Exportação de trading companies crescem 107,8%
Brasília – Desde 2006, quando passaram a ser computados os dados de comércio exterior das empresas comerciais exportadoras, também conhecidas como trading companies, as exportações dessas companhias aumentaram 107,8% (de US$ 12,018 bilhões em 2006 para US$ 24,968 bilhões em 2012). No mesmo período, as exportações brasileiras globais aumentaram 76% e a participação das trading companies no total de vendas brasileiras ao exterior passou de 8,7% para 10,3%.
No mesmo período comparativo, as importações realizadas pelo segmento aumentaram 147,2%, (de US$ 1,999 bilhão para US$ 4,942 bilhões), com participação de 2,2% no total de compras externas realizadas pelo Brasil. Em 2012, o saldo da balança comercial das empresas comerciais exportadoras totalizou US$ 20,026 bilhões, o dobro do volume registrado em 2006, que foi de US$ 10,019 bilhões. A corrente de comércio do segmento passou de US$ 14,017 bilhões em 2006 para US$ 29,910 bilhões em 2012, o que representa uma expansão de 113,4%.
Exportações
Em 2012, as exportações das trading companies foram, principalmente, de produtos básicos, que representaram 85% do valor exportado por essa categoria de empresas. No conjunto dos industrializados, os bens manufaturados representaram 10,3% da pauta e os semimanufaturados, 4,7%. Entre os produtos básicos, os principais itens foram os seguintes: minério de ferro (US$ 14,192 bilhões, participação de 56,8% do total exportado); soja em grão (US$ 2,826 bilhões, 11,3%); carne de frango (US$ 1,520 bilhão, 6,1%); milho em grão (US$ 1,167 bilhão, 4,7%); e farelo de soja (US$ 632,7 milhões, 2,5%).
Na pauta de produtos industrializados, destacaram-se as vendas de açúcar em bruto (US$ 726,9 milhões, 2,9%); suco de laranja (US$ 713,2 milhões, 2,9%); açúcar refinado (US$ 243,5 milhões, 1%); ouro semimanufaturado (US$ 222,9 milhões, 0,9%), e preparações e conservas de carne de peru (US$ 212,5 milhões, 0,9%). Em 2012, a participação das trading companies no total exportado pelo país foi expressiva nas vendas de suco de laranja congelado (51,2%), minério de ferro (45,8%), café solúvel (29,6%), carne de frango (22,6%), e milho em grão (22,1%).
A China foi o principal destino, em 2012, das vendas externas das comerciais exportadoras, com exportações de US$ 8,493 bilhões (34% do total exportado pelo segmento). Na sequência, estão o Japão (US$ 2,125 bilhões, 8,5%); a Coreia do Sul (US$ 1,412 bilhão, 5,7%), os Países Baixos (US$ 1,328 bilhão, 5,3%), a Itália (US$ 899,3 milhões, 3,6%), e a Alemanha (US$ 843,1 milhões, 3,4%).
Entre os estados brasileiros, o Pará liderou as exportações das trading companies, no acumulado de janeiro a dezembro de 2012, totalizando US$ 8,810 bilhões, o que representou 35,3% do total exportado. Destacaram-se também, entre as principais origens das exportações do período, o Espírito Santo (vendas de US$ 3,125 bilhões, participação de 12,5%), Minas Gerais (US$ 2,999 bilhões, 12%); Mato Grosso (US$ 2,301 bilhões, 9,2%); e o Paraná (US$ 2,074 bilhões, 8,3%).
Importações
As compras externas brasileiras efetuadas por trading companies caracterizam-se, em sua maioria, por bens industrializados. Do total das compras, no ano passado, os produtos industrializados representaram 95,7% (90,6% de manufaturados e 5,1% de semimanufaturados). Destacam-se, entre os produtos importados nos doze meses de 2012: automóveis de passageiros (US$ 1,655 bilhão, participação de 33,5% do total); máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 282,8 milhões, 5,7%); máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 266,7 milhões, 5,4%); aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$ 151,8 milhões, 3,1%); e pneumáticos (US$ 135,3 milhões, 2,7%).
O mercado argentino foi o principal fornecedor das empresas comerciais exportadoras no ano passado, somando US$ 1,041 bilhão, equivalente a 21,1% das compras totais do segmento. Na segunda posição está a China (US$ 969 milhões, participação de 19,6%), seguida pelos Estados Unidos (US$ 628,5 milhões, 12,7%), pelo México (US$ 331,5 milhões, 6,7%), pelo Reino Unido (US$ 233,8 milhões, 4,7%), e pela Alemanha (US$ 186,4 milhões, 3,8%).
Entre os estados brasileiros, as importações por meio das trading companies foram lideradas pelo Espírito Santo, cujas aquisições atingiram US$ 1,693 bilhão, o que representa 34,3% do total. Em seguida ficaram o Rio Grande do Sul (US$ 1,141 bilhão, participação de 23,1%), São Paulo (US$ 533,8 milhões, 10,8%), Santa Catarina (US$ 459,1 milhões, 9,3%), e Paraná (US$ 276 milhões, 5,6%).
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3371
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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