Trading companies registram superávit de US$ 16,692 bilhões
Brasília – As exportações brasileiras realizadas via trading companies, nos primeiros dez meses do ano, somaram US$ 20,756 bilhões e as importações do segmento foram de US$ 2,897 bilhões. Com isso, a corrente de comércio do setor totalizou US$ 24,820 bilhões e o saldo positivo alcançou US$ 16,692 bilhões.
Em relação ao total vendido pelo Brasil ao exterior no período (US$ 202,360 bilhões), as exportações das empresas trading companies representaram 10,3%. Já em relação ao total importado pelo país até outubro (US$ 184,989 bilhões), a participação foi de 2,2%.
No comparativo com o mesmo período de 2011, as vendas brasileiras dessa categoria de empresas (US$ 24,902 bilhões) recuaram 16,6% e as aquisições (US$ 4,868 bilhões) diminuíram 16,5%. O saldo, entre janeiro e outubro do ano passado, foi de US$ 20,034 bilhões e, portanto, houve diminuição de 16,7% em relação ao mesmo período deste ano, o que também ocorreu com a corrente de comércio (US$ 29,769 bilhões), que retrocedeu 16,6%.
Produtos
As exportações de produtos básicos responderam por 84,8% do valor exportado neste ano pelas trading companies. Foram destaques: minério de ferro (US$ 11,488bilhões, com participação de 55,4% do total exportado), soja em grão (US$ 2,810 bilhões, 13,5%), carne de frango (US$ 1,185 bilhões, 5,7%), milho em grão (US$ 830,9 milhões, 4%), e farelo de soja (US$ 556,6 milhões, 2,7%).
As vendas brasileiras do segmento de produtos industrializados, no acumulado do ano, corresponderam a 15,2% (manufaturados representaram 10,5% da pauta e os semimanufaturados, 4,7%), sendo os principais produtos comercializados: suco de laranja (US$ 604,4 milhões, 2,9%), açúcar em bruto (US$ 566,9 milhões, 2,7%), açúcar refinado (US$ 213,7 milhões, 1,0%), ouro semimanufaturado (US$ 204,1 milhões, 1,0%), e café solúvel (US$ 171,5 milhões, 0,8%).
Na pauta de importação das trading companies, os bens industrializados representaram 95,5% (90,7% de manufaturados e 4,8% de semimanufaturados) e os produtos básicos corresponderam 4,5%. Os bens mais adquiridos pelo setor foram: automóveis de passageiros (US$ 1.324,9 milhões, participação de 32,6% do total importado), máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 233,7 milhões, 5,8%), máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 230,1 milhões, 5,7%), aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$ 130,3 milhões, 3,2%), borracha natural (US$ 102,1 milhões, 2,5%).
Mercados
O principal mercado de destino das exportações brasileiras do segmento, de janeiro a outubro deste ano, foi a China, com vendas de US$ 7,124 bilhões, representando 34,3% do total exportado. Na sequência, apareceram: Japão (US$ 1,659 bilhão, participação de 8%), Coreia do Sul (US$ 1,134 bilhão, 5,5%), Países Baixos (US$ 1,128 bilhão, 5,4%), Itália (US$ 795,3 milhões, 3,8%).
A China foi também principal mercado fornecedor das empresas trading companies nos dez primeiros meses do ano. O setor importou do mercado chinês US$ 821,7 milhões, valor equivalente a 20,2% das compras totais no ano. Na segunda posição está a Argentina (US$ 800,1 milhões, participação de 19,7%), seguida por Estados Unidos (US$ 530 milhões, 13%), México (US$ 264,3 milhões, 6,5%), Reino Unido (US$ 186,0 milhões, 4,6%).
Trading companies
As vendas ao exterior por intermédio das empresas trading companies são classificadas como exportações indiretas e são equiparadas às exportações diretas no aspecto fiscal. Elas apresentam vantagens, principalmente, para o pequeno e médio produtor nacional que não dispõem de uma estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior.
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3371
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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