Cuidado no transporte garante sucesso das exportações
Em evento da Câmara Árabe, representantes da Emirates SkyCargo e da MSC falaram sobre os principais procedimentos que as empresas devem observar na hora de embarcar seus produtos ao mercado internacional.
São Paulo - Embalagens adequadas, documentos preenchidos corretamente e uma boa companhia transportadora são fundamentais para que a carga chegue inteira e a tempo no destino. Apesar de soar burocrático, os cuidados com os trâmites de transporte são essenciais para ajudar no sucesso das exportações. Estes procedimentos foram tema do workshop Logística Internacional, promovido pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira nesta quarta-feira (30), em São Paulo.
Sousa, da Emirates: todas as aeronaves têm controle de temperatura
“Muitas vezes, uma mercadoria precisa seguir regulamentações não só dos países de origem e destino, mas também nos de sobrevoo. Cargas como armas, por exemplo, muitas vezes não podem sobrevoar alguns países”, explicou Dener Sousa, gerente de Cargas para a América do Sul da Emirates SkyCargo, divisão de cargas da Emirates Airline, de Dubai.
Sousa chamou a atenção também para o fato de que a companhia transportadora só é responsável por defeitos na mercadoria durante o período de transporte. Por isso, o exportador deve estar atento ao estado em que o produto se encontra no momento de seu desembarque, para evitar problemas posteriores.
“É importante que, ao se receber uma carga de importação, se verifique no aeroporto se houve algum dano”, destacou o executivo. Ele lembrou ainda a importância do preenchimento correto de todos os documentos relativos à carga, pois são eles que asseguram o correto manuseamento dos produtos.
As embalagens são outro ponto relevante do processo de exportação. “A composição da embalagem é extremamente importante. Eu vejo muitas mercadorias sendo danificadas por embalagens não adequadas”, disse Sousa.
Ele apontou ainda que as empresas devem atentar ao fato de que muitas embalagens usadas no transporte nacional não podem ser usadas no transporte internacional. “Já recebi transporte de armas de fogo em caixas de papelão”, contou.
O gerente da Emirates SkyCargo ponderou que, apesar de os custos de transporte muitas vezes serem fator determinante para a escolha da companhia, é preciso analisar se a transportadora contratada atende às necessidades de tempo e cuidado com as mercadorias embarcadas.
“Todas as aeronaves da Emirates tem controle de temperatura, inclusive nos porões”, ressaltou. “No 'hub' de Dubai nós conseguimos fazer conexões de carga em duas ou três horas dependendo da carga e da situação, no mesmo aeroporto. Lá, nós operamos em dois aeroportos simultaneamente e, mesmo assim, nós conseguimos fazer conexões em seis horas em uma distância de cem quilômetros entre um aeroporto e outro. Então, é importante levar isso em consideração, porque tudo isso vai se refletir em mais eficiência e na chegada do produto de vocês ao destino final com segurança e dentro do tempo desejado”, afirmou. Segundo o executivo, uma carga saída do Brasil pode estar disponível no varejo em Dubai em 24 horas.
Sousa chamou a atenção também para o fato de que a companhia transportadora só é responsável por defeitos na mercadoria durante o período de transporte. Por isso, o exportador deve estar atento ao estado em que o produto se encontra no momento de seu desembarque, para evitar problemas posteriores.
“É importante que, ao se receber uma carga de importação, se verifique no aeroporto se houve algum dano”, destacou o executivo. Ele lembrou ainda a importância do preenchimento correto de todos os documentos relativos à carga, pois são eles que asseguram o correto manuseamento dos produtos.
As embalagens são outro ponto relevante do processo de exportação. “A composição da embalagem é extremamente importante. Eu vejo muitas mercadorias sendo danificadas por embalagens não adequadas”, disse Sousa.
Ele apontou ainda que as empresas devem atentar ao fato de que muitas embalagens usadas no transporte nacional não podem ser usadas no transporte internacional. “Já recebi transporte de armas de fogo em caixas de papelão”, contou.
O gerente da Emirates SkyCargo ponderou que, apesar de os custos de transporte muitas vezes serem fator determinante para a escolha da companhia, é preciso analisar se a transportadora contratada atende às necessidades de tempo e cuidado com as mercadorias embarcadas.
