LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

EXPORTAÇÕES

APETITE CHINES PELO AÇÚCAR SUSTENTA PREÇO E EXPORTAÇÕES

Um déficit de açúcar na China deve dar novo fôlego às cotações da commodity e abrir uma nova janela de oportunidade para os exportadores brasileiros. Um relatório previu que na China, o segundo maior consumidor mundial de açúcar depois da Índia, haverá uma queda na produção, da ordem de 10,6 milhões de toneladas, segundo o Guangxi Bulk Sugar Exchange Center.
A demanda de açúcar no gigante asiático pode exceder a produção em 3,3 milhões de toneladas e, apesar de ter 2,1 milhões de toneladas estocadas, o aumento do consumo deverá resultar em uma defasagem de mais de 2 milhões de toneladas este ano. A quebra de safra se deve a problemas climáticos que, desde setembro, reduziram a produção na região sul do país.
A necessidade de importação da China pode ser ainda maior que o esperado já que o governo local pode optar por não vender todo o estoque por se tratar de uma reserva nacional estratégica.
Segundo Mick Pitts, diretor de vendas da commodity do National Australia Bank Ltd, as reservas chinesas seriam suficientes até o segundo trimestre. "Eles os chineses provavelmente terão que recorrer a outros mercados ainda que seja apenas para manter seus estoques antes da colheita da sua safra de açúcar, no final de 2010", avaliou Pitts, em um relatório divulgado ontem.
A demanda da China pode elevar ainda mais os preços internacionais do produto que, no ano passado, já atingiram o valor mais elevado em três décadas. Índia, Indonésia, Paquistão, Egito e Rússia também estão entre os países que pretendem comprar açúcar no mercado externo.
"Os fundamentos do açúcar estão muito bons, tanto em demanda e oferta, quanto no clima", disse Chai Ning, analista da Cofco Futures. "A redução da produção está prevista para ser maior do que o estimado anteriormente. A tendência de queda é difícil", completou.
De acordo com analistas, por enquanto, ao invés de aumentar as importações para atender á demanda doméstica, a China está mais interessada em divulgar suas reservas e tentar acalmar as especulações. "A produção interna de açúcar ainda é mais barata do que as importações", disse Zhu Zhiping, analista da China International Futures Co Ltd. Na maioria das áreas produtoras de cana-de-açúcar, o preço do açúcar hoje está mais de 20% mais barato do que o açúcar importado e a China é o terceiro maior produtor mundial.
O Brasil, que em 2009 foi o grande fornecedor de açúcar da Índia, deverá tentar agora saciar o apetite chinês. Na segunda quinzena de janeiro, a produção na região Centro-Sul, onde se concentram mais de 80% das usinas instaladas no País, foi ampliada para 43,9 mil toneladas, ante 40,8 mil produzidas no mesmo período do ano anterior. Segundo informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), 63 plantas se mantiveram operando para obterem vantagens dos preços recorde. Entre os dias 16 a 31 de janeiro, os produtores colheram 2,58 milhões de cana, 66% a mais do que um ano antes.
O aumento da demanda internacional de açúcar nesse período do ano já está esbarrando em problemas logísticos. No Porto de Recife, a mão de obra se mostra insuficiente para operar os navios que serão carregados com açúcar ensacado no local. O problema começa a gerar atrasos e prejuízos para algumas usinas.
Os preços do açúcar cristal seguem estáveis no mercado paulista. De acordo com pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca se mantém acima dos R$ 72 - patamar recorde, considerando a série deflacionada. De modo geral, as negociações seguem em ritmo lento. Usinas têm ofertado baixo volume do produto, o que tem mantido os preços do cristal e também de outros tipos firmes. Vendedores comentam que a disponibilidade de cristal deve se manter baixa mesmo quando iniciar a moagem da nova safra. Em janeiro, a média mensal do Indicador foi de R$ 70,83, alta de 20,6% em relação à de dezembro.
Ontem, o valor à vista em reais do indicador do açúcar Esalq fechou R$ 72,47 a saca (-0,01%). Em dólar, o preço ficou em US$ 39,20 a saca (-0,01%).
A falta de açúcar na China deve dar novo fôlego às cotações da commodity e abrir uma janela de oportunidade para os exportadores brasileiros. Relatório divulgado nesta semana pelo Guangxi Bulk Sugar Exchange Center previu que na China - o segundo maior consumidor mundial de açúcar depois da Índia - haverá uma queda na produção da ordem de 10,6 milhões de toneladas. A demanda de açúcar no gigante asiático pode exceder a produção em 3,3 milhões de toneladas e, apesar de ter 2,1 milhões de toneladas estocadas, o aumento do consumo deverá resultar em uma defasagem de mais de 2 milhões de toneladas este ano.
Diário do Comércio e Indústria


