LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 05/09/2012



Governo aumenta imposto de importação de cem produtos para estimular produção nacional
Governo aumenta imposto de importação de cem produtos para estimular produção nacional
Brasília –  O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu hoje aumentar o imposto de importação para cem produtos, estabelecendo uma alíquota máxima de até 25%, informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que preside o Conselho de Ministros da Camex, Fernando Pimentel. “O que estamos fazendo é absolutamente dentro das regras da Organização Mundial do Comércio”, disse ao lembrar ainda que os acordos firmados na entidade permitem ao Brasil aumentar o imposto de importação para até 35% para grande parte de produtos industrializados e até 55% para grande parte dos produtos agrícolas importados pelo país.
Pimentel falou ainda que a medida deverá ser implementada até o final deste mês após consulta aos países membros do Mercosul. “Nós vamos agora comunicar aos parceiros do bloco. Normalmente, não há objeção e eles têm 15 dias de prazo para se manifestar. Então, estaremos com a lista valendo por volta do dia 25 deste mês”, explicou. 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a medida serve para estimular a produção nacional e ainda que haverá um monitoramento do governo em relação aos preços destes produtos no mercado interno. “Está havendo um aumento do imposto de importação para determinados produtos de modo a estimular a produção nacional. Porém, nós vamos fiscalizar os preços desses produtos, porque, se houver aumento no mercado interno, haverá inflação e nós não queremos isso”, declarou. O ministro esclareceu ainda que se isso ocorrer, o produto, então, poderá ser retirado da lista.
“Vivemos um momento em que está faltando mercado no mundo e os exportadores vêm atrás do Brasil, que é um dos poucos mercados que cresce, e a nossa indústria está sendo prejudicada com isso”, complementou Mantega.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Importação
Camex aprova lista de produtos que terão elevação temporária do Imposto de Importação
Camex aprova lista de produtos que terão elevação temporária do Imposto de Importação
Brasília - Em reunião realizada hoje, em Brasília, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), presidida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), aprovou alista de cem produtos que terão elevação temporária de Imposto de Importação. A lista aprovada hoje pela Camex não terá vigência automática. Para que os cem produtos tenham elevação de alíquotas, é necessária a apreciação dos demais países sócios do Mercosul a partir do próximo dia 6 de setembro, data em que entra em vigor a normativa do bloco (Decisão CMC n° 39). Os integrantes do Mercosul terão o prazo de 15 dias úteis para eventual negativa acompanhada de fundamentação objetiva.
Só depois desse prazo, se não houver oposição, o Brasil estará autorizado a adotar a medida. As elevações de Imposto de Importação para a lista de cem produtos terão validade de até 12 meses, prorrogáveis por igual período, até o final de 2014, respeitando-se os níveis tarifários consolidados na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Elaboração da lista
A lista foi elaborada pelo Grupo Técnico sobre Alterações Temporárias da Tarifa Externa Comum do Mercosul (GTAT-TEC), instituído na Camex em janeiro, a partir da aprovação da Decisão do Conselho Mercado Comum (CMC) n° 39, em dezembro de 2011.
O GTAT-TEC, presidido pela Secretaria-Executiva da Camex e formado por representantes dos sete ministérios que compõem a Câmara de Comércio Exterior, analisou os pedidos do setor privado e de entidades representativas que enviaram os pleitos por meio de consulta pública. Para apresentar a solicitação, foi necessário fornecer informações como caracterização do produto, alteração pretendida, oferta e demanda, além de dados complementares. Os parâmetros objetivos utilizados para análise dos pedidos foram:
  • compatibilidade com o Plano Brasil Maior e com outras políticas públicas prioritárias, tais como Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), programa de margem de preferência em compras governamentais, novo regime automotivo, entre outras;
  • evolução das importações, em especial o volume e a taxa de crescimento;
  • grau de penetração das importações (porcentagem das importações sobre o consumo nacional aparente);
  • queda do preço médio das importações;
  • balança comercial deficitária;
  • capacidade produtiva compatível com a demanda;
  • nível de utilização da capacidade instalada;
  • coerência da elevação tarifária com a cadeia produtiva;
  • agregação de valor na indústria doméstica;
  • investimentos realizados, em curso ou planejados para o setor;
  • alíquota máxima de 25%, considerando impactos em preços e na cadeia produtiva.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Camex reduz Imposto de Importação de dióxido de titânio
Brasília – Foi publicada hoje, no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução Camex n° 63, que reduz temporariamente o Imposto de Importação do dióxido de titânio, por razões de desabastecimento, ao amparo da Resolução Grupo Mercado Comum do Mercosul (GMC) 08/08. O produto terá redução de alíquota de 10% para 2% pelo período de 12 meses, com cota de 6 mil toneladas.

