LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 15 de abril de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR

País atrai fornecedor de insumos para produtores de pneus

Os pesados investimentos em infraestrutura no Brasil e a recuperação das vendas de automóveis, sobretudo de caminhões, estão abrindo oportunidades para as empresas alemã Lanxess e a chinesa Jiangsu Sinorgchem, que tem o fundo americano Carlyle como principal sócio. Essas companhias produzem insumos para as indústrias de pneus, que preveem uma retomada nas vendas a partir deste ano.

Em entrevista ao Valor, o Stephen Choi, principal executivo da Sinorgchem, disse que a empresa está montando um centro de logística no Brasil. "Esse é o primeiro passo. Vamos analisar o mercado. Em dois anos, poderemos construir nossa primeira fábrica fora da China aqui no Brasil."

A Sinorgchem é uma das maiores produtoras mundiais de antioxidantes para borracha. Esse insumo é utilizado em larga escala pelos principais fabricantes de pneus, uma vez que evita a oxidação do produto. Em 2008, o fundo Carlyle, que tem participação de 40% na companhia, fez um aporte de US$ 87 milhões na empresa chinesa, que deu início ao seu processo de expansão no mercado internacional.

"Tínhamos uma atuação voltada para o mercado doméstico (chinês). Com a chegada do Carlyle, a empresa está ampliando a sua atuação em outros mercados e olha o Brasil com potencial para expansão na América Latina", disse Choi. O centro de distribuição e logística será instalado na cidade de São Paulo e deverá entrar em operação no terceiro trimestre.

Com faturamento de cerca de US$ 300 milhões em 2009, a companhia tem crescido 15% ao ano, informou o executivo. Este ano, a empresa coloca em operação sua quarta fábrica de antioxidantes para borracha na China, em um investimento de US$ 175 milhões. A empresa está atenta a oportunidades no mercado e não descarta aquisições. A abertura de capital também está no radar da companhia, no médio e longo prazo, mas em relação às estratégias da companhia, Choi não dá mais detalhes.

Também bem posicionada no mercado de pneus, a alemã Lanxess anunciou recentemente que vai aumentar em 50 mil toneladas a capacidade global de produção de polibutadieno com catalisador de neodímio (Nd-PBR), tecnologia desenvolvida pela companhia para atender ao mercado de pneus. Christoph Kalla, coordenador global de marketing da divisão de PBR do grupo, disse ontem que a unidade de Pernambuco terá sozinha uma aumento de 20 mil toneladas em sua capacidade de produção. Os investimentos totais da companhia nesse segmento somam € 20 milhões para três das seis fábricas de borracha de alta performance que a companhia possui no mundo.

Líder global no segmento de borracha sintética, a Lanxess comercializa desde o ano passado uma nova geração de produtos com baixo teor de Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAPs). Assim, seus produtos atendem aos requisitos da legislação ambiental europeia, em vigor desde janeiro, que restringe o uso de plastificantes (utilizados na produção de pneus e artefatos de borracha) que excedam os limites estabelecidos pelo bloco europeu.

Cerca de 70% da produção global de borrachas no mundo são voltadas para o mercado de pneus. "De 10 carros vendidos, um é caminhão. E o consumo de pneus para caminhões é cinco vezes maior que o de carro convencional", afirmou Choi.
A retomada da economia no segundo semestre do ano passado, os bons números da indústria automobilística brasileira, as perspectivas de melhoria e crescimento de infraestrutura e as medidas antidumping contra pneus chineses obtidas no ano passado criam um ambiente promissor para as indústrias pneumáticas do país em 2010, segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). "Essa recuperação será sentida mais no mercado interno do que fora", afirmou Eugênio Deliberato, presidente da entidade.

Em 2009, a indústria brasileira de pneus produziu de 61,3 milhões de unidades, em um mercado avaliado em R$ 9 bilhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilados pela Anip. As oito empresas associadas à entidade industrializaram 53,8 milhões de unidades, que responde por 87% da produção nacional. "Em relação a 2008, houve uma queda de 10% por conta da crise. Projetamos uma recuperação no Brasil, mas as exportações para mercados, como os EUA e União Europeia, terão ainda uma recuperação mais lenta", afirmou Deliberato.
Valor Econômico



Chineses de olho no comércio paulista
Além de aprofundar as relações de negócios com o Brasil, a delegação empresarial chinesa de Foshan anunciou o interesse em investir no mercado de São Paulo e fomentar o comércio nessa região.

