LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 1 de abril de 2010

LOGÍSTICA E PORTOS

Técnicos do Itamaraty comparam Paranaguá a modernos portos europeus

Um porto limpo, organizado e moderno. Foi essa a impressão que os assistentes técnicos de comércio exterior, que trabalham em embaixadas do Brasil em 24 países da Europa, tiveram ao visitar o Porto de Paranaguá. O complexo paranaense foi um dos locais escolhidos pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) para fazer parte do roteiro de visitas técnicas do programa de capacitação desses profissionais.
De acordo com a coordenadora do Programa de Promoção Comercial do MRE, Cleodete Barbosa, o Porto de Paranaguá foi escolhido por sua importância dentro da logística nacional e por sua relação com países europeus. "Focamos o Porto de Paranaguá por sua estrutura, pela recuperação que o porto teve nos últimos anos e, também, pela ligação com vários locais da Europa, que têm grandes portos como é o caso de Antuérpia (Bélgica), Holanda, Dinamarca e Alemanha. São portos, inclusive, em que já foram feitas visitas, justamente, para atração bilateral de investimentos", explicou.
A assistente técnica de comércio exterior da Secretaria de Promoção Comercial da embaixada brasileira na Dinamarca, Adriana Kürten, esteve no Porto de Paranaguá pela primeira vez. Acostumada com o padrão dos complexos portuários europeus, ela diz ter ficado impressionada com a estrutura do complexo paranaense. "Dá para ver que é um porto dinâmico, muito capacitado a escoar a produção brasileira, um porto moderno, ou seja, cumpre seu papel de forma extremamente satisfatória", declarou.
Os assistentes técnicos de comércio exterior que trabalham em embaixadas do Brasil na Europa tem como função principal promover as exportações brasileiras, facilitar contatos e organizar eventos para aumentar a visibilidade do Brasil e da produção brasileira lá fora.
A programação no Paraná foi organizada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). A coordenadora do Centro Internacional de Negócios da Fiep, Janet Castanha Pacheco, fez questão de agradecer a receptividade que o grupo teve no Porto de Paranaguá e as informações que receberam sobre o funcionamento do segundo maior complexo portuário do Brasil.
"Tenho certeza que a brilhante apresentação foi de grande valia e contribuirá significativamente para a promoção do Paraná no exterior, uma vez que os profissionais do Itamaraty ficaram muito impressionados com as melhorias que vem ocorrendo no porto e levarão ótimas referências e informações do nosso Estado por conta disso", afirmou Janet. "Eu estive há 10 anos no Porto de Paranaguá e posso dizer que é outro lugar. Não deixa nada a desejar para nenhum porto da Europa", elogiou.
APPA


Azul amplia a disputa no transporte de carga
A meta é transportar 50 toneladas de carga por dia, ante as 15 toneladas transportadas atualmente, ou seja, atingir sua capacidade máxima

Com plano de tornar-se o novo grande participante do mercado de transporte de carga aérea no País, a companhia Azul Linhas Aéreas aposta nesse nicho ao prever a criação de um centro de distribuição no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A meta é transportar 50 toneladas de carga por dia, ante as 15 toneladas transportadas atualmente, ou seja, atingir sua capacidade máxima. A companhia, que tem pouco mais de um ano em operação, pensa em transformar o aeroporto em uma das suas principais bases de operação de carga, e afirma que terá lucro operacional ainda este ano.
Concorrente das líderes Absa Cargo, JadLog, Variglog, TAM Cargo e Gollog, a Azul Cargo prevê ampliar sua área de cobertura a 3.800 cidades, ante os 2.000 municípios atendidos atualmente, por meio de um maior número de rotas e de aviões. “Este ano ampliaremos nossa malha ao receber mais sete aviões, o que nos possibilita atingir a meta. A estratégia é usar nossos porões: enquanto transportamos nossos clientes, levamos as entregas também”, comentou o diretor de Logística da Azul Cargo, Antônio Flávio Costa, na sede da empresa, em Alphaville (SP).
Segundo o diretor, a empresa tem planos concretos de construir um centro de distribuição (CD) em Congonhas, para facilitar o acesso dos clientes. “A maioria dos nossos clientes está em São Paulo, por isso temos interesse em criar um CD lá”, disse. Criada em agosto de 2009, a Azul Cargo utiliza parte do espaço disponível nos porões das aeronaves para transportar entregas. Cada aeronave pode transportar em média 800 quilos de carga por voo. “A ideia é levar ao transporte de carga os mesmos diferenciais da nossa companhia: a pontualidade, a regularidade e o serviço de qualidade. Além disso, nós não misturamos carga de passageiros às entregas”, contou Costa.
Apesar de a Azul já possuir um avião cargueiro e pretender ampliar a sua base para somente então testar o grande avião, Costa garante: “Temos de ampliar os nossos negócios para usar um avião cargueiro, entretanto faremos testes com o avião sem pintura até o final do ano”.
O resultado apresentado pelo setor de transporte aéreo de cargas no País, incluindo embarques no mercado doméstico, exportações e importações, que registrou queda de 12,37% em 2009, se comparado ao ano anterior, de acordo com dados levantados pela Infraero.

