AGRONEGÓCIO =============================================
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO SÃO PRINCIPAIS IMPORTADORES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
Danilo Macedo
Brasília - Os países da Ásia, do Oriente Médio e da África ocuparam, em 2009, espaços antes dominados pela União Europeia e pelos Estados Unidos e se consolidaram como os maiores compradores dos produtos agropecuários brasileiros. Somente os asiáticos passaram de uma participação de 23,5% em 2008 para 30,4% no ano passado, tornando-se o principal mercado de destino do país.
A União Europeia, que detinha o posto em 2008, diminuiu sua participação de 33,1% para 29,3%. O Oriente Médio, com 9%, passou o Nafta, grupo formado por Estados Unidos, México e Canadá, que tem 8,5%. A África foi responsável por 7,7% das importações.
Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a diversificação de mercados foi importante para o país enfrentar a crise mundial e deve-se continuar trabalhando nesse sentido. “Nunca acreditei nas possibilidades da Rodada Doha [negociação no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que trata da liberalização do comércio mundial], então, temos que continuar neste trabalho que estamos fazendo, abrindo mercados, mostrando que temos qualidade e temos produto”, afirmou.
Individualmente, a China teve 13,8% de participação nas exportações do agronegócio brasileiro, consolidando a primeira posição, seguida pelos Países Baixos, com 7,7%, e pelos Estados Unidos, que compraram 7% do total exportado.
Segundo Stephanes, os maiores entraves para as exportações brasileiras são as questões fitossanitárias, mas, ao longo de 2009, foram sendo resolvidas com vários mercados e devem melhorar este ano com a possibilidade do país ser reconhecido como livre de febre aftosa com vacinação, ampliando o potencial de exportação de carne bovina. Ele disse que o Japão e a África do Sul são mercados com os quais o Brasil ainda tem pendências nessa área, e por isso são o foco este ano.
Apesar disso, o ministro disse que a agricultura é a que mais tem crescido em eficiência nos últimos dez anos e tem grande capacidade de competição, mesmo com o protecionismo de outros países, e quer se expandir em todos eles. “Não temos preferência por mercado. Trabalhamos com 180 países e temos que abrir cada vez mais mercados”, afirmou.
Para dar mais agilidade à resolução de questões fitossanitárias, ou outras que interfiram no comércio de produtos agropecuários, o ministro destacou que, a partir de março, a África do Sul, os Estados Unidos, a China, a Rússia, a União Europeia e o Japão terão adidos agrícolas nas embaixadas brasileiras, além de um em Genebra, para tratar diretamente com a OMC.
“Foi uma batalha de 40 anos. Há 40 anos o ministério queria ter adidos agrícolas e foi um processo seletivo muito bom. É a elite do ministério e foi uma seleção extremamente rigorosa, segundo o próprio Itamaraty”, afirmou Stephanes
Edição: Nádia Franco - Agência Brasil
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AGRICULTORES DO PARANÁ DISCUTEM NOVA REGULAMENTAÇÃO TÉCNICO DO MILHO
Lúcia Nórcio
Curitiba - A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) deverá ouvir, nos próximos dias, representantes do setor produtivo do milho para avaliar a nova regulamentação técnica do produto, que está aberta à discussão pública por 180 dias. O estado é o maior produtor do grão, com uma safra anual estimada em 12 milhões de toneladas – cerca de 25% da colheita total brasileira.
Segundo Robson Mafioletti, da Assessoria Técnica e Econômica da Ocepar, cerca de 50 cooperativas agropecuárias estão envolvidas no debate. “Vamos discutir o documento e enviar sugestões ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Temos que avaliar isso, mas posso adiantar que vamos apresentar melhorias na tabela de classificação do milho, com o foco no produto para usos diversos.”
A nova instrução normativa classifica o milho em dois grupos - um destinado diretamente à alimentação humana e o outro para usos diversos.
A proposta de regulamento técnico do milho vai atualizar o que está em vigor desde 1976 para ajustar os meios de classificação. O objetivo é melhorar qualidade do produto para o consumidor final.
“Temos que ter um padrão de qualidade que beneficie todos os agentes da cadeia produtiva do milho, desde produtores, exportadores até o consumidor final”, diz Mafioletti.
Edição: João Carlos Rodrigues - Agência Brasil
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PARANÁ DEVE REASSUMIR LIDERANÇA NOS GRÃOS
Helio Miguel
Confirmando previsões feitas durante o ano passado, em 2010 o Paraná deverá voltar a ser o maior Estado produtor de grãos do País. A posição foi perdida durante 2009 para Mato Grosso, principalmente devido aos problemas climáticos ocorridos na Região Sul, no ano passado.
As previsões da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas simultaneamente ontem, apontam um aumento na produção agrícola paranaense de 25 milhões de toneladas, na safra 2008/2009, para 29 milhões no período 2009/2010.
Para o engenheiro agrônomo Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), os números mostram a retomada da perda de produção da safra passada, prejudicada por uma estiagem no verão e chuvas acima da média no inverno.
“Este ano, por enquanto, o clima está normal. Nesta safra, tudo indica que vamos colher normalmente”, afirma, lembrando que as colheitas devem começar já em fevereiro.
Segundo o assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti, a safra pode ser ainda maior se o clima ajudar, passando dos 30 milhões de toneladas de grãos.
Segundo ele, a soja é o maior destaque, com um aumento previsto de 40% na produção, que deve passar das 9,5 milhões de toneladas produzidas na safra anterior, para 13,3 milhões, apesar de um aumento relativamente pequeno na área plantada, de 300 mil hectares, passando para 4,3 milhões de hectares plantados.
O milho, por outro lado, teve a área plantada reduzida em 27%, para aproximadamente 914 mil hectares. No entanto, destaca Mafioletti, a produção deve ter uma redução pequena, de 0,8%, para 6,47 milhões de toneladas.
“Isso se explica pelo clima positivo, que faz a produtividade aumentar 37%”, informa. Já Hubner complementa que o milho tem uma produtividade maior que a soja: enquanto no primeiro produto são colhidos 8 mil quilos por hectare, no segundo a taxa é de 3 mil quilos por hectare.
O engenheiro agrônomo do Deral diz que o clima tem ajudado e que as previsões para fevereiro não são de estiagem, que é o fenômeno que mais preocupa nessa época de início de colheita. “Mas a safra só é garantida mesmo quando já está colhida e no armazém”, completa Hubner.
Com o clima ajudando, como previsto, Mafioletti diz que o maior problema a ser enfrentado pelos agricultores será o câmbio. Se, no ano passado, com o dólar a R$ 2,20, um “buschel” de soja (medida equivalente a quase meia saca, ou 27,2 quilos), que vale US$ 10 no mercado internacional, rendia R$ 22, este ano a mesma quantidade do produto deve sair por R$ 17, devido à valorização do real no período. Assim, ele ressalta que, de certa forma, a melhora na safra será compensada pela taxa de câmbio, desfavorável para as exportações.
paranaonline
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PRODUÇÃO DE CAFÉ SERÁ MAIOR
PRODUTOR DESCAPITALIZADO REDUZIU A ÁREA PLANTADA NO ANO PASSADO.
A primeira estimativa da produção de café da safra 2010, que indica um aumento entre 16,3% e 23,3% em relação ao ano passado no País, prevê também uma melhora significativa na cultura, no Paraná.