O roteiro de intenções foi detalhado durante o Seminário Foshan - São Paulo: Promovendo Negócios e Investimentos 2010 realizado na última sexta-feira. O evento foi promovido pelo Departamento de Comércio Exterior e Cooperação Econômica de Foshan (BOFTEC) em parceria com a SP Chamber of Commerce, o braço internacional da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

De acordo com a delegação chinesa, liderada pelo vice-prefeito de Foshan, Li Zifu, a região é considerada a capital da cerâmica do país. Ela concentra 80% da fabricação de materiais em cerâmica e porcelanato, além de ser base industrial para a fabricação de painéis de LCD, de eletrodomésticos e da produção manufatureira.

Seminário - A missão chinesa trouxe à capital paulista cerca de 60 representantes de 46 empresas. Durante o seminário, Li Zifu, disse que os chineses reconhecem São Paulo como uma importante economia do Brasil. "Já visitamos a cidade em anos anteriores e viemos convidar os empresários para conhecer os nossos parques industriais."

Ele também destacou algumas vantagens de negócios favoráveis aos brasileiros interessados em fazer negócios na província. "Nossa produção de painéis de LCD em 2009 foi superior a 11 milhões de unidades. Temos dez parques industriais e oferecemos muitas vantagens como taxas competitivas e um ambiente de negócios com excelente infraestrutura", destacou.

O vice-presidente da ACSP e coordenador da SP Chamber, Luiz Roberto Gonçalves, reforçou os objetivos do encontro. "Os números da economia das duas metrópoles são impressionantes e mostram que ambos os mercados se complementam. Acredito que se trabalharmos em conjunto teremos bons frutos."

O secretário de Relações Internacionais do município de São Paulo e vice-presidente da ACSP, Alfredo Cotait Neto, incentivou o fortalecimento da parceria entre Brasil e China. "Admiro o rápido desenvolvimento de Foshan, e vejo que, pela proximidade com Macau, é uma boa oportunidade para chineses e brasileiros estreitarem relações. Aproveito e convido a todos que forem a Foshan para visitar o estande de São Paulo na feira Expo Mundial de Xangai 2010."

Além do seminário, houve uma rodada de negócios entre os empresários com objetivo de fomentar futuras missões conjuntas. Para mais informações, acesse o site: www.fsboftec.gov.cn.
Diário do Comércio


A força do protecionismo
Governos do mundo rico, a começar pelo americano, mostram-se dispostos a continuar distorcendo o comércio mundial de produtos agrícolas, com enormes prejuízos para as economias em desenvolvimento e, de modo especial, para alguns dos países mais pobres do planeta.

Na Europa, a defesa dos subsídios à agricultura é liderada pelas autoridades francesas. O ministro da Agricultura da França, Bruno Le Maire, declarou-se na semana passada contrário a qualquer redução da ajuda ao produtor rural. Foi apoiado publicamente, nessa decisão, pelo presidente Nicolas Sarkozy.

A desculpa, agora, é a crise: se a ajuda fosse cortada, argumenta-se, o desemprego aumentaria. Do outro lado do Atlântico Norte, o presidente Barack Obama continua cumprindo os compromissos de campanha a favor do protecionismo comercial e das subvenções aos fazendeiros.

Nos Estados Unidos, as críticas a esse tipo de política são muito mais comuns do que na Europa. Mas nos dois lados a maioria dos políticos tem preferido evitar mudanças. Pior para o Brasil e para outros países em desenvolvimento.

A reforma do comércio internacional de produtos agrícolas foi desde o início um dos principais objetivos da Rodada Doha, lançada no fim de 2001, emperrada há vários anos e sem data previsível para conclusão. Enquanto as negociações avançaram, os governos do mundo rico evitaram mexer em suas políticas de subsídios e de barreiras protecionistas.

As mudanças necessárias, argumentavam seus governos, seriam definidas até o fim da rodada. Chegou-se, numa das fases mais produtivas das negociações, a fixar um prazo para o fim dos subsídios à exportação. Essa parte da reforma deveria ocorrer em 2013. Hoje não há segurança quanto a alterações importantes nessas políticas.