Passageiros
Neste ano, a empresa espera atingir a marca de quatro milhões de passageiros ao ampliar sua oferta de voos e conseguir novas rotas. “Estamos em pleno crescimento, a ideia é atender nossos clientes ainda melhor, com boas promoções, mais horários e ligação entre mais cidades”, disse o diretor de Marketing da companhia, Gianfranco Beting.
Outra sugestão feita pelo executivo é que o governo federal privatize alguns terminais portuários. “Se o governo liberasse, nós temos interesse em construir um terminal aeroportuário. Isso já feito em outros países e dá muito certo”, frisou Beting.
Com uma média de 80% de ocupação em seus voos, Beting ressaltou que isso já era esperado porque a estratégia da empresa é trabalhar com aviões menores, que se encaixam melhor com o mercado interno brasileiro. “Optamos por aviões menores por acreditar que seria melhor para o mercado brasileiro, e isso deu certo. Agora temos aviões pequenos, que pousam em diferentes aeroportos, com muito mais espaço para o passageiro, e pouca ociosidade de espaço”, emendou ele.
Mesmo tendo entrado em operação aos pés de uma crise econômica mundial, o diretor de Marketing da Azul ressaltou que a aérea não poderia ter entrado em melhor momento, pois, apesar de o setor estar abalado pela crise, a companhia conseguiu fazer ótimos negócios. “Compramos aeronaves, e não tivemos de esperar tanto para recebê-las. Se fosse antes, estaríamos hoje com a metade da frota atual. Com a crise, muitos pedidos foram cancelados, ou adiados, e conseguíamos adquirir mais aviões em menos tempo”, comentou Beting.

Slots
Recentes declarações da empresa mostram que a Azul segue descontente em relação aos oito horários de pouso e decolagem (slots) recebidos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por serem horários de fim de semana, o que traria à companhia um custo operacional muito alto, tanto que Gianfranco Beting se mostrou irritado em relação ao assunto. “Levando em consideração o numero de slots que tem o aeroporto, essa divisão não me parece justa. Onde está a maior concorrência? Isso é coisa para inglês ver. Vamos entrar [em Congonhas] para guardar espaço, como TAM, Gol, e Ocean Air fizeram”, desabafou. Entretanto, ontem a Azul divulgou que voará de Congonhas a Porto Seguro (BA), mas não confirmou a quantidade de voos e os horários que pretende operar.

Concorrência
Uma das maiores de carga expressa, a TAM Cargo também tem planos ousados e pretende investir este ano em fidelização dos clientes, ampliação de acordos corporativos e melhorias nos serviços, depois de um período ruim para o setor no ano passado. “A desaceleração da economia mundial impactou negativamente em nosso negócio de cargas, reduzindo principalmente os volumes transportados. Contudo, nossa queda foi menor do que a retração apresentada pelo mercado”, disse o diretor da empresa, Carlos Amodeo.
Com planos de ampliar a disputa no transporte aéreo de carga, a Azul Cargo prevê criar um centro de distribuição no Aeroporto de Congonhas, com meta de transportar 50 toneladas por dia, ante as 15 toneladas atuais.
DCI por transportabrasil


Governador José Serra inaugura maior obra viária do País
Santos ganha o Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, considerada a maior obra viária do País. A inauguração aconteceu nesta terça-feira, por volta das 13 horas, e contou com a presença do governador José Serra que chegou ao local cerca de uma hora antes do evento.
A via expressa interligará as principais rodovias do Estado desviando para um trajeto independente os veículos pesados que não precisam, necessariamente, cruzar a Capital. O Trecho liga Embu a Mauá.
Ao todo, foram investidos R$ 5,03 bilhões para a construção de 134 pontes, túneis ou viadutos e a contratação de 11 mil operários.
Em seu discurso inaugural, o governador afirmou que "Santos é a cidade que mais espera a obra do Rodoanel". A cerimônia ocorreu no quilômetro 25 da Via Anchieta, no sentido litoral. Durante a sua exposição, Serra mostrou ainda a Licença de Operação (LO) da via expressa emitida nesta terça-feira pelo secretário de Meio Ambiente Xico Graziano.
O empreendimento foi dividido em cinco lotes. O primeiro, com 12.460 metros, vai da Via Anchieta à Avenida Papa João XXIII, em Mauá. Já o segundo, com 6.900 metros, liga a Rodovia dos Imigrantes e a Via Anchieta. Somente o Trevo da Anchieta tem 1,2 quilômetro de diâmetro.
O terceiro, de 5.740 metros, conta com uma ponte de 1.775 metros que liga São Paulo a São Bernardo, passando sobre a Represa Billings. O quarto, de 17.760 metros, liga a ponte da Represa de Guarapiranga até a primeira ponte da Represa Billings, passando pela Estrada de Parelheiros e o largo de São Paulo. O quinto e último, de 18.580 metros, tem início no Trevo da Régis Bittencourt, em Embu e segue até a Represa de Guarapirabnga, em Itapecerica da Serra.
O Trecho é visto como como a obra mais importante das últimas décadas para o Porto de Santos. Somando ao Trecho Oeste - concluído e em operação desde 2002 - permitirá que o tráfego de caminhões com destino ao complexo portuário ocorra de forma mais organizada, o que se traduzirá em redução do custo logístico mas operações de importação e exportação.
A Tribuna On-line


Porto de Casablanca terá novo terminal para veículos
O Marrocos vai investir 150 milhões de dirhans (US$ 18 milhões) na construção de um novo terminal para veículos no porto de Casablanca. O novo terminal, que cobrirá uma área de 75 mil metros quadrados, permitirá a movimentação de 100 mil veículos por ano.
O porto de casablanca movimentou 76 mil veículos em 2009, contra apenas 49 mil veículos em 2005, taxa média de crescimento de 12% ao ano.
Os principais destinos para as exportações de veículos do Marrocos foram Egito (39%), Turquia (17%), Alemanha (17%), França (13%), Espanha (7%), e outros mercados (7%).
Agência Anba


Porto de Mucuripe prevê aumento de 30% na movimentação de navios
O Porto de Mucuripe, no Ceará, prevê um aumento de 30% na movimentação de navios graneleiros de grande porte com as obras da primeira fase do projeto de derrocagem (retirada de areia, lama e rochas). Deverão ser retirados cerca de 15 mil metros cúbicos de pedras do complexo até julho próximo. Os investimentos na fase inicial são em torno de R$ 7 milhões, com recursos da Secretaria

Especial de Portos (SEP).
A draga entrou em operação nesta segunda-feira. O trabalho deve durar 10 meses. O serviço vai aumentar, para 11 metros, a profundidade do berço 103, destinado principalmente à atracação de navios graneleiros e que atracavam primeiro em capitais como Salvador e Recife.

Dragagem
Está prevista ainda para este ano a segunda fase da obra destinada à dragagem do complexo. Com a obra, a profundidade do Porto, que atualmente é de 10,5 metros, deve chegar a 14 metros, possibilitando a atracação de navios de até 100 mil toneladas (o dobro da capacidade de recebimento atual).
Serão investidos R$ 63 milhões do Programa Nacional de Dragagem (PND) da SEP. "O edital de licitação já foi lançado e o processo licitatório está previsto para o dia 8 de abril. A expectativa é de que esta segunda fase termine ainda este ano", informa o diretor presidente da Companhia Docas do Ceará, Sérgio Novais.
A Tribuna

Empresas duelam por operação de terminais
A operação de terminais portuários por empresas privadas levou a uma guerra aberta no setor, opondo os grupos econômicos privados detentores de arrendamentos dentro dos portos públicos às empresas que operam terminais privados, fora dos portos. A questão está sendo analisada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O foco da disputa é a operação com contêineres (ou carga geral) fora da área do porto público. As empresas que operam nos portos públicos (como Santos Brasil e Libra) argumentam que as que se instalaram fora desses espaços e movimentam carga geral (como Portonave, Embraport e outras) competem em condições desiguais, porque têm custos mais baixos, principalmente os relativos à mão de obra.
Os terminais que são construídos fora da área do porto público não passam por processo licitatório. O interessado pede autorização à Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), que analisa o projeto e concede ou não.
Inicialmente, a questão não era polêmica porque os terminais privativos serviam, basicamente, para movimentar a carga do próprio grupo econômico que os construía. Nesse caso, são exemplos os terminais da Vale, para escoamento de minério a granel.
A questão começou a se complicar quando foram autorizados terminais privativos para movimentação de contêineres. Nesse caso, fica difícil determinar o que é e o que não é carga própria. Em 2008, o decreto nº 6.620 definiu que os terminais privativos terão movimentação "preponderante de carga própria e, em caráter subsidiário e eventual, de terceiros".
Não ficou definido o que é "subsidiário e eventual". A agência reguladora tem fiscalizado e multado empresas que embarcam pouca carga própria, mas muitos terminais foram autorizados antes da vigência do decreto e antes mesmo da criação da agência, o que torna a regulamentação difícil.
Folha de São Paulo – SP

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