LEGISLAÇÃO

terça-feira, 2 de outubro de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 02/10/2012



Entra em vigor aumento do Imposto de Importação para cem produtos

Brasília  – Terminado o prazo para manifestações dos países do Mercosul, entrou em vigor hoje, com a publicação da Resolução Camex n°70 no Diário Oficial da União, o aumento temporário do Imposto de Importação para cem itens produzidos no Brasil. A elevação de alíquotas terá validade de até 12 meses, prorrogáveis, até 31 de dezembro de 2014. Na última sexta-feira (28/9), o Ministério das Relações Exteriores, que integra a Camex e é responsável pela coordenação nacional da Comissão de Comércio do Mercosul, enviou o comunicado oficial de que não havia nenhuma objeção à lista brasileira. Assim, pelo que determina a Decisão CMC 39/11,o Brasil foi formalmente autorizado a adotar a medida. Como não foi feito nenhum pedido de alteração da lista pelos membros do bloco econômico, os cem produtos que fazem parte da relação publicada hoje são os mesmos divulgados no início de setembro pela Camex.

A decisão, assinada em dezembro do ano passado pelos presidentes dos países do Mercosul e incorporada à legislação brasileira pelo Decreto n° 7.734 da Presidência da República, tem o objetivo de permitir uma maior margem de manobra para lidar com a crise econômica internacional, dentro dos limites estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC), como lembra o secretário-executivo da Camex Emilio Garofalo Filho: “Temos que respeitar os níveis consolidados pela OMC. O teto é de 35% para produtos industrializados e de 55% para produtos agrícolas, mas o governo optou por elevar as cem alíquotas ao máximo de 25%, em níveis inferiores aos permitidos, a partir de propostas feitas pelo próprio setor produtivo nacional”. Garofalo informou ainda que a Camex buscou conciliar em sua decisão o fortalecimento da indústria nacional, a coerência tarifária dada pela Tarifa Externa Comum (TEC) entre insumos e produtos finais e a minimização de possíveis impactos inflacionários.

Elaboração da lista

O trabalho de elaboração da lista teve início em janeiro deste ano com a publicação da Resolução Camex n° 5, que instituiu o Grupo Técnico sobre Alterações Temporárias da Tarifa Externa Comum (GTAT/TEC). A Resolução Camex n° 5 também trouxe o modelo para os formulários que deveriam ser preenchidos pelos pleiteantes. Em março, teve início o prazo para recebimento dos pleitos do setor privado. Foram encaminhados à Secretaria-Executiva da Camex solicitações para aumentos de alíquotas de cerca de 250 produtos.

A lista final, aprovada no início de setembro pelo Conselho de Ministros da Camex, foi criada com base em parâmetros técnicos que levaram em conta, além do respeito aos critérios da OMC: o impacto da elevação tarifária nos preços; o aumento de importações; a capacidade produtiva e nível de utilização da capacidade instalada das indústrias brasileiras; a análise das cadeias produtivas; e a compatibilidade com as diretrizes do Plano Brasil Maior e outras políticas públicas prioritárias. Os técnicos que elaboraram a lista também vão acompanhar os efeitos das medidas adotadas.

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Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Exportações de manufaturados crescem em setembro
Brasília  – Em setembro de 2012, as exportações brasileiras somaram US$ 19,9 bilhões e alcançaram a segunda maior média diária para os meses, com US$ 1,053 bilhão. Esta média somente foi ultrapassada pelo resultado de setembro do ano passado (US$ 1,109 bilhão). As médias de setembro e de maio deste ano (US$ 1,055 bilhão) foram também as únicas acima do patamar de US$ 1 bilhão verificadas em 2012.
No resultado das importações (US$ 17,4 bilhões), o desempenho médio diário de setembro (US$ 918 milhões) foi o segundo maior da série histórica, inferior apenas à média de setembro de 2011 (US$ 963 milhões). O saldo da balança comercial no mês foi de US$ 2,6 bilhões e a corrente de comércio somou US$ 37,4 bilhões.
Em entrevista coletiva para analisar os dados da balança comercial mensal, realizada hoje no auditório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, destacou a recuperação entre os produtos de maior valor agregado da pauta de exportações brasileira.
“As vendas de produtos manufaturados tiveram crescimento de 2,9% na comparação com setembro do ano passado, o que foi importante para conter a queda no mês”, disse Tatiana. Neste comparativo, as exportações mensais tiveram redução de 5,1%, provocada pelas retrações nas vendas de produtos básicos (-7,9%) e de semimanufaturados (-15,6%).
As exportações de produtos manufaturados que se destacaram, no comparativo, foram: máquinas para a fabricação de celulose (com crescimento de 1.235% e vendas de US$ 145 milhões), óleos combustíveis (183,7%, US$ 325 milhões), etanol (149,4%, US$ 331 milhões), motores e geradores elétricos (52,7%, para US$ 215 milhões),
Os principais mercados de destino das exportações brasileiras em setembro foram: China (US$ 3,145 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,021 bilhões), Argentina (US$ 1,480 bilhão), Países Baixos (US$ 1,086 bilhão) e Japão (US$ 774 milhões).
Já em relação às origens das importações mensais brasileiras, os principais países foram: China (US$ 2,913 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,496 bilhões), Argentina (US$ 1,323 bilhão), Alemanha (US$ 1,063 bilhão) e Coreia do Sul (US$ 828 milhões).




