
Segundo o Inpi, o objetivo do fórum é fortalecer a cooperação técnica e a integração das bases de dados entre os países integrantes do sistema.
A previsão é que, ainda neste ano, deve ser lançado um projeto piloto para colaboração bilateral nos exames de patentes.
Beatriz lembrou que existe um acordo de cooperação entre a Ompi, o Inpi e o governo brasileiro para promover a cooperação sul-sul do Brasil com os países em desenvolvimento.
Pelo acordo, o Brasil oferece desenvolvimento em competências em áreas dentro da propriedade intelectual, além de competências em exame de marcas e patentes.
Ao final do encontro, os países árabes firmarão um documento no qual o Brasil listará as áreas de oferta para cooperação em propriedade intelectual, informou Beatriz.
O Brasil é o país que tem o maior escritório de propriedade industrial dentre os participantes do simpósio, ressaltou a vice-diretora da Ompi.
Ela destacou a larga experiência do Inpi na área e a grande na cooperação do instituto com outros países.
Isso ocorre não só na parte mais típica do Inpi, que é a área de exames, mas também em outros campos, especialmente nos de treinamento em tecnologia da informação, educação e desenvolvimento de competências.
“Muitos países têm interesse em saber como o Inpi busca inserir a propriedade intelectual no contexto de políticas de inovação, o que tem sido feito no Brasil com sucesso em muitos casos, tanto no âmbito do governo quanto da indústria. Este é um tema importante para os países árabes e sul-americanos”, disse Beatriz.
Para ela, o Brasil pode contribuir no processo de integração em duas frentes: a primeira, mais tradiconal, baseada na experiência do Inpi no exame de patentes e marcas e outros registros, e a segunda com a inserção da propriedade intelectual em políticas públicas de inovação e desenvolvimento econômico.
Segundo o Inpi, o fórum é um desdobramento do primeiro encontro entre escritórios de propriedade intelectual dos países da América do Sul e da Liga dos Estados Árabes, realizado em outubro de 2009 no Líbano.
Fonte: Agência Brasil
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