Falta de chuvas prejudica safra de grãos no Paraná
Segundo a previsão da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), divulgada ontem, o Estado deve beneficiar de 2 milhões a 2,2 milhões de sacas de 60 quilos da variedade arábica do produto, este ano, aumentando entre 36,3% e 50% a produção em relação a 2009, quando ficou abaixo de 1,47 milhões de sacas.
O volume previsto para o Estado deverá ser, no entanto, 23,4% a 15,7% menor que os 2,6 milhões de sacas obtidas em 2008. De acordo com o relatório da Conab, a área total cultivada foi reduzida em 4%, com a perda de 3,9 mil hectares em relação ao ano passado.
O motivo, diz o documento, é a “grave situação de renda vivida pelos cafeicultores”, frustrados pelos baixos preços de mercado e o custo de produção cada vez mais alto.
Caso a previsão mais alta da produção nacional se confirmar, o País pode, este ano, ter a maior colheita do produto da história. Isso porque a Conab espera um total de 45,9 milhões a 48,7 milhões de sacas do produto este ano. Até agora, a marca a ser superada é do ciclo 2002/2003, quando 48,5 milhões de sacas foram colhidas.
Segundo a Conab, a bienalidade positiva da cultura explica a boa previsão para o ano, que será de ciclo cheio, ou seja, de grande florada dos cafezais, alternado com anos de pequena florada. Além disso, o órgão aponta que, na temporada atual, o regime de chuvas regulares na primavera coincide com a fase de floração nas regiões produtoras.
Ainda ontem, porém, o Conselho Nacional do Café (CNC) contestou os números da Conab. Para a entidade, que representa as principais cooperativas cafeeiras do País, que respondem por cerca de metade da produção brasileira, a previsão é de 45 milhões de sacas. O motivo alegado, em um comunicado, é que os cafezais “não receberam os tratos culturais adequados devido à descapitalização da maioria dos produtores”.
A entidade afirma, ainda, que as chuvas acima da média no chamado cinturão cafeeiro podem ter causado problemas fitossanitários nas colheitas. Ela chama a atenção para uma maior incidência da praga chamada broca, além da incidência de ferrugem e cercóspora.
Por falta de capital, segundo a CNC, os agricultores não conseguiram aplicar os tratos adequados ao longo do ano, e não têm condições, agora, de tratar ou prevenir as pragas e doenças.
paranaonline
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APERTO NA OFERTA MUNDIAL DE CAFÉ ELEVARÁ PREÇOS EM 2010
Um aperto na oferta brasileira e colombiana aliada à uma retração nas exportações da América Central deverão resultar em escassez de café no mercado mundial no próximo ano. Em uma estimativa conservadora, os estoques de grão no Brasil devem cair pela metade na passagem do ano-safra e ficar abaixo de 2 milhões de sacas.
A tendência na redução da oferta mundial já começa a ser sentida pelo mercado e a influenciar as cotações da commodity. Em uma semana, a Bolsa de Nova Iorque (ICE) subiu 4,08% nos contratos para entrega em março próximo. Na semana anterior, o contrato teve o preço médio de 135,85 centavos de dólar por libra-peso. Nesta semana, a cotação média está em 141,5 centavos de dólar por libra-peso.
A cotação interna também se mostra mais firme nas últimas semanas. Nem mesmo os sinais de recuperação do dólar foram capazes de reverter a tendência altista. "A valorização do dólar frente ao real permitiu que os preços internos se mantivessem praticamente nas mesmas bases e a grande demanda por cafés de qualidade contribuiu para a manutenção dos atuais patamares de preços", avaliou Margarete Boteon, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Durante anúncio do resultado da safra 2009/2010, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, afirmou que o mercado sinaliza uma forte tendência de melhoria de preço do café nos próximos anos. "O preço do café vem reagindo no mercado internacional, acreditamos em ligeiro crescimento no consumo mundial do grão, no prazo de quatro a cinco anos". Ainda de acordo com o ministro, os estoques mundiais tendem a diminuir, o que vai elevar o preço do produto. "Essa situação é extremamente favorável para países grandes produtores, como o Brasil", declarou.
Para Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, a evolução nos preços do café é um sintoma de uma realidade na qual o mercado começa a perceber que será um ano de déficit na produção. "A produção brasileira é menor, não houve queda de consumo e a queda nos estoques reflete o quadro de aperto na oferta", disse.
Segundo o analista, a tendência é a de que os preços se mantenham em patamares maiores dos que apresentaram ao longo de 2009. Isso porque o gargalo da entrada da safra brasileira e a florada de setembro já foram superados. A partir daí surgiram novos fatores que ajudaram na puxada de preço: a safra brasileira foi prejudicada pelo excesso de chuvas, o que deverá afetar a produtividade. "A safra mudou de status e isso foi precificado pelo mercado", avaliou Barabach, "As chuvas na colheita já havia resultado na escassez de qualidade de bebida boa e agora isto está mais evidente", destacou.
O excesso de chuvas pode ainda facilitar a proliferação de pragas e doenças, como a ferrugem, e aumentar os custos de produção com podas e desbrota.
O cenário do café no Brasil pode ser maximizado para o mundo. Para a Colômbia, o ano de 2010 será de recuperação, mas não deve voltar aos patamares de 12 milhões de sacas. O processo de renovação das lavouras foi impactado pelo quadro climático e algumas estimativas dão conta de que a colheita não ultrapasse as 10 milhões de sacas.
Na América Central, o fluxo de embarque também segue abaixo do normal. "Era para estar sendo ofertado mais, mas eles não estão agressivos na ponta vendedora. Talvez esse começo de safra não esteja com o volume esperado", avaliou Barabach.
Para apertar ainda o quadro de oferta e demanda, a Green Coffee Association divulgou que os estoques norte-americanos de café verde totalizaram 4,7 milhões de sacas em 30 de novembro. Uma redução de 259,2 mil sacas em relação as pouco mais de 5 milhões de sacas existentes em 31 de outubro de 2009.
O ministro da Agricultura anuncia hoje a primeira estimativa da produção de café para 2010. O detalhamento do estudo elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) será divulgado em Brasília. O trabalho de campo para a produção cafeeira foi feito pelos técnicos da empresa estatal, entre 23 de novembro e 4 de dezembro de 2009.
Diário do Comércio e Indústria
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BALANÇA COMERCIAL
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MDIC AJUSTANÚMEROS DA BALANÇA COMERCIAL DE 2009
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informa que o valor das exportações brasileiras, de dezembro de 2009, fica alterado de US$ 13,720 bilhões para US$ 14,463. Essa mudança ocorreu em razão da inclusão de operações de exportação de energia elétrica, no valor de US$ 758 milhões. Além disso, também em dezembro do ano passado, foram excluídos outros US$ 15 milhões, referentes a ajustes nos demais produtos, de acordo com dados mais recentes do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Com isso, as exportações totais de 2009 passaram de US$ 152,252 bilhões para US$ 152,995 bilhões. Houve também ligeiro ajuste no valor total das importações, registradas ao longo de 2009, que passaram de US$ 127,637 bilhões para US$ 127,647 bilhões. Com essas mudanças, o superávit comercial (diferença entre as exportações e importações) do ano passado subiu de US$ 24,615 bilhões para US$ 25,348 bilhões.
