Importação por e-commerce cresce no Brasil
Preço e maior segurança oferecida pelos sites estrangeiros no envio dos produtos atraem cada vez mais consumidores
Jair Stangler
GILMAR LUÍS/JC
Danielle economiza em torno de R$ 200,00 por mês com as compras
A importação de produtos adquiridos em lojas de varejo estrangeiras via e-commerce vem crescendo em ritmo forte no Brasil. Em 2013, esse tipo de comércio deverá atingir R$ 2,5 bilhões, segundo estimativa da consultoria GS&ECOMM. A consultoria prevê que o e-commerce vá movimentar R$ 28 bilhões no Brasil em 2013 – foram R$ 12,7 bilhões no primeiro semestre. Segundo a GS&ECOMM, a modalidade vem apresentando crescimento de 50% a 60% ao ano.
A força dos consumidores brasileiros pode ser vista nos sites de lojas estrangeiras, que apresentam bandeiras do Brasil, versões em português e onde o preço das mercadorias é convertido para real automaticamente. Há também e-banners anunciando a possibilidade de comprar via internet e receber aqui no País.
“Depois que você descobre aqueles valores e que as lojas daqui vendem as mesmas coisas triplicando o valor, você fica mais criteriosa. Eu compro aqui só quando é algo urgente ou com grande desconto”, afirma a estudante de publicidade Danielle Tretto, de 21 anos. “Uma blusa que eu compraria aqui por R$ 200,00, paguei US$ 10,00 pelo mesmo produto”, exemplifica. Ela calcula que está economizando em média, R$ 200,00.
De acordo com o consultor Luiz Felipe Ennes, sócio da GS&ECOMM, a maioria dos consumidores opta por comprar em sites estrangeiros pela mesma razão de Danielle: o preço. “Conseguimos encontrar produtos com 200% a 300% de diferença. Principalmente se pensar em vestuário em geral e em cosmético, que é a segunda categoria que mais se compra. Também são adquiridos dessa forma muitos aparelhos eletrônicos e smartphones”, diz. Mas, explica Ennes, mesmo que o comprador tenha de pagar imposto, ainda é vantajoso. “A diferença ainda é de 40% a 50% em média”, explica. Ennes diz ainda que entre 20% e 30% dos compradores optam por sites estrangeiros pela variedade de produtos.
“Mesmo que o produto chegue diferente do que ele imaginava, o que o comprador está perdendo é muito pouco. Quando começamos a diminuir o risco de segurança, em relação a ressarcimento de valor, o que sobra é só se decepcionar com o produto”, afirma.
Ennes aponta como fundamental para o crescimento da importação por e-commerce justamente o aumento da segurança que o consumidor tem de que os produtos serão entregues. “As pessoas tinham muito medo de fraude”, explica. Segundo ele, o volume é grande no Brasil porque há confiança. “Mas para comprar fora do Brasil, esse medo está começando a diminuir”, explica. “Eles estão percebendo que estão amparados e, se der qualquer problema, existe a possibilidade de receber o ressarcimento, ainda que demore”, acrescenta.
Danielle confirma que a modalidade é confiável. Ela diz que até agora não teve nenhum tipo de problema. “A única coisa que aconteceu foi um vestido que ficou curto para mim, mas ficou bom para minha amiga e eu revendi para ela”, conta. Ela diz que a única coisa que é realmente necessária é um pouco de paciência, já que os produtos costumam levar cerca de 30 dias para chegar.
Como seus amigos sempre queriam saber como ela fazia para conseguir roupas e acessórios pagando tão pouco, Danielle resolveu criar a fan page We Love China no Facebook, dando dicas de compras online (www.facebook.com/welovechina2). Em poucos meses, a fan page de Danielle e das amigas Mel Ferrari, Maria Cristina Pastor e Bárbara Zarpelon já conseguiu 10 mil curtidas e tem 37 mil views por dia.
O site Ali Express, da China, é o favorito de Danielle. O país asiático, aliás, é o que mais tem apresentado crescimento nas vendas para o Brasil. Os Estados Unidos lideram o ranking, com 45% das preferências dos consumidores. Mas a China, em segundo lugar, vem se aproximando. Honk Kong e Reino Unido são o terceiro e o quarto lugar, respectivamente. “China e Honk Kong trabalham com o conceito de market place, que une várias empresas em um único site”, diz Ennes. Segundo ele, isso permite um volume maior de vendas e garante mais segurança ao consumidor, o que tem aumentado a participação desses países.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=138933
A força dos consumidores brasileiros pode ser vista nos sites de lojas estrangeiras, que apresentam bandeiras do Brasil, versões em português e onde o preço das mercadorias é convertido para real automaticamente. Há também e-banners anunciando a possibilidade de comprar via internet e receber aqui no País.
“Depois que você descobre aqueles valores e que as lojas daqui vendem as mesmas coisas triplicando o valor, você fica mais criteriosa. Eu compro aqui só quando é algo urgente ou com grande desconto”, afirma a estudante de publicidade Danielle Tretto, de 21 anos. “Uma blusa que eu compraria aqui por R$ 200,00, paguei US$ 10,00 pelo mesmo produto”, exemplifica. Ela calcula que está economizando em média, R$ 200,00.
De acordo com o consultor Luiz Felipe Ennes, sócio da GS&ECOMM, a maioria dos consumidores opta por comprar em sites estrangeiros pela mesma razão de Danielle: o preço. “Conseguimos encontrar produtos com 200% a 300% de diferença. Principalmente se pensar em vestuário em geral e em cosmético, que é a segunda categoria que mais se compra. Também são adquiridos dessa forma muitos aparelhos eletrônicos e smartphones”, diz. Mas, explica Ennes, mesmo que o comprador tenha de pagar imposto, ainda é vantajoso. “A diferença ainda é de 40% a 50% em média”, explica. Ennes diz ainda que entre 20% e 30% dos compradores optam por sites estrangeiros pela variedade de produtos.
“Mesmo que o produto chegue diferente do que ele imaginava, o que o comprador está perdendo é muito pouco. Quando começamos a diminuir o risco de segurança, em relação a ressarcimento de valor, o que sobra é só se decepcionar com o produto”, afirma.
Ennes aponta como fundamental para o crescimento da importação por e-commerce justamente o aumento da segurança que o consumidor tem de que os produtos serão entregues. “As pessoas tinham muito medo de fraude”, explica. Segundo ele, o volume é grande no Brasil porque há confiança. “Mas para comprar fora do Brasil, esse medo está começando a diminuir”, explica. “Eles estão percebendo que estão amparados e, se der qualquer problema, existe a possibilidade de receber o ressarcimento, ainda que demore”, acrescenta.
Danielle confirma que a modalidade é confiável. Ela diz que até agora não teve nenhum tipo de problema. “A única coisa que aconteceu foi um vestido que ficou curto para mim, mas ficou bom para minha amiga e eu revendi para ela”, conta. Ela diz que a única coisa que é realmente necessária é um pouco de paciência, já que os produtos costumam levar cerca de 30 dias para chegar.
Como seus amigos sempre queriam saber como ela fazia para conseguir roupas e acessórios pagando tão pouco, Danielle resolveu criar a fan page We Love China no Facebook, dando dicas de compras online (www.facebook.com/welovechina2). Em poucos meses, a fan page de Danielle e das amigas Mel Ferrari, Maria Cristina Pastor e Bárbara Zarpelon já conseguiu 10 mil curtidas e tem 37 mil views por dia.
O site Ali Express, da China, é o favorito de Danielle. O país asiático, aliás, é o que mais tem apresentado crescimento nas vendas para o Brasil. Os Estados Unidos lideram o ranking, com 45% das preferências dos consumidores. Mas a China, em segundo lugar, vem se aproximando. Honk Kong e Reino Unido são o terceiro e o quarto lugar, respectivamente. “China e Honk Kong trabalham com o conceito de market place, que une várias empresas em um único site”, diz Ennes. Segundo ele, isso permite um volume maior de vendas e garante mais segurança ao consumidor, o que tem aumentado a participação desses países.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=138933
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