LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Cumbica quer receber mais cargueiros

Cumbica quer receber mais cargueiros

Terminal de Guarulhos lidera movimentação de cargas em aeroportos do Brasil, mas ainda tem espaço para receber até 40% mais.


São Paulo - O Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo (Teca - GRU Airport), em Guarulhos, quer receber mais voos de aviões exclusivamente cargueiros. Hoje, a maior parte das cargas que o Teca movimenta chega ou parte no bagageiro dos aviões de passageiros. Apenas as empresas do grupo Latam (TAM e LAN) e a Avianca operam voos exclusivamente cargueiros no aeroporto.
Marcos Carrieri/ANBA

Maria Fan: mais espaço para receber cargas
Durante apresentação do Teca à imprensa nesta terça-feira (30), a gerente comercial do terminal, Maria Fan, observou que o aeroporto pode receber mais voos cargueiros porque, além de ter infraestrutura, está em uma localização privilegiada. “A região em que estamos, São Paulo, é importante como destino e origem, assim como a malha aérea e a conectividade que esse aeroporto tem”, disse. Receber mais cargueiros, contudo, depende da economia brasileira e internacional.

“Dá para ampliar a quantidade de carga importada e exportada aqui entre 30% e 40%. Estamos preparados, mas esse aumento depende do desempenho econômico”, afirmou Maria. Segundo informações da GRU Airport, 46% dos importadores e exportadores brasileiros estão a até 150 quilômetros de distância do aeroporto de Guarulhos.

Maria observou que o aeroporto implantou medidas para receber mais cargas e reduzir o tempo que os produtos ficam armazenados no terminal até serem embarcados nos aviões ou distribuídos pelo Brasil. Em março de 2013, as cargas importadas permaneciam em média 91horas. Em abril deste ano, o tempo médio caiu para 71 horas. Parte desse tempo, contudo, depende da liberação de documentos, pois 45 horas são gastas com trâmites burocráticos.

Outras apostas para receber mais voos e cargas são o aumento da área de armazenamento disponível e a obtenção de certificados internacionais. Desde que a GRU Airport passou a administrar o terminal, no começo de 2013, a área que era ocupada pela massa falida da empresa VarigLog foi liberada.

O próximo objetivo da GRU Airport é receber, até o fim deste ano, o certificado GDP (Boas Práticas de Distribuição, na sigla em inglês), que atende aos padrões europeus de distribuição de produtos farmacêuticos. “Isso amplia a confiabilidade do aeroporto, facilita o diálogo e, como resultado, pode ter um aumento do volume de produtos farmacêuticos que recebemos”, afirmou Maria. Parte dos produtos farmacêuticos é armazenada em câmaras frias do terminal. Algumas mantêm os produtos abaixo de 15º negativos. Outras podem manter a temperatura controlada entre 15º Celsius e 22º Celsius.

Cargas e destinos
Marcos Carrieri/ANBA

Câmara fria: espaço para produtos farmacêuticos
Em 2013 e em 2014, o aeroporto registrou aumentos de 1% e 3%, respectivamente, na movimentação de cargas, num período de retração deste setor e no qual o mercado caiu 2% e 3%, respectivamente. Neste ano, porém, a movimentação do Teca registra queda de 3% até maio, e o mercado, retração de 8%. Até o mês passado, foram movimentadas 102 mil toneladas no terminal. Desse total, 52 mil foram em produtos importados e 50 mil são referentes à exportação. Em 2013, 250 mil toneladas foram movimentadas ali, e no ano passado, foram 256 mil toneladas.

Os principais emissores de produtos que chegam ao terminal são a Europa, com 34% do total, Ásia e Oriente Médio, com 27%, e América do Norte, com 26%. Entre os países, os Estados Unidos lideram com 22% do total exportado para este terminal e a China, com 14%, é a segunda colocada. Alemanha, Itália e México completam a lista dos cinco principais emissores.

A Europa também é líder como destino das exportações e corresponde a 36% do total. É seguida pela América do Norte, com 29%. Ásia e Oriente Médio recebem 15% dos produtos embarcados ali, mesmo percentual da América do Sul. Entre os países, os cinco principais destinos são Estados Unidos, Alemanha, México, Reino Unido e Holanda.

Entre os produtos, os principais importados que chegam pelo Teca são máquinas, plásticos e borrachas, instrumentos óticos, veículos e farmacêuticos. Entre os principais exportados estão frutas e perecíveis, máquinas, cereais, veículos e farmacêuticos.

http://www.anba.com.br/noticia/21868228/oportunidades-de-negocios/cumbica-quer-receber-mais-cargueiros/

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