Conforme informado pelo secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, na entrevista coletiva na qual comentou os dados da balança comercial, em 4 de janeiro de 2010, as operações de exportação de energia elétrica não haviam sido incluídas nos números de dezembro porque a Secex precisava verificar oito Registros de Exportação (RE) ocorridos no Siscomex no dia 30 do mês passado.
De acordo com informação da empresa responsável pela venda de energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão anuente para as referidas exportações, esses registros referem-se à regularização de exportações de energia elétrica efetuada à Argentina, em 2007 e 2008.
Na metodologia de apuração das exportações e importações empregadas pelo Siscomex, é considera a data de desembaraço das operações de comércio exterior. Como os registros foram regularizados no sistema no dia 30 de dezembro de 2009, essas operações foram incluídas no mês dezembro de 2009.
Nações Unidas
As exportações e importações de energia elétrica passaram a ser incluídas na balança comercial brasileira a partir de 2006, conforme estabelecido pela Instrução Normativa nº 649, de 28 de abril de 2006, da Secretaria da Receita Federal (publicada no Diário Oficial da União em 03 de maio de 2006), e Notícias Siscomex nº 56/2006 e Notícias LI nºs 64, 67 e 68/2006, que instruem sobre o preenchimento dos documentos para a exportação e importação de energia elétrica. Anteriormente, essas operações eram computadas na balança de serviços.
Assim, o Brasil passou a atender às orientações da Divisão de Estatística da Organização das Nações Unidas (ONU), no sentido de registrar na balança comercial a comercialização externa de energia elétrica.
MDIC
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INCLUSÃO DAS EXPORTAÇÕES DE ENERGIA ELEVA SALDO DA BALANÇA COMERCIAL EM 2009
Wellton Máximo
Brasília - A inclusão de exportações de energia elétrica para a Argentina elevou o saldo da balança comercial em 2009. De acordo com os números divulgados hoje (8) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil exportou US$ 25,348 bilhões a mais do que importou.
No início da semana, o ministério tinha divulgado que o superávit da balança comercial no ano passado tinha sido de US$ 24,615 bilhões, o que seria o pior resultado desde 2002. Com os novos números, o saldo final ficou 1,5% maior que o de 2008, quando a diferença entre exportações e importações tinha somado US$ 24,956 bilhões.
O aumento no superávit comercial decorreu da inclusão de operações de venda de energia elétrica para a Argentina, no valor de US$ 758 milhões. O ministério revisou ainda para baixo, em US$ 15 milhões, outras operações de exportação. Além disso, o órgão acrescentou US$ 10 milhões ao valor das importações no ano passado. Essas alterações resultaram no aumento de US$ 733 milhões no saldo da balança.
No início da semana, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, tinha afirmado que o superávit da balança em 2009 seria revisado para cima. Segundo ele, ocorreram divergências no registro de operações de venda de energia elétrica à Argentina em 2007 e 2008.
De acordo com o secretário, em 2007, o Banco Central atendeu a uma exigência da Organização das Nações Unidas (ONU) e passou a considerar energia elétrica uma mercadoria física, que entra no cálculo da balança comercial. Com a mudança, as estatísticas comerciais foram adaptadas, o que provocou a incorporação de vendas de outros anos nas exportações de 2009. Barral afirmou que novos ajustes não serão necessários.
A revisão nos dados fez as exportações brasileiras, em 2009, subirem de US$ 152,252 bilhões para US$ 152,995 bilhões. As importações aumentaram de US$ 127,637 bilhões para US$ 127,647 bilhões. Em dezembro, as vendas para o exterior foram reajustadas de US$ 13,720 bilhões para US$ 14,463 bilhões.
Agencia Brasil
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COMERCIO BILATERAL
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NOVO EMBAIXADOR AMERICANO DIZ QUE PRETENDE APROFUNDAR PARCERIA EUA-BRASIL PARA O SÉCULO 21
Renata Giraldi
Brasília - O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, chegou hoje (8) pela manhã a Brasília.
Bem-humorado e em um português fluente, ele agradeceu a presença da imprensa que o aguardava e disse que é um prazer estar de volta ao Brasil, onde serviu de 1989 a 1992.
Shannon afirmou que se esforçará para aprofundar as relações com o governo brasileiro e elaborar uma agenda comum Brasil-Estados Unidos para o Século 21.
“É um grande prazer estar de volta aqui no Brasil. É um país muito importante para nós. Vamos começar a trabalhar hoje (sexta-feira), aprofundando a parceria para o Século 21”, disse o embaixador norte-americano.
A ideia do diplomata é entregar os documentos ao Itamaraty ainda hoje.
Por quase oito meses, o Senado norte-americano protelou a aprovação do nome de Shannon por falta de consenso entre republicanos e democratas.
Shannon foi indicado pelo presidente Barack Obama ainda quando ocupava a Subsecretaria do Departamento de Estado para as Américas. A indicação ocorreu em maio do ano passado, mas só em 24 de dezembro de 2009 houve a aprovação.
Shannon vai apresentar suas credenciais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias, mas ainda não há data definida. Para o governo brasileiro, a escolha de seu nome para comandar a Embaixada dos Estados Unidos é motivo de comemoração, já que Shannon é um dos melhores representantes da diplomacia norte-americana.
Com uma extensa carreira diplomática, Shannon foi assistente da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Ele passou também pelas embaixadas da Venezuela – país que mantém uma tensa relação com os Estados Unidos – e África do Sul – exatamente no período das negociações pelo fim do apartheid (regime de segregação racial).
Até novembro de 2009, Shannon ocupava o cargo de subsecretário do Departamento de Estado para as Américas. A controvérsia em torno de sua indicação foi causada pelas divergências da política interna norte-americana. Os vetos ao seu nome - que foram retirados posteriormente – foram dos senadores republicanos Jim DeMint e George LeMieux.
Tanto DeMint quanto LeMieux discordavam das posições assumidas por Shannon na condução das negociações dos Estados Unidos para buscar um acordo pelo fim da crise política em Honduras. Os norte-americanos foram responsáveis pela intermediação de um acordo para que o presidente deposto hondurenha, Manuel Zelaya, retornasse ao poder. O acordo não foi efetivado.
Edição: Tereza Barbosa - Agência Brasil
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CÂMARA ÁRABE PROMOVE NOVAS FEIRAS
Este ano, a Câmara de Comércio Árabe Brasileira vai diversificar o seu calendário de feiras e incluir três novos eventos setoriais no mundo árabe. Em abril, vão ser realizadas a Djazagro, do setor agrícola e de alimentos, na Argélia, e a Health Care, de produtos médico-hospitalares, na Síria. Em outubro, é a vez da Mactech, de máquinas e equipamentos, no Egito.
A entidade, que tem o apoio do Ministério das Relações Exteriores, pretende levar oito empresas para cada feira. Os estandes vão ter cerca de 100 metros quadrados. “Como são feiras setoriais, as perspectivas de fechamento de negócios são concretas”, afirmou o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.
A primeira feira do calendário será na Argélia, onde existe uma forte demanda por produtos alimentícios. Segundo dados do site da feira Djazagro, o país está entre os dez maiores importadores de cereais, leite em pó, óleos, açúcar e café.
O setor alimentício representa 47% dos gastos familiares e 25% do total importado pelo país. No segmento de lácteos, por exemplo, a Argélia ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de importação do produto e derivados.
Além do consumo forte de leite, o país também é grande comprador de biscoitos, com um consumo de 2 a 3 quilos por ano por pessoa, e de refrigerantes, com 47 litros por ano por pessoa.
A Argélia é a principal fabricante de bebidas da região do Magreb (Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia). A indústria de refrigerantes gera as maiores vendas (32%) em termos de fatia do mercado, muito embora em termos de volume ela se iguale aos ramos de água engarrafada, cerveja, suco de fruta e vinho.
A Djazagro, que será realizada de 12 a 15 de abril, em Argel, reúne expositores não só de alimentos e bebidas, mas também de equipamentos e produtos para indústria alimentícia, catering, restaurantes e embalagens. Para esta edição, a organização espera 400 expositores e 10 mil visitantes. No ano passado, participaram 319 expositores de 19 países, como França, Egito, Turquia, China, Alemanha, Emirados Árabes Unidos, entre outros.
A feira da Síria, a Health Care, é um dos principais eventos da indústria médica do país. De 15 a 18 de abril, a mostra espera receber mais de 125 expositores de 40 países. Entre os segmentos explorados na feira estão os de produtos descartáveis, equipamentos médicos e cirúrgicos, produtos farmacêuticos e softwares.
Segundo Alaby, o mercado sírio para produtos médico-hospitalares é uma das prioridades a ser trabalhada pela indústria brasileira. “Há grandes possibilidades de negócios”, disse.
No Egito, vai ocorrer a Mactech, de máquinas e equipamentos industriais e agrícolas, entre 22 e 25 de outubro. No ano passado, a mostra reuniu 750 expositores de 44 países. De acordo com Alaby, o Brasil tem bastante competitividade no ramo de equipamentos e tecnologia agrícola e é bem aceito no mundo árabe. “A pauta das exportações brasileiras para esses três países (Argélia, Síria e Egito) é muito concentrada em alimentos. Temos que diversificar”, acrescentou o secretário-geral.
Agência Anba
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EMPRESAS
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EM ANO DE CRISE O QUE AS EMPRESAS FIZERAM PARA ATINGIR OBJETIVOS E METAS?
Confira dicas sobre as estratégias que algumas organizações adotaram em 2009 para atravessar o momento de turbulência financeira gerado pela crise. Algumas, com a implementação de novas práticas, superaram o volume de negócios dos anos anteriores.
Ao fechar o balanço do ano de 2009, muitos empresários capixabas perceberam que conseguiram driblar os efeitos da tensão econômica vivenciada desde o fim do ano passado até meados de 2009. Mesmo com o momento turbulento na economia mundial, eles encararam a crise como um processo de seleção corporativa, enfrentando o período com otimismo, controle administrativo e ousadia.
Mesmo atuando em uma área em que a crise ameaçava alcançar consideravelmente, a Psicoespaço Gestão de Pessoas, por exemplo, que trabalha com recrutamento e seleção, passou pelo período sem muitos problemas, porque focou nas pequenas e médias empresas, as menos impactadas pela crise. A gerente comercial da consultoria, Carine Cardoso, atribui isso ao fato de as organizações menores estarem investindo na profissionalização dos seus processos seletivos e em treinamentos.
Ela explica que o momento também precisou de muita cautela e análise. “A crise necessitou de relacionamento com o cliente, constante capacitação dos funcionários e criatividade. Aprendemos que uma gestão financeira profissional é sempre bem-vinda, mesmo em uma pequena empresa. No momento de crise, nada melhor do que conhecer verdadeiramente seu fluxo de caixa e trabalhar com ele”, explicou.
Carine destaca que neste fim de ano o mercado está aquecido, com o oferecimento de muitas vagas para quem está à procura de um emprego, especialmente na área industrial. “Reflexo disso é o incremento dos meses de setembro, outubro e novembro, período muito positivo em termos de crescimento financeiro: cerca de 20% em relação aos demais meses deste ano”, acrescentou Carine.
Momento de reflexão e planejamento - Para a sócia do Centro Capixaba de Pilates, Gisely Machado, o momento serviu para reavaliar a organização da empresa e investir na melhor profissionalização. “Aprendemos a ter cautela quanto aos gastos e a manter a tranquilidade. Aproveitamos para repensar as estratégias, melhorando a estrutura física, com remanejamento e capacitação de profissionais”, diz Gisely.
Na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam), as ações foram simples, porém determinadas e constantes, segundo o vice-diretor da instituição, Mario Broetto. “Visamos a resguardar nossos recursos mais valiosos, honrando junto aos nossos fornecedores externos e internos todos os compromissos pactuados, além realizar investimentos fundamentais para o avanço da instituição. Nessa perspectiva, a estratégia foi renegociar contratos, reduzir o custeio de manutenção e cortar custos que não configuravam em redução da qualidade dos serviços prestados”, explica.
Redução do IPI alavanca recuperação de material de construção - Já no setor de comércio de material de construção, a avaliação da Associação de Comerciantes de Material de Construção do Espírito Santo (Acomac-ES) é que o primeiro semestre de 2009 registrou considerável queda nas vendas, mas houve recuperação neste de fim do ano. “Estamos chegando ao final de 2009 com crescimento em torno de 9,5% em relação a 2008, acima da média nacional, que foi de 4,5%”, afirma o presidente da Acomac-ES, Carlos Elias de Moraes.
Ele atribui esse incremento a diversos fatores, entre eles a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “Com a crise tivemos uma queda nas exportações e mais oferta de produtos para o mercado interno, com consequente queda de preços. A redução de IPI e a ampliação das linhas de crédito foram também aliadas na recuperação do setor”, ressalta.
Na Revix Importação e Comércio, o crescimento deste ano foi de 25%. O gerente comercial da empresa, Cyro Machado, explica que isso foi possível graças à abertura de mercado para outras localidades e aplicação de políticas de incentivo aos vendedores. “Também fizemos uma adequação da margem de lucro, centralizamos fornecedores, aumentando o volume de compra para reduzir o preço de custo e investimos em infraestrutura própria, qualificação profissional e treinamentos”, salientou.
Aspectos positivos da crise - A diretora da Psicoespaço Gestão de Pessoas, Maria Teresa Cardoso, avalia que a crise teve o seu lado positivo. “As negociações comerciais e o consumo estavam desenfreados. Nesse momento, as famílias, empresas e pessoas em geral refletiram sobre suas compras, contratos e hábitos como um todo. Refletir e agir diferentemente é sempre positivo, mesmo ao enfrentar uma crise tão brusca como foi esta”, finaliza.
Revistafatorbrasil-08/01/2010 - 08:55
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JOINT VENTURE
A Log-In Logística Intermodal e o Grupo TBS anunciaram ontem a criação de uma joint venture para a exploração e desenvolvimento da comercialização de transporte marítimo de carga geral, com foco nos mercados de cabotagem e no Mercosul.
migalhas.com.br
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BNDES QUER FINANCIAR DIRETO NO EXTERIOR
jan 8, 2010
Investimentos: Banco já desembolsou R$ 4,5 bilhões para fomentar a internacionalização de empresas brasileiras
Vera Saavedra Durão, do Rio
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara-se para fazer uma licitação para contratar uma consultoria internacional com o objetivo de assessorá-lo no plano de expandir sua atuação no exterior neste ano. Depois de estruturar no ano passado a sua área internacional, munindo-a de um escritório em Montevidéu e uma subsidiária em Londres, a BNDES Limited, o banco quer criar uma estrutura para financiar diretamente no exterior empresas brasileiras que estão se internacionalizando, disse a superintendente da área internacional do banco, Maria Isabel Aboim.
