Aumentou número de médias empresas exportadoras em 2011
Brasília – Em 2011, houve aumento no número de empresas de médio porte que exportaram. No ano, 5.710 médias empresas venderam para o mercado exterior, ultrapassando a quantidade verificada em 2010, de 5.681. Em relação a valores, o segmento também apresentou crescimento de 7,6%, passando de US$ 8,198 bilhões, em 2010, para US$ 8,819 bilhões, no ano passado.
O principal setor exportador, nesta categoria de estabelecimentos, foi o de máquinas e equipamentos mecânicos, sendo que as exportações corresponderam por 11,9% do total. Na sequência estão: madeira e obras (8,5%); obras de pedras (6,1%); plásticos e obras (4,6%); e móveis e mobiliários médicos (3,3%).
As informações sobre as exportações por porte de empresas, em 2011, foram publicadas hoje no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O relatório mostra que 21.947 empresas (todos os portes) exportaram no ano, com aumento de 29 exportadores, na comparação com 2010 (21.918). Dessas, cem empresas ascenderam de categoria, sendo que 67 passaram de micro e pequenas empresas para empresas de médio porte e 33, de médio para grande porte.
No ano, 9.973 micro e pequenas empresas exportaram e houve queda em relação à quantidade de 2010 (10.150). A participação do segmento, no valor exportado, contudo, registrou aumento de 3,4%, passando de US$ 1,964 bilhão, em 2010, para US$ 2,032 bilhões, em 2011. Os principais setores em que o segmento exportou, em 2011, foram: madeira e obras (7,8%); obras de pedra (5,4%); máquinas e equipamentos elétricos (5,2%); pedras preciosas e artigos de joalheria (4,7%); e plásticos e obras (3,5%).
Em relação às grandes empresas, o número verificou aumento, de 5.612, em 2010, para 5.791, em 2011. O valor exportado por este porte de empresas também registrou elevação de 7,8%, passando de US$ 191,4 bilhões, em 2010, para US$ 244,7 bilhões, em 2011. Os setores de minérios e de petróleo e combustíveis representaram, respectivamente, 18% e 10,9%, das exportações do segmento, em 2011, e foram seguidos pelos de sementes oleaginosas (6,6%); açúcar (6,2%); e carnes (5,5%).
Acesse os dados das exportações por porte de empresas
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3634&refr=608
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3634&refr=608
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Açúcar é o produto mais vendido por cooperativas em 2012
Brasília – As exportações das cooperativas brasileiras somaram US$ 3,685 bilhões, de janeiro a agosto de 2012, e houve redução de 5,4% sobre igual período de 2011 (US$ 3,893 bilhões). No período, as importações tiveram expansão de 9,6% que passaram de US$ US$ 173,3 milhões, em janeiro a agosto de 2011, para US$ 156,7 milhões, neste ano.
Com esses resultados, a balança comercial registrou saldo positivo de US$ 3,528 bilhões, valor abaixo em 5,2% do observado no mesmo período de 2011, quando atingiu US$ 3,720 bilhões. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 3,841 bilhões, com queda de 5,5% em relação aos oito primeiros meses de 2011 (US$ 4,067 bilhões).
Mercados e Produtos
As cooperativas brasileiras exportaram para 131 países de janeiro a agosto deste ano. No período, os principais mercados foram: China (vendas de US$ 585,9 milhões, representando 15,9% do total); Estados Unidos (US$ 446,9 milhões, 12,1%); Alemanha (US$ 214,3 milhões, 5,8%); Emirados Árabes Unidos (US$ 206,1 milhões, 5,6%); e Países Baixos (US$ 173 milhões, 4,7%).
O produto mais vendido, em valor, no período, foi açúcar em bruto (com vendas de US$ 502,5 milhões, representando 13,6% do total exportado pelas cooperativas), seguido por soja em grãos (US$ 465,3 milhões, 12,6%); açúcar refinado (US$ 413,3 milhões, 11,2%); café em grãos (US$ 412 milhões, 11,2%); e carne de frango (US$ 399,4 milhões, 10,8%).
