A indústria gráfica brasileira – forte crescimento em um ano de crise mundial
Em 2009, quando a crise econômica mundial atingiu seu nível de maior gravidade, a indústria gráfica brasileira demonstrou solidez e capacidade de enfrentar as adversidades. A produção do setor caiu somente 2,39% no ano passado. O índice pode ser comemorado como vitória, considerando que o recuo médio observado na indústria de transformação foi de 6,7%. No universo da indústria gráfica, que reúne cerca de 20 mil empresas e emprega aproximadamente 200 mil trabalhadores, a boa performance do emprego em 2009 deveu-se, principalmente, aos segmentos de embalagens e de impressos comerciais.
No comércio exterior — considerando-se exportações e importações de embalagens, impressos comerciais e promocionais, caderno, agendas e outros produtos gráficos —, o saldo negativo da balança comercial setorial diminuiu 31,23% em relação a 2008. Este é outro dado positivo, inclusive para o balanço de pagamentos do País.
Os dados, da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), são coerentes com os números relativos às estatísticas do mercado de trabalho. Em 2009, quando o emprego industrial registrou a maior queda dos últimos sete anos, impactado pela crise mundial, o setor de papel e gráfica foi uma exceção, registrando crescimento de 7,2% em 2009 ante 2008.
O Brasil criou, em janeiro de 2010, 181.419 postos de trabalho, um recorde para esse mês em todos os tempos. A boa notícia evidencia que o País emerge com muita força da crise internacional. Obviamente, os segmentos que demitiram mais, talvez subestimando a força do mercado interno brasileiro, arcaram com os custos elevados das indenizações trabalhistas. Para a indústria gráfica, que acreditou na reação nacional, a manutenção dos empregos acabou sendo um investimento com retorno rápido, substantivo e gratificante.
Por: Dieter Brandt é presidente da Heidelberg para a América do Sul e presidente da Afeigraf (Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica).
revistafatorbrasil
A relevância das trading companies
Aceite o governo ou não, a tradingé a empresa ideal para colocar os pequenos negócios no comércio exterior
Temos batido muitas vezes, ao longo dos anos, na tecla dos consórcios de exportação. Para ver se o País acorda.
E dizendo que esta é uma excelente forma de colocarmos as pequenas e microempresas no comércio exterior.
E o País precisa muito aumentar sua exportação, saindo da humilhante posição de 24º exportador mundial.
Se somos a décima economia do mundo, caminhando para a quinta posição, segundo nossos experts governantes, o que temos hoje não é coerente.
Em especial neste momento, em que o mundo começa a sair da monumental crise em que se encalacrou em 2008/2009.
E, diga-se de passagem, voluntariamente e por absoluta irresponsabilidade.
Em especial pelo irreal mundo financeiro, que sempre pensa que pode tudo.
Vai ver pode mesmo, já que recebeu trilhões de dólares de ajuda dos governos para não quebrar.
E agora, como tudo está se ajustando, voltando à irresponsabilidade.
Basta ver os bônus a retornar com força aos grandes executivos que ajudaram a quebrar ou colocar os bancos em má situação. Com consequências nefastas a toda economia mundial, a cada um de nós.
Mas todos temos consciência de que o consórcio não é a única saída para que as pequenas e microempresas aumentem sua participação de cerca de 3% nas nossas exportações.
As trading companies, empresas comerciais, importadoras e/ou exportadoras, são uma alternativa tão boa ou até melhor para as nossas exportações.
Não estamos mudando de conversa quanto aos consórcios, que defendemos sempre e consideramos nosso xodó.
Apenas aceitando o que todos sabem ou imaginam. Que juntar várias empresas sob um mesmo guarda-chuva é muito complicado.
Culturas diferentes, rivalidades quase eternas, não se eliminam da noite para o dia; às vezes, nunca.
É preciso muito trabalho e entendimento do que se terá lá na frente, o que não é fácil se obter.
É só ver quantos consórcios foram criados, sob o manto protetor do governo, e que não funcionaram.
Bem verdade é que talvez tenham usado fórmulas inadequadas.
O exemplo maior, da União dos Exportadores de Frango (Unef), que usamos muito, nunca foi cogitado e implementado.
Por isso é que repetimos sempre que esse é um país no mínimo estranho.
O que deu certo não é usado.
Reinventar a roda é preciso, é nosso lema mais comum.
Vide isso também nos juros, na carga tributária, política econômica etc. etc., em que estamos sempre em confronto com a realidade e o mundo.
A comercial exportadora tem uma vantagem ímpar com relação aos consórcios. Ela não precisa juntar as empresas. Nem fazê-las conviver. Nem se ver.
Ela simplesmente compra a mercadoria do produtor e a exporta.
Para o produtor, que será um exportador indireto, principalmente se pequeno, é um bom negócio. Ele será equiparado a um exportador, tendo todos os seus benefícios.
Esse produtor não terá de criar uma estrutura para isso. Nem terá de conhecer idiomas estrangeiros. Nem suas normas legais, nem seus costumes etc.
É claro que, se conhecer, será melhor. Mas, no caso de ser apenas produtor, isso é dispensável nesse momento.