Nos últimos quatro anos, o BNDES criou uma linha de internacionalização que desembolsou R$ 4,5 bilhões. A expectativa é que esse valor aumente substancialmente. No momento, há mais de dez empresas solicitando financiamento para esse tipo de operação. No início da linha, o banco fez poucas operações. O grande destaque do período 2005-2009 foi o grupo JBS Friboi, hoje com um lugar destacado no ranking das multinacionais do setor de carnes.
O JBS foi um dos primeiros a contar com o apoio do BNDES, que teve de mudar seu estatuto para liberar recursos para garantir a presença das empresas brasileiras no cenário externo, informa Maria Isabel. “Houve mudança no estatuto do banco para que isso pudesse ser feito. Até o início da década, o banco tinha restrições e exigia que as empresas tivessem uma contrapartida de performance de exportações para obter recursos de internacionalização”, diz a executiva.
Em 2005 ocorreram as primeiras operações de internacionalização – a JBS da Argentina e outras duas empresas menores. Em 2008, o planejamento estratégico do banco considerou prioritário o fortalecimento da presença das empresas brasileiras no mundo. Em 2010, a tendência é esse número crescer. “Temos de ter armas para fazer isso. Esta é a razão principal deste avanço que o banco pretende fazer lá fora”, afirma Maria Isabel.
Para ela, a grande questão a ser resolvida para o BNDES consolidar seu braço internacional é como emprestar dinheiro diretamente para as empresas no exterior sem passar pelo Brasil. “Não faz sentido você ter de ir e voltar com recursos. A ideia do banco é simplificar essa operação, financiar as empresas diretamente do exterior, tendo mais agilidade e tratamento tributário mais simples, já que para internalizar os recursos das captações é preciso pagar tributo à Receita Federal.”
A ideia do banco é dar poder à subsidiária londrina BNDES Limited para captar e emprestar recursos diretamente do exterior para as empresas. “O que o BNDES pretende é apoiar as empresas lá fora com novas fontes de recursos não tradicionais domésticas que virão de captações feitas no mercado global pela subsidiária. Esses valores não serão internalizados no Brasil, mas ficarão à disposição das empresas lá fora”, informa a executiva.
Bancos de desenvolvimento de países como China, Índia e Coreia do Sul já contam com estruturas constituídas para apoiar as empresas de seus respectivos países que estão se globalizando. “Nós não estamos atuando de forma incomun para bancos de desenvolvimento, inclusive muitos com filiais ou subsidiárias operando com crédito, que atuam sediadas em Londres, como é o caso da Anafinsa, do México. A nossa (subsidiária londrina) ainda não atua com crédito. Queremos chegar a esse ponto de poder operar com crédito, também fazendo empréstimos lá fora para as empresas”, argumenta Leonardo Botelho Ferreira, chefe do Departamento de Internacionalização do BNDES.
Inaugurada em novembro do ano passado, a BNDES Limited atua hoje como um ponto importante de contatos e de observação do mercado global. Até o momento, a subsidiária londrina, que por enquanto não pode exercer funções bancárias, tem feito contatos com empresas e centros tecnológicos buscando fazer uma ponte entre esses centros internacionais e empresas brasileiras, principalmente para projetos na área de inovação, relatou Maria Isabel. A subsidiária pode também promover associações e parcerias de empresas brasileiras em diversas áreas e contatos com investidores internacionais para futuros negócios.
Além do apoio à internacionalização das empresas o banco vai continuar atuando através da área internacional na captação de recursos, seja em forma de bônus, seja através de agências multilaterais, pois na visão de Maria Isabel “é importante o banco diversificar fontes”. Para ela, o fato de o BNDES hoje estar ancorando captação em recursos do Tesouro não significa que abandone outras fontes de recursos. “Temos de manter uma diversificação estratégica de fontes”, defende a executiva.
O BNDES acabou de captar US$ 1 bilhão através de colocação de bônus de sua titularidade no mercado global. Além dessa operação, a instituição se prepara para assinar um contrato de US$ 3 bilhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) num programa de apoio a micro, pequenas e médias empresas. Do total, pelo menos US$ 1 bilhão entrarão nos cofres do BNDES em 2010, mais US$ 60 milhões virão da agência multilateral norueguesa NIB e quase US$ 300 milhões do japonês Japan Bank for International Cooperation (JBIC), disse Paulo Roberto de Oliveira Araújo, chefe do Departamento de Captação de organismos multilaterais.
Valor Econômico
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EXPORTAÇÃO
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GENERAL ELECTRIC CONFIRMA NA APEX-BRASIL INVESTIMENTOS DIRETOS NO PAÍS
Primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa na América Latina será instalado no Brasil. A escolha do local será feita no primeiro trimestre de 2010.
No dia 7 de janeiro (quinta-feira), após reunião entre o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira, e o presidente mundial da General Electric (GE), Jeffrey Immelt, em Brasília, foi confirmado que a empresa americana escolheu o Brasil para abrir sua quinta planta de pesquisa e desenvolvimento no mundo.
O estado onde o centro de pesquisa e desenvolvimento será instalado ainda não foi definido, o que deverá ocorrer em três meses. Mas, segundo o presidente da GE do Brasil, João Geraldo Ferreira, o Brasil - com sua demanda interna por energia e infraestrutura aquecidas e a previsão de crescimento do PIB em torno de 5% nos próximos anos - superou outros países da América Latina na decisão.
O presidente da GE do Brasil reiterou que "as condições muito sólidas do ponto de vista de um país com inflação sob controle, democracia sólida, indicadores macroeconômicos altamente sólidos, plataforma de educação, necessidade de infraestrutura e condições de investimentos" foram fatores decisivos para investir no Brasil.
"A reunião na Apex-Brasil foi o início da formalização do nosso investimento. E o Brasil oferece condições sólidas para nossos investimentos. Dependendo da localização do centro, o número de recursos investidos pode variar. O importante é termos próximo ao local mão-de-obra qualificada", declarou Ferreira.
O centro deve gerar 300 empregos diretos. Nele devem ser desenvolvidas novas tecnologias para as áreas de aviação, transporte, saúde e energia.
Conforme adiantou o executivo da GE, após suprir a demanda brasileira, a planta poderá exportar tecnologia para outros países da América Latina.
A Apex-Brasil atua na atração de investimentos diretos para o país e, há três meses, trabalha neste projeto que envolve os novos investimentos da empresa americana. O presidente da Agência, Alessandro Teixeira, afirmou que "o mais importante é que dentro do cenário mundial de vários países querendo receber um centro de pesquisas da maior empresa do mundo nessa área, o Brasil foi escolhido".
O presidente da Apex-Brasil comentou a expansão das atividades da empresa no Brasil. "É preciso reforçar que um investimento em uma planta de pesquisa e desenvolvimento não tem a mesma essência que uma planta produtiva. Depois de criado o centro, novos projetos surgirão e novos setores serão agregados. Não é um projeto de curto prazo", definiu Teixeira.
