Armadores avançam no ranking global
29/04/2010
O trade global permanece com expectativa de crescimento para este ano, com linhas de contêineres que registraram quedas no ano passado aumentando a participação no mercado nos últimos 12 meses.
A Alphaliner calcula que os 25 maiores armadores globais aumentaram sua capacidade total em 5% no último ano, com a CSAV se destacando ao adicionar 132 mil Teus de capacidade na frota, sem possuir tonelagem ociosa.
Com esse movimento, o armador chileno incrementou a participação, passando de 2,1% para 3,0% na fatia de mercado mundial, e conquistando o 10° lugar entre as operadoras globais.
De acordo com a Alphaliner, a CSAV aumentou sua capacidade em 46% no ano passado. A companhia foi alvo de críticas por parte dos concorrentes devido ao comportamento agressivo no mercado, ao garantir tarifas de afretamento mais baratas.
Outras linhas aumentaram a participação no mercado após resgate financeiro, como a Zim, que incrementou a capacidade em 14%. A Hapag-Lloyd, que remediou a deterioração econômica ao buscar empréstimos do governo, opera agora com capacidade 8% maior do que há um ano.
A Maersk continua como armador número um na participação mundial, apesar de manter a capacidade total inalterada desde maio do ano passado. A MSC (Mediterranean Shipping Co.) foi classificada como 2° lugar no levantamento global, ao ampliar a capacidade em 7% nos últimos 12 meses.
O terceiro colocado, CMA CGM, foi forçado a procurar financiamento de emergência com bancos parceiros, ampliando a capacidade da frota em 12% e proporcionando ganho de 0,5% de quota de mercado.
A APL superou a Evergreen ao se classificar como quarto, e também tem aumentado sua capacidade, depois de seguir um programa de retirada drástica no ano passado, com os serviços cancelados com o agravo da recessão. Nas últimas semanas, a linha de Cingapura se manteve ocupada fretando embarcações e espera reativar o restante de navios ociosos nas próximas semanas. A capacidade atual da frota é 20% maior do que em maio passado. Em contraste, a NYK Line reduziu a capacidade em 14% no mesmo período, seguido de perto pela Evergreen, cuja frota diminuiu 11%
A Hamburg Süd também deu declarações sobre a forma como os concorrentes agiram depois que a companhia se afastou da beira da falência, e informou que afrouxou os laços com bancos que participaram dos esforços para resgate econômico da empresa.
Enquanto isso, os últimos números da Alphaliner mostram que o tamanho da frota ociosa de porta-contêineres continua em declínio, com 381 navios que compõem 907 mil Teus atualmente sem atividade. A capacidade inativa representa hoje 6,8% do total, contra quase 12% no ano passado.
Separadamente, os relatórios recentes da Clarksons mostram o nível elevado de atrasos de entrega de porta-contêineres no primeiro trimestre, que é calculado em mais de 60%. Como resultado, apenas 59 navios com capacidade combinada de 283.186 Teus foram entregues nesse período.
Para todo o ano, a Clarksons estima que as entregas cheguem a 1 milhão de Teus. No ano passado, ultrapassaram 1,8 milhão de Teus.
Guia Marítimo
CMA CGM reabre cais no Iraque
29/04/2010
O grupo CMA CGM anunciou a reabertura do cais da companhia no Porto de Umm Qasr (Iraque), a partir de amanhã, dia 30. A instalação receberá exclusivamente navios do armador, que passará a oferecer um serviço inédito no Iraque: trânsito direto semanal para carga reefer,de Umm Qasr para Khor Fakkan, nos Emirados Árabes Unidos. A nova rota contará com dois navios com capacidade nominal de 880 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).
A nova infraestrutura e serviço reforçam a posição da CMA CGM no mercado iraquiano, permitindo que a companhia tenha total autonomia na movimentação dos contêineres para dentro e fora do país.
Presente no Iraque desde 1978, o armador tem três escritórios no país - Bagdá, Basra e Umm Qasr.
Guia Marítimo
Damco anuncia departamento de cargas de projeto no Brasil
29/04/2010
Empresa prevê crescimento de 50% no setor.
A Damco divulgou com exclusividade ao Guia Marítimo a criação de um departamento específico para carga de projeto no Brasil. A decisão foi anunciada nesta semana pelo diretor de vendas da companhia, Marcelo Vitorino (foto), e o investimento prevê crescimento de 50% em volumes do setor.
O departamento se baseará no escritório da companhia em Itajaí (SC) e será coordenado pelo gerente da filial, Domingos Neto. "A Damco é um freight forwarder que vem se especializando de forma bem importante em carga de projeto. Tomamos a decisão de criar um departamento nacional para centralizar este segmento", justifica Vitorino.
O executivo afirma que a iniciativa surgiu para suprir a demanda do setor e otimizar as operações no Brasil. "Acompanhando este mercado há um ano e meio, entendemos pelos projetos fechados recentemente que o segredo está ligado em ter conhecimento completo do trade, dos navios e opções disponíveis. Contamos com um grupo global de gerentes de projetos que se comunicam para averiguar as condições. Cada carga de projeto é diferente e precisa ser encarada de forma distinta" atesta o diretor.
No País, a empresa realiza embarques de projetos relativos à construção civil, naval, energia eólica e petroleira. "Basicamente temos maior volume de carga de projeto para Índia e Oriente Médio. Já as importações vêm da Ásia - principalmente da China - e Estados Unidos", informa Vitorino.
A Damco é uma das principais companhias globais de agenciamento de carga e serviços de gestão da cadeia de suprimentos. Integrante do grupo dinamarquês A.P. Moller-Maersk, a empresa foi inicialmente batizada de Maersk Logistics, mas há três anos mudou sua marca para Damco, com o intuito de obter uma imagem independente da coirmã Maersk Line. Hoje a companhia está presente em 93 países por meio de 272 escritórios, cinco deles localizados no Brasil - em São Paulo e Santos (SP), Novo Hamburgo (RS), Manaus (AM), Itajaí (SC) e Fortaleza (CE).
