LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 11 de março de 2013

China


China vai ampliar a abertura ao exterior

O ministro do Comércio chinês, Chen Deming, negou na sexta-feira (8) os recentes comentários de que a China não adotou novas medidas de abertura ao exterior desde o seu ingresso na Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele afirmou que o país vai continuar se abrindo ao mundo e encorajando a internacionalização das empresas chinesas.

Chen Deming falou numa coletiva de imprensa durante a 1ª sessão anual da 12ª Assembleia Popular Nacional (APN) da China, que está sendo realizada em Beijing. Na ocasião, o ministro disse:

"Desde que a China aderiu à OMC, há mais de 11 anos, o país cumpriu todos os compromissos assumidos. Recentemente, fechamos acordos para a criação de uma zona de livre comércio com 15 países e estamos negociando com outros 13 países sobre o tema. Essas ações são demonstrativas da nossa intenção de abertura ao exterior."

Chen Deming destacou que a abertura da China deve corresponder à transformação do modelo de crescimento econômico e ao reajuste da estrutura econômica do país. Também deve contribuir para a reforma e inovação do país. Com base nestes princípios, a China vai ampliar ainda mais sua abertura ao exterior.

"A China vai promover a abertura de novos setores, incluindo o setor de serviços. Vai também acelerar a abertura das regiões internas e fronteiriças. Queremos manter o desenvolvimento equilibrado do comércio externo, ou seja, estabilizar a exportação e estimular a importação. Além disso, vamos participar da administração da economia global, incluindo a proteção do sistema de comércio multilateral, a criação de zonas de livre comércio e o estabelecimento de um ambiente comercial mais justo e aberto."

Ao falar sobre os problemas da internacionalização das empresas chinesas, Chen Deming confessou que existem barreiras consideráveis neste processo. O ministro atribuiu as dificuldades à ideologia de "guerra fria" adotada por alguns políticos de outros países. Ele disse acreditar que essa postura não espelha a vontade geral do povo.

"Tome-se como exemplo os EUA, onde encontramos situações difíceis. As empresas chinesas já investiram mais de dez bilhões de dólares no país. Se queremos investir três dólares nos EUA, o país só autoriza a entrada de um dólar. Esta não é uma proporção alta, mas apesar disso a situação vem melhorando. Em meus contatos com governadores, prefeitos e congressistas regionais norte americanos, percebi que eles saúdam muito o investimento das empresas chinesas. Há poucas semanas, uma empresa chinesa comprou a companhia petrolífera Nexen, sediada no Canadá. Apesar de algumas cláusulas injustas estabelecidas pelos EUA, a aquisição acabou por ser aprovada. Isso mostra que os EUA também estão melhorando suas políticas nesta área."

Segundo Chen Deming, o governo chinês vem pedindo às empresas chinesas que respeitem as leis, regulamentos e costumes dos países de destino de investimento. Também encoraja as empresas a retribuir à sociedade local os lucros obtidos. Ao mesmo tempo, a China vai proteger os interesses das empresas chinesas no processo de internacionalização destas.

"O governo chinês apoia a proteção dos direitos das empresas chinesas no exterior. Também pedimos que os países protejam o investimento das empresas chinesas. O Ministério do Comércio, em nome do governo chinês, deve assinar mais acordos de proteção ao investimento com outros países, para assegurar os direitos das empresas chinesas dentro dos quadros legítimos observados por ambos os lados."

Fonte: Rádio Internacional da China

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=207943

Nenhum comentário: