LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Eportações



As exportações brasileiras de milho deste ano vão superar em muito as até então registradas pelo país. 
Serão pelo menos 25 milhões de toneladas, 26% mais do que as do ano passado. 
Se concretizado, esse volume superará em 130% a média da vendas externas dos cinco anos anteriores, tomando como base os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). 
O ritmo das vendas externas voltou a ser forte neste mês, o que permitirá ao país terminar novembro com vendas externas acumuladas de 23 milhões de toneladas nos 11 primeiros meses.
O problema é que os produtores vão conseguir uma boa evolução no volume exportado, mas as receitas já não são mais as mesmas do início do ano.
Em 2012, o país obteve US$ 5,3 bilhões de receitas com o milho exportado.

Neste ano, o volume financeiro deverá ficar próximo de US$ 6 bilhões, devido à forte retração dos preços neste segundo semestre.

Negociada a US$ 295 em março, a tonelada do cereal tem agora preços inferiores a US$ 200, segundo a Secex.

As exportações estão sendo feitas, em média, por US$ 223 por tonelada neste segundo semestre, 21% menos do que as ocorridas no primeiro.

O bom momento das exportações de milho no ano passado e neste foi propiciado pelos Estados Unidos, onde a produção teve quebra de 100 milhões de toneladas na safra 2012/13, devido à forte seca no Meio-Oeste do país.

Neste ano, os norte-americanos vão produzir um volume recorde de 355 milhões de toneladas, mas os estoques deles ainda estão baixos, o que tem favorecido as vendas externas do Brasil.

A menos que o câmbio passe a ser favorável às exportações, o cenário não será bom para os exportadores do cereal no próximo ano.

Os preços estão em queda no exterior, e o Brasil voltará a ter a concorrência das exportações dos norte-americanos. Até os argentinos, com uma logística melhor do que a brasileira, levam vantagem sobre os brasileiros.

Por ora, as exportações têm segurado os preços internos do milho, que voltaram a subir neste mês. Sem as vendas externas, a comercialização teria sido muito desfavorável aos produtores, que vêm obtendo safras recordes.

Fonte: Folha de São Paulo

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