O que vai importar é que a sua produção siga o que o mercado quer e o que o importador encomendou. Ele somente terá de atender a comercial exportadora. Será apenas um operador de produção.
Com o tempo, obviamente, ele poderá mudar de posição e passar a ser exportador. Isso não fica descartado porque está vendendo a uma trading.
(Artigo escrito por Samir Keedi para o DCI)
Diário do Comércio e Indústria
Exportações de couro somaram US$ 393 milhões até março
As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 393 milhões nos três primeiros meses deste ano, registrando um aumento de 73,9% em relação ao mesmo trimestre de 2009. O cálculo é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base na prévia da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em março, os embarques foram de US$ 159 milhões, representando uma elevação de 101,27%, ante o mesmo mês do ano passado e de 22,31% em relação a fevereiro de 2010. “Os resultados até março deste ano sinalizam uma recuperação das exportações brasileiras de couros, que poderão fechar o ano perto de US$ 1,5 bilhão”, analisa o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.
Segundo o executivo, esse crescimento representará um aumento de quase 30% em relação às vendas externas de 2009, mas ainda assim ficaria aquém do patamar das exportações entre 2007/2008 quando atingiram a média anual de US$ 2 bilhões.
Os principais mercados do produto nacional em março foram a Itália, China e Estados Unidos, respectivamente. Os couros já representam nestes três meses do ano 1% de todas as exportações brasileiras, contra 0,7% em 2009.
A retomada das exportações brasileiras, entretanto, ainda é inibida pela supervalorização do real e pela lenta reação de importantes mercados de consumo como Estados Unidos, Europa e Japão, a despeito da recuperação dos mercados asiáticos.
Conexao Maritima
Empresários bolivianos querem criar entidade binacional com o Brasil
A Federação dos Empresários Privados de La Paz, capital da Bolívia, sugeriu a criação de uma entidade binacional com o Brasil para aprofundar a relação comercial entre os dois países. O presidente da entidade, Enrique Garcia, disse que a Bolívia precisa de investimentos para o desenvolvimento produtivo.
O assunto deverá ser tratado hoje (7) com o assessor especial da Presidência da República brasileira, Marco Aurélio Garcia, que está em La Paz liderando comitiva de técnicos do governo e de empresários de vários setores para revisar acordos bilaterais.
No ano passado, vários projetos direcionados ao desenvolvimento boliviano foram desenvolvidos pelos empresários locais. Agora, eles aguardam pelos investimentos.
Enrique Garcia disse que o programa do governo boliviano para o próximo quinquênio requer investimentos estrangeiros para acelerar a industrialização do país, gerando empregos e permitindo que a Bolívia dê um grande salto de qualidade e de quantidade na área econômica.
De acordo com a Agência Boliviana de Informação, Garcia disse que o mercado brasileiro é um dos maiores da América Latina e do mundo, com grande potencial e forte estrutura econômica. “Por isso, precisamos estreitar nossas relações com o país vizinho”.
Agência Brasil
CNI quer Lula como 'árbitro' em pacote para exportações
Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, defendeu hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva arbitre as divergências entre os Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em relação às medidas para ajudar as exportações. Para Monteiro Neto, Lula "deveria dar o veredicto". "Nós estamos inquietos com o retardamento no anúncio do pacote de ajuda ao setor exportador", afirmou, em entrevista coletiva para divulgar a agenda legislativa da indústria.
Monteiro disse que, pelas notícias divulgadas na imprensa, o pacote de medidas não atenderá às expectativas do setor exportador. "Ele será insuficiente", declarou. Segundo ele, um pacote para o setor teria de necessariamente atacar o acúmulo de créditos. Para o executivo, preferencialmente, deve ser uma solução que resolva o problema do estoque, mas, se não for possível, que pelo menos normalize o fluxo de crédito com um mecanismo de compensação automática.
Ele disse que, embora o Ministério do Desenvolvimento sustente a necessidade de incluir a questão do crédito acumulado no pacote, o Ministério da Fazenda alega que não tem espaço fiscal. "É esse o impasse que levou ao adiamento do anúncio", afirmou.
Ele contou que na semana passada conversou com o ministro Guido Mantega sobre o assunto e está tentando agendar uma reunião dos empresários com o presidente Lula. Monteiro Neto lembrou que nesse período pós-crise houve um acirramento da competição e que o Brasil tem desvantagens em relação a outros países. "Embora tenham um marco legal, na prática, as exportações não foram desoneradas. O crédito acumulado significa custo para a empresa", justificou.
Eleições
O presidente da CNI informou que a entidade está organizando um evento, possivelmente para 25 de maio, com todos os candidatos à Presidência da República. Segundo ele, nesse dia os candidatos receberão um documento com as prioridades do setor industrial.
Monteiro Neto disse que o documento está em processo adiantado de elaboração e será aprovado pelo Fórum Nacional da Indústria. Ele afirmou que a CNI não tem candidatos, mas que normalmente promove debates no período pré-eleitoral. "Nós estamos interagindo com todos os candidatos e a CNI terá uma interlocução permanente com o vencedor. É este o nosso papel institucional", afirmou.
Agência Estado
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