EXPORTAÇÕES DE 18 ESTADOS BRASILEIROS CRESCEM EM JANEIRO
As exportações de 18 unidades da Federação Brasileira apresentaram crescimento no mês de janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados podem ser conferidos a partir de hoje (12/2), no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No geral, as vendas brasileiras para mercados internacionais aumentaram 21,3% na mesma comparação.
O principal destaque estadual foi Tocantins, cujas exportações elevaram 388,9%. Em janeiro do ano passado, os embarques tocantinenses foram de US$ 1,617 milhões, já neste ano, subiram para US$ 7,909 milhões. A Bahia também registrou amplo desempenho no mês, com crescimento das exportações de 106,3%. No mês, as empresas baianas embarcaram US$ 809 milhões contra US$ 392,1 milhões no ano passado.
Por região, as exportações do Sudeste cresceram 21%, com embarques de US$ 6,421 bilhões, o que representou 56,8% do total brasileiro. O estado que teve maior crescimento regional foi o Rio de Janeiro (+68%), com exportações de US$ 1,150 bilhão. Em seguida, Espírito Santo com vendas ao exterior de US$ 666,6 milhões (+48,9%), São Paulo com US$ 3,126 bilhões (+13,7%) e Minas Gerais com US$ 1,477 bilhões (+3,9%).
No mês, a Região Sul exportou US$ 1,970 bilhão, valor que foi 4,2% maior que o registrado em janeiro do ano passado. Somente as exportações do Rio Grande do Sul cresceram. No período, os embarques gaúchos somaram US$ 838,580 (+19%). Na contramão, as vendas internacionais do Paraná e de Santa Catarina caíram 5,4% e 3,1%, respectivamente.
Os nove estados do Nordeste exportaram US$ 1,3 bilhão, valor que foi 47,8% superior ao mesmo mês do ano passado, quando as vendas somaram US$ 879,939 milhões. Além da Bahia (+106,3%), que teve o maior crescimento regional, também registraram aumento as exportações de Pernambuco, que exportou US$ 156,074 milhões (+75,5%); Ceará, US$ 100,764 milhões (+20%); Paraíba US$ 15,607 milhões (+8,37%), Piauí US$ 5,912 milhões (+3%) e Sergipe US$ 4,011 milhões(+33,1%). No entanto, houve decréscimo nas vendas internacionais de Maranhão (-47,7%); Rio Grande do Norte (-13,7%) e Alagoas (-3,95%).
Os estados do Norte embarcaram US$ 764,980 milhões. Esse desempenho foi 13,39% superior ao de janeiro de 2009. As exportações de Tocantins cresceram 388,9%, mas o principal exportador regional permaneceu sendo o Pará, com vendas de US$ 656,556 milhões, alta de 13,57%. Os embarques do Acre cresceram 85,5%; de Rondônia 33,2% e do Amazonas 11,2%. Entretanto, retraíram as exportações de Roraima (-73,1%) e Amapá (-23,9%).
O Centro-Oeste foi a única região do país a apresentar queda nas exportações (-16,14%). Em janeiro, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal embarcaram, juntos, US$ 699,255 milhões. No mesmo período do ano passado, o resultado chegou a US$ 833,853 milhões.