Em todo o mundo, existem quatro centros de pesquisa e desenvolvimento da GE, localizados nos EUA, China, Índia e Alemanha.
Além do centro de pesquisa, a GE investirá no Brasil, em 2010, mais US$ 130 milhões na produção de artigos de saúde, operações de transporte e energia eólica.
A GE possui sete instalações industriais no Brasil - em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro - e emprega atualmente 8 mil pessoas no país.
Apex-Brasil e a atração de investimentos - Em 2009, a Apex-Brasil realizou 357 projetos de atração de investimentos, entre estudos setoriais, missões estratégicas e atendimentos personalizados a investidores.
A Agência alcançou, na avaliação do Banco Mundial, o topo do ranking entre as agências de atração de investimentos da América Latina e Caribe. Na avaliação de esforços de informação ao investidor, a agência brasileira ficou atrás apenas da ABA - Invest in Austria, agência de negócios austríaca.
Revista fator Brasil-08/01/2010 - 08:56
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BRASIL TEM POTENCIAL PARA ELEVAR CONSUMO E EXPORTAÇÕES DE VINHO, DIZ ESPECIALISTA
Alana Gandra
Rio de Janeiro - Com um consumo de vinho ainda baixo para os padrões mundiais, o Brasil tem, entretanto, potencial para crescer nos próximos anos, disse à Agência Brasil o engenheiro químico Valdiney Ferreira, professor da Fundação Getulio Vargas. “Como ocorre com outras indústrias, a indústria do vinho também é uma cereja de bolo. Todo mundo quer se posicionar bem aqui porque as expectativas em um futuro bastante próximo são muito boas. O mercado está crescendo”.
O consumo de vinho per capita no Brasil é de 2 litros por ano, o que coloca o país em uma das últimas posições no mundo. Valdiney Ferreira observou, porém, que o Brasil tem um mercado com um potencial extraordinário de crescimento. “E se isso passa para quatro ou cinco litros per capita, você tem uma explosão da indústria no Brasil”.
Os países, como o Chile e a Argentina, grandes consumidores, apresentam um consumo individual acima de 25 litros de vinho/ano, enquanto nas nações mais velhas da Europa, o consumo supera os 30 litros anuais por habitante.
O negócio do vinho é o tema central do curso de gestão inédito que a FGV inicia em março deste ano, no Rio de Janeiro. O objetivo é atuar em um elo importante da cadeia do vinho, que é a comercialização, envolvendo a importação, exportação, formação de profissionais e os empreendedores.
De acordo com Ferreira, a produção brasileira de vinhos está em franca expansão, os números se aproximam de 300 milhões de litros produzidos por ano, mas, segundo ele, é preciso trabalhar mais na qualidade do produto.
“A produção por ano é crescente. Mas ainda é uma produção com percentual muito grande de vinhos que não são considerados vinhos finos”. No concorrente Chile, por exemplo, a produção é somente 50% maior que a brasileira, mas quase tudo é vinho fino, destacou. “E ele [o Chile] produz, praticamente, para exportar”.
O professor da FGV salientou que no caso brasileiro, o carro chefe são os vinhos espumantes, cuja qualidade e aceitação são crescentes. “Tem um carro chefe nosso que está ficando cada vez mais promissor e está tendo um reconhecimento internacional muito grande, que são os vinhos espumantes. A gente tem espaço para competir no mercado internacional”. O Rio Grande do Sul concentra ainda 90% da produção nacional. No Brasil, o setor responde pela geração de mais de 300 mil empregos.
Ele sugeriu que o Brasil aproveite a boa aceitação dos vinhos espumantes para ampliar a exportação. Entre os entraves à exportação, enumerou a falta de divulgação do vinho brasileiro. “E, principalmente, temos que descobrir a nossa vocação, o que a gente é efetivamente forte. Se o Brasil tiver um foco bastante forte na sua indústria do vinho, as oportunidades podem vir mais fáceis”.
Ferreira disse que a desoneração tributária é muito importante para a produção e a exportação nacionais e também para a importação, uma vez que um vinho que custa 10 euros na Europa chega na ponta do consumo no Brasil a um custo entre R$ 80 a R$ 100. “A tributação é muito pesada em cima do vinho. Precisa desonerar. Mas, para isso, a indústria do vinho tem que ter poder”. Falta à indústria do vinho nacional se organizar politicamente para brigar pelos interesses do setor como fazem outras indústrias, disse.
Edição: Aécio Amado - Agência Brasil
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EXPORTAÇÕES: VENDAS DE CARNE BOVINA BRASILEIRA PARA RÚSSIA PODEM AUMENTAR 500% ESTE ANO
O Brasil poderá exportar 500% a mais de carne bovina para a Rússia em 2010 em relação ao ano passado. A quota da qual o País faz parte passou de 73 mil toneladas para 448,3 mil toneladas e, ao dar essa informação, o governo da Rússia divulgou ainda, que também aumentaram os volumes para as carnes suína e de aves, a partir deste mês.
A Rússia tem sido o principal destino das exportações brasileiras de carnes suína e bovina. O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, explica que os russos país mantêm um sistema de quotas de importação e o Brasil está inserido na classificação “Outros Países”, porque, estrategicamente, beneficia o mercado nacional de carnes. Em 2010, a quota global de importação de carne bovina congelada será de 530 mil toneladas, o que representa 18% mais que no ano passado, com 450 mil toneladas.
“Com isso, o País passa a ter acesso a uma quota que representa 85% das importações previstas para 2010, contra uma equivalente a apenas 16% do total no ano passado”, complementa.
Suínos - A carne suína brasileira foi a segunda maior beneficiária, embora a quota global tenha caído 11%. O volume total, em 2009, era de 532,9 mil toneladas, e será de 472,1 mil toneladas em 2010. No caso da quota acessada pelo Brasil, houve aumento de 6%, de 177,5 mil toneladas para 189,6 mil toneladas.
Além disso, a Rússia reintroduziu quota de importação para aparas (sobras) de porco, que existia até 2008 e foi suprimida no ano passado. Para 2010, foi estabelecida quantidade de 27,9 mil toneladas desse produto, que até 2008 era preenchida basicamente pelo produto brasileiro.
Frango - Em relação à carne de frango, a quota acessada pelo Brasil cresceu 188%, passando de 12,4 mil toneladas, em 2009, para 35,7 mil toneladas em 2010. No entanto, a quota de 2010 ainda equivale à metade da quota de 2008, que era de 68,8 mil toneladas. No âmbito global, esse tipo de carne teve maior redução, com 18%: de 952 mil toneladas em 2009, caiu para 780 mil toneladas em 2010.
Negociações - Ao distribuir as quotas que vigoraram em 2009, a Rússia acabou por prejudicar as exportações brasileiras de carne suína e de aves. Porto assegura que os esforços do governo brasileiro foram fundamentais para conquistar o aumento das quotas atuais. “Realizamos missões que contaram com a presença de técnicos do governo, do ministro Reinhold Stephanes e até do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva”, ressalta. Ao longo do ano passado, quatro delegações do Mapa estiveram na Rússia para negociar o aumento de quotas com as autoridades daquele País, o aumento da quotas.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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IMPORTAÇÃO
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MAÇÃ, PERA E MARMELO ARGENTINOS TÊM REGRAS ATUALIZADAS PARA ENTRADA NO BRASIL
Maçã, pera e marmelo argentinos da safra 2009/2010 continuam sendo exportados para o Brasil, de acordo com as regras da Instrução Normativa Nº 1, publicada nesta quinta-feira (7) no Diário Oficial da União (DOU). Segundo a norma publicada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa) e acordada com o órgão competente argentino, ficou definida a prorrogação de vigência do Sistema Integrado de Medidas Fitossanitárias de Mitigação de Risco (SMR) para a praga Cydia pomonella nessas três culturas.