“Todas as aeronaves da Emirates tem controle de temperatura, inclusive nos porões”, ressaltou. “No 'hub' de Dubai nós conseguimos fazer conexões de carga em duas ou três horas dependendo da carga e da situação, no mesmo aeroporto. Lá, nós operamos em dois aeroportos simultaneamente e, mesmo assim, nós conseguimos fazer conexões em seis horas em uma distância de cem quilômetros entre um aeroporto e outro. Então, é importante levar isso em consideração, porque tudo isso vai se refletir em mais eficiência e na chegada do produto de vocês ao destino final com segurança e dentro do tempo desejado”, afirmou. Segundo o executivo, uma carga saída do Brasil pode estar disponível no varejo em Dubai em 24 horas.
Transporte marítimo
Van der Voo: cargas para o mundo árabe passam por Europa ou África
Presente no País desde 1997, a companhia de navegação MSC transportou até junho deste ano quase 40% do total de mercadorias embarcadas por via marítima do Brasil ao mundo árabe. “A maior produção de carga refrigerada brasileira vai para os países árabes”, apontou Laurent Van der Voo, diretor comercial da empresa. Os principais produtos incluídos neste segmento são carne bovina e de aves.
Ele explicou que não há transporte marítimo direto entre o Brasil e o mundo árabe. As cargas embarcadas aqui passam por diferentes portos em países da Europa ou na África do Sul antes de seguirem para as nações do Oriente Médio e Norte da África.
O porto sul-africano de Coega é o que apresenta o maior número de transbordos para os países árabes. De lá, saem mercadorias com destino a 14 países da região: Bahrein, Ilhas Comores, Djibuti, Egito, Iraque, Jordânia, Kuwait, Catar, Omã, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Emirados Árabes Unidos e Iêmen.
Van der Voo falou também sobre os principais portos de origem das mercadorias do Brasil com destino ao Oriente Médio e Norte da África. “Os portos do Sul e do Sudeste são os que mais têm volume de embarque para o mercado árabe”, contou.
Pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, saem cerca de 27% das mercadorias brasileiras com destino ao mundo árabe. Já o Porto de Santos, em São Paulo, é o ponto de origem de 23% dos produtos embarcados aos países da região. Em terceiro lugar ficam os portos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina, de onde saem 20% dos produtos destinados aos árabes.
Ele explicou que não há transporte marítimo direto entre o Brasil e o mundo árabe. As cargas embarcadas aqui passam por diferentes portos em países da Europa ou na África do Sul antes de seguirem para as nações do Oriente Médio e Norte da África.
O porto sul-africano de Coega é o que apresenta o maior número de transbordos para os países árabes. De lá, saem mercadorias com destino a 14 países da região: Bahrein, Ilhas Comores, Djibuti, Egito, Iraque, Jordânia, Kuwait, Catar, Omã, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Emirados Árabes Unidos e Iêmen.
Van der Voo falou também sobre os principais portos de origem das mercadorias do Brasil com destino ao Oriente Médio e Norte da África. “Os portos do Sul e do Sudeste são os que mais têm volume de embarque para o mercado árabe”, contou.
Pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, saem cerca de 27% das mercadorias brasileiras com destino ao mundo árabe. Já o Porto de Santos, em São Paulo, é o ponto de origem de 23% dos produtos embarcados aos países da região. Em terceiro lugar ficam os portos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina, de onde saem 20% dos produtos destinados aos árabes.
Sallum falou sobre a cúpula Aspa, que vai ocorrer em Riad
De acordo com Van der Voo, as cargas saídas do Brasil com destino ao Oriente Médio e Norte da África levam de 35 a 40 dias para chegarem ao ponto final.
Cúpula
A abertura do evento foi feita pelo presidente da Câmara Árabe, Marcelo Sallum. Segundo ele, o tópico do seminário faz parte dos temas que serão tratados na próxima Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), que irá ocorrer em novembro, em Riad, na Arábia Saudita.
“A Câmara foi incumbida pela Liga dos Estados Árabes de preparar o programa comercial da cúpula e hoje estamos introduzindo a semente do que vai ser a cúpula América do Sul-Países Árabes”, afirmou.
A abertura do evento foi feita pelo presidente da Câmara Árabe, Marcelo Sallum. Segundo ele, o tópico do seminário faz parte dos temas que serão tratados na próxima Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), que irá ocorrer em novembro, em Riad, na Arábia Saudita.
“A Câmara foi incumbida pela Liga dos Estados Árabes de preparar o programa comercial da cúpula e hoje estamos introduzindo a semente do que vai ser a cúpula América do Sul-Países Árabes”, afirmou.
http://www.anba.com.br/noticia/21869156/corrente-comercial/cuidado-no-transporte-garante-sucesso-das-exportacoes/
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