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O Brasil vai crescer em 2013, na opinião de muitos economistas ligados a instituições privadas. A entidade gaúcha Sicredi debateu o assunto com os professores Marcelo Portugal (foto), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e Alexandre Barbosa economista-chefe do Banco Cooperativo do próprio Sicredi, mas o comércio externo do país enfrentará desafios diante das crises norte-americana e europeia. Para Marcelo Portugal, a exportação brasileira continuará prejudicada pelos europeus que estão diante de um impasse em pleno tratamento de sua saúde financeira. Segundo ele, além da possibilidade de ruptura na Zona do Euro, o que mais preocupa é que algum grande banco europeu quebre, deflagrando a primeira grande crise do século XXI. "A dúvida está entre aplicar uma anestesia, com a compra direta de títulos públicos, ou fazer uma cirurgia e resolver o problema de uma vez, promovendo um ajuste fiscal. A falta de ajuste fiscal pode reacender a crise de confiança ao sistema bancário do continente, gerando grande aperto no crédito". No front norte-americano, as vendas externas brasileiras serão afetadas porque o problema é que os EUA podem entrar em um abismo fiscal, o que geraria um efeito cascata avassalador no mercado. Caso o Congresso dos EUA não chegue a um acordo até o final de 2012, já no mês de janeiro cerca de 600 bilhões de dólares serão cortados dos gastos do governo, valor a ser recuperado via impostos mais altos. Para pagar mais impostos, o contribuinte deixará de consumir – e eis o efeito cascata, uma vez que dois terços do PIB americano são movimentados pelo consumo. Apesar da situação adversa no front externo apresentada por Portugal, a expectativa de Alexandre Barbosa é de que a indústria brasileira retome o crescimento em 2013. O raciocínio de Barbosa foca o mercado doméstico. “(A indústria) Provavelmente crescerá mais do que está crescendo neste ano, por conta própria. Mas, na pior das hipóteses, essa retomada acima dos níveis de 2012 acontecerá com ajuda do governo”, projeta o economista. Na visão de Barbosa, o Produto Interno Bruto (PIB), que em 2012 deve crescer 1,5%, terá uma elevação de 4% em 2013. Já no varejo e nos serviços, a tendência é de manutenção das atividades em alta, uma vez que o efeito da crise de 2008 não foi tão devastador nestes setores. O desemprego, enquanto isso, deve continuar em torno de 5% (índice relativamente pequeno, principalmente se comparado a taxas de até 12% do início da década). Portanto continuará faltando mão de obra, o que eleva o custo. Se isso é ruim, por outro lado acaba incentivando o consumo e aumentando a demanda da indústria – especialmente em tempos de juro em baixa. O dólar, em 2013, deve ser mantido em cerca de R$ 2,00. Os exportadores portanto devem manter a atenção redobrada, neste final de ano. Clique AQUI e leia o texto Brasil em 2013: à sombra da crise internacional, publicado originalmente no site da Revista Amanhã. http://comunidadecomercioexterior.com.br/ver-noticia.php?id=888
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