Municípios
No levantamento por municípios, Angra dos Reis (RJ) apareceu em primeiro lugar nas exportações com embarques de US$ 406,287 milhões. Em segundo e terceiro lugares ficaram São Paulo (SP) – US$ 379,436 milhões - e São José dos Campos (SP) – US$ 328,512 milhões.
A cidade fluminense de Macaé, cujas exportações somaram US$ 307,867 milhões, ficou na quarta colocação, seguida por Parauapebas (PA) – US$ 295,011 milhões; São Francisco do Conde (BA) – 268,492 milhões; Vitória (ES) – US$ 266,255 milhões; Santos (SP) – 265,071 milhões; Rio de Janeiro (RJ) – 238,127 milhões; e São Bernardo do Campo (SP) – 209,340 milhões, na décima posição.
MDIC


EXPORTAÇÕES GAÚCHAS COMEÇAM ANO EM CRESCIMENTO
O ano começa com crescimento das exportações no Rio Grande do Sul. Em relação a janeiro de 2009 houve um incremento de 19,1%, atingindo US$ 838 milhões, 98% deste total correspondente a produtos industrializados. Apesar de ser o terceiro mês consecutivo de elevação nas vendas externas, o volume é inferior ao registrado em janeiro de 2007, que foi de US$ 860 milhões; e de 2008, US$ 1,16 bilhão.
Dos 18 segmentos da indústria, 10 apresentaram crescimento. O setor Químico, especialmente com embarques de polietileno para a Argentina, Bélgica e China, foi o que mais contribuiu para o bom desempenho das exportações gaúchas no primeiro mês de 2010, com uma elevação de 119% nas vendas, um total de US$ 77 milhões. Material Eletrônico e de Comunicação (73%), de Transporte (68%) e Metalurgia Básica (40%) também tiveram participação importante.
Cabe destacar, porém, que a base de comparação deprimida favorecerá um crescimento, mesmo que o valor absoluto exportado não supere o observado em anos anteriores. “A demanda externa está em melhores condições do que há seis meses, e a recuperação da economia mundial é mais consistente. Porém, a dinâmica de recuperação de alguns segmentos é mais lenta”, observou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, ao avaliar o desempenho da balança comercial, na última quinta-feira (11/2).
A Argentina foi principal país de destino dos produtos gaúchos no mês. Comprou mais US$ 63 milhões de empresas do Rio Grande do Sul, um aumento de 100% em comparação ao mesmo período de 2009. Os Estados Unidos seguem em segundo, mas apresentaram uma queda acentuada de 13% (menos US$ 13 milhões), o que confirma a retração para este país desde o aprofundamento da crise internacional, em 2008. Paraguai, o terceiro colocado, foi o mercado que mais cresceu percentualmente em janeiro, com 233%, impulsionado pelas vendas de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas. A Rússia, em quarto, aumentou em 10% as compras de produtos gaúchos, especialmente carne in natura.
Apesar do desempenho positivo no primeiro mês do ano, o Rio Grande do Sul perdeu a terceira posição de principal estado exportador do país para o Rio de Janeiro, grande produtor de petróleo, beneficiado pelo aumento do preço do barril. A participação gaúcha alcançou 7,4% do total nacional. São Paulo lidera, com 27,7% (US$ 3,12 bilhões), seguido por Minas Gerais, 13,1% (US$ 1,4 bilhão); e Rio de Janeiro, 10,2% (U$ 1,15 bilhão).
As importações também tiveram um incremento em janeiro deste ano, em comparação ao mesmo período anterior: subiram 35%, o que equivale a US$ 794 milhões. “O crescimento nas compras de matérias-primas e bens intermediários é um forte indicativo de que a produção industrial tende a se acelerar nos próximos meses”, comentou Tigre
CNI - Confederação Nacional da Indústria


