"Invasão chinesa" força fornecedores a buscar alternativas
Os produtos chineses corresponderam a 15,03% da importação brasileira entre janeiro e agosto, um aumento de 5,81% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Frente a essa situação, os fornecedores se veem forçados a buscar meios de sobrevivência, seja tornando seus produtos mais competitivos, seja se aliando à corrente.
A alta competitividade dos produtos chineses se deve a seu valor muitas vezes inferior aos praticados pela produção nacional. "Essa diferença existe pela capacidade competitiva da China de produzir em grande escala a um preço muito baixo", afirma Claudio Gonçalves, economista e professor da Trevisan Escola de Negócios, em São Paulo.
Uma das saídas é reduzir os custos, possibilitando um preço mais competitivo. Isso pode ser feito por meio de uma revisão de gastos da empresa. "O empresário tem que produzir tentando minimizar a parte ociosa ou buscando alternativas mais baratas com qualidade. Isso, infelizmente, pode afetar a mão de obra", diz Reginaldo Gonçalves, professor da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo.
Outra possibilidade é adotar estratégias que atraiam o público, independentemente do valor cobrado. Segundo Reginaldo, diferenciais no design e de garantia, por exemplo, são vistos pelo cliente como justificativas para um preço mais alto. "Existe o público que compra produtos lá fora mais baratos. Mas existe, sem dúvida, aquele que tem medo em relação à falta de garantia do produto, da assistência técnica. Ainda há essa restrição."
Aproveitar a situação
Setores como os de brinquedos, malharia e calçados são alguns dos que mais enfrentam a concorrência dos produtos chineses. Diante dessa situação, muitos fornecedores passaram a importar produtos chineses e a revendê-los no mercado nacional.
Os pequenos fornecedores levam desvantagem nesse cenário. Com uma capacidade de compra menor, é difícil conseguir preços mais competitivos. Uma saída nesses casos é importar por meio de trading companies, empresas voltadas ao comércio exterior.
Outra solução é fazer esquemas cooperativados, em que se juntam várias empresas, muitas vezes por meio de associações ou sindicatos, que montam essa estrutura com o fim específico de importação. Dessa maneira, é possível fechar pacotes maiores a preços mais baixos. "Isso pode facilitar a sinergia entre vários fornecedores que estão em dificuldades. E consegue-se ter o mesmo potencial de compra que as grandes empresas", diz Reginaldo.
O fornecedor pode ainda importar algumas peças ou partes do produto e montá-lo em sua fábrica no Brasil, o que reduz os custos e aumenta sua competitividade.
Políticas alfandegárias
Claudio orienta que as empresas se unam de maneira organizada e pressionem o governo federal para reduzir a capacidade competitiva dos produtos chineses frente aos brasileiros. Ele ressalta, no entanto, que essa é uma possibilidade maior para setores mais fortes, como no caso do automobilístico e de linha branca.
Segundo Reginaldo, a previsão de mercado para os fornecedores depende das políticas que o governo adotar. Desvalorizar o real, aumentar impostos sobre os produtos chineses, reduzi-los para os produtos nacionais e aprimorar a parte de logística e de infraestrutura do País são, de acordo com ele, medidas que podem tornar os fornecedores nacionais mais competitivos.
A alta competitividade dos produtos chineses se deve a seu valor muitas vezes inferior aos praticados pela produção nacional. "Essa diferença existe pela capacidade competitiva da China de produzir em grande escala a um preço muito baixo", afirma Claudio Gonçalves, economista e professor da Trevisan Escola de Negócios, em São Paulo.
Uma das saídas é reduzir os custos, possibilitando um preço mais competitivo. Isso pode ser feito por meio de uma revisão de gastos da empresa. "O empresário tem que produzir tentando minimizar a parte ociosa ou buscando alternativas mais baratas com qualidade. Isso, infelizmente, pode afetar a mão de obra", diz Reginaldo Gonçalves, professor da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo.
Outra possibilidade é adotar estratégias que atraiam o público, independentemente do valor cobrado. Segundo Reginaldo, diferenciais no design e de garantia, por exemplo, são vistos pelo cliente como justificativas para um preço mais alto. "Existe o público que compra produtos lá fora mais baratos. Mas existe, sem dúvida, aquele que tem medo em relação à falta de garantia do produto, da assistência técnica. Ainda há essa restrição."
Aproveitar a situação
Setores como os de brinquedos, malharia e calçados são alguns dos que mais enfrentam a concorrência dos produtos chineses. Diante dessa situação, muitos fornecedores passaram a importar produtos chineses e a revendê-los no mercado nacional.
Os pequenos fornecedores levam desvantagem nesse cenário. Com uma capacidade de compra menor, é difícil conseguir preços mais competitivos. Uma saída nesses casos é importar por meio de trading companies, empresas voltadas ao comércio exterior.
Outra solução é fazer esquemas cooperativados, em que se juntam várias empresas, muitas vezes por meio de associações ou sindicatos, que montam essa estrutura com o fim específico de importação. Dessa maneira, é possível fechar pacotes maiores a preços mais baixos. "Isso pode facilitar a sinergia entre vários fornecedores que estão em dificuldades. E consegue-se ter o mesmo potencial de compra que as grandes empresas", diz Reginaldo.
O fornecedor pode ainda importar algumas peças ou partes do produto e montá-lo em sua fábrica no Brasil, o que reduz os custos e aumenta sua competitividade.
Políticas alfandegárias
Claudio orienta que as empresas se unam de maneira organizada e pressionem o governo federal para reduzir a capacidade competitiva dos produtos chineses frente aos brasileiros. Ele ressalta, no entanto, que essa é uma possibilidade maior para setores mais fortes, como no caso do automobilístico e de linha branca.
Segundo Reginaldo, a previsão de mercado para os fornecedores depende das políticas que o governo adotar. Desvalorizar o real, aumentar impostos sobre os produtos chineses, reduzi-los para os produtos nacionais e aprimorar a parte de logística e de infraestrutura do País são, de acordo com ele, medidas que podem tornar os fornecedores nacionais mais competitivos.
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