Seguro de crédito à exportação
Autor(es): Antonio Penteado Mendonça
O Estado de S. Paulo
O Estado de S. Paulo
Com a globalização, hoje, é comum encontrarmos produtos de uma marca europeia fabricado na China e sendo vendido mais barato num shoppingcenter de Dubai. Ou uma sandália brasileira comercializada por uma loja virtual norte-americana, com a operação girando na índia e a remessa feita através de um depósito no México.
Cada vez mais as fronteiras vão caindo, abrindo espaço para um mundo acelerado, que interage freneticamente, por meio das redes sociais, dos e-mails, torpedos e o mais à disposição da comunicação instantânea.
O processo parece irreversível. E o Brasil está inserido nele. Os produtos brasileiros são embarcados para os quatro cantos do mundo, com o leque variando desde minério e grãos in natura, até produtos altamente sofisticados, como os aviões da Embraer.
Ao longo dos últimos anos, o país tem aberto novos apoios de negócio, comprando e vendendo de e para nações que até algum tempo atrás a maioria da população mal sabia que existiam.
Empresas brasileiras saíram das fronteiras nacionais, dispostas a conquistar novos mercados, e várias delas acertaram no alvo, com seu faturamento cada vez mais dependendo de seus negócios internacionais.
Toda atividade empresarial pressupõe um risco. Pode ser maior ou menor, pode ser minimizado por ações estratégicas ou pela contratação de apólices de seguros, mas não há atividade econômica que em algum momento não fique sujeita a perdas e danos. E se os prejuízos podem ocorrer nos negócios realizados no país, imagine os riscos de entrar no mercado internacional, vendendo para empresas e governos instalados em países que, muitas vezes, são conhecidos apenas por servirem de cenário ou enredo para alguma
; novela. Exagero? Pergunte para o povão o que ele sabe da índia ou, mais recentemente, da Turquia. Neste cenário, em princípio hostil para o exportador brasileiro, em decorrência do desconhecimento dos usos e costumes do país para o qual pretende exportar, todo cuidado é pouco. Não porque o comprador seja essencialmente desonesto, mas porque suas práticas podem ser completamente diferentes das nossas.
Entrar no mundo apenas com a cara e a coragem invariavelmente não dá certo. Os navegadores portugueses sabiam disto há quase 600 anos. Por to mar todos os cuidados possíveis e planejar detalhadamente cada passo para alcançar seu objetivo, a partir de meados de 1400, Portugal descobre continentes, ilhas, povos e riquezas até então desconhecidos da Europa.
Atualmente, o comércio internacional ganhou velocidade e segurança, mas isso não significa que o exportador não está sujeito avariáveis que podem comprometer o faturamento consequente de suas vendas.
O primeiro grande risco é o calote puro e simples do comprador da mercadoria. Neste caso, o mais comum é a pessoa no exterior receber os bens, ficar com eles e simplesmente deixar de pagá-los. E a forma mais simples de evitá-lo é a venda avista, com o embarque sujeito à confirmação do pagamento.
Mas nem sempre as coisas acontecem com tanta facilidade. Pode acontecer de um parceiro tradicional, por uma razão ou outra, simplesmente deixar de pagar uma compra vultosa.
E pode também acontecer das autoridades do país onde o comprador está instalado, por alguma razão econômica, política, ou ideológica, proibir o comprador de efetuar o pagamento das mercadorias ou bens na forma avençada.
Em todos estes exemplos o exportador brasileiro acaba ficando com o prejuízo. É preciso dizer que o calote não é a regra. Que a imensa maio-1 ria dos contratos de compra e venda internacionais são honrados regularmente, sem nenhum tipo de atraso; significativo. Mas há os que não são, e aí, como fazer para minimizar as perdas?
A resposta passa por um produto\ chamado "seguro de crédito à exportação". Hoje, ele é cada vez mais procurado. Suas cláusulas oferecem garantia tanto para o risco do negócio, como para o risco político. Daí sua importância para o exportador brasileiro.
http://greenconsultores.blogspot.com.br/2012/12/seguro-de-credito-exportacao.html
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