Argentina se torna principal mercado fornecedor das trading companies
Brasília – De janeiro a novembro de 2012, as exportações brasileiras realizadas via trading companies somaram US$ 22,722 bilhões e as importações do segmento foram de US$ 4,525 bilhões. Com isso, a corrente de comércio do setor totalizou US$ 27,247 bilhões e o saldo positivo alcançou US$ 18,197 bilhões.
Em relação ao total vendido pelo Brasil ao exterior no período (US$ 222,831 bilhões), as exportações das empresas trading companiesrepresentaram 10,2%. Já em relação ao total importado pelo país até novembro (US$ 205,643 bilhões), a participação foi de 2,2%.
No comparativo com o mesmo período de 2011, as vendas brasileiras dessa categoria de empresas (US$ 27,787 bilhões) recuaram 18,2% e as aquisições (US$ 5,558 bilhões) diminuíram 18,6%. O saldo entre janeiro e novembro do ano passado foi de US$ 22,229 bilhões e, portanto, houve diminuição de 18,1% em relação ao mesmo período deste ano, o que também ocorreu com a corrente de comércio (US$ 33,344 bilhões), que retrocedeu 18,3%.
Mercados
O principal mercado de destino das exportações brasileiras do segmento, de janeiro a novembro deste ano, foi a China, com vendas de US$ 7,839 bilhões, representando 34,5% do total exportado. Na sequência, apareceram: Japão (US$ 1,764 bilhão, participação de 7,8%), Coreia do Sul (US$ 1,279 bilhão, 5,6%), Países Baixos (US$ 1.197 bilhão, 5,3%), Itália (US$ 844,7 milhões, 3,7%).
No acumulado até novembro a Argentina se tornou o principal mercado fornecedor das empresas trading companies brasileiras, com transações de US$ 923,7 milhões, valor equivalente a 20,4% das importações totais no ano. Até outubro, a China ocupava esta posição e agora o país asiático acumula vendas de US$ 878,3 milhões, com participação de 19,4%. Em seguida aparecem: Estados Unidos (US$ 592,1 milhões, 13,1%), México (US$ 309,4 milhões, 6,8%), Reino Unido (US$ 204,3 milhões, 4,5%), Alemanha (US$ 175,6 milhões, 3,9%).
Produtos
As exportações de produtos básicos responderam por 84,9% do valor exportado neste ano pelas trading companies. Foram destaques: minério de ferro (US$ 12,711 bilhões, com participação de 56% do total exportado), soja em grão (US$ 2.819 bilhões, 12,4%), carne de frango (US$ 1,329 bilhão, 5,9%), milho em grão (US$ 1,022 bilhão, 4,5%), e farelo de soja (US$ 577,8 milhões, 2,5%).
As vendas brasileiras do segmento de produtos industrializados, no acumulado do ano, corresponderam a 15,1% (manufaturados representaram 10,4% da pauta e os semimanufaturados, 4,7%), sendo os principais produtos comercializados: suco de laranja (US$ 658,7 milhões, 2,9%), açúcar em bruto (US$ 639,1 milhões, 2,8%), açúcar refinado (US$ 225,8 milhões, 1,0%), ouro semimanufaturado (US$ 222,9 milhões, 1%), e café solúvel (US$ 187,5 milhões, 0,8%).
Na pauta de importação das trading companies, os bens industrializados representaram 95,6% (90,3% de manufaturados e 5,3% de semimanufaturados) e os produtos básicos corresponderam 4,4%. Os bens mais adquiridos pelo setor foram: automóveis de passageiros (US$ 1,471 bilhão, participação de 32,5% do total importado), máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 260,4 milhões, 5,8%), máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 240,8 milhões, 5,3%), aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$ 142,3 milhões, 3,2%), e pneumáticos (US$ 119,1 milhões, 2,6%).
Trading companies
As vendas ao exterior por intermédio das empresas trading companies são classificadas como exportações indiretas e são equiparadas às exportações diretas no aspecto fiscal. Elas apresentam vantagens, principalmente, para o pequeno e médio produtor nacional que não dispõem de uma estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior.
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3371
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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