O Paraná (US$ 1,183 bilhão, representando 32,1% do total das exportações) retomou o posto de principal exportador do segmento das cooperativas, ultrapassando São Paulo (US$ 1,176 bilhão, 31,9%) que havia ficado na primeira posição no acumulado do ano até julho. Em seguida aparecem: Minas Gerais (US$ 439,1 milhões, 11,9%); Santa Catarina (US$ 232,5 milhões, 6,3%); e Rio Grande do Sul (US$ 232,2 milhões, 6,3%).
Em relação às importações, as cooperativas realizaram compras de 43 países nos oito primeiros meses de 2012. As principais origens foram: Paraguai (compras de US$ 23,7 milhões, representando 15,1% do total); Estados Unidos (US$ 15,2 milhões, 9,7%); China (US$ 14,7 milhões, 9,4%); Israel (US$ 10,8 milhões, 6,9%); e Japão (US$ 8,5 milhões, 5,4%).
Os produtos mais adquiridos pelo setor cooperativista brasileiro, no período, foram ureia (com compras de US$ 22,9 milhões, representando 14,6% do total importado pelas cooperativas); cloretos de potássio (US$ 18,1 milhões, 11,5%); soja em grãos (US$ 14,1 milhões, 9%); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 11,3 milhões, 7,2%); e diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 9,5 milhões, 6,0%).
O Paraná foi o estado com maior valor de importações por cooperativas, com US$ 69,7 milhões, representando 44,5% do total das importações deste segmento. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 49,2 milhões, 31,4%); Rio Grande do Sul (US$ 13,7 milhões, 8,7%); Goiás (US$ 12,3 milhões, 7,8%); e São Paulo (US$ 5,3 milhões, 3,4%).
Acesse os dados da balança comercial das cooperativas
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3186
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3186
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Governo diversifica formas de conter entrada de importados
Mudança nas categorias e exigências para obtenção de Radar são consideradas por especialistas novas formas de praticar o protecionismo
Por: Paula de Paula
São Paulo
O governo brasileiro não se utiliza apenas de medidas como o aumento do imposto de importação para conter a entrada de produtos estrangeiros no País. Uma forma menos perceptível é, por exemplo, a mudança no Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (Radar) — licença que toda pessoa, física ou jurídica, deve ter para realizar negociações de comércio exterior — que começa a valer no próximo dia 1º de outubro.
A licença é expedida pela Receita Federal brasileira e a partir do mês que vem terá mudança nos nomes das categorias de registro e em algumas exigências. A principal novidade é que aqueles importadores, que anteriormente se inseriam na categoria Limitada Pequena Monta, com operações de importação de até US$ 150 mil por semestre, passam a integrar a categoria Limitada. Além disso, essas empresas terão que comprovar a existência física, comprovar e a capacidade operacional apresentando a integralização do Capital Social nos últimos três anos. O prazo para análise será de dez dias corridos. Antes não era necessária essa segunda parte do processo.
A antiga categoria Ordinária passa a ser conhecida como Ilimitada. Os empresários que pertencem a essa categoria devem comprovar a existência física e a capacidade operacional da empresa, mas a principal alteração dessa modalidade está focada no prazo para emissão da licença, que também será de dez dias e na não há necessidade da empresa de informar a estimativa de importação.
Outra modificação é a criação da categoria Expressa, para empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores, empresas autorizadas a utilizar Linha Azul (um procedimento especial de facilitação aduaneira, criado pela Receita Federal ), empresas públicas ou sociedades de economia mista, órgãos públicos e consulados, empresas ou entidades nacionais e internacionais que irão atuar na Copa do Mundo de 2014, e empresas que irão atuar exclusivamente com exportação. O Prazo de análise será de dois dias úteis, a partir da protocolização.
Todos os especialistas consultados pelo DCI concordam que as mudanças estão inseridas dentro do protecionismo aplicado pelo governo brasileiro como forma de estimular o mercado interno, mas não veem apenas prejuízos nas alterações.
