Fila de navios do Porto de Paranaguá deve se estender até dezembro
Greves, supersafra do milho e inverno chuvoso acarretaram em paralisação por mais de um mês e refletem na espera dos navios por carga
A intensa produção de grãos, os 31 dias de chuva entre junho e julho e a greve dos fiscais da Anvisa fizeram aumentar a fila dos navios com destino a Paranaguá (PR). Unida a esses dois outros fatores, a procura pelos últimos estoques da produção da safra do milho paranaense, em função da falta norte-americana, fez aumentar a demanda no estado, e navios de diversas partes do mundo embarcaram em busca do grão.
O Porto de Paranaguá é um dos que mais exporta no País: por ano, opera cerca de 3 mil navios. Um dos motivos da grande procura pelo embarcadouro paranaense, ocorre porque é o único no país vendedor de fob (sigla, do inglês, para free on board), uma espécie de Bolsa de Valores da questão portuária brasileira. "Às vezes, eles preferem esperar e pagar a multa do que descarregar em outros portos", afirma Lourenço Fregonese, diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). Mesmo os mais de 30 dias em que as descargas dos navios foram impedidas, o porto continuou operando normalmente.
As condições de logística em Paranaguá, porém, atrapalharam tanto quanto a chuva, as greves e a supersafra de milho: a falta de caminhões e armazéns comprometeu a descarga, que já é um processo lento. O carregamento de grãos, que não pode ocorrer quando há chuva, impossibilitou a grande colheita de embarcar nos vários navios que chegaram até Paranaguá e ficaram lá, posicionados e à espera de receber a carga. Para o porto, não houve prejuízo. As agências de navegação também não registraram perdas ou transtornos. "Importadores, exportadores e donos de navios é que estão sendo afetados. Aqui, tudo continuou igual", assegura Albano Simões Pinto, sócio-gerente da Agência Marítima Cargonave.
Passados os contratempos, porém, a fila para atracar no Porto de Paranaguá ainda existe. Divide-se em duas: uma para a importação, outra encarregada da exportação. Como o mercado anda aquecido, a fila aumenta. A alegria do agricultor é a tristeza dos navios. O porto aguarda fertilizantes de vários lugares do mundo, especialmente da Rússia e de outros países do Leste Europeu, a previsão é de que apenas no mês de dezembro a situação se normalize, e o tempo de espera diminua. "A fila incomoda a todos, a nós, ao Governo Federal e ao Estado, mas acredito que até dezembro ela não exista mais", afirma Fregonese.
Cartola - Agência de Conteúdo
http://transporteelogistica.terra.com.br/logistica/integra/216/fila-de-navios-do-porto-de-paranagua-deve-se-estender-ate-dezembro
Porto de Paranaguá se especializa em cargas especiais
Uma das estratégias para ampliar a movimentação do Porto é se tornar a melhor rota para a exportação de equipamentos de alta qualidade fabricados no País, informou ao Portogente o diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Lourenço Fregonese. Tanto que Paranaguá foi usado para exportar pás eólicas, que antes saiam do Porto de Santos. "Nós temos um Porto com a melhor logística, menos congestionado e menos burocrático. Além disso, assino em baixo, que temos a melhor mão de obra do Brasil hoje para esse tipo de carga; porque são peças que exigem uma operação especial. Com isso, conseguimos atrair, no último ano, grandes indústrias como Klabin, Votorantim e Petrobras".
http://www.portogente.com.br/gazeta/?cod=71134
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