A União Europeia (UE) mantém, oficialmente, um programa de reforma para implantação a partir de 2014, mas não há sinais de uma séria preparação. Segundo o comissário do bloco para a agricultura, Dacian Ciolos, é cedo para reduzir o apoio aos agricultores, porque a recuperação econômica é lenta.

A política agrícola da UE, afirma o comissário, "é mais importante do que nunca". Além disso, argumenta, os subsídios mais nocivos aos países em desenvolvimento já foram eliminados ? uma alegação muito frágil. Além da manutenção da política, por enquanto, ele defende a adoção de intervenções em tempos de crise.

Esse discurso agrada certamente aos franceses, porque a França é o país mais aquinhoado pela política europeia de subvenções ao campo. Mas o apoio aos subsídios e à preservação das barreiras é considerável em outros países também.

Os governantes britânicos têm sido mais favoráveis à liberalização da economia agrícola, mas enfrentam, internamente, resistência de alguns setores do agronegócio.

Além disso, os setores mais protecionistas têm contado, no Reino Unido como em outras partes da Europa, com movimentos civis favoráveis a restrições ao comércio de produtos agrícolas.

As alegações são variadas: defesa da saúde pública, preservação ambiental nos países exportadores, preocupações sociais com os trabalhadores do Terceiro Mundo e assim por diante. Os ganhadores, na prática, são os beneficiários dos subsídios e barreiras.

Nos Estados Unidos, a imprensa critica mais frequentemente os subsídios. Organizações civis também condenam a canalização de bilhões de dólares para os fazendeiros e outros grupos ligados ao agronegócio ? em alguns casos, grandes empresas.

Nos últimos dias, jornais e revistas criticaram a decisão do governo de pagar US$ 143,7 milhões aos produtores brasileiros de algodão. Com esse pagamento, pretende-se evitar a retaliação autorizada ao Brasil pela Organização Mundial do Comércio. Essa retaliação foi permitida porque as autoridades de Washington se recusaram a cortar a ajuda condenada em processo.

O melhor, segundo os editoriais, seria eliminar os subsídios: o Tesouro deixaria de gastar internamente e também não teria de pagar aos brasileiros. Brasília também preferiria essa alternativa, mas o presidente Obama escolheu o caminho politicamente mais confortável.

Aceitou podar a garantia de crédito à exportação, mas não deverá mexer em outras subvenções até a revisão da Lei Agrícola em 2012.
O Estado de São Paulo – SP


Retaliação aos EUA é adiada por dois anos
SÃO PAULO - O governo brasileiro aceitou a proposta dos Estados Unidos (apresentada na última semana) e irá adiar a retaliação no caso dos subsídios aos produtores de algodão até 2012, ano em que será revista a lei agrícola (Farm Bill) do país. A declaração é do diretor do departamento de comércio exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Gianetti.

Segundo ele, o governo brasileiro está dando um voto de confiança aos Estados Unidos para que não haja uma guerra comercial. "O governo americano apresentou uma proposta de compensação ao Brasil, que dá vantagens aos produtores de algodão brasileiros, enquanto o governo norte-americano não pode tomar as medidas necessárias para acabar com o subsídio aos produtores de algodão de seu país. Esta ação só poderá ser efetivamente tomada em 2012, quando o Congresso americano modificar os itens da lei agrícola (Farm Bill) e rever os benefícios concedidos."

Gianetti afirmou ainda que a Fiesp, em conjunto com o setor privado brasileiro, apoiam a decisão do governo brasileiro, que achou por bem aguardar essa revisão da lei agrícola e adiou a retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A posição foi confirmada pelo ex-embaixador Rubens Barbosa. "A melhor saída para os empresários dos dois países é a negociação, para que não haja um número maior de perdas do que já houve."

A proposta
Representantes do governo norte-americano entregaram aos ministros brasileiros a proposta de criação de um fundo no valor de US$ 147 milhões para os produtores de algodão do País, além do comprometimento de reformar o sistema de créditos à exportação (GSM). Por isso, o governo brasileiro adiou a data de início da retaliação para o dia 22 de abril.

O valor do fundo é equivalente aos programas de apoio doméstico de subsídios que os americanos não podem alterar sem mexer na lei agrícola.

