O que vai pelos portos

Fila de navios para embarque de açúcar segue em queda; obras em Pecém dependem do Ibama; com investimentos da BTP e da Embraport, Santos escoará o dobro de contêineres.

Menos de 50 navios estão na fila para embarcar açúcar nos portos brasileiros nesta sexta-feira (14/9).

No final de semana passada eram 58 embarcações, considerando as já ancoradas, as que estão à espera de atracação e as com previsão de chegada até dia 18 de novembro.

Está agendado o carregamento de 1,89 milhão de toneladas de açúcar.

A maior quantidade será embarcada no porto de Santos, de onde sairão 1,34 milhão de toneladas, ou 71% do total.

Paranaguá responderá por 28% do embarque, ou 521,8 mil toneladas. No Porto de Santos, o terminal da Rumo (Cosan) deve embarcar 617,96 mil toneladas no período analisado.

No terminal da Copersucar, os embarques devem somar 378,85 mil toneladas.

A maior parte do volume a ser exportado é da variedade VHP - açúcar bruto de alta polarização -, com 1,64 milhão de toneladas.

O açúcar VHP é embarcado à granel.

Do total de VHP a ser exportado, 77% será pelo porto de Santos.

Os embarques de açúcar do tipo A-45 somam 89,7 mil toneladas no período. O açúcar cristal B-150 totaliza 152,6 mil toneladas. O açúcar cristal e o A45 são embarcados ensacados. Do total de açúcar ensacado a ser embarcado, 56% devem sair por Paranaguá.


Obras em Pecém
O consórcio de empreiteiras ganhador da licitação, - no valor de R$ 568 milhões, - formado pelas empresas Marquise S/A, Queiroz Galvão S/A e Ivaí - Engenharia de Obras S/A; aguarda autorização do Ibama para instalar o canteiro de obras e iniciar os trabalhos no porto de Pecém.

As obras, que deverão ser concluídas em 30 meses, consiste na construção de uma ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1.520 metros de extensão e 33 metros de largura e a adequação de 1.065 metros do quebra-mar, com alargamento de 33 metros e pavimentação, para que este passe a ser usado como rodovia.

Outra parte será a construção de 600 metros de cais, com dois berços de atracação de navios cargueiros ou porta-contêineres e a ampliação do pátio da retro área de 69 mil m².

A expansão é parte de um pacote de R$ 812 milhões, que serão investidos no porto, com recursos federais, através da Secretaria de Portos, do BNDES e tesouro estadual.


Santos dobra capacidade para contêineres

A partir de março de 2013, o porto de Santos terá dobrada a capacidade para escoar contêineres, que está atualmente perto de 3,2 milhões de Teus (unidade padrão de 20 pés).

Esse crescimento na capacidade de escoamento de contêineres deve-se a investimentos da Brasil Terminal Portuário (BTP) e da Embraport, que consolidarão o porto como terminal de transbordo de cargas no país.

O investimento total é de R$ 1,8 bilhão.
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