Caos logístico no Porto de Santos tem saída se governos e autoridade portuária agirem Destaque
O presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis), Milton Lourenço, tem a saída para acabar com o caos logístico que ronda o maior porto do País, o de Santos.
Primeiro o problema:
“Com dois pátios reguladores de caminhões que se destinam ao Porto de Santos, o Polo Industrial de Cubatão tem sofrido com congestionamentos gigantescos nas rodovias Anchieta e Cônego Domênico Rangoni nos últimos oito meses, especialmente em razão do escoamento das safras agrícolas.”
Depois a negligência:
“Obviamente, tudo isso se dá por imprudência daqueles que têm a responsabilidade de administrar o Porto e viabilizar obras públicas para a região. Afinal, há pelo menos uma década o Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp), de Cubatão, vem alertando para a necessidade de que sejam aplicadas regras para a movimentação desses veículos, desde a origem das cargas.”
Ele critica que só agora Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) baixou a resolução nº 47 que determina que as instalações portuárias que utilizam os pátios reguladores considerem o agendamento, desde a origem, para a entrada desses veículos nesses estacionamentos. Já a resolução nº 95, também da Codesp, proíbe a chegada ao Porto de caminhões carregados que não estiverem previamente agendados pelos terminais portuários. “Em tempos de Internet, custa crer que tenha sido necessário chegar ao caos para que medidas tão óbvias tenham sido implementadas”, observa.
O empresário observa, todavia, que apenas essas medidas não serão suficientes para acabar com o caos nas estradas e vias de acesso ao Porto. E aponta: “É preciso também que obras em andamento, como a do novo anel viário que interligará os quilômetros 55 e 57 da Via Anchieta com a Cônego Domênico Rangoni, sejam concluídas, bem como a duplicação de oito quilômetros da mesma rodovia desde a Via Anchieta ao Viaduto Cosipão.”
Lourenço ressalta que é necessário também que o governo do Estado viabilize a abertura de outros pátios reguladores ao longo do Rodoanel. “Afinal, não há nenhuma perspectiva de que as safras de grãos e açúcar venham a ser escoadas por outros portos. E muito menos que venham a decrescer. Pelo contrário.”
Ele lembra que a Prefeitura de Cubatão defende a implantação de uma rodovia lateral à atual linha férrea do ramal da Santos-Jundiaí, ligando a área industrial à zona portuária, sem passar pelo centro urbano. “Por fim, a Secretaria de Portos (SEP) divulgou recentemente estudo para a utilização do potencial hidroviário da região que prevê a construção de 12 terminais fluviais em áreas com acesso ferroviário.”
Lourenço finaliza, dizendo que esses planos não trazem muita novidade – desengavetados, alguns até passaram por nova formatação para atender ao clamor da opinião pública.
http://portogente.com.br/noticias/dia-a-dia/caos-logistico-no-porto-de-santos-tem-saida-se-governos-e-autoridade-portuaria-agirem-79133
Primeiro o problema:
“Com dois pátios reguladores de caminhões que se destinam ao Porto de Santos, o Polo Industrial de Cubatão tem sofrido com congestionamentos gigantescos nas rodovias Anchieta e Cônego Domênico Rangoni nos últimos oito meses, especialmente em razão do escoamento das safras agrícolas.”
Depois a negligência:
“Obviamente, tudo isso se dá por imprudência daqueles que têm a responsabilidade de administrar o Porto e viabilizar obras públicas para a região. Afinal, há pelo menos uma década o Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp), de Cubatão, vem alertando para a necessidade de que sejam aplicadas regras para a movimentação desses veículos, desde a origem das cargas.”
Ele critica que só agora Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) baixou a resolução nº 47 que determina que as instalações portuárias que utilizam os pátios reguladores considerem o agendamento, desde a origem, para a entrada desses veículos nesses estacionamentos. Já a resolução nº 95, também da Codesp, proíbe a chegada ao Porto de caminhões carregados que não estiverem previamente agendados pelos terminais portuários. “Em tempos de Internet, custa crer que tenha sido necessário chegar ao caos para que medidas tão óbvias tenham sido implementadas”, observa.
O empresário observa, todavia, que apenas essas medidas não serão suficientes para acabar com o caos nas estradas e vias de acesso ao Porto. E aponta: “É preciso também que obras em andamento, como a do novo anel viário que interligará os quilômetros 55 e 57 da Via Anchieta com a Cônego Domênico Rangoni, sejam concluídas, bem como a duplicação de oito quilômetros da mesma rodovia desde a Via Anchieta ao Viaduto Cosipão.”
Lourenço ressalta que é necessário também que o governo do Estado viabilize a abertura de outros pátios reguladores ao longo do Rodoanel. “Afinal, não há nenhuma perspectiva de que as safras de grãos e açúcar venham a ser escoadas por outros portos. E muito menos que venham a decrescer. Pelo contrário.”
Ele lembra que a Prefeitura de Cubatão defende a implantação de uma rodovia lateral à atual linha férrea do ramal da Santos-Jundiaí, ligando a área industrial à zona portuária, sem passar pelo centro urbano. “Por fim, a Secretaria de Portos (SEP) divulgou recentemente estudo para a utilização do potencial hidroviário da região que prevê a construção de 12 terminais fluviais em áreas com acesso ferroviário.”
Lourenço finaliza, dizendo que esses planos não trazem muita novidade – desengavetados, alguns até passaram por nova formatação para atender ao clamor da opinião pública.
http://portogente.com.br/noticias/dia-a-dia/caos-logistico-no-porto-de-santos-tem-saida-se-governos-e-autoridade-portuaria-agirem-79133
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