LEGISLAÇÃO

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Exportação



Seguro de crédito à exportação

Autor(es): Antonio Penteado Mendonça
O Estado de S. Paulo 

Com a globalização, hoje, é comum encontrarmos pro­dutos de uma marca euro­peia fabricado na China e sendo vendido mais barato num shoppingcenter de Dubai. Ou uma sandália brasileira comercializada por uma loja virtual norte-america­na, com a operação girando na índia e a remessa feita através de um depó­sito no México.
Cada vez mais as fronteiras vão caindo, abrindo espaço para um mundo acelerado, que interage fre­neticamente, por meio das redes so­ciais, dos e-mails, torpedos e o mais à disposição da comunicação instantâ­nea.
O processo parece irreversível. E o Brasil está inserido nele. Os produtos brasileiros são embarcados para os qua­tro cantos do mundo, com o leque va­riando desde minério e grãos in natura, até produtos altamente sofisticados, como os aviões da Embraer.
Ao longo dos últimos anos, o país tem aberto novos apoios de negócio, comprando e vendendo de e para na­ções que até algum tempo atrás a maio­ria da população mal sabia que exis­tiam.
Empresas brasileiras saíram das fron­teiras nacionais, dispostas a conquis­tar novos mercados, e várias delas acer­taram no alvo, com seu faturamento cada vez mais dependendo de seus ne­gócios internacionais.
Toda atividade empresarial pressu­põe um risco. Pode ser maior ou me­nor, pode ser minimizado por ações es­tratégicas ou pela contratação de apóli­ces de seguros, mas não há atividade econômica que em algum momento não fique sujeita a perdas e danos. E se os prejuízos podem ocorrer nos negó­cios realizados no país, imagine os ris­cos de entrar no mercado internacional, vendendo para empresas e gover­nos instalados em países que, muitas vezes, são conhecidos apenas por servi­rem de cenário ou enredo para alguma
; novela. Exagero? Pergunte para o po­vão o que ele sabe da índia ou, mais recentemente, da Turquia. Neste cenário, em princípio hostil pa­ra o exportador brasileiro, em decor­rência do desconhecimento dos usos e costumes do país para o qual pretende exportar, todo cuidado é pouco. Não porque o comprador seja essencial­mente desonesto, mas porque suas prá­ticas podem ser completamente dife­rentes das nossas.
Entrar no mundo apenas com a cara e a coragem invariavelmente não dá certo. Os navegadores portugueses sabiam disto há quase 600 anos. Por to­ mar todos os cuidados possíveis e planejar detalhadamente cada passo para alcançar seu objetivo, a partir de meados de 1400, Portugal descobre continentes, ilhas, povos e riquezas até então desconhecidos da Europa.
Atualmente, o comércio internacio­nal ganhou velocidade e segurança, mas isso não significa que o exporta­dor não está sujeito avariáveis que po­dem comprometer o faturamento con­sequente de suas vendas.
O primeiro grande risco é o calote puro e simples do comprador da merca­doria. Neste caso, o mais comum é a pessoa no exterior receber os bens, fi­car com eles e simplesmente deixar de pagá-los. E a forma mais simples de evi­tá-lo é a venda avista, com o embarque sujeito à confirmação do pagamento.
Mas nem sempre as coisas aconte­cem com tanta facilidade. Pode aconte­cer de um parceiro tradicional, por uma razão ou outra, simplesmente dei­xar de pagar uma compra vultosa.
E pode também acontecer das autori­dades do país onde o comprador está instalado, por alguma razão econômi­ca, política, ou ideológica, proibir o comprador de efetuar o pagamento das mercadorias ou bens na forma avençada.
Em todos estes exemplos o expor­tador brasileiro acaba ficando com o prejuízo. É preciso dizer que o calo­te não é a regra. Que a imensa maio-1 ria dos contratos de compra e venda internacionais são honrados regular­mente, sem nenhum tipo de atraso; significativo. Mas há os que não são, e aí, como fazer para minimizar as perdas?
A resposta passa por um produto\ chamado "seguro de crédito à expor­tação". Hoje, ele é cada vez mais pro­curado. Suas cláusulas oferecem ga­rantia tanto para o risco do negócio, como para o risco político. Daí sua importância para o exportador brasi­leiro.
http://greenconsultores.blogspot.com.br/2012/12/seguro-de-credito-exportacao.html

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