Guia Marítimo
Análise irá apontar se há condições de manobras nos portos
29/04/2010
Uma nova avaliação será feita hoje para saber se há condições de manobras no Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu. Ontem, o delegado da Capitania dos Portos de Itajaí, comandante Alexandre Malizia Alves, informou que o canal de acesso dos navios ao complexo começou a ser liberado às 11h, com restrição, mas a correnteza do rio ainda impedia algumas manobras. Dez navios aguardam a liberação para atracar nos portos de Itajaí e Navegantes (Portonave). As manobras estão suspensas desde domingo e apenas navios que estavam atracados foram levados para alto-mar pelo risco de ocorrer acidentes nos berços e na bacia de evolução dos portos.
Portos e Navios
Porto de Águas Profundas: cinco empresas participam de licitação
29/04/2010
O processo licitatório para que seja feito o estudo de batimetria - a medição da profundidade dos oceanos – da costa Paraibana foi aberto na segunda-feira (26), com o comparecimento de cinco empresas. O resultado final de quem será o ganhador deve ser divulgado dentro de duas semanas pela Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado da Paraíba (Suplan).
As empresas que compareceram à abertura da licitação foram a LPC – Latina Projetos Civis e Associados/SC; EGP – Engenharia Ltda; ESTRA – Engenharia Ltda; HM Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda e DTA – Engenharia Ltda, todas de São Paulo.
A licitação será feita em duas fases. Neste primeiro momento, os documentos apresentados pelas empresas serão analisados. Até o final da semana saíra lista com quais empresas estão realmente habilitadas ao processo. Numa segunda fase serão analisados os valores apresentados para a realização do projeto.
O Porto de Águas Profundas – Segundo o governador José Maranhão, o Porto comportaria investimentos na ordem de R$ 3 bilhões. “Fora o que chamamos retro-área – uma área associada ao porto para implantação e desenvolvimento de indústria facilitando a exportação e importação de produtos”, lembra o secretário Osman Cartaxo, da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).
O Porto teria calado de cerca de 17 metros e seria um dos mais profundos da região, possibilitando a atracagem de navios de grande porte (navios que transportam 70 toneladas exigem calado de 13 metros). Vale ressaltar que o Porto de Pecem, no Ceará, tem calado de 16 metros e o de Suape, em Pernambuco, 14 metros. O Porto de Águas Profundas ainda teria a vantagem de ser um dos mais próximos da Europa.
Hoje, 21% dos produtos importados e exportados da Paraíba passam pelo Porto de Suape. A princípio, o Governo da Paraíba planeja desenvolver o porto na região de Lucena, onde a profundidade é adequada para a implantação de um empreendimento desse porte. Apesar de estar sendo feito um trabalho de modernização do Porto de Cabedelo, por força de uma limitação natural, o calado daquele porto só poderá ser estendido até 11 metros (atualmente tem 9 metros).
Portos e Navios
Governos são negligentes
A indústria amazonense criticou duramente as três esferas do governo pela falta de planejamento e de investimentos em infraestrutura logística na cidade de Manaus, que seriam parte do motivo de as empresas estarem hoje sem produzir devido a demora na liberação de cargas pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Até os parlamentares do Amazonas da bancada governista em Brasília concordam com os empresários do Polo Industrial de Manaus (PIM) e reforçam as críticas, classificando a infraestrutura local como um “elo frágil” dentro da cadeia de desenvolvimento do Estado. “Falta planejamento e visão de desenvolvimento da região”, destaca o deputado federal Lupércio Ramos (PMDB/AM), coordenador da bancada amazonense no Congresso. “A cada ano são aprovados projetos de novas empresas, de ampliação e diversificação de produtos, ou seja, tudo isso significa mais produção. Se a infraestrutura não acompanhar esse ritmo é lógico que em algum momento haverá crise”, afirma Lupércio.
Em relação à infraestrutura de cargas do aeroporto internacional Eduardo Gomes, os empresários informam que se não fosse a crise econômica no ano passado, o acúmulo de cargas nos armazéns da Infraero e até no pátio externo do aeroporto teria ocorrido em 2009. “O Brasil abandonou os investimentos em infraestrutura. E mais, há casos em que não se deixam realizar investimentos, cite-se o Porto das Lajes”, desabafou o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Maurício Loureiro. “Não cabe à indústria fiscalizar os investimentos. Nós estamos trabalhando para atender o mercado. A demanda aumenta e percebemos que ninguém faz nada”, emenda o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Wilson Périco.
Um fator que contribuiu para toda essa movimentação no aeroporto foi a migração de alguns insumos que vinham de navio e, novamente devido à problemas de infraestrutura nos portos de Manaus -, as empresas optaram em trazê-los via aérea. “Ou seja, mudam de modal, mas os problemas persistem, pois não há planejamento por parte do governo nessa questão. E se há, não o vemos em acontecer em Manaus”, enfatiza Loureiro. “A Infraero pecou por não prever maiores volumes de importação. E a Receita Federal, Anvisa e o Ministério da Agricultura não atuam em sintonia com esta mesma demanda, pois não executam, em especial a Receita, parametrizações nos finais de semana e outras ações para agilizar as liberações”, completa Loureiro.
O economista Rodemarck Castelo Branco diz que é necessário pensar em uma desburocratização na liberação de cargas. “A burocracia é excessiva e desburocratizar não significa que as autoridades fiscalizadoras percam o controle de entrada e saída das mercadorias”, afirma Rodemarck.
A Crítica – AM
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