Dessa forma, o País receberá frutas de melhor qualidade e com o mínimo risco quarentenário em relação à praga, sob controle oficial em áreas restritas no sul do Brasil. Pragas quarentenárias são aquelas não presentes no País, mas com potencial para causar perdas econômicas, se introduzidas, ou já presentes, porém sem ampla distribuição e com programa oficial de controle.
A aplicação de práticas oficialmente supervisionadas será feita em território argentino, por técnicos do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Mapa. “A cada 45 dias, cinco técnicos brasileiros se deslocam para a Argentina para fazer esse trabalho. As propriedades rurais submetidas ao SMR, que não cumprirem os procedimentos constantes na IN, poderão ter cargas rechaçadas ou mesmo descredenciadas a exportar para o Brasil na safra em curso”, informa o diretor do DSV, Odilson Silva.
O controle prévio visa garantir a meta brasileira de erradicar a praga Cydia pomonella até 2012. O diretor do Mapa destaca que esse programa é um caso bem sucedido e tem apresentado constantes reduções dos índices de infestação em áreas urbanas, já que a praga não está presente nas regiões produtoras. Outro fator positivo é a menor restrição à exportação de maçãs brasileiras por causa do controle da praga, além da garantia de frutas de melhor qualidade para os consumidores.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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INDÚSTRIA
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GE ANUNCIA EXPANSÃO DE SUA REDE DE PESQUISA GLOBAL E BRASIL PODE RECEBER PRIMEIRO CENTRO DE TECNOLOGIA DA EMPRESA NA AMÉRICA LATINA
Brasília– O presidente e CEO global da GE, Jeff Immelt acaba de confirmar, em um encontro junto ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, que planeja expandir sua rede de pesquisa global e está avaliando o Brasil como localidade para a instalação de um novo centro de pesquisa. A unidade seria a primeira da empresa na América Latina, que já conta com quatro centros ao redor do mundo (Global Research Center, GRC, em inglês) nos Estados Unidos, Alemanha, Índia e China.
“Com uma forte base industrial, universidades de primeira linha e importantes clientes das mais diversas indústrias, o Brasil é a escolha lógica para a nossa próxima instalação,” disse Immelt. “Um laboratório de pesquisa industrial de vanguarda nos ajudará a formar parcerias mais fortes com nossos clientes, permitindo-nos trabalhar em conjunto para resolver alguns dos maiores desafios do mundo”, concluiu.
Nos próximos meses, uma equipe da GE virá ao Brasil para se reunir com clientes e outros parceiros industriais e governamentais para determinar os tipos de projetos e programas que poderão ser estabelecidos na nova instalação. O time da GE trabalhará também para identificar possíveis localidades no País, além de determinar a estrutura do prédio e a força de trabalho necessária para o centro.
“Instalar um novo Centro de Pesquisa da GE no Brasil será de extrema importância para acelerar o processo de inovações tecnológicas na indústria,” diz o Ministro Sérgio Rezende. “O Brasil é sede de muitas empresas que confiam em nossa tecnologia para diferenciá-las de seus concorrentes. A abertura de uma nova instalação da GE aqui aceleraria muito o desenvolvimento tecnológico ao conectar-se com o governo, universidades, institutos de pesquisa e corporações privadas.”
Os Centros de Pesquisa da GE têm sido um marco da tecnologia mundial por mais de 100 anos, sempre desenvolvendo inovações em áreas como saúde, tecnologia de geração de energia, motores de aeronaves e iluminação. Com mais de 2.500 pesquisadores por todo o mundo, os Centros são uma fonte de oportunidades para o País onde se instala. Além de criar empregos para estudantes das diversas universidades brasileiras, o país se beneficiará com o estudo de tecnologias inovadoras que podem ser aplicadas em todos os setores da indústria.
Perfil - A GE é líder em tecnologia de infraestrutura, equipamento médico e industrial, uma empresa de serviços de mídia e financeiro focada em desenvolver soluções para alguns dos problemas mais complexos do mundo. Com produtos desde motores de aeronaves, geração de energia, processamento de água, tecnologia de segurança, imagem de diagnóstico, crédito para empresas e consumidores e até mesmo mídia de TV, por meio da NBC-Universal, a GE presta serviços a clientes em mais de 100 países e emprega cerca de 320 mil pessoas ao redor do mundo.
www.ge.com
A GE opera no Brasil desde 1919, com escritórios de vendas e marketing localizados em diversos estados e com fábricas em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Todos os cinco maiores negócios da GE estão presentes no Brasil, empregando cerca de 6.000 funcionários.
Revista fator Brasil - 08/01/2010 - 08:55
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PORTOS
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PORTO DE ROTERDÃ SOFRE QUEDA DE 10% NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES
O Porto de Roterdã (Holanda),líder em contêineres da Europa, sofreu queda de 10% na movimentação dos cofres no ano passado em comparação a 2008. Ao todo, foram transportados 9,8 milhões de Teus unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).
De acordo com as autoridades do complexo, o saldo é satisfatório se comparado às quantidades de outros países da Europa e Ásia. "Armadores combinaram serviços e implementaram o maior número possível de navios para reduzir custos", declarou o porto em nota. "O que Roterdã tem a oferecer (localização, profundidade, transporte para o interior, tarifas) é bem adaptado à crise e significa que o porto pode até mesmo se beneficiar com a tendência".
"O tráfego de contêineres pela Europa foi realmente difícil, especialmente para destinos como Inglaterra, Irlanda e Espanha, e os serviços do Norte e América do Sul estão compartilhando o mal-estar. Entretanto, o tráfego ligado a serviços da Ásia é realmente crescente".
O órgão diz que "o tráfego de carga geral tinha sido muito atingido pela crise, com os números de 2009 ficando 16% abaixo em relação ao total de 2008. "A manipulação de aço e metais não-ferrosos estava por cerca de 70% do volume do setor. Ambos dependem muito de setores que foram duramente atingidos pela crise, como a construção civil e indústria automobilística".
A movimentação de produtos de papel e frutas obteve uma leve queda, enquanto que o de cargas de projeto manteve-se estável.
A Tribuna
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TRIBUTOS
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PRODUTOS DE LIMPEZA BIODEGRADÁVEIS PODERÃO TER ISENÇÃO DE IPI
Diógenis dos Santos
Paulo Roberto Pereira: produtos de limpeza convencionais contribuem para a poluição ambiental.A Câmara analisa o Projeto de Lei 5832/09, do deputado Paulo Roberto Pereira (PTB-RS), que isenta da cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) os produtos de limpeza biodegradáveis. Pela proposta, a suspensão valeria durante um ano.
O texto define como produtos de limpeza aqueles usados para:
- lavagem de mãos e cozinha;
- limpeza de pavimentos, superfícies móveis e imóveis;
- limpeza de banheiros e similares;
- limpeza de tecidos; e
- limpeza de ambientes de preparação de alimentos em restaurantes, hospedagens e similares.
