Aposta política portuguesa multiplicou por três as exportações" para Mediterrâneo Ocidental

Pires de Lima: "Aposta política portuguesa multiplicou por três as exportações" para Mediterrâneo Ocidental"

 Maria João Babo 

Portugal, que assumiu esta quarta-feira a presidência do Grupo dos Ministros dos Transportes do Mediterrâneo Ocidental até 2016, passou de um saldo negativo para um superavit comercial com Argélia, Marrocos, Tunísia, Líbia e Mauritânia.

O ministro da Economia, Pires de Lima, destacou esta quarta-feira, no final da 8ª Conferência de Ministros dos Transportes do Mediterrâneo Ocidental – que reúne além de Portugal, Espanha, Itália, França, Malta, Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia e Mauritânia - que as exportações para estes cinco países do continente africano passaram de 576 milhões de euros em 2009 para 1.502 milhões em 2013.

Com as importações a manterem-se em torno dos 680 milhões de euros, o ministro salientou que "o saldo da balança comercial com os cinco países passou de negativo de 111 milhões de euros para um superavit comercial de 825 milhões". Números que, frisou, são "o resultado da aposta política portuguesa, da diplomacia económica e da abertura que países amigos têm mostrado para as propostas de valor das empresas portuguesas".

O Mediterrâneo Ocidental, disse, "é a região do globo onde Portugal mais tem apostado na diplomacia política, económica e comercial".

Da reunião dos ministros dos Transportes destes 10 países, o secretário de Estado Sérgio Monteiro revelou as prioridades da presidência deste grupo que Portugal assumiu agora até 2016.

Além das questões ligadas ao financiamento de projectos como a auto-estrada transmagrebina e da rede intermodal de infra-estruturas de transportes do Mediterrâneo Ocidental, Sérgio Monteiro destacou a disponibilidade de Portugal para partilhar o seu know how relativamente aos riscos de concepção, construção e concessão de auto-estradas, assim como a sua experiência de cobrança electrónica de portagens.

Também na ferrovia, e além da gestão de riscos, o país partilhará a sua experiência na área da sinalização e comunicação através da Refer Telecom. O mesmo acontecerá nas áreas dos portos e logística com a janela única.

Na Argélia, o responsável destacou a intenção de potenciar a presença de empresas portuguesas. Além de grupos de construção, como a Teixeira Duarte e Martifer, que já estão presentes no mercado argelino, "há expectativa de aprofundar a presença de empresas públicas da área dos transportes", como a Ferconsult e a Refer Engineering que têm prestado consultoria na ferrovia a metro na Argélia.

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