Exportação de biscoito é destaque no porto de Paranaguá
Redação Bonde com assessoria de imprensa

O Brasil é o segundo maior fabricante de biscoitos do mundo e um dos maiores exportadores do produto. Dados da Associação Nacional da Indústria de Biscoito (Anib) apontam que, em 2011, a produção nacional foi de mais de 1,2 milhão de toneladas. Em relação à exportação, a Associação informa que, em 2011, o Brasil exportou 4% do volume produzido – isso representa um total de 50 mil toneladas, uma soma de U$ 118 milhões. 

O Porto de Paranaguá exporta parte da produção nacional de biscoitos. Este ano, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior  (MDIC), foram exportadas 158 toneladas de biscoitos pelo Porto de Paranaguá. Esse volume foi fabricado no próprio Paraná e gerou uma receita de U$ 311, 5 mil. Os principais destinos desses produtos foram Angola, Líbia e Cuba. 

No ano passado, pelo porto paranaense, foram 383 toneladas de biscoitos exportadas, somando U$ 685 mil em receita. Em 2011, o principal destino da carga – exportada em contêineres – também foi Angola, seguida da Austrália e Panamá. Nos anos anteriores, além desses países, os biscoitos paranaenses foram destinados a Zâmbia, República Dominicana, Nova Zelândia, África do Sul, Moçambique, Venezuela e Portugal. 

Para 2012 a expectativa da Anib é que o comércio de biscoitos cresça mais 10% no Brasil. Segundo assessoria de imprensa da Associação, a indústria brasileira espera ampliar o número de países importadores, verticalizando e consolidando os mercados para onde o Brasil já exporta.




Nova lista de importados com barreiras tarifárias deverá incluir tecidos e autopeças

Apesar da polêmica em torno da lista de cem produtos que tiveram as alíquotas de importação aumentadas em até 25%, o governo se prepara para abrir consulta pública, no início deste mês de outubro, para montar uma nova relação com mais cem itens que terão o imposto elevado. Um prazo de 30 dias será dado aos empresários brasileiros para apresentar seus pleitos e a expectativa é que a medida entre em vigor ainda este ano ou, no máximo, no início de 2013.

Na semana passada, os Estados Unidos pediram publicamente que as autoridades brasileiras revejam as mudanças tarifárias. Químicos, autopeças, tecidos em geral, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e bens de capital são candidatos à nova lista. Técnicos envolvidos no assunto disseram que a tendência é que a maior parte dos produtos seja de insumos.

Por outro lado, o governo não tem mais espaço para socorrer setores fortemente atingidos pela concorrência dos importados, como calçados, confecções, automóveis e móveis, já que as tarifas de importação já estão em 35%, patamar máximo permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Importação de máquinas mais barata
A primeira lista de cem produtos que tiveram as alíquotas de importação elevadas saiu no início deste mês. A Camex aprovou o aumento para batatas, siderúrgicos, químicos, pneus, móveis e petroquímicos. Os beneficiados não poderão reajustar seus preços, aproveitando-se da proteção. Caso contrário, a medida será revogada, avisou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O governo, por outro lado, facilita a entrada no país de bens de capital, informática e telecomunicações. Ontem, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizou a redução do Imposto de Importação para 2% de 350 itens.

O corte se insere no regime de ex-tarifários, usado para bens não fabricados no Mercosul. O estoque de máquinas e equipamentos com alíquotas reduzidas este ano soma 2.134 itens, volume que já se aproxima do total de 2.487 produtos registrados em 2011.

Os principais setores atendidos são de mineração, siderúrgico, papel e celulose, petroquímico e petróleo. Entre os países destacam-se Alemanha (25,89%), Estados Unidos (23,21%), Itália (14,49%) e França (6,63%). O regime de ex-tarifários é um mecanismo de estímulo ao investimento produtivo.

FONTE: O GLOBO






Superávit da balança comercial de setembro é 17% menor que o resultado do ano passado

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 2,557 bilhões em setembro. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o resultado é fruto de exportações no valor de US$ 19,999 bilhões e de importações equivalentes a US$ 17,442 bilhões.

Mesmo com o valor superavitário, o resultado é 16,8% inferior ao registrado em setembro de 2011, quando a balança apresentou saldo de US$ 3,072 bilhões. De janeiro a setembro, a média diária dos embarques externos ficou em US$ 1,053 bilhão. Houve uma queda de 5,1% na comparação com o mesmo período de 2011.
Nas importações, a média registrada por dia útil é US$ 918 milhões, no acumulado do ano. O valor é 4,9% menor que o da média registrada na mesma base de comparação do ano passado. Houve queda principalmente nos gastos com combustíveis e lubrificantes, aparelhos eletroeletrônicos, veículos, automóveis e partes, adubos e fertilizantes, e farmacêuticos.
No acumulado do ano, o superávit comercial soma US$ 15,727 bilhões – resultado da diferença entre as vendas externas de US$ 180,597 bilhões e compras de US$ 164,870 bilhões. Houve queda de 31,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo comercial somou US$ 23,059 bilhões.
A redução nas exportações é atribuída ao decréscimo nas vendas externas de semimanufaturados (-15,6%) e básicos (-7,9%). No caso dos semimanufaturados, houve queda, principalmente, em ouro, óleo de soja em bruto, alumínio, ferro/aço, açúcar e celulose. Em contrapartida, houve aumento nos embarques de manufaturados ante setembro do ano passado, principalmente, óleo combustível (+183,7%).
De acordo com o ministério, no caso das importações, caíram os gastos com combustíveis e lubrificantes (-25,6%), matérias-primas e intermediários (-3,6%) e bens de consumo (-1,9%). Compras de bens de capital registraram aumento de 9,3%.

Edição: Lana Cristina

Agência Brasil



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