CALÇADISTAS BRASILEIROS APOSTAM NA COLÔMBIA
Promovido pela Abicalçados e Apex-Brasil e organizado pela Francal, o showroom de calçados brasileiros é mais uma investida do setor para continuar exportando.
Na próxima semana, um grupo de calçadistas brasileiros aporta na Colômbia para participar da International Footwear and Leather Show (IFLS), maior evento de calçados e acessórios daquele país, disposto a ampliar sua participação naquele país e nos mercados vizinhos.
A feira, que ocorre de 16 a 19 de fevereiro, contará com onze empresas nacionais no Pavilhão Brasileiro, organizado pela Francal, dentro do programa Showroom de Calçados Brasileiros na América Latina, promovido pelo Brazilian Footwear – Programa de Apoio às Exportações de Calçados, desenvolvido pela Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados) em parceria com a Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos).
Conforme Vivian Laube, assessora de marketing do programa, a Colômbia é um dos países-alvo para a venda de calçados brasileiros. Mesmo que não figure entre os maiores compradores, aquele mercado registrou crescimento gradativo nos últimos anos, chamando a atenção dos fabricantes para o potencial a ser explorado.
O volume comprado pela Colômbia de janeiro a novembro de 2009 superou em 33% o resultado total de 2008. Neste período, foram embarcados 2,856 milhões de pares, que geraram um faturamento de US$ 14,4 milhões para os fabricantes brasileiros. “O mercado da Colômbia vive um período de crescimento de consumo e o Brasil não pode ficar de fora”, argumenta Vivian.
Segundo a assessora, os calçadistas brasileiros presentes na IFLS estão investindo em divulgação, o que deve reforçar ainda mais suas perspectivas de venda. “Estamos levando apenas uma pequena amostra do que o Brasil oferece hoje no mercado internacional de calçados. Nossa expectativa é de que a IFLS se consolide cada vez mais como a principal feira da América Central, elevando assim a nossa participação”, avalia.
Para Abdala Jamil Abdala, os showroom de calçados brasileiros na América Latina que a Francal promove para a Abicalçados têm se mostrado uma ferramenta essencial na ampliação das exportações brasileiras deste setor. “A Colômbia, especialmente, é um dos mercados mais promissores para os calçadistas brasileiros”, garante o presidente da Francal.
Esta edição da IFLS contará com 400 expositores, distribuídos em uma área de nove mil metros quadrados. A estimativa dos organizadores é de receber 15 mil visitantes. Além da feira, que congrega calçados, manufaturas de couro, vestuário e bijuteria, acontecerão ainda eventos paralelos, como o Fórum de Tendências de Moda.
Fatorbrasil


VENDAS EXTERNAS DE CALÇADOS SE RECUPERAM
O faturamento do setor, com mercado internacional, ficou estável em janeiro sobre o mesmo mês de 2009, mas teve avanço de 28,8% em volume. Foram exportados 17,5 milhões de pares.


Da redação
São Paulo – O faturamento das indústrias brasileiras de calçados com o mercado externo começou a melhorar. Apesar de a receita com exportações em janeiro ter ficado praticamente igual ao mesmo mês de 2009, houve avanço de 28,8% no número de pares exportados. Os embarques somaram 17,5 milhões de pares e a receita ficou em US$ 142,8 milhões.
Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). De acordo com a entidade, influenciou no desempenho o retorno das compras de países que haviam reduzido importações no ano passado, como Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e Argentina. Os Estados Unidos, maior comprador, adquiriram 6,8 milhões de pares.
Entre os estados brasileiros que exportaram calçados, o Ceará teve um bom desempenho. O estado aumentou em 47% o seu faturamento com vendas externas do setor. As indústrias cearenses venderam 10,2 milhões de pares em janeiro, com receita de US$ 44,4 milhões. Também a Bahia teve receita 26,5% maior com exportações de calçados.
Os calçados sintéticos tiveram 20,5% de crescimento no faturamento com exportações em janeiro e os produtos com cabedal têxtil tiveram crescimento de 22,9%. Estes dois tipos de calçados foram os que tiveram aumento nas exportações, tanto em faturamento quanto em volumes.
Anba

Nenhum comentário: