LEGISLAÇÃO

terça-feira, 4 de setembro de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA


Desembarque de contêiner é mais lento no Amazonas

Entidade critica estrutura portuária de Manaus e fala em atraso em relação a outros portos do País.
[ i ] Entidade destaca necessidade de conectar o Amazonas a outros Estados. Foto: Eraldo Lopes/29/09/11
Manaus - O desembarque de um contêiner, no Amazonas, demora sete vezes mais que nos principais portos do País, segundo informações do Plano Brasil de Infraestrutura Logística (PBlog). Na avaliação da entidade, o Estado enfrenta “problemas sérios quando o assunto é transporte, principalmente se falando em portos”.
A análise é do coordenador nacional do PBlog, Antônio Jorge Campos. Para ele, Manaus está atrasada em relação à estrutura de portos como os de Paranaguá, no Paraná, e Suape, em Pernambuco. “A estrutura não é competitiva”, ressalta.
Segundo o especialista, enquanto se desembarca um contêiner do navio para o caminhão em Paranaguá em 45 segundos, em Manaus se leva pelo menos três minutos. Comparado com outros países como a Holanda, o atraso é maior. Lá, o tempo gasto é de 15 segundos. “Isso é inadmissível para quem quer ser competitivo”, disse Campos.
Essas e outras problemáticas foram discutidas por empresários, estudantes e especialistas da Região Norte durante o workshop da PBlog ontem, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Alternativas para o transporte modal no Estado, como a construção de uma ferrovia para ligar Manaus a Itacoatiara e a construção do trecho Autazes-Itaituba (Pará) na AM-080, foram alguns dos projetos debatidos.
Escoamento da produção
Segundo Campos, 90% da riqueza exportada do Brasil é feita via porto. Os números mostram que as regiões precisam investir em pessoal e tecnologia. No caso do Amazonas, onde os produtos do Polo Industrial de Manaus (PIM) saem por transporte rodofluvial (balsas e rodovias) e aéreo, é preciso pensar em alternativas mais rápidas e econômicas.
“Implantando a ferrovia Itacoatiara-Manaus, pode-se reduzir o tempo de viagem, que hoje é 11 horas pelo rio, para quatro horas. Nossa economia depende de mobilidade de produtos em aeroportos e portos neste momento, mas precisamos começar uma discussão forte sobre ferrovia”, disse.
Campos destacou, ainda, o fato de o Amazonas ter uma única rodovia representativa, o que, para ele, é um absurdo para uma região que movimenta bilhões com a indústria. Os projetos discutidos serão anexados às propostas de outros três workshops: Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.







Navios não operaram ou deixaram de atracar

Embora tenha durado apenas até o fim da tarde de ontem, a paralisação dos trabalhadores do Porto do Pecém resultou em um retardo no transporte de cargas que deverá implicar em novos atrasos nos próximos dias. Conforme o coordenador do Fórum Unificado dos Trabalhadores do Complexo Industrial do Porto do Pecém (FUTCIPP) Hernesto Luz, ao menos quatro navios não operaram como haviam previsto.

Duas embarcações, explica o coordenador, cancelaram a atracação, enquanto outra, que já estava atracada, permaneceu no porto, mas não realizou nenhuma operação. Um quarto navio, complementa, aguardava, no início da noite de ontem, o momento de atracar.

Conforme Hernesto Luz, as atividades foram retomadas, ainda ontem, por volta das 17h30. Apesar disso, afirma, o dia de hoje ainda deverá ser marcado por atrasos, uma vez que os profissionais terão de lidar com uma demanda acumulada.

"A situação ainda vai ser normalizada. Acho que, em um só dia (hoje), não vai ser possível voltar às atividades, no ritmo normal, como se nada tivesse acontecido".

Ele destaca que os sindicatos que compõem o fórum estão "dispostos a dialogar". Segundo o coordenador, porém, não está descartada a possibilidade de novas paralisações nas próximas semanas, embora não tenha sido elaborado um calendário de manifestações.

Fórum na Fiec

Hoje, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e a Promare Advocacia e Consultoria, realizam, das 8h às 17h30, o III Fórum de Direito Marítimo, Portuário e Logística do Estado do Ceará, no auditório Waldyr Diogo, na sede da Fiec.

O evento irá aumentar o foco das discussões ao tratar de assuntos mais amplos, das áreas do comércio exterior, logística e direito, com as palestras que discutem temas como a estrutura portuária brasileira para este século, além de questões controversas no direito aduaneiro.

O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, realiza, durante a manhã, a conferência de abertura. Serão apresentadas, ainda, no evento, alternativas para o fomento do comércio exterior na região. (LF/JM)

Estacas da CSP atrasaram

Entre os navios que não puderam atracar ontem no Porto do Pecém no horário previsto, por conta da paralisação dos trabalhadores do Porto do Pecém, estava uma embarcação que trazia ao Estado parte das estacas que serão utilizadas nas obras da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). A usina, cujo construção está prevista para ser finalizada em 2014, teve a primeira estaca fincada em julho último. Ao todo, já foram cravadas mais de 3.000 estacas. Na primeira fase de operação da CSP, serão fabricadas anualmente três milhões de toneladas de placas de aço.

Segundo a assessoria de comunicação da CSP, o atraso na chegada das estacas não deve implicar em um retardo nas obras, uma vez que, no local onde estão sendo executados os serviços, já há outras estacas prontas para serem utilizadas, não havendo, para ontem, a necessidade novas estacas. Como a previsão é que as atividades no porto voltem ao normal a partir de amanhã, frisa a companhia, o cronograma das obras não deve ser alterado.

Materiais siderúrgicos

A chegada de materiais siderúrgicos, para abastecer empresas instaladas no Estado, corresponde a um dos principais elementos das importações na área do Porto do Pecém.

Fonte: Diário do Nordeste



Porto de Paranaguá começa a exportar pás eólicas
Agência Estadual de Notícias
Pela primeira vez, o Porto de Paranaguá vai exportar pás eólicas. As peças estão chegando ao Porto uma a uma, e chamam atenção pelo tamanho: cada lâmina chega a medir 52 metros e pesar entre 14 e 22 toneladas. 

No final de junho, um estudo logístico foi realizado para saber se o porto paranaense teria condições de realizar uma operação tão específica. Aprovado, a fabricante começou a despachar as peças do interior de São Paulo para Paranaguá. Até então, as peças eram exportadas pelo Porto de Santos, com destino aos Estados Unidos. 

"Disponibilizamos uma área de cerca de três mil metros quadrados para acomodar o lote, delimitada com total segurança e limpeza no cais. Além disso, o Porto de Paranaguá oferece mão de obra qualificadapara a operação", afirma o diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Lourenço Fregonese. 

A operação deste tipo de carga é resultante da participação da Appa em feiras e eventos do setor Logístico. "Através desses contatos, buscamos trazer a carga geral de volta. Apresentamos as qualidadese facilidades dos portos de Paranaguá e Antonina como, por exemplo, boa mão de obra dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs), bons operadores portuários e acesso fácil ao Porto, sendo que a BR-277 termina exatamente no nosso portão principal", diz o diretor. 

TRANSPORTE – Para chegar até o Porto de Paranaguá, descendo a Serra do Mar pela BR-277, os caminhões que transportam as pás contam com uma estrutura de apoio da concessionária que administra a via. Segundo a Ecovia, as dimensões da carga não impedem a circulação de outros veículos no mesmo sentido da via, porém exigem atenção especial em alguns pontos. O esquema da Ecovia é montar comboios de três veículos e acompanhá-los no trecho de Serra do Mar (entre os km 47 e km 30) com viatura que impede que outros veículos ultrapassem os caminhões. 

Ainda segundo a concessionária, desde 1º de agosto já passaram 82 carretas transportando pás eólicas. De acordo com informações da Paranaguá Pilots, empresa de praticagem de Paranaguá, o navio que fará o transporte da carga tem previsão para atracação para o final desta semana. 

Para exportação, a operação das pás eólicas é a primeira do ano. Segundo a Divisão de Operações da Appa, características como a facilidade de atracação, o calado, o tamanho do cais e a capacidade do piso são diferenciais do Porto de Paranaguá no embarque e desembarque das grandes peças. 

CARGAS ESPECIAIS – Cada vez mais o Porto de Paranaguá se especializa na movimentação de peças de grande porte. Este ano, já foram nove operações desse tipo de carga. A última, realizada em maio, foi o desembarque das novas locomotivas da ALL, que vieram dos Estados Unidos. Os equipamentos tinham 4,5 metros de largura e 25 metros de comprimento.



Rota da seda receberá primeiro transporte rodoviário
A 2ª Expo China-Eurásia, que será amanhã (2) inaugurada em Urumqi, trará benefícios econômicos em todos os aspetos. A logística é um destes. Durante o evento, a milenar rota da seda testemunhará pela 1ª vez o transporte rodoviário, uma alteração em relação ao, até agora, dominante modelo marítimo.
A via terrestre que liga Xinjiang a França, passando pelo Cazaquistão e Rússia, entrará em funcionamento no porto Khorgas durante a Expo. Resultado da parceria entre o grupo francês Comex e a empresa logística chinesa Baojiajie de Shenzhen, a via é a ligação mais curta e econômica entre o continente chinês e a Europa.
Para o vice-diretor-geral do Departamento dos Assuntos da Expo internacional de Xinjiang, Hu Xiaodong, o evento irá promover o desenvolvimento da logística internacional.
Tradução: Sílviajing
Revisão: Miguel Torres
http://portuguese.cri.cn/561/2012/09/01/1s155646.htm




Antuérpia discute parceria com portos brasileiros

Autor(es): Por Francisco Góes | Do Rio
Valor Econômico 

Antuérpia, na Bélgica, um dos maiores portos da Europa, tem interesse em contribuir com a reorganização do setor portuário no Brasil. "Queremos trocar experiências e conhecimento sobre como desenvolver portos", diz Eddy Bruyninckx, presidente do porto de Antuérpia, situado na região de Flandres, no norte do país. Hoje, Bruyninckx recebe comitiva liderada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e pelo ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Leônidas Cristino.
A comitiva brasileira deverá conhecer o porto, o segundo maior da Europa em volume, com 187,1 milhões de toneladas movimentadas em 2011. O primeiro do ranking foi Rotterdã, na Holanda, com 434,5 milhões de toneladas no ano passado, que também deve ser visitado pelos ministros brasileiros.
A autoridade portuária de Antuérpia vê oportunidades para troca das melhores práticas na gestão de portos com o Brasil. O porto controla uma subsidiária, a Porto de Antuérpia Internacional, que expandiu as atividades além das fronteiras de Flandres e focou em países emergentes, entre os quais estão Índia e o próprio Brasil. O porto de Antuérpia é controlado pela cidade homônima, mas tem uma estrutura de governança independente e liberdade para celebrar acordos e contratos comerciais.
Uma das atividades desenvolvidas pela autoridade portuária de Antuérpia foi a instalação de um centro de treinamento para receber profissionais estrangeiros ligados à atividade portuária. Foram treinados 230 profissionais do Brasil e outros técnicos brasileiros vão passar por temporadas de uma a duas semanas, em Antuérpia, em 2013.
Bruyninckx disse que uma das opções da autoridade portuária é utilizar a subsidiária internacional para fazer parcerias no exterior, como já fez na Índia. Em maio, a Porto de Antuérpia Internacional acertou aliança estratégica com indiana Essar Ports, um dos maiores grupos privados portuários da Índia. Pelo acordo, Antuérpia adquiriu participação acionária de 4% na Essar Ports. Mas a parceria também incluiu assistência técnica na área de planejamento portuário, melhoria de processos, de qualidade e de produtividade.
"Podemos fazer algo semelhante no Brasil. Estamos abertos a trabalhar com empresas públicas e privadas", disse Bruyninckx. Outro objetivo do porto de Antuérpia é analisar os fluxos de comércio com o Brasil e ver como pode aumentar os volumes de carga, em especial na área de graneis, segmento em que Antuérpia é líder de mercado entre os portos europeus, incluindo a movimentação de itens como produtos siderúrgicos, frutas, produtos florestais e celulose.
Bruyninckx disse que o porto tem uma área de 1073 hectares a ser desenvolvida nos próximos anos e que poderá ser utilizada para movimentar carga em contêineres ou para receber projetos industriais. Situado às margens do rio Schelde, a cerca de 80 quilômetros do Mar do Norte, o porto de Antuérpia tem forte vocação industrial e abriga o segundo maior arranjo produtivo petroquímico do mundo. No local, estão empresas como Basf, Solvay, Monsanto, Bayer e Lanex.
Esse perfil leva o porto de Antuérpia, que conta com ampla infraestrutura logística, a ter participação relevante na economia belga. E é também fonte importante de empregos. Cerca de 150 mil pessoas trabalham no porto, incluindo logística, serviços e indústria, entre outros.


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