Também de acordo com o projeto, caberá ao Poder Executivo estimar qual será o montante da renúncia fiscal e adequar o Projeto de Lei Orçamentária do ano seguinte à aprovação da norma à nova realidade.
Poluição ambiental
O autor explica que os produtos de limpeza convencionais contribuem de forma significativa para a poluição ambiental. Antes mesmo do surgimento dos produtos sintéticos, o sabão já prejudicava a qualidade das águas deixando-as muito alcalinas, além de formar uma película insolúvel sobre a superfície dos corpos d'água.
Além disso, os detergentes sintéticos amplamente utilizados hoje em substituição ao sabão contém fosfatos, cujo acúmulo nos rios, lagos e praias que recebem esgotos, pode prejudicar a vida de plantas e animais que vivem nestes locais.
O deputado lembra que esses produtos formam uma espuma branca que reduz a penetração do oxigênio do ar na água, diminuindo assim o oxigênio disponível para respiração dos organismos aquáticos. Os fosfatos, em um processo chamado de eutrofização, também favorecem a multiplicação de algas, o que também prejudica a oxigenação das águas.
Cloro
Pereira lembra ainda que muitos produtos de limpeza possuem substâncias à base de cloro. Algumas substâncias derivadas do cloro como as cloroaminas ou os organoclorados, além de cancerígenas, podem se acumular nos tecidos dos organismos que compõem as cadeias alimentares, prejudicando a fauna e podendo intoxicar os seres humanos pela ingestão de peixes e outros frutos do mar.
"A poluição das águas dos rios, lagos, mares e oceanos ocorre não apenas pelo despejo individual de uma substância ou outra mas também pela reação química resultante da soma das substâncias presentes nos inúmeros produtos de limpeza que usamos em nossas residências", afirma.
Entre esses produtos ele cita: detergentes, sabão em pó, amaciantes, sabonetes, xampus, cremes dentais, desinfetantes, limpa-vidros, água sanitária (com 2% de cloro ativo) e amoníaco. "Essa combinação potencializa os impactos sobre a qualidade das águas, sobre a fauna e flora, assim como aumenta o perigo para as populações que bebem essas águas ou se alimentam de animais aquáticos", acrescenta.
Assim, na opinião do parlamentar, a substituição dos produtos de limpezas sintéticos convencionais por produtos biodegradáveis contribuiria de forma significativa para a redução da poluição de mananciais hídricos.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
PL-5832/2009
Agencia Brasil
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PROPOSTA ISENTA TRANSPORTE ESCOLAR DA COBRANÇA DE IPI
A Câmara analisa o Projeto de Lei 5773/09, que concede a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos usados no transporte escolar, adquiridos por prefeituras, governos estaduais e do Distrito Federal e por instituições educacionais sem fins lucrativos.
A proposta, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), também estende a isenção do IPI incidente nesses automóveis para os profissionais autônomos (e suas cooperativas) habilitados e dedicados exclusivamente ao transporte coletivo de estudantes.
O texto mantém, no entanto, a cobrança do IPI relativo às matérias-primas, aos produtos intermediários e ao material de embalagem empregados nos veículos de transporte escolar.
Dificuldade de acesso
Segundo o autor, a dificuldade de acesso físico às escolas é um dos principais problemas enfrentados por alunos, tanto das áreas rurais quanto das grandes metrópoles. A isenção do IPI para o transporte escolar é, para o senador, um dos caminhos a serem seguidos para melhorar essa realidade.
"Proporcionar transporte digno, seguro e eficiente aos estudantes é parte importante da política educacional e, consequentemente, de toda a política socioeconômica do governo. A facilidade de acesso físico ao estabelecimento escolar é condição de rendimento do aprendizado.", disse.
Perda da isenção
O projeto prevê que a isenção será declarada nula, sendo o imposto cobrado com todos os acréscimos legais, se, nos primeiros cinco anos de aquisição do bem, ocorrer:
- a transferência, a qualquer título, da propriedade dos veículos, exceto se houver autorização prévia do órgão de administração fiscal;
- a comprovação de uso dos carros em atividade diversa ao transporte escolar;
- a descaracterização dos automóveis, se a isenção houver sido condicionada - possibilidade esta prevista no projeto de lei - à compra de modelos com características especiais, tais como pintura externa e identificação por palavras ou símbolos.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Agência Câmara
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SETOR DE TI QUER DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA AUMENTAR COMPETITIVIDADE
Embora o governo tenha regulamentado em 2009 a Lei 11.774, que permite a redução da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por empresas brasileiras exportadoras de tecnologia da informação e comunicação (TIC), a Associação Brasileira das Empresas de TIC (Brasscom) considera que ainda há muito a fazer na área tributária para elevar a competitividade do setor nacional.
“Isso representa, aproximadamente, uma redução de 10% a 15% da carga tributária para a exportação”, informou à Agência Brasil o presidente da Brasscom, Antonio Gil. “Foi muito positivo e vai dar uma competitividade maior para as empresas brasileiras”.
Ele afirmou, entretanto, que os custos da mão de obra nacional são muito altos e equivalem ao dobro do custo de países como a Índia, por exemplo. “Na verdade, a nossa capacidade em TI, que é reconhecida no mundo inteiro, é que vai nos ajudar a fazer ofertas diferenciadas porque em termos de mão de obra a gente não tem condições de competir”, avaliou.
Uma questão crítica para a indústria está relacionada à legislação de terceirização que, segundo o presidente da Brasscom, cria passivos para as empresas. Outro problema é o aumento das alíquotas para seguro de acidentes de trabalho. “Era descontado 1% da folha e agora foi alterado, podendo chegar a até 6% da folha, dependendo do tipo de empresa. São ônus que atrapalham bastante o setor”, disse Gil.
Ele lembrou que as oportunidades são grandes para o setor de TIC, tanto no mercado interno quanto externo. O campo com maior potencial de crescimento para o setor brasileiro é o de serviços financeiros, onde o país é o mais avançado do mundo, seguido pela indústria de distribuição e manufatura. O presidente da Brasscom afirmou que a qualificação do profissional brasileiro em TIC “é excepcional”. O que falta no país “é escola e banda larga”, disse. Atualmente, há cerca de 1,7 milhão de pessoas trabalhando nessa indústria no Brasil.
Antonio Gil reiterou a necessidade de que haja uma desoneração na parte do custo do trabalho. “Já houve parcialmente, por conta da regulamentação dessa lei, mas ainda não é suficiente”. Para se ter uma idéia, disse ele, uma hora de trabalho de um profissional do setor de TIC no Brasil custa, em média, US$ 50. “Na Índia, custa US$ 20 ou US$ 30”.
Gil assegurou que cabe à sociedade brasileira entender que a participação nacional no mercado externo de TIC é muito reduzida. “O mercado mundial de offshore (terceirização de serviços fora do país de origem) será de US$ 100 bilhões e o Brasil exporta apenas US$ 3 bilhões”.
O presidente da Brasscom lembrou ainda que o mercado brasileiro atrai também empresas estrangeiras que querem se instalar no país para exportar serviços e por isso é preciso ampliar a competitividade. “Então, no mundo globalizado, com internet, se você não atacar, leva gol”.
Agência Brasil
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