BOCA DE LATA’ GARANTE TROCA DE INFORMAÇÕES DURANTE OPERAÇÃO
Fonte: A Tribuna Online/José Claudio Pimentel
Para facilitar e manter a comunicação entre o operador do transtêiner (guindaste que movimenta os contêineres no pátio do terminal) e o caminhoneiro, o pessoal de tecnologia do Grupo Libra desenvolveu um novo equipamento. Apelidado pelos próprios funcionários como Boca de Lata, o recurso é considerado indispensável para garantir o procedimento eficiente de carga e descarga de contêineres no pátio do terminal.
Ele serve para que cada profissional troque informações que indiquem o destino ou até mesmo o posicionamento daquela caixa. Trata-se de um microfone acoplado na cabine do operador do guindaste e um megafone fixado na base dele, próximo de onde deve ficar a cabine do caminhão. As informações servem para posicionar o veículo de carga, evitar qualquer tipo de avaria, agilizar a operação e até direcionar o motorista para outro equipamento.
O diretor de operações da empresa em Santos, Marcos Leite Medeiros, explica que a inovação surgiu a partir da necessidade de substituição do intercomunicador de cada um dos 14 transtêineres. Como esses guindastes são importados da China, não existe no Brasil uma assistência técnica especializada.
A solução foi procurar no mercado uma opção. Conforme Medeiros, o pessoal da Libra encontrou um equipamento semelhante vendido por uma multinacional dos Estados Unidos. Cada um custava R$ 40 mil.
Quando multiplicado pela quantidade que deveria ser comprada, o valor total (R$ 560 mil) tornou-se impraticável, o que motivou a mobilização interna para poder suprir essa demanda. Após as pesquisas, um projeto foi aprovado: cada equipamento custaria R$ 2 mil, mais a mão de obra interna.
Atualmente, já são 10 transtêineres que possuem a solução caseira. Até o final do ano, ela será instalada nos demais. “Melhoramos a produtividade da operação, clima operacional e segurança”, garante o diretor.
Além do operacional, os recursos de responsabilidade ambiental também foram pensados internamente. O pessoal de Meio Ambiente criou uma Estação de Tratamento de Água para Reuso (Etar). Ela possibilita reaproveitar toda a água utilizada na limpeza das máquinas e instalações, que antes seriam despejadas na rede de drenagem.
“E evitando o desperdício de água potável nesse processo. Hoje temos uma economia de cerca de 45 a 50 mil litros por mês”, afirma o coordenador de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Controle Sanitário (SSMA) da Libra Terminais Santos, Jorge Dantas. Depois de Santos, o terminal da empresa no Rio de Janeiro também construiu uma Etar.
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