Auditores da Receita decidem manter greve que já dura 133 dias
Eles também decidiram realizar Dia Nacional da Mobilização
Os auditores da Receita Federal de Marília decidiram ontem (31) manter adesão a greve que já dura 133 dias. Desde o dia 18 de junho o movimento prejudica exportações, liberação de créditos, análise e liberação da malha fiscal, além de queda da arrecadação tributária. Os servidores pedem 30,19% de recomposição salarial. Em setembro passado o governo chegou a oferecer 15,8% de reajuste salarial fracionado em três anos, mas a categoria rejeitou a proposta, alegando que os valores não são suficientes para repor as perdas salariais.
Os auditores da Receita Federal de Marília decidiram ontem (31) manter adesão a greve que já dura 133 dias. Desde o dia 18 de junho o movimento prejudica exportações, liberação de créditos, análise e liberação da malha fiscal, além de queda da arrecadação tributária. Os servidores pedem 30,19% de recomposição salarial. Em setembro passado o governo chegou a oferecer 15,8% de reajuste salarial fracionado em três anos, mas a categoria rejeitou a proposta, alegando que os valores não são suficientes para repor as perdas salariais.
“Estamos sem aumento desde 2008, estão tentando nos pressionar, porém a assembleia regional optou pela continuidade do movimento Crédito Zero em nossa região, isso ocasionará novas quedas, porém não temos escolhas. Nossa intenção não é prejudicar a população, mas buscar melhorias para os trabalhadores”, afirma Luiz Benedito, presidente regional do Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal).
Ele explica que as quedas na arrecadação federal, somados aos números apresentados nos últimos gerenciais da Receita demonstram que atual forma de mobilização com operação-padrão na zona primária e crédito zero na zona secundária vem surtindo efeito.
“A Operação Crédito zero somente realiza trabalhos urgentes, como forma de não prejudicar a população, ainda não temos dias marcados para paralisação total, vamos continuar a operação, porém um pouco intensa. Assim é uma forma do governo entender que não negociar com a categoria é desprezar e desconhecer o potencial daqueles que efetivamente podem colaborar para a reversão do atual quadro de queda na arrecadação federal”, acrescenta Benedito.
Na assembleia de ontem os auditores fiscais também aprovaram que não participarão de nenhum evento e/ou atividade promovida pela Receita Federal para os quais tenham sido convidados só devendo participar em eventos que forem indicados ou convocados.
Além de concordarem que não participarão do projeto piloto do teletrabalho, que vem sendo implantado pela Receita, enquanto durar a mobilização.
Nos últimos quatro meses, desde o início da operação, a queda nos lançamentos tributários caiu cerca de 75%, passando de R$ 5,4 milhões para a média de R$ 3,4 milhões de lançamentos por auditor. Somente no mês de setembro a queda foi de R$ 16,9 milhões em 2011 para R$ 2,8 milhões em 2012.
Além disso, em relação aos trabalhos de malha, dois terços de todo o serviço anual ainda não foram liberados. Enquanto no ano passado, só no mês de setembro foram lançados R$ 16 milhões, durante o mesmo período de 2012 foram lançados apenas R$ 2,8 milhões. Somente no mês de setembro a queda foi de R$ 16,9 milhões em 2011 para R$ 2,8 milhões em 2012.
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