Alfredo Novais, diretor-comercial da ABN8 Tading, acredita que o principal ponto positivo é a redução do tempo de emissão das licenças que passaram de 30 para 10 dias nas categorias Limitada e Ilimitada e de dois dias para empresas que fazem parte da nova categoria, a chamada Expressa.
O ponto negativo, segundo Novais, é a exigência de uma comprovação da integralização de capital ocorrida dos últimos 3 anos, no caso da modalidade Limitada. “Isso muitas vezes acaba atrasando o processo, a Receita quer ver a integralização de capital, quer ver o comprovante que saiu da conta de um e entrou na conta de outro, muitas vezes a empresa não tem isso porque pagou outras coisas com o dinheiro”, disse.
Para a advogada e consultora de direito aduaneiro, Gisele Pereira, a modificação “não vai mudar muito o grau de dificuldade, a importação em si já é um processo muito complexo, um monte de incoerências, órgãos intervenientes, legislações complicadas”. Para ela, uma facilidade é o fato de a maioria das empresas já estarem inseridas no mundo eletrônico, e adverte que tirando a planilha, que é um pouco “chata” de preencher, os documentos são os que qualquer empresa organizada deveria ter.
O diretor-comercial também aconselha, “a empresa tem que estar sempre com a documentação em dia, e fazer um controle muito bom para quando tiver que tirar o Radar ou renovar, é mais difícil se não tiverem regularizadas”.
Pierre Muto, gerente da New Soft Intelligence, afirma que “em uma operação de pequena empresa um dos maiores motivos de indeferimento da Receita, é que as empresas realizam essas integralizações em datas diversas e a Receita não aceita isso”.
Ele coloca que “o que o governo esta querendo fazer, é criar novas regras para fechar a economia interna, para que a balança comercial fique cada vez mais forte”. Segundo Muto, nossa balança está praticamente “empatada”, sendo formada em 49% por importações e 51% por exportações.
Ainda sobre a possível dificuldade para o importador como forma proteger o mercado interno. Gisele coloca que essa mudança não é eficaz, pois uma empresa grande, que é quem prejudica a industria nacional, é organizada e facilmente adaptável, os que vão sofrer com a nova legislação não são essas companhias. “Eu não entendo que essa nova modalidade possa de alguma forma mudar essa situação, o impacto vai ser para os pequenos, uma empresa que importa US$ 150 mil a cada seis meses.”
Panorama Brasil
Agroexportação cresce a US$ 62,568 bi | ||
|
Imposto de importação: alta em debate | |
|
Plano prevê exportar mais milho | |||
|
Nova sobretaxa terá pouco efeito sobre importações, avalia a AEB |
O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, disse que a possibilidade de o governo sobretaxar mais cem produtos importados tem efeito pequeno para conter as compras do exterior, além de afetar negativamente a imagem brasileira fora do país. “Não sabemos quais serão os produtos sobretaxados, mas o impacto deve ser pequeno”, disse Castro, que participou do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2012.
Para reforçar sua análise, Castro citou o efeito da sobretaxa para cem produtos importados anunciada em agosto. De acordo com ele, a medida atingiu apenas 4% das importações brasileiras. “É um ganho muito pequeno em relação à imagem negativa do Brasil propagada pelo mundo. Essa possibilidade de sobretaxar mais produtos em 2013 tem um efeito muito reduzido, pois cem produtos é um universo muito pequeno.” Segundo Castro, se a taxa de câmbio estivesse 15% acima do atual patamar, de R$ 2, não haveria necessidade de medidas protecionistas como as sobretaxações. “A taxa de câmbio no Brasil é defasada. E como toda taxa de câmbio defasada, estimula importação. Se estivéssemos com a taxa de câmbio em R$ 2,30, incentivaríamos as nossas exportações e teríamos uma barreira legal contra as importações.” Fonte: Valor / Diogo Martins |
Nenhum comentário:
Postar um comentário