Ameaça de calote chinês muda rotina do Porto do Rio Grande
Luísa Martins
luisa.martins@zerohora.com.br
O calote que a China ameaça aplicar em cargas de soja do Brasil tem obrigado o Porto do Rio Grande a ter cautela com a saída dos navios. A possibilidade de prejuízo foi levantada quinta-feira passada por Shao Guorui, gerente-geral da Shandong Sunrise Group (empresa responsável por 12% das importações de soja do país asiático), em entrevista à agência Reuters.
Embora ainda não tenha se confirmado o calote, o Porto do Rio Grande alterou o line up de navios. Colocou no fim da fila as 12 embarcações que estão em perigo de cancelamento (de um total de 50 no Brasil). Uma medida para ganhar tempo e evitar prejuízo calculado em R$ 3,5 milhões.
— A situação nos preocupa do ponto de vista da logística. A gente espera que as questões comerciais estejam acertadas em um mês. Também nos aflige a possibilidade de ocorrer um efeito-cascata, ou seja, que, baseadas nesse suposto cancelamento, outras tradings também deem calote — diz o superintendente do Porto, Dirceu Lopes.
Conforme publicou a Reuters, alguns compradores de commodities da China ameaçaram dar calote para forçar os vendedores a baixar os preços. Outro motivo apontado por Guorui é que a maioria das cargas teria sido entregue pelos vendedores antes de receberem cartas de crédito. Os compradores não estariam dispostos a pagar agora, pois sofreriam “perdas enormes”.
Caso se concretize o calote, o Porto do Rio Grande deve rever as condições de armazenamento do excedente, estimado em 720 mil toneladas — cerca de 7,5% do montante previsto pelos terminais graneleiros para escoar na safra 2014. Está em estudo a locação de espaços de estocagem e a compra de silos infláveis.
Lopes garante que a especulação de cancelamento não tem a ver com a qualidade da soja ou com as operações portuárias, apenas com negociações comerciais. Enquanto a questão estiver no campo da especulação, o Porto do Rio Grande segue operando com normalidade, afirma.
Fonte: Zero Hora
http://www.conexaomaritima.com.br/index.php?option=noticias&task=detalhe&Itemid=22&id=14102
luisa.martins@zerohora.com.br
O calote que a China ameaça aplicar em cargas de soja do Brasil tem obrigado o Porto do Rio Grande a ter cautela com a saída dos navios. A possibilidade de prejuízo foi levantada quinta-feira passada por Shao Guorui, gerente-geral da Shandong Sunrise Group (empresa responsável por 12% das importações de soja do país asiático), em entrevista à agência Reuters.
Embora ainda não tenha se confirmado o calote, o Porto do Rio Grande alterou o line up de navios. Colocou no fim da fila as 12 embarcações que estão em perigo de cancelamento (de um total de 50 no Brasil). Uma medida para ganhar tempo e evitar prejuízo calculado em R$ 3,5 milhões.
— A situação nos preocupa do ponto de vista da logística. A gente espera que as questões comerciais estejam acertadas em um mês. Também nos aflige a possibilidade de ocorrer um efeito-cascata, ou seja, que, baseadas nesse suposto cancelamento, outras tradings também deem calote — diz o superintendente do Porto, Dirceu Lopes.
Conforme publicou a Reuters, alguns compradores de commodities da China ameaçaram dar calote para forçar os vendedores a baixar os preços. Outro motivo apontado por Guorui é que a maioria das cargas teria sido entregue pelos vendedores antes de receberem cartas de crédito. Os compradores não estariam dispostos a pagar agora, pois sofreriam “perdas enormes”.
Caso se concretize o calote, o Porto do Rio Grande deve rever as condições de armazenamento do excedente, estimado em 720 mil toneladas — cerca de 7,5% do montante previsto pelos terminais graneleiros para escoar na safra 2014. Está em estudo a locação de espaços de estocagem e a compra de silos infláveis.
Lopes garante que a especulação de cancelamento não tem a ver com a qualidade da soja ou com as operações portuárias, apenas com negociações comerciais. Enquanto a questão estiver no campo da especulação, o Porto do Rio Grande segue operando com normalidade, afirma.
Fonte: Zero Hora
http://www.conexaomaritima.com.br/index.php?option=noticias&task=detalhe&Itemid=22&id=14102
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