Avanço do Chile contribui para exportações brasileiras
O crescimento expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) do Chile nos últimos anos traz uma série de benefícios ao Brasil. Em 2011, o país cresceu 5,6% e em 2012, 6%. Para este ano, a expectativa, mesmo menor, é vista como positiva, com avanço de 5%. Além disso, a inflação acumulada neste ano segue em 1,3% e a taxa de desemprego perto de 5%.
O embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt, diz que o crescimento do país, impulsionado principalmente pelo comércio interno e externo, vai beneficiar o Brasil, um grande exportador de alimentos. "A demanda por alimentos aumenta e os salários têm tido aumento significativo a cada ano", ressalta Schmidt. A agricultura chilena é altamente prejudicada por causa do tamanho de seu território e do clima.
Além disso, os investimentos no Brasil para o ano que vem também devem subir. "A CMPC Celulose irá investir US$ 2,2 bilhões no estado do Rio Grande do Sul em 2014. Temos muitos projetos para o Brasil, que é estratégico por causa do tamanho de mercado", diz o embaixador.
Os ventos a favor do Chile começaram depois da queda do ditador Augusto Pinochet, que governou o país entre 1973 e 1990. "Desde então, o país adotou um modelo econômico aberto a outros países, mesmo porque o Chile teve sérios problemas históricos de guerra com Venezuela, Bolívia e Argentina. O governo baixou sua taxa de importação e de exportação, conquistou países europeus e do Pacífico e aumentou a sua competitividade", conta o coordenador de relações internacionais da Faap, Marcus Vinícius de Freitas. Atualmente, a taxa de importação chilena é de 3%, enquanto a do Brasil é de 11%.
Entre os produtos que o Chile mais exporta estão o cobre e o vinho, além dos artigos primários. "A base do comércio internacional é sempre a questão das vantagens comparativas. O Chile percebeu em qual setor consegue produzir mais e em menos horas e investiu na indústria, como é o caso do vinho. Assim, consegue competir internacionalmente", afirma o coordenador da Faap. Outra questão importante na economia chilena é que o governo diminuiu os investimentos públicos para aumentar os privados. "O Chile foi o primeiro país a privatizar empresas estatais e este modelo foi seguido ainda pela Margareth Thatcher, no Reino Unido".
O cenário chileno pode servir de exemplo para o Brasil em algumas áreas, uma vez que o tamanho do país e da população impossibilita comparações. Marcus de Freitas alerta para o protecionismo que prejudica a economia brasileira. "Se o Brasil fosse mais aberto com o comércio internacional, poderia até utilizar o Chile como rota para suas exportações", diz o coordenador. Outro ponto a ser destacado é a redução do custo Brasil para que as empresas nacionais tenham mais capacidade de competir com preço, qualidade e eficiência no processo de entrega.
Fonte: Brasil Econômico/Niviane Magalhães
http://www.portosenavios.com.br/geral/21440-exportacoes-brasileiras?utm_source=newsletter_1239&utm_medium=email&utm_campaign=noticias-do-dia-portos-e-navios-date-d-m-y
O embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt, diz que o crescimento do país, impulsionado principalmente pelo comércio interno e externo, vai beneficiar o Brasil, um grande exportador de alimentos. "A demanda por alimentos aumenta e os salários têm tido aumento significativo a cada ano", ressalta Schmidt. A agricultura chilena é altamente prejudicada por causa do tamanho de seu território e do clima.
Além disso, os investimentos no Brasil para o ano que vem também devem subir. "A CMPC Celulose irá investir US$ 2,2 bilhões no estado do Rio Grande do Sul em 2014. Temos muitos projetos para o Brasil, que é estratégico por causa do tamanho de mercado", diz o embaixador.
Os ventos a favor do Chile começaram depois da queda do ditador Augusto Pinochet, que governou o país entre 1973 e 1990. "Desde então, o país adotou um modelo econômico aberto a outros países, mesmo porque o Chile teve sérios problemas históricos de guerra com Venezuela, Bolívia e Argentina. O governo baixou sua taxa de importação e de exportação, conquistou países europeus e do Pacífico e aumentou a sua competitividade", conta o coordenador de relações internacionais da Faap, Marcus Vinícius de Freitas. Atualmente, a taxa de importação chilena é de 3%, enquanto a do Brasil é de 11%.
Entre os produtos que o Chile mais exporta estão o cobre e o vinho, além dos artigos primários. "A base do comércio internacional é sempre a questão das vantagens comparativas. O Chile percebeu em qual setor consegue produzir mais e em menos horas e investiu na indústria, como é o caso do vinho. Assim, consegue competir internacionalmente", afirma o coordenador da Faap. Outra questão importante na economia chilena é que o governo diminuiu os investimentos públicos para aumentar os privados. "O Chile foi o primeiro país a privatizar empresas estatais e este modelo foi seguido ainda pela Margareth Thatcher, no Reino Unido".
O cenário chileno pode servir de exemplo para o Brasil em algumas áreas, uma vez que o tamanho do país e da população impossibilita comparações. Marcus de Freitas alerta para o protecionismo que prejudica a economia brasileira. "Se o Brasil fosse mais aberto com o comércio internacional, poderia até utilizar o Chile como rota para suas exportações", diz o coordenador. Outro ponto a ser destacado é a redução do custo Brasil para que as empresas nacionais tenham mais capacidade de competir com preço, qualidade e eficiência no processo de entrega.
Fonte: Brasil Econômico/Niviane Magalhães
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