LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Para especialista, crise já pode afetar o comércio exterior



Para especialista, crise já pode afetar o comércio exterior

Movimentação de contêineres sofreu queda em junho

DA REDAÇÃO

Até a movimentação de contêineres sofreu queda em junho. Em TEU (unidade equivalente a um cofre de 20 pés), a retração foi de 2,7%. Dos 325.020 TEU que passaram pelo cais santista em junho de 2014, apenas 316.312 TEU foram operados no mês passado.
]A redução da movimentação de cargas no mês passado pode ser um reflexo de como a crise interna do País está afetando as relações internacionais. Para o coordenador dos cursos portuários do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, (Senai), Hélio Hallite, a retração do mercado brasileiro pode já ter atingido as vendas externas.

Para o especialista em Comércio Exterior, a diminuição da movimentação de cargas no Porto de Santos já havia sido sentida. “Percebemos terminais recebendo menos navios, alguns já estão com janelas suspensas aos finais de semana e mesmo assim ficam praticamente vazios durante a semana”, explicou Hallite.

O docente acompanha o dia a dia do cais santista através de informações disponibilizadas por várias fontes de informação, como a própria Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Praticagem de São Paulo, a entidade que representa os responsáveis por orientar as manobras de navios no Porto de Santos, e ainda portais que informam sobre o tráfego de embarcações.

“A retração do mercado pode estar atingindo as vendas. E o problema pode ser ainda pior porque nem com a moeda desvalorizada, estamos conseguindo manter o ritmo das exportações. Esta é uma questão que precisa ser acompanhada diariamente para se ter uma ideia de como essa retração vai atingir o mercado externo”, destacou o professor.

Para ele, ainda há um fator importante a ser considerado: a perda da competitividade brasileira, ancorada na defasagem da moeda internacional. Os aumentos nas tarifas de energia elétrica, dos cursos de transportes e ainda o atraso do Brasil em infraestrutura são fatores que podem prejudicar o desempenho brasileiro no mercado internacional.


China

Hallite também chama a atenção para o aumento da participação da China no mercado regional, entre os países vizinhos do Brasil. E, segundo ele, esta é uma questão que precisa ser bastante analisada para que seja estabelecido um critério de concorrência com as cargas chinesas.

“A China está vendendo o que vendíamos para os países do Mercosul. Já temos informações de que países como Venezuela e Argentina têm feito pedidos da China”, destacou o especialista em Comércio Exterior.

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