De acordo com grandes mídias americanas, a opinião pública reagiu negativamente a proposta de criação do fundo aos produtores brasileiros de algodão.

"Ao invés de privar os produtores nacionais de subsídios, Washington vai pedir aos americanos para gastar ainda mais dinheiro, dessa vez para subsidiar os agricultores brasileiros", escreveu o The Wall Street Journal.

"O que seria mais ultrajante que os pesados subsídios que o governo dos EUA desperdiça com os ricos fazendeiros americanos de algodão? Que tal os pesados subsídios que o governo pode começar a desperdiçar com os ricos produtores de algodão brasileiros?", alfinetou a revista Time.

Outra proposta dos EUA diz respeito à febre aftosa. Segundo o diretor do Departamento de Economia do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Cozendey, os negociadores americanos se comprometeram a declarar o Estado de Santa Catarina como livre de febre aftosa sem vacinação.

Durante a última declaração de Cozendey sobre o assunto, ele frisou que o período de discussão inicial sobre compensações temporárias permanecerá até o próximo dia 22, quando o lado norte-americano terá de tomar algumas medidas. "Se eles efetivamente tomarem essas medidas, no dia 22 começa um novo prazo de 60 dias para uma negociação completa", pontuou Cozendey.

"A retaliação é desagradável e indesejável pelos dois países. Aceitar a negociação da compensação comercial irá beneficiar alguns setores da economia brasileira, o algodão principalmente e o de carne bovina e carne suína que terão acesso ao mercado norte-americano, que hoje não tem a carne in natura. Além disso, temos a promessa que em 2 anos irão acabar todos os subsídios ao algodão", reiterou Gianetti.

"O Brasil não abrirá mão de fazer a retaliação, será uma decisão voluntária de não aplicá-la agora, mas caso os Estados Unidos não cumpram com sua parte de acabar com os subsídios, temos a autorização da OMC que não tem validade. Até 2012 vamos esperar as compensações comerciais oferecidas. Se modificarem a lei agrícola o assunto está encerrado, se não modificarem o litígio continua e ainda mais forte, pois o valor autorizado pela OMC sofrerá reajuste financeiro e deve atingir US$ 1,5 bilhão ou US$ 2 bilhões. Será uma declaração de guerra comercial nítida, em termos do que está conversado", completou o diretor da Fiesp.

Outro ponto abordado por Gianetti foi a perda dos países africanos com relação à queda do preço do algodão.

"Ainda surge a variável dos países africanos, que foram atingidos de forma nociva pelos subsídios aos produtores americanos, que tiveram o preço do produto muito abaixo do mercado. Os empresários destes países e a própria economia dos países africanos forma duramente atingidos, pois eles dependem mais do algodão do que o Brasil em sua economia e merecem algum tipo de compensação por parte dos Estados Unidos. Nós ainda vamos propor ao governo brasileiro que nas negociações se garanta esta ajuda aos países africanos", concluiu Gianetti.
DCI



A China terá participação cada vez maior na infraestrutura brasileira
A China precisa de muito pouco tempo para dizer a que vem. Em fevereiro, praticamente do zero, o país apareceu em terceiro na lista de maiores investidores estrangeiros no setor produtivo brasileiro, com o aporte de US$ 354 milhões. Na terça-feira, na suntuosidade do dourado ofuscante da sala de sua chancelaria em Brasília, foram necessários apenas 30 minutos para que o embaixador da China, Qiu Xiaoq, avisasse que este é só o começo e que o know-how asiático em infraestrutura será o motor dos investimentos chineses no Brasil da Copa, das Olimpíadas e do trem-bala. A disposição estará clara nas agendas dos 150 empresários chineses que acompanham a visita, esta semana, do presidente Hu Jintao, que participa da reunião de cúpula dos Brics (o grupo de emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia e China).

Como o senhor classificaria as relações entre a China e o Brasil?
QIU XIAOQ: Se desenvolveram muito rápido nos últimos anos. Encontros políticos de alto nível foram frequentes. Os presidentes Hu Jintao e Lula discutiram muitas questões internacionais. Na economia, foram firmados convênios. O Banco de Desenvolvimento da China (China Development Bank) ofereceu $linha de crédito de US$ 10 bilhões para a Petrobras. Houve muitos acordos concretos de cooperação.