O dióxido de titânio é um pigmento branco de ampla aplicação na indústria brasileira e não tem fabricação nacional. É utilizado na fabricação de tintas, plásticos, borrachas, papel, produtos têxteis, alimentícios e produtos farmacêuticos. Está classificado no código 2823.00.10 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Assessoria de Comunicação Social do MDIC





Camex quer zerar Imposto de Importação a países pobres

Agência Estado

Além de aprovar a abertura de negociações de um acordo de livre comércio do Mercosul com o Canadá e a retomada das negociações entre Mercosul e União Europeia (UE), a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou o envio de um projeto de lei que concede a 49 países mais pobres do mundo a abertura do mercado brasileiro com tarifa de Imposto de Importação zero e sem limitação de cotas. A informação é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Segundo ele, desses 49 países o único nas Américas é o Haiti. O ministro explica que haverá uma exposição de motivo assinada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Itamaraty e Ministério da Fazenda sobre esse assunto.
Patriota disse que terão o benefício os países cujo comércio represente até 1% de determinado produto. Por isso, Bangladesh e Camboja não serão incluídos por causa do comércio de têxteis.
O ministro informou também que o processo ainda permitirá a abertura de salvaguarda em caso de uma inundação de produtos a preço baixo. Patriota destacou que as exportações desses países para o Brasil representam apenas 0,1% das importações brasileiras, excluindo petróleo e gás.
Em relação aos acordos entre Mercosul e UE e Mercosul e Canadá, Patriota informou que haverá consultas ao setor privado, e a primeira reunião com a UE deve ocorrer ainda neste semestre.






Fluxo do comércio entre Argentina e Brasil cai 10,7%

Agência Estado

O fluxo comercial entre o Brasil e a Argentina caiu 10,7% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado. As exportações argentinas para o mercado brasileiro cresceram quase na mesma proporção, 10,1%, segundo a consultoria argentina Abeceb, com base nos números divulgados nesta segunda-feira (3) pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). "Esse comportamento está explicado exclusivamente pela queda das importações argentinas, já que as vendas ao Brasil cresceram com os maiores embarques de trigo", diz relatório da consultoria.
A retração do comércio bilateral no último mês foi menor do que nos meses anteriores, como julho, quando ele retrocedeu 20,8%, ou em junho, cujo retrocesso foi de 32%. A balança comercial de agosto teve um desempenho negativo para a Argentina de apenas US$ 86 milhões, o que implica uma contração de 89% do déficit desse país com o Brasil. No acumulado do ano, o déficit argentino é de US$ 1,717 bilhão, 54% abaixo dos US$ 3,730 bilhões verificados no mesmo período de 2011. As vendas brasileiras ao mercado argentino caíram 24,3% (a US$ 1,669 bilhão) no último mês.





País não cumprirá a meta de exportação
O Brasil não conseguirá atingir a meta de exportação prevista para 2012 de US$ 264 bilhões. A previsão foi feita pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Alessandro Teixeira, com base na demora na recuperação da economia mundial. Sem adiantar para quanto a meta poderá ser revista, Teixeira disse que o governo trabalha para, pelo menos, manter o patamar registrado no ano passado, de cerca de US$ 256 bilhões.

O secretário acrescentou que o cenário atual é de preocupação. Um dos produtos em situação delicada é o minério de ferro, que teve fraco desempenho no comércio internacional e foi responsável por quase metade da queda de 14,4% das exportações de agosto. Caíram as vendas do produto para mercados importantes, como a China e o Japão. “Não adianta apenas o governo tomar medidas, mas isso não depende apenas de ações do governo brasileiro. Estamos fazendo um esforço para manter o patamar”, afirmou Teixeira, após anunciar os números da balança comercial brasileira.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, as exportações de minério de ferro tiveram um decréscimo de 38% em relação a agosto de 2011, sendo 27,3% em preço e 15% em quantidade. Por outro lado, as vendas externas de milho subiram 60% e, de farelo de soja, 48,8%.

O saldo da balança comercial brasileira ficou positivo em US$ 13,172 bilhões no acumulado de janeiro a agosto deste ano. O resultado é decorrente de exportações de US$ 160,599 bilhões e de importações no valor de US$ 147,427 bilhões no período. Apenas em agosto, o saldo comercial de US$ 3,227 bilhões ficou 17,1% abaixo do volume apresentado no mesmo mês de 2011. Na ocasião, o superávit havia sido de US$ 3,893 bilhões.

As exportações, que somaram US$ 22,382 bilhões em agosto, registraram queda de 14,4% na média diária na comparação com o mesmo mês do ano passado. Ante julho, porém, foi registrada uma alta de 1,9%. No mesmo período, as importações (US$ 19,155 bilhões) tiveram retração de 14% pela média diária. Ante julho, a elevação foi de 1,1%.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=102749





Embarques crescem e governo monitora vendas de grãos

O pedido partiu do Ministério da Agricultura, que está preocupado com a situação de abastecimento de grãos para o mercado interno

