LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 25 de julho de 2013

INOVAR-AUTO


IMPORTADORAS SE ADAPTAM AO INOVAR-AUTO POR RECUPERAÇÃO

Depois de novos resultados negativos para o varejo de veículos importados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), o setor se prepara para realizar mudanças, sobretudo em relação ao Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, conhecido como Inovar-Auto. O programa isenta uma cota anual máxima de 4.800 veículos por importadora do aumento de 30% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), desde que se invista em áreas como inovação e tecnologia. Por isso, redes que importam um volume maior de veículos se veem quase obrigadas a instalar fábricas no País para aumentar suas vendas sem o imposto.
Trata-se de uma alternativa válida, segundo o presidente da Abeiva, Flavio Padovan. "Em relação ao programa, companhias que construírem fábricas no Brasil têm uma cota maior, por conta das cotas de manufatura. As empresas que têm média mensal abaixo de 4.800 veículos se saíram bem, enquanto a situação vai ficando pior para aquelas com média acima disso."
Muitas marcas já estão se movimentando, como a JAC Motors, que já investiu cerca de R$ 1 bilhão no empreendimento em Camaçari (BA), e prevê a inauguração no fim de 2014. Outras ainda não tiveram aval das matrizes, caso da coreana Kia Motors, que teve decréscimo de 31,1% no primeiro semestre, e da alemã Audi.
Expectativas e projeções
Segundo a Abeiva, as vendas de importados diminuíram 23,2% no primeiro semestre de 2013 ante o mesmo período de 2012, totalizando 54,5 mil unidades emplacadas. Para superar esse quadro, as redes esperam um melhor desempenho no segundo semestre.
Em entrevista ao DCI, o presidente da JAC Brasil, Sergio Habib, reitera que as vendas da empresa crescerão este ano, ainda que o primeiro semestre tenha apresentado queda de 12,9%. "O primeiro semestre do ano passado tinha estoque com dólar a R$ 1,65 e IPI antigo", argumenta. "O segundo semestre vai ser melhor que no ano passado. Lançamos o novo J3 e o novo J3 Turin, e lançaremos em novembro a van T8."
O empresário afirma que a alta do dólar não afetará os preços dos produtos nem a projeção de vender mais que os 19 mil veículos do ano passado. "Vamos ver como assimilaremos a alta, mas nós não vamos alterar os preços, vamos continuar vendendo 1.500, 1.800 veículos por mês."
No entanto, o presidente da Abeiva, Flavio Padovan, projeta de forma cautelosa o próximo semestre. "Acreditamos que o setor volte a se recuperar, o que não quer dizer que vai ser bom", afirma. "Julho é sempre um mês mais difícil, mas a partir de agosto deve haver uma recuperação." A expectativa é chegar a 120 mil veículos emplacados em 2013, abaixo dos 130 mil de 2012, considerado o pior ano da história da Abeiva.
Setor de luxo
Na contramão do setor, o segmento de veículos de luxo - mais caros e importados em menor volume - continua apresentando bons resultados. A alemã Porsche foi o destaque no primeiro semestre, com um crescimento de 165,3% em relação ao mesmo período do ano passado. "Sofremos muito no ano passado por conta do IPI, e combinamos um desrepresamento das vendas com novos produtos e uma combinação mercadológica melhor", afirma ao DCI Marcel Visconde, presidente da Stuttgart Sport, importadora oficial da Porsche no País.
A despeito de quase triplicar as vendas, Visconde se mostra cauteloso. "Estou um pouco temeroso com o segundo semestre, acho que as coisas estão um pouco mais difíceis. Estamos passando por um ambiente político e econômico um tanto difuso, e não sei até que ponto isso pode atrapalhar as vendas."
A meta da empresa é vender mil unidades ao fim do ano, 100 a mais do que a cota anual da Porsche pelo Inovar-Auto.

(Fonte: Diário do Comércio e Indústria)
http://www.aduaneiras.com.br/destaque/destaque_texto.asp?ID=24636222&acesso=2

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