A visita bilateral do presidente Hu Jintao e a missão de empresários trarão mais investimentos ao Brasil?
QIU: A China vai ter uma participação cada vez maior na construção da infraestrutura brasileira. O país vai ter um período de crescimento rápido, com a Copa e as Olimpíadas, e vai chegar a um novo auge de investimentos. A China tem uma capacidade muito importante neste setor (infraestrutura) e tem muito interesse em participar dos investimentos maciços no país. Um exemplo é o trem-bala. A China tem grande experiência neste aspecto. Esta visita renderá bons frutos.

Em que áreas, além da infraestrutura?
QIU: Nos campos econômico, comercial e de investimentos, são muitas. O que falta é explorá-las e as empresas chinesas estão com grande disposição.

Quais são as oportunidades para as empresas brasileiras?
QIU: Elas têm interesse crescente em investir na China. Nosso país superou depressa a crise, crescendo 8,7% em 2009. Esperamos que cresça 9% este ano. Um grupo muito grande de 150 $ários vai participar de um seminário no Rio e todos vão trocar informações.

Quais as expectativas da China para o segundo encontro presidencial dos Brics?
QIU: O grupo Bric é uma plataforma muito importante de cooperação para os países emergentes. Brasil, Rússia, Índia e China foram responsáveis por 50% do crescimento mundial nos últimos 10 anos. Esses países detêm 15% do PIB global. Os quatro têm papel importante no G-20, nas Nações Unidas e em Copenhagen.

A China vai insistir na defesa do uso de moedas locais no comércio exterior?
QIU: A crise financeira de 2008 demonstrou que depender de uma só moeda conversível é perigoso. É muito importante diversificar. Depois da crise, a China fez acordos comerciais com vizinhos para negociar com moedas locais. Queremos um sistema financeiro mais justo, racional e equilibrado.

Os EUA têm cobrado uma taxa de câmbio orientada pelo mercado para o yuan. O país mudará o câmbio?
QIU: A China sempre aplica uma política monetária estável, com base em uma cesta de moedas concreta. O país tomará as suas decisões de acordo com critérios soberanos, segundo os interesses econômicos do país. Não vamos aceitar pressões de outros países.
NetMarinha


Acordo de livre comércio MERCOSUL-Egito deverá ser assinado em julho
Cairo (Egito) - O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, informou, hoje (14/4), que o Acordo de Livre Comércio entre o MERCOSUL e o Egito deverá ser assinado em julho próximo. A notícia foi dada durante entrevista coletiva concedida juntamente com o ministro egípcio do Comércio e Indústria, Rachid Mohamed Rachid, que recebeu o ministro Miguel Jorge um pouco antes.

As negociações para o acordo começaram 2003, durante visita do Presidente Lula ao Egito. Seu principal objetivo é ampliar os fluxos de comércio dos quatro países do Bloco com o mercado egípcio.

Joint Venture
O encontro entre Miguel Jorge e Rachid fez parte da agenda da visita de missão empresarial brasileira ao Egito, liderada pelo ministro brasileiro. Durante a audiência, os ministros presenciaram a assinatura de uma joint venture, entre a empresa brasileira Randon, e a egípcia Egypt Power for Trading and Agencies. A associação prevê a construção de uma fábrica, no Egito, para a montagem de semi-reboques a partir de CKDs produzidos no Brasil.

Ainda durante o terceiro dia da missão empresarial ao Oriente Médio, Miguel Jorge se encontrou com os ministros egípcios da Habitação e Urbanismo, Ahmed Alaa E-Din Amin El Maghrabi, e dos Transportes, Alaa El-Din Fahmy.

Amanhã (15/4), haverá as rodadas de negócios entre as 86 empresas brasileiras representadas na missão e os empresários egípcios. Também serão realizados outros encontros do Ministro Miguel Jorge com autoridades do país, entre as quais o primeiro-ministro, Ahmed Mahmoud Mohammed Nazif.

Amanhã à noite, a delegação brasileira seguirá para Beirute, no Líbano, última etapa da Missão Empresarial ao Oriente Médio.

Desafio de missão empresarial brasileira a países mulçumanos é aprender a negociar por etapas
Assessoria de Comunicação Social do MDIC

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