EMPRESAS BRASILEIRAS BUSCAM NOVOS NEGÓCIOS NA FEIRA BIG5, EM DUBAI
A Big 5, maior feira de construção do Oriente Médio, que começa nesta segunda-feira (25), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, deve gerar boas vendas para os expositores brasileiros. É isso que esperam os organizadores e as empresas que participam do pavilhão do Brasil no evento.
“Houve uma grande retomada na construção civil [nos Emirados], o que é muito bom para as empresas brasileiras na Big 5 em relação às vendas de seus produtos”, avaliou Marcelo Sallum, presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. “Certamente os desenvolvedores imobiliários vão estar presentes na feira e terão a oportunidade de ter contato com os expositores brasileiros”, completou. A Câmara Árabe organiza a participação nacional no evento em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
“Esperamos vender muito”, afirmou Antônio Valdinei da Rocha, gerente de Exportação e Importação da Universo Tintas, empresa que participa pela segunda vez da Big5. A indústria traz para o evento uma linha higiênica de tintas, sem cheiro, com foco para uso em hospitais e hotéis, e também uma linha para uso imobiliário.
Rocha conta que além de prospectar novos negócios, o evento servirá para dar continuidade a conversações iniciadas anteriormente. “Temos dois clientes para conversar aqui. Os dois já estiveram no Brasil”, revela. No ano passado, a empresa conseguiu fechar contrato com uma companhia de Angola que visitava a Big 5, feira que é frequentada por compradores de diversos países do Oriente Médio, África e Ásia.
Fernanda Manara, gestora de projetos da Apex, aposta na retomada do mercado de construção nos Emirados para a geração de vendas para as empresas nacionais. “O mercado voltou a estar aquecido. A tendência [para as empresas brasileiras] é estar cada vez mais presente nas feiras”, destacou.
A executiva aponta o mercado de rochas ornamentais como um dos mais promissores no mercado árabe. “Eles gostam muito”, avaliou. “A PBA Stones explorou muito a América do Norte e viu uma boa possibilidade de vir para cá”, disse Manara, sobre uma das participantes brasileiras que estará presente pela primeira vez no evento.
Este ano, o pavilhão brasileiro conta com seis empresas. Além das já mencionadas, também estarão na Big 5 a Itagres, (revestimentos cerâmicos), Tramontina (pias e cubas), Pettrus (rochas ornamentais) e BCF (produtos de PVC). As empresas nacionais estão localizadas no Zabeel Hall, próximo à entrada do Hall 1. A Big 5 acontece no Dubai World Trade Center até a próxima quinta-feira (28).
Oportunidades no Brasil
Neste domingo, cerca de cem empresários árabes de diversos setores participaram do seminário Partner with Brazil, realizado pela revista Trade and Export em parceria com a Câmara Árabe. O evento teve como objetivo apresentar o cenário econômico brasileiro e as oportunidades de negócios no País.
“O Brasil é um grande player na arena global. As relações bilaterais com os Emirados têm crescido muito e precisamos encorajar mais os investimentos [no Brasil]”, ressaltou Sallum durante o evento.
“Sentimos as portas abertas para as nossas empresas”, afirmou Mohd Lootah, vice CEO da Dubai Export Development Corporation, sobre o ambiente de negócios no Brasil. Ele lembrou aos presentes, no entanto, que “entar no mercado brasileiro requer estudos sobre a preferência dos consumidores” e disse acreditar que as empresas árabes possam utilizar o Brasil como um \”hub\” regional para a América Latina.
Michel Alaby, diretor-geral da Câmara Árabe, apresentou um panorama do mercado brasileiro, com os principais produtos exportados e importados pelo País. Ele também falou sobre os serviços da entidade e contou que a partir do próximo ano as empresas árabes também poderão se tornar associadas da instituição. “Convidamos todos a se tornarem membros da Câmara”, disse.
O setor de construção e infraestrutura foi destaque nas apresentações dos palestrantes. Ziad Hage, diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios da Odebrecht nos Emirados Árabes, destacou que as oportunidades no Brasil em áreas como energia, rodovias, aeroportos, ferrovias e outras somam R$ 334 bilhões.
Cecília Paetzelt, advogada brasileira que vive em Dubai, falou sobre os requisitos necessários para se abrir um negócio no Brasil. Ela lembrou aos participantes que não é necessário ter um sócio brasileiro e que investidores que aportem a partir de R$ 150 mil no país ganham direito a um visto de residência permanente.
Também estiveram presentes no seminário Rubens Hannun, vice-presidente de Comércio Exterior da Câmara Árabe, Daniel Hannun e Sylvio Abdalla Jr., diretores da entidade, e o deputado federal Ângelo Agnolin (PDT-TO), presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados.
Fonte: www.anba.com.br
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