São Paulo - As firmes exportações brasileiras de grãos neste ano estão levando o governo a monitorar os embarques destes produtos, disse o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, nesta segunda-feira.
Segundo ele, o pedido partiu do Ministério da Agricultura, que está preocupado com a situação de abastecimento de grãos para o mercado interno.
"Temos monitorado diariamente (essas exportações) em conjunto com o Ministério da Agricultura. Essa foi uma demanda que o ministro Mendes (da Agricultura, Mendes Ribeiro) fez para que acompanhássemos não só milho, mas também a soja e o farelo de soja para que não tenhamos desabastecimento interno", disse.
Questionado pelos jornalistas se esse acompanhamento diário poderia, eventualmente, levar a algum tipo limitação às exportações, Teixeira enfatizou que "acompanhamento é acompanhamento, não tem restrição nenhuma".
Exportação recorde de milho - O Brasil exportou um recorde de 2,76 milhões de toneladas de milho em agosto, com exportadores tentando escoar uma safra recorde em meio a altos preços no mercado internacional e boa demanda externa, após a forte quebra na safra dos Estados Unidos, o maior produtor e exportador global.

Brasil perderá US$ 11 bi em exportação de minério

A queda do preço do minério de ferro no mercado internacional fará com que US$ 11,6 bilhões evaporem das exportações brasileiras este ano. Segundo estimativas da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as vendas externas da commodity somarão US$ 30,2 bilhões em 2012, ante US$ 41,8 bilhões em 2011, uma redução de 28%. Ainda assim o minério deve se manter como principal item na pauta, posto que ocupa desde 2005. Em 2013, no entanto, o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, avalia que ele pode perder o reinado para o complexo de soja (grão, farelo e óleo), caso a supersafra de soja que vem sendo esperada para o ano que vem se confirme.

A queda no preço do minério também deve afetar o resultado financeiro da Vale, que lidera a produção mundial do insumo. Analistas preveem que o caixa operacional da empresa despenque até 43% este ano, de US$ 35 bilhões em 2011 para US$ 19,7 bilhões em 2012. A projeção é de Felipe Reis, analista do Santander que assina relatório sobre a mineradora e que considera no seu cálculo o padrão contábil americano. O preço do minério é uma das principais razões para a esperada queda.

Em suas estimativas, a AEB considera o preço médio da commodity exportada pelo país de US$ 97 a tonelada em 2012, 23% abaixo do valor negociado no ano passado (US$ 126). Em volume, a associação prevê um ritmo de queda bem menor, de apenas 6%: cerca de 311 milhões de toneladas exportadas, ante 331 milhões de toneladas em 2011. A Vale é a maior exportadora do insumo, tendo respondido por 90% do minério exportado em 2011.

Dados preliminares para o mês de agosto divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) mostram queda de 38% em valor (de US$ 4,5 bilhões para US$ 2,7 bilhões) do minério exportado, na comparação com igual mês de 2011. Para Castro, a tendência é que nos próximos meses o efeito da queda de preço no mercado internacional seja sentida com mais força:

— A recente queda no preço do minério na China, que é o motor do mercado internacional dessa commodity, vai se refletir na balança comercial principalmente a partir de outubro, quando entram em vigor os novos contratos trimestrais da Vale.

PREÇO ABAIXO DE US$ 100

A China vem desacelerando seu ritmo de crescimento e, consequentemente, seu apetite pelo minério de ferro. No mercado spot (à vista) chinês, referência para negociações internacionais, a tonelada foi negociada abaixo de US$ 100 mês passado pela primeira vez em dois anos. O valor serve de base também para índices de preços usados pela Vale em seus contratos com clientes. A mineradora tem contratos mensais e trimestrais. Nesta última modalidade, o preço do minério se baseia na média da cotação dos três meses anteriores. Por isso, o ritmo de queda nas exportações brasileiras do minério tende a se acentuar a partir de agora.

Por seu peso nas exportações — cerca de 12% do total — a redução no preço do minério também puxará para baixo as vendas externas, embora em menor proporção. A estimativa da AEB é que as exportações globais somem US$ 237 bilhões em 2012, 7,4% abaixo dos US$ 256 bilhões registrados em 2011.

O desequilíbrio da balança comercial foi um dos fatores que contribuíram para o mau desempenho do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) no segundo trimestre. As exportações retraíram 3,9% no período, ante os três primeiros meses do ano. Na mesma base de comparação, a economia cresceu modestos 0,4%.

— Os números mostram quão problemática é a dependência em relação às commodities, cujas cotações dependem de eventos que fogem a nosso controle — diz Castro.

Segundo ele, 70% da pauta de exportações brasileira estão atreladas a matérias-primas e derivados, como aço e suco de laranja. No ano que vem, a expectativa é que essa dependência se mantenha, embora seja esperada uma dança das cadeiras no ranking dos principais itens da pauta. O complexo de soja deve atingir a marca de US$ 30 bilhões em vendas externas, ficando pouco acima do minério.

Em 2011, a cotação do minério deu um salto: o preço médio da tonelada exportada pelo Brasil foi de US$ 126, valor 35% acima dos US$ 93 do ano anterior. O boom foi capitaneado pela demanda chinesa, que ainda mantinha crescimento econômico acelerado

Fonte: O Globo

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