Greve nos portos deve começar em 10 de julho, diz federação
As entidades calculam que cerca de 25 mil estivadores que trabalham em portos estatais cruzarão os braços
A Força Sindical e líderes portuários de todo o País se reúnem na tarde desta terça-feira em Brasília para definir a paralisação nos portos, que deve acompanhar o chamado de greve geral no dia 11 de julho. Os trabalhadores estão mobilizados desde o final de 2012, quando a presidente Dilma Rousseff mandou para o Congresso a Medida Provisória 595 (MP dos Portos), que foi aprovada. Segundo a Força Sindical, o governo "se mostrou intransigente, visando tirar direitos dos trabalhadores".
Em março, a categoria fez uma greve e a presidente prometeu negociar mudanças na MP, o que não aconteceu, segundo os portuários. "O governo tomou atitude sem nos consultar, diversos pontos que estão na MP não foram discutidos conosco. As lideranças sindicais acham que foram enganadas pelo governo", afirmou o presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Wilton Barreto. Segundo ele, toda a categoria deve paralisar as atividades já no dia 10 de julho.
A principal reclamação do setor é que a Lei dos Portos não obriga os novos portos privados a contratar trabalhadores vinculados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), entidade que cuida do registro e do treinamento dos funcionários da categoria, entre outras funções. As entidades calculam que cerca de 25 mil estivadores que trabalham em portos estatais parem no próximo dia 10.
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