Instabilidade do câmbio reduz ganho de exportador
A forte oscilação do câmbio entre os meses de julho e setembro retirou do exportador parte das vantagens embutidas no dólar mais forte. O impacto foi imediato no preço dos insumos, mas as vantagens na recuperação das exportações chegaram em ritmo mais lento. Apesar do custo pressionado, indústrias de diferentes ramos de atuação informam que o novo câmbio já começa a permitir aumento de vendas ao exterior.
No pico, o dólar chegou a ser cotado a R$ 2,45, mas esteve por mais de 40 dias acima de R$ 2,30. Para a indústria - que hoje já importa 25% dos insumos que utiliza, na média - essa "gangorra" representa um componente adicional de incerteza, por afe- tar uma parcela considerável do custo.
O problema da indústria, diz o economista e professor da Unicamp Edgard Pereira, é a mudança estrutural sofrida nos últimos anos. Com a valorização do câmbio, as empresas deixaram de exportar e aumentaram a compra de insumos vindos de fora do país. Nesse arranjo, muito voltado para o mercado doméstico, com penetração forte de importados, "a margem de lucro tende a ser comprimida e gerar inflação quando o real perde valor", diz ele. A saída para essa "armadilha" é aumentar exportações, movimento que é lento.
Edgard Dutra, diretor da Metalplan, diz que as fortes oscilações do câmbio prejudicaram a referência de preços, mas até setembro a empresa exportou volume idêntico a todo o ano passado. A expectativa é terminar 2013 com elevação de 30% a 40% em relação ao ano anterior. A Döhler é outra empresa para a qual o câmbio fez diferença no custo e na exportação. Carlos Alexandre Döhler, diretor comercial da têxtil catarinense, explica que a exportação e as vendas físicas totais da empresa cresceram 10% em relação a 2012. Para o próximo ano, o empresário espera continuidade da desvalorização do real, para um patamar próximo a R$ 2,30, e a exportação pode ganhar mais espaço e passar dos atuais 8% para 10% do faturamento.
Para a fabricante de linha branca Latina Eletrodomésticos, mais importante do que um determinado patamar de câmbio é a estabilidade da cotação. "O que atrapalha é a oscilação excessiva", diz Valdemir Dantas, presidente da empresa, explicando que ela gera incertezas para a estratégia de preços.
Fonte: Valor Econômico/Marta Watanabe e Tainara Machado | De São Paulo
http://www.portosenavios.com.br/geral/21374-instabilidade-do-cambio-reduz-ganho-de-exportador
No pico, o dólar chegou a ser cotado a R$ 2,45, mas esteve por mais de 40 dias acima de R$ 2,30. Para a indústria - que hoje já importa 25% dos insumos que utiliza, na média - essa "gangorra" representa um componente adicional de incerteza, por afe- tar uma parcela considerável do custo.
O problema da indústria, diz o economista e professor da Unicamp Edgard Pereira, é a mudança estrutural sofrida nos últimos anos. Com a valorização do câmbio, as empresas deixaram de exportar e aumentaram a compra de insumos vindos de fora do país. Nesse arranjo, muito voltado para o mercado doméstico, com penetração forte de importados, "a margem de lucro tende a ser comprimida e gerar inflação quando o real perde valor", diz ele. A saída para essa "armadilha" é aumentar exportações, movimento que é lento.
Edgard Dutra, diretor da Metalplan, diz que as fortes oscilações do câmbio prejudicaram a referência de preços, mas até setembro a empresa exportou volume idêntico a todo o ano passado. A expectativa é terminar 2013 com elevação de 30% a 40% em relação ao ano anterior. A Döhler é outra empresa para a qual o câmbio fez diferença no custo e na exportação. Carlos Alexandre Döhler, diretor comercial da têxtil catarinense, explica que a exportação e as vendas físicas totais da empresa cresceram 10% em relação a 2012. Para o próximo ano, o empresário espera continuidade da desvalorização do real, para um patamar próximo a R$ 2,30, e a exportação pode ganhar mais espaço e passar dos atuais 8% para 10% do faturamento.
Para a fabricante de linha branca Latina Eletrodomésticos, mais importante do que um determinado patamar de câmbio é a estabilidade da cotação. "O que atrapalha é a oscilação excessiva", diz Valdemir Dantas, presidente da empresa, explicando que ela gera incertezas para a estratégia de preços.
Fonte: Valor Econômico/Marta Watanabe e Tainara Machado | De São Paulo
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