Indústria de calçados se volta à exportação
Com o mercado interno desaquecido, setor busca retomada das vendas externas para produzir mais. Recuo de 11,2% na receita deve cair para quase a metade até final do ano.
Prado (em pé), do IEMI, apresentou estudo
São Paulo - Com um mercado interno desaquecido, a indústria brasileira de calçados está depositando suas expectativas de crescimento nas exportações. As vendas internacionais do segmento amargaram queda de 11,2% no primeiro semestre, mas até o final do ano o recuo deve cair para 6,4%, o que sinaliza as boas perspectivas para os próximos meses.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (07) na Francal, feira do setor, pela Associação Brasileira de Calçados (Abicalçados). Na oportunidade, o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) apresentou um estudo que aponta um cenário positivo para exportação. A mostra ocorre até sexta-feira (09) no Parque Anhembi, em São Paulo.
O presidente da Abicalçados, Heitor Klein, citou uma série de fatores que fazem o setor acreditar nas vendas externas. Um deles foi o ajuste econômico dos Estados Unidos, que é o maior mercado da indústria brasileira de calçados no exterior, e outro a recuperação da competitividade dos preços dos calçados em função do câmbio, da desvalorização da moeda brasileira.
Ele também citou o esforço das empresas para exportar por causa da situação do mercado interno desaquecido e o Programa Nacional de Exportações lançado pelo governo federal na última semana, como impulsores das vendas internacionais. “Esses fatores nos animam a ter melhores expectativas em relação à exportação de calçados”, disse Klein.
Apesar de ser o terceiro maior produtor de calçados do mundo, o Brasil é apenas o 16º no ranking de exportadores, segundo o estudo apresentado pelo diretor do IEMI, Marcelo Prado. A China, que é atualmente a maior produtora de sapatos do mundo, é também a maior exportadora, com 41,2% do mercado, segundo dados do IEMI relativos a 2013.
O Brasil já esteve melhor posicionado no mercado mundial de calçados, mas quando era para os países consumidores uma alternativa em preços baixos. Esse espaço, porém, foi ocupado pelos asiáticos e Prado afirma que para ganhar mercado externo as empresas precisam atualmente investir em design e diferenciação, e o País deve negociar acesso privilegiado a mercados relevantes. Apenas o câmbio não é suficiente para aumentar a exportação, afirmou diretor do IEMI.
Prado lembrou que países onde o custo de produção tende a ser maior estão melhor posicionados que o Brasil no ranking de exportação. Depois da China, o segundo maior vendedor internacional de calçados é o Vietnã, seguido de Itália, Hong Kong e Bélgica. O comércio internacional de calçados movimenta cerca de US$ 117 bilhões ao ano no mundo.
O Brasil fabricou no ano passado 877 milhões de pares, com queda de 2,5%. Para 2015, a estimativa do IEMI é que o recuo caia para 0,3%. “No segundo semestre deve haver recuperação, mas não será suficiente para crescer”, afirmou Prado. Ele disse que a exportação ainda não reagiu, mas que ela será uma oportunidade para retomada do setor. Ele acredita que haverá grande impulso nas exportações em um ou dois anos.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgados pela Abicalçados, indicam que o Brasil exportou US$ 463,9 milhões em calçados no primeiro semestre deste ano. No mesmo período de 2014, a receita com o mercado externo foi de US$ 522,4 milhões. Em junho, individualmente, as vendas internacionais recuaram 5,9% sobre igual mês do ano passado e totalizaram US$ 78,5 milhões.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (07) na Francal, feira do setor, pela Associação Brasileira de Calçados (Abicalçados). Na oportunidade, o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) apresentou um estudo que aponta um cenário positivo para exportação. A mostra ocorre até sexta-feira (09) no Parque Anhembi, em São Paulo.
O presidente da Abicalçados, Heitor Klein, citou uma série de fatores que fazem o setor acreditar nas vendas externas. Um deles foi o ajuste econômico dos Estados Unidos, que é o maior mercado da indústria brasileira de calçados no exterior, e outro a recuperação da competitividade dos preços dos calçados em função do câmbio, da desvalorização da moeda brasileira.
Ele também citou o esforço das empresas para exportar por causa da situação do mercado interno desaquecido e o Programa Nacional de Exportações lançado pelo governo federal na última semana, como impulsores das vendas internacionais. “Esses fatores nos animam a ter melhores expectativas em relação à exportação de calçados”, disse Klein.
Apesar de ser o terceiro maior produtor de calçados do mundo, o Brasil é apenas o 16º no ranking de exportadores, segundo o estudo apresentado pelo diretor do IEMI, Marcelo Prado. A China, que é atualmente a maior produtora de sapatos do mundo, é também a maior exportadora, com 41,2% do mercado, segundo dados do IEMI relativos a 2013.
O Brasil já esteve melhor posicionado no mercado mundial de calçados, mas quando era para os países consumidores uma alternativa em preços baixos. Esse espaço, porém, foi ocupado pelos asiáticos e Prado afirma que para ganhar mercado externo as empresas precisam atualmente investir em design e diferenciação, e o País deve negociar acesso privilegiado a mercados relevantes. Apenas o câmbio não é suficiente para aumentar a exportação, afirmou diretor do IEMI.
Prado lembrou que países onde o custo de produção tende a ser maior estão melhor posicionados que o Brasil no ranking de exportação. Depois da China, o segundo maior vendedor internacional de calçados é o Vietnã, seguido de Itália, Hong Kong e Bélgica. O comércio internacional de calçados movimenta cerca de US$ 117 bilhões ao ano no mundo.
O Brasil fabricou no ano passado 877 milhões de pares, com queda de 2,5%. Para 2015, a estimativa do IEMI é que o recuo caia para 0,3%. “No segundo semestre deve haver recuperação, mas não será suficiente para crescer”, afirmou Prado. Ele disse que a exportação ainda não reagiu, mas que ela será uma oportunidade para retomada do setor. Ele acredita que haverá grande impulso nas exportações em um ou dois anos.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgados pela Abicalçados, indicam que o Brasil exportou US$ 463,9 milhões em calçados no primeiro semestre deste ano. No mesmo período de 2014, a receita com o mercado externo foi de US$ 522,4 milhões. Em junho, individualmente, as vendas internacionais recuaram 5,9% sobre igual mês do ano passado e totalizaram US$ 78,5 milhões.
http://www.anba.com.br/noticia/21868293/industria/industria-de-calcados-se-volta-a-exportacao/
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